O documento descreve a produção de alimentos para o abastecimento interno nas colônias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo entre os séculos XVII e XIX. A escravidão era comum nessas atividades agrícolas e pastoris, embora também existissem camponeses livres. Com o declínio da mineração em Minas Gerais no século XVIII, a economia passou a se basear mais na agricultura e pecuária para o mercado interno.
O documento descreve a produção de alimentos para o abastecimento interno nas colônias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo entre os séculos XVII e XIX. A escravidão era comum nessas atividades agrícolas e pastoris, embora também existissem camponeses livres. Com o declínio da mineração em Minas Gerais no século XVIII, a economia passou a se basear mais na agricultura e pecuária para o mercado interno.
O documento descreve a produção de alimentos para o abastecimento interno nas colônias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo entre os séculos XVII e XIX. A escravidão era comum nessas atividades agrícolas e pastoris, embora também existissem camponeses livres. Com o declínio da mineração em Minas Gerais no século XVIII, a economia passou a se basear mais na agricultura e pecuária para o mercado interno.
O Rio de janeiro: a escravido na produo de alimentos
A populao escrava nas zonas de abastecimento girava em torno de 40%, realidade
no muito diferente das zonas aucareiras onde o ndice era de 59%. trabal!o escravo aparece associado ao trabal!o familiar, mas o setor mercantil do agro fluminense era composto tamb"m de empresas de fato escravistas onde o predomnio do trabal!o escravo sobre o familiar nos indica, apesar de bai#a $uantidade, a sua capacidade de acumulao. escravismo colonial %rela&es de produo fundadas ma'oritariamente no trabal!o escravo( no se limitava, portanto, ) agro e#portao, tamb"m estava presente em produ&es voltadas para o abastecimento interno. *, como tal, esse escravismo sedimentava a acumula&es realizadas no mercado interno. Minas Gerais: escravos e camponeses no complexo agropecurio voltado para o abastecimento interno A agricultura mercantil+escravista ligada ao abastecimento interno e#istiu desde o inicio da colonizao de ,inas -erais . pelo menos princpios do s"culo /0111, portanto, a agricultura teria sido a soluo encontrada para a implantao e crescimento da empresa e sociedade mineradora. 2a primeira metade do s"culo /1/, a capitania de ,inas -erais no concentrava o grosso de seus cativos em atividades de e#portao, mas sim na$ueles $ue se destinavam ao abastecimento interno. 3urante a minerao coe#istiram, pelo menos, tr4s tipos de unidades agropastoris voltadas para o mercado interno. 5oderiam elas ser e#ploradas atrav"s de relaes de produo de tipo campons; (...) atravs de relaes de produo tipo escravista (...) 6e ainda7 uma relao de produo diversificada, agropastoril e mineral, explorada por mo de ora escrava. *stas unidades de produo estavam voltadas ou para o consumo interno, ou eram diversificadas %com sua produo de mantimentos vinculada principalmente a minerao( ou eram voltadas para o abastecimento do mercado. 2este ultimo caso, teramos um mercado interno sendo supridos por camponeses e escravos. !en"meno #ue nos aponta para o fato de #ue o mercado interno colonial era aastecido por diversas formas de produo no$capitalistas, e isso desde o sculo %&'''. 2os 8ltimos 50 anos do s"culo /0111 nota+se uma mudana nos rumos da economia de ,inas -erais. Ao contrario do $ue se pensava o defin!amento das atividades mineradoras no ocasionou uma decad4ncia para a economia da 9apitania, !ouve um crescimento demogr:fico na 9apitania principalmente na :rea baseada em uma agropecu:ria dirigida para o mercado interno, o $ue demonstra $ue a economia de ,inas -erais dei#ara de ter como ei#o din;mico a atividade mineradora passando a se basear numa agricultura e numa pecu:ria mercantis no+e#portadoras. desempen!o da economia " um e#emplo de $ue os setores mercantis de abastecimento no consistem necessariamente em um simples ap4ndice das atividades e#portadoras, pois a decad4ncia da minerao em ,inas -erais no representou o retraimento dos seus comple#os agropecu:rios mercantis de abastecimento os $uais cresceram e ad$uiriram uma dimenso cada vez mais inter+ regional passando a alimentar outros mercados como o formado pelo <io de =aneiro. A abund;ncia de terras, ou se'a, a presena de uma fronteira abeta e a possibilidade da mobilidade espacial permitiam um acesso est:vel do pe$ueno produtor e sua famlia ) ter:, o $ue l!e garantia uma reproduo no tempo, en$uanto tal, imprimindo+l!e, assim, um dos traos presentes na unidade camponesa e estes teriam representado mais de >0% da fora de trabal!o de ,inas -erais. So Paulo: Faendas de !riao e agricultura de alimentos" defin!amento da minerao em ,inas -erais, a partir de ?@>0, o $ue teria se verificado " a manuteno de certo ritmo de crescimento econAmico $ue especialmente entre ?@>5 e ?B0B, cresceria em ?50%. *ste crescimento estaria ligado, por um lado, ) introduo e crescimento da agro e#portao no territCrio paulista, gerando uma maior demanda por alimentos, e por outro lado, ) manuteno de um comercio intercolonial, em especial o <io de =aneiro. A agro e#portao combinada com o crescimento urbano acelerou a transio de uma produo de subsist4ncia para uma agricultura fornecedora de alimentos para o mercado interno paulista, por"m uma parcela relativamente pe$uena da populao paulista estava diretamente envolvida com produ&es voltadas para o mercado internacional.