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CONSTRUINDO
A SONORIDADE
NO SAXOFONE

25 PASSOS PARA O DESENVOLVIMENTO


DE UMA SONORIDADE EQUILIBRADA

Ronaldo Marquetti
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© Copyright 2020 por Ronaldo Marquetti


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Este livro é dedicado a:

Minha família, minha esposa Quézia e meus


filhos Guilherme e Isabelle, os quais são a fonte
de inspiração para a produção desse material.

Dedico também a todos os meus alunos que ao


longo desses 20 anos me ajudaram a
compreender a formação de um aluno e todos
os aspectos que envolvem o seu
desenvolvimento.
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Sumário

Introdução...............................................................................1

Capítulo 1 Respiração............................................................3

Capítulo 2 Boquilha e Palheta, uma busca sem fim...............5

Capítulo 3 Postura.................................................................12

Capítulo 4 Embocadura.........................................................13

Capítulo 5 Dores e Lesões....................................................15

Capítulo 6 - Exercício 1 - Inspirar e Soltar.............................16

Exercício 2 - Folha de Papel na Parede................................17

Exercício 3 Livro sobre a Barriga...........................................18

Exercício 4 Inspirando Curvado pra frente.............................19

Exercício 5 Ressonância - Ovo em pé na boca.....................20

Exercício 6 Nota Longa com o Tudel.....................................21

Exercício 7 Descendo 1/2 tom no Tudel............................... 22

Exercício 8 Nota Longa com Boquilha...................................23


.
Exercício 9 Descendo 1/2 tom com a Boquilha.....................24

Exercício 10 Escala Maior com a Boquilha...........................25

Exercício 11 Nota Longa por Regiões...................................26

Exercício 12 Nota Longa com Dinâmica................................28

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Sumário

Exercício 13 Nota Longa em 3 Oitavas..................................30

Exercício 14 Nota Longa em 8ªs sem mexer os dedos..........31

Exercício 15 Nota Longa em Intervalos de 5ª.........................32

Exercício 16 Quintas sobrepostas...........................................33

Exercício 17 Descendo 1/2 tom com os lábios........................34

Exercício 18 Staccato..............................................................36

Exercício 19 Staccato e Pausa................................................38

Exercício 20 Tenuto.................................................................39

Exercício 21 Marcato...............................................................40

Exercício 22 Misturando as acentuações................................41

Exercício 23 Sons Harmônicos................................................42

Exercício 24 Estudando os Harmônicos..................................44

Exercício 25 Harmônicos em Saltos........................................46


.
Conclusão................................................................................47

Sobre o Autor...........................................................................48

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Introdução

Todo músico sonha em obter um bom som de seu instrumento,


seja ele de sopro, cordas ou percussão. Todo aluno que da início
seus estudos com instrumento musical deseja de qualquer maneira
emitir um bom som, com qualidade e afinação, assim como seu
professor ou algum músico que ele tenha como referência.
Porém, é necessário entender que a sonoridade de um instrumento
é construída ao longo do tempo, praticando os exercícios
corretamente sem pressa, mas com perseverança e constância.
Para se conquistar o pico de uma montanha o alpinista leva vários
dias de caminhada constante, enfrentando todo tipo de adversidade,
porém sem desistir, mantendo o ritmo moderado para não se
esforçar demais e economizar energia para chegar no seu objetivo.
A sonoridade de um instrumento é da mesma forma conquistada,
mantendo a constante nos estudos. Eu comecei a estudar saxofone
com 15 anos de idade. Posso dizer que consegui chegar no som
que eu queria por volta dos 22, fazendo o que era correto, com a
respiração adequada, embocadura correta e equilíbrio em toda
extensão do instrumento. Isso foi no sax tenor, porque depois eu
comecei a estudar o sax alto, claro que o tempo para conseguir a
sonoridade que queria no Alto foi menor pois já tinha as técnicas
corretas de respiração e embocadura, ainda assim demorei até
chegar no ponto ideal.
Além dos aspectos internos do músico, que é o que vamos tratar
neste e-book, existem os fatores externos como boquilha e palheta,
que também influenciam diretamente no resultado final. Todavia os
considero como fatores secundários, pois a partir do momento que
consegue dominar a embocadura e respiração, independente do
material que estiver usando, o músico vai conseguir emitir um bom
som, embora, a busca pela sonoridade perfeita não acaba nunca.
Grande parte dos saxofonistas passam a vida trocando de boquilha e
experimentando novas palhetas para tentar uma leve melhora na sua
sonoridade.

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Introdução

Nesse livro trago 25 exercícios que ao longo desses anos venho


praticando para melhora do meu som e também ensinando meus
alunos a praticarem. O resultado é certo, porém com paciência,
nenhum desses exercícios tem resultado imediato, eles devem ser
praticados diariamente até que o efeito surja. No entanto, o músico
deve retomá-lo toda vez que sentir necessidade e por isso, tenha
esse e-book como um companheiro para vida toda.
Pensando em oferecer uma experiência mais completa podendo
visualizar esses exercícios e assim ter total certeza de como
executar cada exercício criei o curso BUSCANDO A SONORIDADE
PERFEITA, com 30 aulas e acesso vitalício, isso mesmo, você terá o
acesso garantido por toda vida nesse curso por um valor especial pra
você que adquiriu o E-book. O valor real desse curso é R$197,00
,porém você pode comprar hoje esse curso 100% online por apenas
R$ 97,00 CLICANDO AQUI.
Tive o privilégio de estudar com bons professores principalmente
no Conservatório de Tatuí onde me formei em 2002 e também no
Curso de Bacharelado na Faculdade Mozarteum. Além da
experiência como músico da Banda Sinfônica de Sumaré, Quarteto
Sax Bem Temperado, Campinas Jazz Big Band, Fotografia Sonora,
entre tantos outros trabalhos que realizei tocando saxofone.
Espero que você aproveite bastante esse e-book e que ele possa
te ajudar a conquistar a sonoridade que tanto deseja.

Ronaldo Marquetti

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Capítulo 1: Respiração

O primeiro ponto a ser focado quando se estuda qualquer


instrumento de sopro ou canto é a respiração, pois neste caso, o ar é
o elemento principal para produção de som.
Quando respiramos, um músculo chamado diafragma entra em
ação.

O diafragma auxilia os pulmões no momento da inspiração e


expiração.
Para nós saxofonistas é importante entender este processo pois
temos que treinar esse conjunto de músculos para dar apoio ao ar no
momento de emitir o som.
Isso não é difícil, porém temos que treinar bastante para que
o mesmo se acostume a trabalhar a nosso favor.
O primeiro treino a ser feito é o de inspirar, preferencialmente pela
boca pois conseguimos mais ar em menor tempo. Inspiramos
juntando os lábios como se fossemos falar a sílaba (ô). Nesse
momento é importante sentir que os pulmões estão sendo cheios
completamente. Sinta que as ultimas costelas se movimentam.

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Capítulo 1: Respiração

Logo em seguida solte o ar emitindo o som de ( Tssiiiii), agora


entra a parte mais importante do diafragma. Solte o ar fazendo com
que ele saia com bastante pressão. Mas como? Tente soltar o ar
empurrando seu abdômen ( barriga ) para frente, fazendo com que o
ar saia com bastante pressão. Isso é fundamental para uma boa
sonoridade, afinação e controle do som.

Esse exercício deve ser feito sempre antes de iniciar seus


estudos, para que o músculo se habitue a fazer esse movimento e
seu corpo se acostume a trabalhar desse forma, com o tempo isso
vai se tornar natural no momento de tocar.

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Capítulo 2
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Boquilha e Palheta uma busca sem fim

O que gera o som do saxofone é a vibração da palheta na


boquilha. Essa vibração é produzida através do ar passando entre a
palheta e a boquilha.
Para que se tenha uma sonoridade homogênea, afinação perfeita
e um som equilibrado é necessário que em primeiro lugar a palheta
esteja em boas condições de uso e que seja adequada a boquilha e
ao instrumentista.
As palhetas em geral tem várias numerações, algumas vão de 1
½ até 4 ou 4 ½ , outras vem como soft, médium e hard dependendo
da marca. Isso significa que as numerações mais baixas são mais
brandas (flexíveis) e as mais altas mais rigidas ou (duras). Isso
influencia no momento de tocar dependendo da boquilha que estiver
usando.
As boquilhas também tem numerações que variam dependendo
da marca, mas essas numerações tem a ver com a abertura da
boquilha, entre a palheta e a ponta da boquilha. Se você estiver
usando uma boquilha muito fechada, por exemplo uma Meyer (USA)
n. 5 certamente terá que usar uma palheta um pouco mais dura de
numeração mais alta, talvez uma n.3 ou mais, pois a distância entre
a ponta da boquilha e palheta serão menores. Se você usar uma
palheta muito leve, com certeza será muito mais difícil de controlar o
som, pois ela vai se aproxima da ponta com mais facilidade,
dificultando a passagem de ar.
Uma palheta mais firme tende a ficar mais afastada da ponta,
facilitando a passagem de ar. Porém, isso depende também da
embocadura do músico, quanto mais o músico se dedica a estudar
seu instrumento mais domínio ele tem sobre tudo isso, os músculos
da face ganham mais força e se adaptam a embocar a boquilha
corretamente. Sempre digo que estudar instrumento de sopro é
fazer musculação com os músculos da face, é um treino.
Em geral, para iniciantes, usar uma palheta mais branda, n. 1 ½
ou n. 2 ajuda na emissão do som, pois essas palhetas tem uma
resposta mais rápida e são mais fáceis de tocar. Porém com o
tempo de estudo, a própria musculatura da boca vai exigir que você
troque por palhetas mais firmes. Mas isso é uma outra história, que
o próprio aluno percebe quando chega o momento.

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Capítulo 2
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Boquilha e Palheta uma busca sem fim

Posição da Palheta na Boquilha

Enfim, depois de tudo isso, podemos falar sobre a posição correta


da palheta, que nada mais é do que deixar a palheta totalmente
alinhada com a ponta da boquilha, ou seja, ela não deve ficar nem
para baixo nem para cima da ponta da boquilha. Muitos por ai dizem
coisas absurdas sobre isso, por favor, não se deixe enganar, para
que a palheta tenha a vibração correta e você o controle total do
som, ela deve ficar alinhada com a boquilha. Para ter a certeza de
que está na posição correta, encaixe a palheta na boquilha,
certifiquesse que a abraçadeira esteja bem fixada (atarrachada),
aperte levemente a palheta até encostar na ponta da boquilha, não
deve aparecer a ponta da boquilha.

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Boquilha e Palheta uma busca sem fim

Virando a boquilha, do lado contrário você não deve ver a ponta da


palheta.
Veja na imagem a seguir

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Boquilha e Palheta uma busca sem fim

Posição da Braçadeira

Algumas pessoas fazem uma pequena confusão sobre um assunto


muito básico que é a correta posição da braçadeira na boquilha.
Existe milhares de modelos de abraçadeiras, e cada uma delas tem
pequenas mudanças que podem influenciar bastante na sonoridade. O
material que são fabricadas pode variar muito como por exemplo
metal,couro, aço, alumínio, madeira, barbante entre outros materiais.
Para saber a sonoridade de cada um é necessário experimentar, e isso
faz parte da nossa busca sem fim.
Durante a vida toda você vai querer experimentar, isso também faz
parte do comércio, surgem coisas novas, novas modas e a industria se
aproveita muito disso.
Na verdade o que quero falar aqui é bem básico mesmo. Existem 2
tipos mais comuns de abraçadeiras, que são as de metal e de couro, pois
estão a mais tempo no mercado,porém isso vale para qualquer modelo.
A posição da braçadeira na boquilha está ligada a dois fatores, o lado
do feche que é sempre do lado direito e o ressonador, que sempre deve
estar posicionado sob a palheta, pois ele exerce uma grande influência
na vibração da mesma
Vou mostrar a seguir alguns modelos de abraçadeiras e o lado correto
de usar-las.

O modelo ao lado é uma BG de couro onde vemos


que o feche fica posicionado para cima, pois ele está
do lado direito, enquanto o ressonador fica para
baixo onde iremos fixar a palheta. Esse tipo de
abraçadeira tende a deixar o som um pouco mais
escuro.

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Boquilha e Palheta uma busca sem fim

Nesse outro modelo, podemos ver também que o


feche está do lado direito portanto fica na parte
superior da boquilha enquanto o ressonador está
para baixo onde apoiamos a palheta.

Mas posso inverter, colocando o ressonador pra cima?????

Claro!!!!!!!!!
Que NÃOOOO!!!!

Primeiro motivo de não poder inverter a posição é que anulará a função


do ressonador. O segundo motivo é que a abraçadeira não encaixará
corretamente pois ela tem um lado mais largo devido a boquilha ser
cônica, assim o fundo da boquilha geralmente é mais largo.

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Boquilha e Palheta uma busca sem fim

Esse modelo é o mais simples, e é o que vem na


maioria dos saxofones novos.
Veja que o feche está para baixo, pois está do lado
direito. Esse modelo não possui ressonador e é bem
básico. Poderia até ser usado invertido, com o feche
para cima, porém eu não aconselho, porque ao
atarraxar o feche ele pode danificar a boquilha
devido a sua construção. O modelo anterior possui
uma construção melhor e não causa esse problema.

Como dito anteriormente,existem outros modelos de abraçadeiras, mas não


quero perder muito tempo com isso para que possamos nos concentrar na
busca pela sonoridade e não por materiais externos.
Uma última informação importante é sobre a colocação da braçadeira na
boquilha. Todas as boquilhas, pelo menos as boas boquilhas tem uma marca
que indica o limite até onde você deve posicionar a abraçadeira de forma que
obtenha um bom aproveitamento da boquilha e isso é muito importante você
saber.

Veja na imagem a seguir que existe uma linha na boquilha.

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Boquilha e Palheta uma busca sem fim

Portanto, sempre que você montar sua abraçadeira e boquilha, lembre-se


que a abraçadeira não deve ultrapassar essa linha. Deve ficar como na imagem
seguinte.

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Capítulo 3: Postura

Ao tocar, o músico deve manter uma postura onde o corpo fique ereto,
relaxado e confortável. Dessa forma o músico evitará lesões musculares e terá
um melhor aproveitamento do seu estudo.
A correia do saxofone auxilia no apoio do instrumento, então o músico deve
regula-la de modo que o saxofone chegue até a boca sem forçar os braços e
nem o pescoço. Se o aluno deixar a correia frouxa, ele abaixará aos poucos o
pescoço, forçando a coluna serviçal juntamente com o dedão da mão direita
que ajuda a apoiar o instrumento. Se a correia ficar muito apertada, causará um
esforço excessivo ao pescoço dificultando a passagem do ar pela garganta.
Se o aluno for tocar sentado, pode tocar com o saxofone entre as pernas se
assentando mais na ponta da cadeira, ou pode também apoiar o saxofone do
lado direito do corpo. Porém, nesse caso será necessário deslocar o tudel do
saxofone um pouco para esquerda e deixar a boquilha horizontalmente paralela
a sua boca, afim de regular o instrumento para que seu corpo fique ereto e
confortável.

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Capítulo 4: Embocadura

Embocadura é a maneira como vamos colocar a boquilha na boca.


A maneira correta da embocadura no saxofone é a seguinte:
- Os dentes superiores ficam apoiados sobre a boquilha
- Os lábios inferiores cobrem levemente os dentes inferiores e fazem uma leve
pressão sob a palheta.

Dentes superiores ficam


apoiados sobre a boquilha

Os dentes superiores ficam apoiados na direção onde a palheta se encontra


com a boquilha. Procure não deixar a boca muito para dentro da boquilha pois
o som fica desiquilibrado e difícil de controlar. No entanto, não deixe também
muito próximo da ponta, pois a palheta fica sem espaço para vibrar e acaba
perdendo muito a qualidade do som.

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Capítulo 4: Embocadura

Ataque de língua

Quando tocamos uma nota em um instrumento de sopro dizemos que


atacamos o som.
No saxofone sempre atacamos o som usando a língua, quando encostando a
mesma na ponta da palheta e ao soprar tiramos rapidamente a língua, como se
estivessemos pronunciando TU ou TE.
Essa é a maneira correta de ataque de som no saxofone.
Assim os grandes músicos fazem e as melhores escolas do mundo ensinam.
A razão desse ataque é que em primeiro lugar ele é muito mais preciso do
que se você simplesmente soprar e também porque quando você só assopra, a
boquilha demora um tempo até que a palheta vibre e produza o som. É nesse
tempo que uma grande quantidade de ar é desperdiçado e o som demora a ser
emitido, ou seja, o ataque não é preciso e não acontece no momento exato que
você toca.
Esse é o primeiro grande mandamento do saxofone, atacar sempre com
a língua Tu ou Te.

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Capítulo 5: Dores e Lesões

Quando o aluno começa a estudar um instrumento é natural que a ansiedade


apareça, a vontade de tocar é enorme ele quer conseguir tocar uma música,
mostrar para os familiares e amigos, porém essa ansiedade é prejudicial para
os estudos e desenvolvimento do músico. Manter a constância é muito
importante, uma rotina, estudar todos os dias se possível, e é isso que vai fazer
você se tornar um grande músico.
No caso da embocadura no saxofone, alguns alunos se queixam de dores no
lábio inferior, ou chegam até a cortar o lábio no final de um período de estudos.
Isso não é bom, é sinal de que alguma coisa está errada. Geralmente quando
não fazemos a pressão correta com o diafragma, tendemos a apertar a palheta,
fazer mais pressão com a mandíbula, pois temos que compensar a falta de
pressão de ar no instrumento, mas isso é involuntário e acaba prejudicando os
lábios.
Fique atento a pressão correta do diafragma, ela deve ser intensa para que
você possa tocar com a mandíbula mais relaxada e não causar esse problema.
Outro fator pode causar dores e esforço demasiado é a numeração
inadequada da palheta. Se o aluno estiver tocando com uma palheta muito dura
e sua embocadura ainda não estiver formada, provavelmente vai se esforçar
mais do que o necessário. Isso também pode ferir os lábios, além de provocar
um cansaço maior ao tocar. O ideal é abaixar a numeração da palheta meio
ponto. Por exemplo: se estiver usando a 2,5 passe a usar uma n.2. Com o
tempo sua embocadura vai se fortalecer e a necessidade de voltar para 2.5 ou 3
aparecerá naturalmente, tudo depende do preparo do aluno.

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Capítulo 6: Exercício 1 - Inspirar e Soltar

O ar é o combustível do som em um instrumento de sopro e fazer a


respiração correta é o primeiro passo para chegar na sonoridade perfeita.
Quando falamos em respiração diafragmática parece uma coisa muito
complicada a princípio, contudo, essa é a respiração que fazemos desde
quando nascemos. Se observar um bebê respirando ao dormir, vai ver que a
barriguinha se movimenta constantemente. Com o tempo acabamos
desaprendendo essa forma de respirar e passamos a colocar muito mais ar na
parte superior dos pulmões, o que nos dá a sensação de alívio quando
respiramos, porém aproveitamos muito pouco o restante dos músculos do
abdômen.
O diafragma ajuda a empurrar o ar para fora, e mais do que isso, ele permite
que o ar saia com pressão, com mais força, porém fazendo pouco esforço. Se
colocamos o ar na parte superior dos pulmões enchendo o peito, não temos
essa pressão exercida pelo diafragma e sem pressão de ar, não conseguimos
manter uma sonoridade equilibrada, não mantemos a afinação e encontramos
muita dificuldade nas regiões extremas, grave e agudo.
Sobre o primeiro exercício, este consiste em inspirar o ar enchendo bem os
pulmões, mas sem encher o peito. O que vai acontecer é o contrário, a região
do abdômen e os músculos intercostais vão se expandir, em outras palavras,
encha toda região da barriga e costelas. Isso é só pra entender como funciona,
o ar não vai para barriga, ele estará nos pulmões, porém apoiado pelo
diafragma.
Solte o ar empurrando a barriga para frente com força, pronunciando a
sílaba Tsiiiii. Procure fazer isso de 5 a dez vezes. Solte pouco ar, mas com
bastante pressão (empurrando a barriga para frente). Quanto mais pressão do
diafragma maior será o volume do Tsiiii
Procure manter a mesma pressão do início ao fim do exercício.
Depois, com o auxílio de um metrônomo ( baixe o App gratuito no playstore,
existem vários ). Coloque a 60 bpm, e repita o exercício acima da seguinte
forma:
1.Inspira e solte o ar em 4 tempos
2.Descanse
3.Inspira e solte em 8 tempos
4.Descanse
5.Inspire e solte em 12 tempos
6.Descanse
7.Inspire e solte em 16 tempos
8.Descanse
9.Inspire e solte em 20 tempos
Esse exercícios deve ser feito antes começar a tocar, pois é uma preparação
para o início dos estudos no instrumento.

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Exercício 2 - Folha de Papel na Parede

Quando tocamos, além da pressão do ar produzimos o que chamamos de


coluna de ar, que nada mais é do que o ar que é jogado para dentro do
instrumento.
Essa coluna de ar é responsável pelo equilíbrio e afinação, junto com a
pressão de ar. Manter a coluna de ar estável e sem oscilações é muito
importante para a produção de uma sonoridade equilibrada.
Esse exercício tem o objetivo de desenvolver a capacidade de manter uma
coluna de ar uniforme, sem oscilações.
Coloque uma folha de papel de seda de mais ou menos 15X15 cm na parede,
inspire, colocando o ar nos pulmões e apoiando com o diafragma e sopre na
folha de seda contra a parede fazendo com que a folha de papel se mantenha
na parede apenas com o seu sopro. Procure manter a folha o maior tempo
possível.
Isso é muito interessante, vai lhe dar mais resistência e você começa a
entender como o sopro deve ser contínuo e sem oscilações quando sopramos o
instrumento.

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Exercício 3 - Livro sobre a Barriga

Por várias vezes vou falar sobre resistência, pois este é um dos
fundamentos para quem quer ter uma boa sonoridade, e a resistência não deve
estar apenas no sopro, mas no diafragma e na embocadura também.
Quando o aluno consegue desenvolver a resistência necessária nessas
3 partes, ele começa a construir uma boa sonoridade.
Muitos alunos e pessoas que me seguem no Youtube perguntam sobre
como ter um som encorpado, bonito etc... Minha resposta é: não existe 1 jeito,
são várias coisas que devem ser treinadas para aos poucos se desenvolver a
sonoridade ideal.Esse exercício ajuda a entender um pouco mais sobre o
trabalho do diafragma e auxilia na resistência, capacidade de soprar menos por
mais tempo com mais pressão.
Deitado sobre uma superfície plana com a barriga pra cima, coloque um
livro não muito pesado sobre o abdômen, inspire e faça com que o livro suba,
ou seja, os músculos do abdômen se expandem fazendo com que o livro se
mova para cima.
Expire, solte o ar, levemente mantendo o livro o maior tempo possível em
cima. Aos poucos ele descerá naturalmente, porém muito lentamente. Em
quanto o livro estiver sendo empurrado com o abdômen significa que você está
fazendo a pressão correta e mantendo o apoio no diafragma.

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Exercício 4 - Inspire Curvado para Frente

Esse é um exercício interessante e ajuda aquele aluno que ainda não


compreendeu totalmente como inspirar apoiando no diafragma.
Em pé, curve o corpo lentamente para frente enquanto inspira, dessa
maneira não tem como colocar o ar no peito, o único lugar que consegue
expandir é a região abdominal.

Mas preste muita Atenção. Fica aqui um Alerta!!!!!


Se você tem algum problema de coluna evite fazer esse exercício tendo em
vista que pode te prejudicar ao invés de ajudar, e essa não é a intenção.
Solte o ar voltando a posição inicial lentamente e perceba que o abdômen
trabalha fazendo pressão para empurrar o ar.
Essa é a pressão e apoio que se deve buscar ao tocar o instrumento.

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Exercício 5 - Ovo em pé na boca

Isso pode soar estranho, mas é uma maneira didática para te ensinar como
deve ser a posição da língua ao tocar e isso ajuda muito na construção de um
som encorpado, você já vai entender.
Imagine que ao atacar o som com a língua, você encosta a língua na palheta
e retira imediatamente como se pronunciasse a sílaba TU. Após esse
movimento a língua vai para trás e para baixo como se estivesse com um ovo
inteiro dentro da boca

Essa posição da língua almenta a cavidade bucal e coloca o palato mole (


sininho da garganta) no lugar correto no momento de tocar e isso dá mais
ressonância no som o que o torna mais encorpado. Se você deixar a língua reta
simplesmente o ar passará direto para boquilha, a cavidade bucal fica pequena
e não proporciona as condições para uma boa ressonância.

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Exercício 6 - Nota Longa com o Tudel

Não há muitas dificuldades nesse exercício, pois consiste em tocar uma


nota longa de pelo menos 20 segundos apenas com a boquilha montada no
tudel.

A razão dos 20 segundos mais uma vez é a busca pela resistência, tanto
de respiração quanto de embocadura.

Manter um som uniforme, sem oscilações é fundamental.

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Exercício 7 - Nota Longa com o Tudel descendo 1/2 Tom

A sonoridade está totalmente ligada ao controle de ar e da embocadura. Ter


domínio sobre a embocadura nos permite ir muito além no instrumento de
sopro.

Permite que você alcance as extremidades do instrumento com facilidade e


ajuda a ter um controle muito maior sobre a afinação.

No saxofone, controlar a flexibilidade da embocadura é extremamente


importante e fundamental para construção de uma boa sonoridade.Nesse
exercício o aluno deve tocar uma nota longa com o tudel. Após 10 segundos
procure relaxar a mandíbula ( parte inferior da arcada dentária ), até o ponto de
descer ½ tom.

Pare descanse, repita o exercício a partir do ponto que parou e desça mais ½
tom e assim o faça até o limite que você conseguir. Com o tudel fica um pouco
difícil conseguir uma extensão muito grande, por volta de 4 tons. Se você
conseguir mais, melhor ainda.

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Exercício 8 - Nota Longa com a Boquilha

Este é um dos meus exercício preferidos já que o ganho que se adquiri é


enorme. Qualidade de som, resistência, afinação, equilíbrio no grave e agudo.

Comecei a estudar música muito cedo, com 8 anos de idade. Comecei com o
Clarinete, instrumento que meu irmão tocava.

Lembro que certa vez alguém me mostrou que era possível tocar com a
boquilha. Eu devia ter uns 10 anos, cheguei em casa depois da escola e resolvi
testar, comecei a tocar só com a boquilha. Nessa época eu já tinha uma
embocadura razoável no clarinete, fiquei tocando durante horas até que o
vizinho começou a gritar: Pare com esse barulho!!!!

Eu repeti isso algumas vezes, e sem querer eu estava fazendo um baita


exercício.

Ele consiste exatamente nisso, tocar apenas com a boquilha, faça nota longa
com a boquilha. Não é muito fácil, pois sem o tudel o ar encontra menos
resistência e com isso se torna mais difícil de executar, porém o resultado é
muito melhor.

Eu desafio você a tocar o seu saxofone depois fazer esse exercício durante
10 minutos e volte a tocar o saxofone. Perceba se teve ou não diferença.
Tenho certeza que o som além de mais limpo vai sair com muito mais
facilidade.

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Exercício 9 - Descendo 1/2 Tom com a Boquilha

Mais uma vez vou falar sobre flexibilidade, levando em conta o quão
importante ela é para o saxofonista, pois além de todos os benefícios que já
citei, ajuda muito a conquistar as super agudas tão sonhadas por todos.

Assim como fizemos com o tudel faremos com a boquilha. Toque uma nota
longa, segure por um determinado tempo, pode ser 10 segundos, depois relaxe
a mandíbula até que o som caia ½ tom. Se preferir use um afinador, que pode
ser facilmente baixado no celular.

Repita o processo até atingir uma oitava. Apenas com a boquilha é mais fácil
atingir toda essa extensão.

O caminho inverso também funciona, comece com a embocadura mais


relaxada possível afim de emitir a nota mais grave que conseguir somente com
a boquilha, depois suba ½ tom. Repita o exercício até atingir uma oitava.

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Exercício 10 - Escala Maior com a Boquilha

Nesse estágio o aluno começa a ter um bom domínio sobre a embocadura,


os músculos da face já estão treinados e tem uma boa resistência. No entanto o
caminho é longo e ainda temos muita coisa para aprender.
Tocar uma escala com a boquilha proporciona um controle bem interessante
sobre a flexibilidade.
Todos os exercícios que falei até o momento podem ser executados em todos
os saxofones. Talvez com o sax barítono o aluno vai sentir uma dificuldade um
pouco maior devido a proporção do instrumento. Mas é totalmente possível.

Como Executar:
Ataque o som com a boquilha e mantenha a mandíbula bem relaxada, o som
deve ser o mais grave que você conseguir, pois quanto mais grave o som,
maior será a extensão que você vai alcançar. Não vamos determinar notas
porque isso varia bastante dependendo da boquilha, tipo de instrumento e da
capacidade de cada um.
É importante que o aluno saiba solfejar uma escala maior, pois só assim vai
conseguir emitir as notas afinadas com a embocadura.
Após o ataque da primeira nota, procure tencionar levemente a mandíbula,
fazendo uma leve pressão sob a palheta até que consiga subir 1 tom.

Não esqueça de tudo que estudamos até aqui, a pressão de ar, apoio no
diafragma, posição da língua, são fundamentais e daqui pra frente devem
estar ligados no automático.

Após a segunda nota, tencione mais um pouco até conseguir mais 1 tom
acima, depois ½ tom pois faz parte da escala maior e assim por diante até
atingir 1 oitava.
Com as boquilhas de Sax Alto e Soprano é possível ir até 1 oitava e meia.
Todos esses exercícios devem ser treinados diariamente até que eles estejam
praticamente orgânicos no músico, que façam parte dele, que consiga executá-
los sem pensar, automaticamente, nesse ponto o aluno consegue ter um
domínio e controle total sobre a sonoridade.

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Exercício 11 - Nota Longa por Regiões

O estudo de Nota Longa é constante na vida de um músico de sopro e se


engana quem acha que após muito tempo de estudo o músico não precisa mais
treinar. É a vida toda, para manter a sonoridade, para manter a resistência, o
músico que consegue tocar durante horas sem machucar os lábios e sem se
cansar está em dia com seus estudos.
O saxofone tem 3 regiões e existe a necessidade de estudar a sonoridade
de cada uma, mesmo porque em cada região ocorre uma leve mudança de
pressão de ar e embocadura.
A região grave é um pouco complicada no saxofone, já gravei vários vídeos
no Youtube no Canal da Escola de Saxofone falando sobre sonoridade e a
maior dúvida das pessoas é sobre tirar um bom som na região grave.
Aprendi com o mestre Vinicius Dorin (In Momorian) que na região grave a
nossa tendência natural é de querer colocar o máximo de ar possível para
conseguir tocar, porém o que ocorre é o contrário. Devemos colocar menos ar
com mais pressão, quanto menos ar colocamos a palheta consegue vibrar mais,
porém é necessário mais pressão de ar.
Pense em uma mangueira de água, quando apertamos a ponta da mangueira
aumenta a pressão da água, ou seja, é a mesma quantidade de água porém
com mais força e conseguimos limpar muita coisa com isso não é verdade?
Com o ar é a mesma coisa, pois colocamos pouco ar, porém com mais pressão.
Na região média, é mais tranquilo, mantendo uma pressão razoável é
possível manter uma sonoridade estável e afinada
Já na região aguda, a pressão volta a aumentar da mesma forma, se forçar
muito e colocar muito ar, vai ficar difícil a emissão das notas agudas, lembre de
colocar menos ar e mais pressão.

Como executar esse exercício:


Tocar nota longa, com tempo indeterminado nas região grave, média e
aguda.
Toque uma nota por vez ,sem pressa, de maneira que cada som você
consiga gravar a posição da embocadura que fica mais confortável.

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Exercício 11 - Nota Longa por Regiões

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Exercício 12 - Nota Longa com Dinâmica

O controle do som é fundamental para qualquer instrumentista, demonstra


que você tem controle sobre seu instrumento.
Uma vez um amigo me disse algo muito interessante que ficou gravado na
minha mente:

O músico tem que dominar o instrumento. Enquanto ele não domina o


instrumento, o instrumento domina o músico.

Esse domínio só se conquista com muito estudo, se você tocar apenas no


final de semana vai ser difícil dominar seu instrumento.
A nota longa com dinâmica tem a função de ajudar o músico a conquistar
domínio sobre o controle de volume do instrumento. Eu mesmo já precisei tocar
por horas em volume muito baixo por conta do ambiente em que estava. Isso é
difícil e desconfortável, pois quanto mais piano se toca, mais esforço o músico
tem que fazer para manter esse som baixo.
Estudar a sonoridade nos extremos do som baixo, do forte e com crescendo e
diminuindo é muito importante para o desenvolvimento e construção do seu
som.

Como estudar com dinâmica:

1 - Em primeiro lugar estude todos os sons ( Nota Longa )em toda extensão do
instrumento o mais piano (baixo) possível, mantendo pressão no diafragma e a
sonoridade sem oscilações.

2 – Estude nota longa em todas as notas do instrumento o mais forte possível,


mantendo o som equilibrado, sem distorções e oscilações.

3 – Estude nota longa começando o mais piano possível e cresça


gradativamente até o forte e retorne ao pianíssimo. Faça isso tudo em uma nota
longa. Repita isso em todas as regiões do instrumento.
Nomenclaturas:
Piano:som de intensidade baixa
Forte: Som de intensidade forte (alto)
Sinal de crescendo, vai do piano para o forte

Sinal de decrescendo, vai do forte para piano

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Exercício 12 - Nota Longa com Dinâmica

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Exercício 13 - Nota Longa em 3 Oitavas

Se você está acompanhando o e-book desde o início vai entender que aos
poucos estamos inserindo elementos novos, por isso digo que o estudo da
sonoridade é uma construção diária, não se conquista uma boa sonoridade em
pouco tempo.
O saxofone tem uma característica interessante que é a mudança muito
rápida de embocadura entre as oitavas e isso é bom quando se sabe controlar.
No entanto quando executado sem controle a afinação fica altamente
comprometida, além de haver muita oscilação entre as oitavas.

Como estudar em 3 oitavas:


Podemos usar as características do exercício anterior e aplica-las nesse
próximo exercício sem problemas.
Comece pelo Si bemol grave e vamos até a nota Fa sustenido aguda e se
você consegue ir além do Fa# não se restrinja a essa região e va até onde
conseguir.

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Exercício 14 - Nota Longa em 8ª sem mexer os dedos

Muitos dos exercícios dos quais proponho aqui, eu os descobri sozinho


enquanto dava aula e fui adaptando cada exercício de acordo com a
necessidade do aluno. Não estou dizendo que criei o exercício, acho isso muito
difícil hoje em dia. Para uma pessoa dizer que criou alguma coisa, ela tem que
ser extraordinária no que faz.

Como estudar:
Esse exercício consiste em você tocar 2 oitavas do instrumento, porém sem
mexer o dedão da mão esquerda. Esse dedo comanda a chave que é
responsável pela mudança de oitava correto? Essa chave é também chamada
de porta voz.
E como então ocorrerá a mudança de oitava?
Apenas com uma leve pressão sob a palheta. Na verdade já estamos
treinando o primeiro harmônico que é a oitava. A tendência é que consiga tocar
as duas oitavas com a mandíbula mais relaxada.
Toque uma nota grave (nota longa) depois na mesma posição apenas fazendo
uma leve pressão sob a palheta toque a nota oitava acima.

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Exercício 15 - Nota Longa em Intervalos de 5ª

A afinação é também uma busca eterna. O instrumentista de sopro deve


estudar a afinação tanto com o instrumento quanto sem o instrumento através
do solfejo e exercícios de percepção. Não existe o instrumento perfeito em
afinação, mas o músico deve ser afinado para que ele consiga afinar seu
instrumento instantaneamente.
É uma prática comum o músico corrigir a afinação do instrumento de sopro
no momento em que está tocando, principalmente no saxofone, por causa da
sua construção, existem algumas notas que tendem a serem desafinadas,
principalmente na região média e isso pode ser feito com uma correção de
pressão de ar e na palheta.
O próximo exercício tem essa finalidade, ajustar a afinação nas 3 regiões do
saxofone.
Toque nota longa em intervalos de quinta, se possível com o auxilio de um
afinador que pode ser baixado no seu smartphone.
Faremos esse exercício da seguinte forma:
Toque a nota grave, depois a quinta justa e depois a oitava.

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Exercício 16 - Quintas Sobrepostas

Com esse exercício vamos aprofundar ainda mais na afinação. Você pode
estudar com o metrônomo porém é importante que estude também buscando a
afinação no seu interior, para que você seja cada vez mais afinado.
Toque a nota grave como nota longa, depois toque a quinta justa.

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Exercício 17 - Descendo 1/2 tom com os lábios

Essa construção da sonoridade nos faz refletir sobre o que é uma sonoridade
boa. Quando começamos a estudar talvez pensemos que uma boa sonoridade
é aquela que agrada aos ouvidos, que é bonita ou que talvez te faça lembrar o
som de algum saxofonista de renome. Mas com o tempo percebemos que uma
boa sonoridade envolve muitas coisas como a respiração, a postura, o ataque
preciso de cada nota, a afinação. Por isso é importante ter a consciência de que
produzir um som bonito não basta, você tem que trabalhar muito para ter uma
boa sonoridade.
Estou cansado de ver músicos com som bonito, mas não conseguem manter
a afinação, isso é terrível. Então eu pergunto: "De que vale um som bonito e
desafinado?"
Já a busca pelo som perfeito não é apenas timbre, mas abrange tudo isso que
estamos abordando.
Nesse próximo exercício vamos estudar a afinação de um jeito diferente.
Vamos tocar uma nota e que sugiro que comecemos por uma nota aguda, e
depois faremos essa nota cair ½ tom apenas com o relaxamento da mandíbula (
lábio inferior ).
Após conseguir fazer com que a nota abaixe ½ tom, você vai tocar essa nota
na posição real e afinada e terá que soar a mesma nota, corrigindo a
embocadura para que ela esteja afinada e na posição real.
Isso ajuda na flexibilidade e na correção rápida da afinação.

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Exercício 17 - Descendo 1/2 tom com os lábios

Estude o Exercício abaixo:

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Exercício 18 - Acentuações

Acentuações

Existem diversos tipos de acentuações e elas são responsáveis pela


sonoridade das notas que você irá tocar. Esses símbolos devem ser estudados
até que você consiga executá-los sem nenhuma dificuldade.

Staccato
É um ponto colocado sobre a nota e diminui metade do valor da nota.
Quando atacar, pense na sílaba ( Te ou Tu)
Exemplo:

Tenuto:
Um traço sobre a nota.
A nota deve ser tocada com seu valor cheio e o ataque deve ser mais
suave com as sílaba (De ou Da) – Pensar em instrumentos de “cordas” como
(violino). Tenuto é o particípio passado do verbo italiano tenere, cujo
significado é manter, sustentar, segurar. O traço que sinaliza essa articulação
é chamado tratina; não é incomum tenuto ser chamado de tratina. Quando há
uma série de notas a serem tocadas com essa articulação, pode-se escrever
“tenuto” literalmente ao invés de usar o sinal.

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Exercício 18 - Acentuações

Marcato:
A nota deve ser marcada, o ataque é mais incisivo e mais forte do que o
tenuto. Sílada ( Tam)

Estudando as articulações
No próximo exercício não vamos estudar nota longa, porém deve-se prestar
muita atenção em relação a tudo que estudamos até o momento.
É importante que o músico consiga manter a sonoridade do início ao final de
cada número.
Estude cada exercício abaixo com metrônomo em 60 bpm sendo que cada
semínima vale 1 bpm.
Cuide para que todas as notas soem iguais, com a mesma intensidade,
sem oscilações. Inspire no início do exercício e mantenha até o final da linha.

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Exercício 19 - Staccato e Pausa

Nesse exercício, procure respirar a cada 2 compassos, não respire a cada


pausa, mantenha a pressão de ar e o apoio do diafragma do início ao fim.

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Exercício 20 - Tenuto

O Tenuto é um acento que faz grande diferença na vida de um saxofonista e


aprender a domina-lo significa o músico dominar o toque suave do
instrumento. Consiste em pensar que não haverá interrupção de ar entre as
notas, diferente do Staccato onde há praticamente um corte de ar entre as
notas.
Mantenha o ar passando pela boquilha durante as acentuações, pense na
sílaba (DE), não toque a palheta com a ponta da língua mas pense no meio da
língua. A língua toca muito levemente na palheta.
Eu sempre imagino esse som DE DE DE DE
Faça o exercício abaixo pensando dessa forma.

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Exercício 21 - Marcato

O marcato como o próprio nome diz marca o som, algo que da mais
destaque. Pense na sílaba TAM, como se fosse um sino, a nota soa durante
seu tempo cheio, se for 1 tempo, é um tempo cheio.
Estude o exercício abaixo:

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Exercício 22 - Misturando as Acentuações

A habilidade de um músico permite que ele coloque em prática milhares de


conteúdos que ele estuda separadamente ao longo da vida e assim transforme
tudo o que é estudo mecânico em arte.
No próximo exercício sugiro que você pense sobre cada acentuação, cada
nota e transforme esse exercício em música, mesmo sendo apenas repetições
de notas.

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Exercício 23 - Sons Harmônicos

O som que ouvimos de um instrumento ou qualquer som que seja, é na


verdade uma junção de vários sons. Esses sons são chamados de
HARMÔNICOS.
O som principal que ouvimos é chamado de som fundamental ou som
gerador.
Um exemplo que gosto de usar é o da luz branca. Lembra daquela
experiência que fazemos na escola com um disco todo colorido que quando
giramos em alta velocidade só fica a cor branca? Então, o princípio é o
mesmo, pois dentro de um som existem inúmeros sons que compõem o som
principal.
Essa série de sons que compõem o som principal é chamada de série
harmônica.
Vejamos a série harmônica gerada a partir da nota dó.

Temos o primeiro dó que é a nota que ouvimos ( som gerador ).


2ª nota gerada é a 8ª do som gerador, depois a quinta, 8ª novamente 3ª/ 5ª/ 7ª
Isso é infinito, pois é físico, quem descobriu isso a final de contas foi Pitágoras
fazendo um experimento com a vibração de uma corda.
Enfim, para que precisamos saber disso?
No saxofone quando tocamos e as vezes sai uma nota indesejada aguda,
chamamos popularmente de guincho. Essa nota na verdade é um harmônico
que saiu por algum descontrole de ar ou de embocadura.
Portanto o estudo dos harmônicos é muito importante para que possamos
ter um controle maior ou total sobre nosso som.
Nós vamos estudar de várias maneiras os sons harmônicos, e é um estudo
para vida toda, pois nos ajudará a ter uma sonoridade mais equilibrada, uma
flexibilidade maior da musculatura da boca e também nos força a trabalhar
com a musculatura mais relaxada.
O primeiro exercício que vamos estudar são os seguintes:
Tocando cada nota sem tempo determinado.
Através da mudança da pressão sob a palheta e também mudança da
posição da lingua vamos obter os outros harmônicos.

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Exercício 23 - Sons Harmônicos

O primeiro harmônico é a oitava que já estudamos em um exercício


anterior.
O segundo harmônico é a 5ª Justa, tenha paciência, isso pode levar
alguns dias ou até semanas pra você conseguir tocá-los com facilidade. O
importante é não desistir e procurar memorizar a embocadura de cada nota.
O terceiro harmônico é a 2ª oitava, com um pouco mais de pressão sob
a palheta, porém não é só a essa pressão que vai mudar a nota, procure
mudar a posição da lingua um pouco para frente.
Da mesma forma você vai fazer com as demais notas, lembrando que
esse exercício pode demorar um pouco até você dominá-lo.

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Exercício 24 - Estudando os Harmônicos

Por que práticar os harmônicos?

Para tocar os harmônicos você precisa refletir sobre sua embocadura,


especialmente a forma de sua cavidade bucal e posição da língua.
Você precisa ser capaz de imaginar o som da nota antes de tocá-la, por
isso, esse é um bom treino de percepção.
Como a digitação permanece a mesma para cada nota quando você toca
para cima ou para baixo na série harmônica, você precisa ser capaz de "ouvir"
o som em sua mente antes de tocá-lo.
Harmônicos são úteis para tocar os super agudos, bem como alguns efeitos,
como False Fingerings.
Você deve eventualmente ser capaz de continuar através da série
harmônica para obter pelo menos (duas oitavas):
Geralmente quando iniciamos o estudo sobre harmônicos é mais fácil executar
o primeiro som e depois a 5ª.

No exercício a seguir vamos tocar o som gerador ( fundamental ), 5ª e


depois descer para 8ª.
Isso costuma ajudar o aluno a compreender melhor a posição da boca.
O exercício seguinte baseia-se no Bb inferior, mas deve ser testado em
todas as notas do registo grave. À medida que você fica mais alto, os
harmônicos se tornam mais difíceis. Você provavelmente precisará alterar sua
embocadura para obter os harmônicos, experimentar colocar a boquilha mais
para dentro da boca e mudar a posição de sua língua. Tente imaginar a nota
que você está tentando tocar para que você possa ouvi-la em sua cabeça. Isso
leva muito tempo para dominar, mas é um exercício extremamente útil para o
som geral, mas também útil para o desenvolvimento dos super agudos.

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Exercício 24 - Estudando os Harmônicos

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Exercício 25 - Harmônicos em Saltos

Este último exercício e talvez um dos mais complexos, consiste no domínio


sobre os harmônicos. O aluno deve tocar o som gerador e buscar o próximo
harmônico porém sem passar pelos anteriores. Isso envolve além da
percepção o domínio total sobre embocadura e respiração.
Toque o som gerador e o primeiro harmônico 8ª
Toque o som gerador e o segundo harmônico 5ª
Toque o som gerador e o terceiro harmônico segunda 8ª
Toque o som gerador e o quarto harmônico 3ª
E assim sucessivamente com todos os harmônicos.

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Conclusão

Espero que este e-book possa ajudá-lo a construir uma sonoridade


equilibrada e afinada, pois esse é o objetivo. Embora existam milhares de
outros exercícios, este conteúdo é muito rico e pode trazer muitos benefícios
para sua sonoridade.
Se você seguir todos os exercícios vai conseguir uma melhora significativa
na sua sonoridade. Tenha paciência, não será em alguns dias ou semanas que
vai dominar tudo, porém mantenha uma constância nos estudos, não desista,
espero que você dentro de algumas semanas consiga estar tocando melhor e
seguindo os exercícios.
Me fale sobre o que achou do livro, envie uma mensagem para:
contato@escoladesaxofone.com.br
WhatsApp: 19-99702-3549

Será um prazer falar com você


e poder trocar ideias sobre o que você achou desse e-book.

Um grande abraço
Ronaldo Marquetti

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Sobre o Autor

Bacharel em Música popular


pela Faculdade Mozarteum de São
Paulo, formado MPB/Jazz
(Saxofone) pelo Conservatório
Carlos de Campos de Tatui. Teve
aulas com Celso Veagnoli e e
Vinicius Dorin, além participar dos
workshops de Nailor Proveta, Mané
Silveira e Roberto Sion.
Como instrumentista já atuou em diversos grupos instrumentais como
Grupo Comboio, Orquestra Sinfônica da Unicamp acompanhando o cantor
Toquinho, Sinfônica de Campinas, Big Band Canavial. Participou da gravação
do CD – Fotografia Sonora - Adilson Filho Octeto (compositor e arranjador de 3
faixas), gravou com Ricardo Magalhães ( CD Brazilian Jazz 2016) É músico da
Campinas Jazz Big Band e Banda Sinfônica Municipal de Sumaré. Desde
2006 trabalha com o quarteto de saxofones Sax Bem Temperado com o qual
gravou 2 CDs, realizou 2 apresentações em Nova York em março de 2012
além de diversos shows pelo estado de São Paulo.

Na área educacional, foi professor e Maestro da Orquestra do Projeto Guri


Campinas, Orquestra Jovem da Educação, Banda Jovem de Várzea Paulista
além de ministrar aulas de saxofone em Campinas e região desde 1997.
Palestrante para classe de saxofones no 2º Festival de Inverno de Jaguariuna
em julho de 2008.
Idealizador e Cordenador do Campinas Sax Festival – Encontro Internacional
de Saxofonistas
Idealizador da Escola de Saxofone, site especializado no ensino de saxofone
desde 2016

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