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O último decênio do século XIX criou-se uma situação excepcionalmente favorável à expansão

da cultura do café no Brasil

a oferta não-brasileira atravessou uma etapa de dificuldades, sendo a produção asiática


grandemente prejudicada por enfermidades, que praticamente destruíram os cafezais da ilha
de Ceilão.

com a descentralização republicana o problema da imigração passou às mãos dos estados,


sendo abordado de forma muito mais ampla pelo governo do Estado de São Paulo, vale dizer,
pela própria classe dos fazendeiros de café.

o efeito estimulante da grande inflação de crédito desse período beneficiou duplamente a


classe de cafeiculto-res:

proporcionou o crédito necessário para financiar a abertura de novas terras e elevou os preços
do produto em moeda nacional com a depreciação cambial.

A elasticidade da oferta de mão-de-obra e a abundância de terras, que caracterizavam os


países produtores de café,

clara indicação de que os preços desse artigo tenderiam a baixar a longo prazo, sob a ação
persistente das inversões em estradas de ferro, portos e meios de transporte marítimo que se
iam avolumando no último quartel do século passado

Os empresários das economias exportadoras de matérias-primas, ao realizarem suas inversões,


tinham de escolher dentre um número limitado de produtos requeridos pelo mercado
internacional.

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