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Victor Hugo Pereira Moutinho

AGOSTO- 2013
SANTARÉM - PA
Sumário

Introdução
Carbonização
Produção
Tipos de processos
Qualidade do carvão
vegetal
Introdução

Utilização da biomassa
Países em desenvolvimento
Até 40%
Países desenvolvidos
Entre 0,1 e 4%
Introdução

Tecnologias de utilização da bioenergia


Simples a extremamente complexas
Lenha
Biocombustíveis
Introdução

O carvão vegetal no Brasil


4,5% da matriz energética industrial (BEN, 2010)
32% da lenha produzida é convertida em C.V.
25 milhões de toneladas de madeira
Introdução

Matéria prima
Florestas nativas
Caso Carajás
Introdução

Matéria prima
Florestas plantadas

VIDEO ARCERLORMITTAL

VIDEO DPC
Carbonização

Princípio Geral
Processo relativamente simples
Queima de parte do material enfornado
Ambiente fechado
Condições controladas de oxigênio
Carbonização

Princípios Gerais
Produzidos em diferentes tipos de fornos
Rendimento variáveis
Madeira
Processo
Carbonização

Produção do carvão vegetal


Fatores relacionados à madeira
Espécie
Origem do material
Elementos anatômicos
Composição química
Densidade básica
Umidade da madeira
Carbonização

Produção do carvão vegetal


Fatores relacionados ao processo
Média da temperatura máxima
Velocidade de carbonização
Pressão do forno
Dimensões da matéria-prima
Carbonização

Produção do carvão vegetal


Temperatura máxima
Quanto maior a temperatura máxima, menor
será o rendimento do carvão
Maior rendimento de gases

Temperatura de Rendimento em Rendimento em Rendimento


Carbonização (oC) Carvão (%) Líquidos (%) em GNC (%)
450 32,89 43,68 23,43
550 28,15 46,73 25,12
700 27,57 46,30 26,13
(%) em relação ao peso de madeira seca
 Eucalyptus grandis
Carbonização

Produção do carvão vegetal


Temperatura máxima
Quanto maior a temperatura máxima, maior
será o teor de carbono fixo
Carbonização

Produção do carvão vegetal


Temperatura máxima
Quanto maior a temperatura máxima, maior
será o teor de carbono fixo
Carbonização

Produção do carvão vegetal


Temperatura máxima
Quanto maior a temperatura máxima, maior
será o teor de carbono fixo e menor será o
rendimento
Temperatura de Análise Química Imediata Rendimento em
o
Carbonização ( C) Carbono Fixo (%) Teor Voláteis (%) Carvão (%B.S.)
300 68 31 42
500 86 13 33
700 92 7 30
Carbonização

Produção do carvão vegetal


Temperatura máxima
Relação Poder calorífico

Temperatura de 300 oC 500 oC 700 oC


Carbonização (kcal/kg) (kcal/kg) (kcal/kg)
1a medida 7012 8109 7647
a
2 medida 7122 8141 7693
3a medida 7085 8101 7563
4a medida 6980 8199 7720
5a medida 7151 8185 7671
Média 7070 8147 7659
Desvio Padrão 72 44 60
Desvio Padrão (%) 1,02 0,54 0,78
Carbonização

Produção do carvão vegetal


Taxa de aquecimento
Quanto maior a taxa de aquecimento, maior
será o rendimento de material volátil e gases

* Temperatura de carbonização: 430 oC


Carbonização

Produção do carvão vegetal


Taxa de aquecimento

(*) Eucalyptus grandis


(**) Eucalyptus paniculata Fonte: cetec, 1984
Carbonização

Produção do carvão vegetal


Pressão
Aumenta o tempo de contato entre os voláteis e
o produto sólido em alta temperatura. Maior
tempo de contato, maior rendimento em carvão, e
vice-versa
Carbonização

Produção do carvão vegetal


Dimensões da madeira
Diâmetros
> 20 cm - carvão muito quebradiço, dificultar o
manuseio da peça
< 10 cm - dificultam o arranjo das peças dentro
do forno, aumenta o tempo de enchimento,
aumento do custo da mão-de-obra.
Carbonização

Produção do carvão vegetal


Habilidade do carvoeiro
Métodos geralmente empíricos
Produção

Seqüência do processo

Corte de broto
Broto Estaca Jardim Clonal
Seleção de mudas Mini Estaca

Casa de Vegetação
Pátio de crescimento Casa de Vegetação
Muda enraizada 30 dias
15 dias
45 Dias

Plantio
Produção

Seqüência do processo

Corte Arraste Desdobro

Carga Transporte
Produção

Seqüência do processo

Preparo da lenha Carga

Controle da marcha
Produção

Seqüência do processo
Resfriamento
Descarga
Armazenamento
Tipos de processos

Fornos de terra
Cupim
Caieras
Tipos de processos

Fornos de terra
Métodos mais antigos de produção de carvão
Usado em áreas pobres / sem recursos
Contaminação por terra
Carbonização difícil
Baixo rendimento
Longa carbonização
Vulnerável à chuva
Método mais barato
Tipos de processos

Fornos de alvenaria
Rabo quente
Encostas
Fornos de superfície
Tipos de processos

Fornos de alvenaria
Possuem formato cilíndrico
Geralmente compostos por tijolos comuns
Fechados no topo por uma abóboda
Funcionam em baterias
Proporcionam uma carbonização simétrica
Fácil controle da carbonização
Resfriamento rápido
Facilidade de vedação
Baixo custo
Fácil construção
Tipos de processos

Fornos de alvenaria
Autotérmico
Não permite o aproveitamento de voláteis
Forno mais conhecido é o Rabo Quente

tatu
Tipos de processos

Fornos de alvenaria
Rabo Quente
Tipos de processos

Fornos de alvenaria
Rabo Quente

 > 70% de utilização no Brasil


 Vantagens: baratos e fáceis de construir,
 Desvantagens:
 Baixo rendimento (20 – 28%)
 3 dias para carbonizar e 3 dias para esfriar o carvão
 Mecanização dificultada
 Produtividade:
 5 a 7 dias por ciclo. Pode fazer de 4 a 6
carbonizações cada mês.
Tipos de processos

Fornos de alvenaria
Fornos de encosta
Tipos de processos

Fornos de alvenaria
Fornos de encosta
 Vantagens: mais baratos que o rabo quente; bom
rendimento; lenha ate 2,0 metros
 Desvantagens:
 Resfriamento lento
- 3 dias para carbonizar e 3-5 dias para esfriar o
carvão
 Pequena capacidade de carga de madeira
 Mecanização dificultada
 Baixo rendimento (27-30%)
 Produtividade:
 6 a 8 dias por ciclo. Pode fazer de 3 a 5
carbonizações cada mês.
Tipos de processos

Fornos de alvenaria
Fornos de superfície
Tipos de processos

Fornos de alvenaria
Fornos de superfície
 Vantagens: forno robusto, baixo investimento,
manutenção e operação simples, não necessita de mão-
de-obra especializada, carbonização homogênea,
resfriamento rápido
 Desvantagens:
 Baixo rendimento (25%)
 Mecanização manual
 Produtividade:
 4 a 6 dias para carbonizar e 3 a 4 dias para esfriar o
carvão
 7 a 10 dias por ciclo. Pode fazer de 3 a 4
carbonizações por mês.
Tipos de processos

Fornos de alta complexidade


Fornos retangulares
Tipos de processos

Fornos de alta complexidade


Fornos retangulares (30 – 35%)
 Vantagens: carga e descarga mecanizadas, capacidade para 190-400
estéreos de lenha, bom isolamento térmico, recuperação de alcatrão,
possibilidade de instrumentação,
 Desvantagens:
 Alto custo de implantação
 Difícil controle da carbonização/carbonização não-homogênea
 Carvão vegetal muito quebrado
 Alta geração de tiços
 Produtividade:
 4 a 6 dias para carbonizar e 8 a 10 dias para esfriar o carvão
 12 a 16 dias por ciclo. Pode fazer 2 carbonizações cada mês.
Tipos de processos

Exercício
Compare os tipos de fornos já visto e monte uma
tabela referente a sua produção mensal,
rendimento, e tempo de produção.
Tipos de processos

Fornos metálicos
Batelada
Tipos de processos

Fornos metálicos
Batelada
Tipos de processos

Fornos metálicos
Batelada
Tipos de processos

Fornos metálicos
Batelada
Tipos de processos

Fornos metálicos
Batelada
Tipos de processos

Fornos metálicos
Batelada
Tipos de processos

Fornos metálicos
Batelada
1. Durabilidade (????) e baixo custo (?????)
2. Rápido resfriamento do carvão vegetal (8-12 horas)
3. Possibilidade de mecanização da carga de lenha e descarga do carvão
vegetal
4. Humanização do trabalho nas carvoarias
5. Descarga mecanizada do carvão reduz a produção de finos
6. Carvão de boa qualidade
7. Rendimentos gravimétricos na faixa de 33 a 38%
8. Pode-se recuperar o alcatrão vegetal e pirolenhosos
9. Facilita treinamento de mão de obra e a padronização de atividades
Qualidade do carvão vegetal

Rendimento da carbonização
Rendimento gravimétrico
Expressa a quantidade de carvão produzido por
unidade de peso de madeira
Qualidade do carvão vegetal

Rendimento da carbonização
Rendimento gravimétrico
Possui correlação positiva com o teor de lignina
total e teor de extrativos
Correlação positiva com densidade básica da
madeira
Correlação negativa entre largura e diâmetro
dos lumens das fibras.
Temperatura máxima média na faixa dos 400 oC.
Taxa de aquecimento lenta.
Qualidade do carvão vegetal

Rendimento da carbonização
Rendimento volumétrico
Expressa a quantidade de carvão produzido por
volume de madeira
Qualidade do carvão vegetal

Rendimento da carbonização
Relação volumétrica
Expressa o volume de madeira necessário para
produzir 1m³ de carvão
- Na prática considera-se de 2 a 3 m³ para
produzir 1 m³ de carvão
Qualidade do carvão vegetal

Rendimento da carbonização
Rendimento em carbono fixo
Rendimento com base no carbono que foi
fixado no carvão
Qualidade do carvão vegetal

Exercício
Considere que em 2009 a produção e o consumo
de carvão vegetal foi da ordem de 7.725.000
toneladas. Considerando-se que a densidade a
granel do carvão é de 250 kg/m3 e que são
necessários 2 m³ de madeira para produzir 1 m³
de carvão (relação volumétrica). Pergunta-se:
a) Qual a qnt de madeira necessária para isto?
b) Qual a capacidade calorífica da madeira
(d=0,5gcm³, pc=padrão)
c) Qual a capacidade calorífica do carvão vegetal?
(pc=padrão)
Qualidade do carvão vegetal

Exercício
1) Um forno produz 55 mdc/mês, a densidade a
granel do carvão = 0,250t/mdc. Qual sua
produção mensal em toneladas?
2) Qual a produção em 11 meses/ano?
3) Qual o número de fornos para a produção
anual de 1.000.000t?
4) Quantas baterias serão necessária visando a
organização em 27 fornos / bateria?
6) Quantas pessoas trabalharão diretamente
neste processo (carvoeiro + peão)?
Qualidade do carvão vegetal

Propriedades do carvão vegetal


Relação volumétrica
Expressa o volume de madeira necessário para
produzir 1m³ de carvão
- Na prática considera-se de 2 a 3 m³ para
produzir 1 m³ de carvão

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