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Resumo
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Ano 1 , Edição nº4 , Vol. 3 , Nº 1 – 1ª Quinz.(1ªSem.), Outubro – 2019
1 – INTRODUÇÃO
O uso de briquetes em como carga de altos-fornos já é uma realidade que tende a aumentar cada
vez mais, devido trazer economia e gerar menos resíduo {1,2}, como mostram as Figuras 1, 2, 3 .
{2}
Figura 1 – Matéria prima carregada no alto –forno
{2}
Figura 2 – Geração de escória de acordo com a carga do alto –forno
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{2}
Figura 3 – Produção de gusa com o uso de briquete na carga do alto –forno
Durante a produção e transporte do carvão vegetal, há uma grande geração de finos que chega
a 25% da produção, distribuídos na seguinte forma: 3,7% nas carvoarias, 5,8% no carregamento e
transporte, 6,3% na armazenagem e 9,4% no peneiramento.{3}
O alto-forno é um reator metalúrgico, destinado a produzir ferro gusa, através da redução de
minérios de ferro, com a qualidade e em quantidade necessárias para o bom andamento dos processos
produtivos subsequentes. No interior desse reator metalúrgico, estão reagindo sólidos, líquidos e
gases, pois também ocorrem grandes gradientes de temperatura, variando em torno de 2000°C em
frente as ventaneiras, até cerca de 200°C, nas regiões superiores, onde os gases deixam o forno.{4}
A operação do alto-forno consiste em carregar periodicamente, pelo topo desse reator, as
matérias-primas sólidas: minério de ferro (granulado e/ou sínter e/ou pelota), coque ou carvão vegetal e
fundentes, enquanto o ar, enriquecido ou não com oxigênio e as injeções auxiliares, é insuflado pelas
ventaneiras na parte inferior do forno (Figura 2). O combustível/redutor, que pode ser coque ou o
carvão vegetal entra em combustão na região de insuflação de ar no interior do forno gerando gases
redutores em alta temperatura.{4}
Os mini altos fornos a carvão vegetal, utilizados pelas usinas não integradas apresentam
capacidade para a produção que varia de 55 a 350 t/dia de ferro-gusa e os altos fornos a carvão
vegetal, utilizados em usinas integradas, mas sem a unidade de coqueria, apresentam capacidade de
produção na faixa de 1000 a 2500 t/dia. {4}
Assim se tem uma geração de 340 kg de resíduos sólidos a cada tonelada de ferro-gusa
produzida.{5}
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Os briquetes de cura a frio podem ser monoconstituídos (carvão e/ou coque ou biomassa),
minério de ferro, ferro-ligas, fundentes; biconstiuídos autoredutores (minério + carvão ou coque);
autofundentes (minério + fundente + redutor) ou multiconstituídos. {18}
Podem ser usados em altos fornos, aciarias, fornos panela, fornos de fundição, carro torpedo ou
panela de vazamento.{19}
No presente trabalho compara-se o aglomerante clássico usado na briquetagem de finos de
carvão vegetal, a bentonita, com o uso de escória de aciaria LD finamente moída.
2 – MATERIAIS E MÉTODOS
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Tabela 4 - Granulometria Representativa dos Materiais Utilizados para Confecção dos Briquetes
Tabela 5 - Teores médios de materiais voláteis da cinzas e de carbono fixo, com base na analise química
imediata dos carvões
Tabela 6 - Valores médios observados a partir da análise dos principais componentes das cinzas dos
carvões
Tabela 7 - Basicidade binária das escórias no alto-forno, estimada pela reação dos teores médios de CaO e
de SiO2, considerando as respectivas massas moleculares
Tabela 8 - Valores médios das análise química elementar, dos teores de umidade e dos poderes caloríficos
superiores dos carvões.
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Tabela 10 - Valores médios dos graus de moabilidade dos carvões (NBR 8739)
Tabela 11 - Valores médios das densidades aparentes do granel (Kg mdc-1), aparente (Kg mdc-1), e
verdadeira (Kg mdc-1)
As misturas (Com escória - 5% escória, 5% cal, 5% calcário, 5% de amido, água 40% e Padrão
com Bentonita e Amido - 8% de ligante (50% bentonita + 50% amido) e água45%) para a confecção dos
briquetes cilíndricos foram executadas em misturador combinado mós e pás, com tempo fixo de 10
minutos. Os materiais eram misturados a seco primeiramente em seguida adicionava-se a água (em
partes), deixando a mistura homogeneizar-se antes.
A briquetagem foi feita a frio em prensa tipo macaco hidráulico de acionamento manual, com
força de 6 ton e tempo de prensa fixo em 3 minutos.
Os ensaios foram conduzidos de acordo com ABNT 12654 e ISO 17025. A seleção de materiais
e amostragem foi de acordo com a ABNT 10007. Os corpos de prova foram confeccionados de acordo
com a norma ABNT 7680, 5738 e 13729. O ensaio de compressão diametral foi executado de acordo
com a norma ASTM C496 e ABNT 7222.
A base foi em média de 500g de uma mistura de carvão vegetal (biomassa carbonizada), onde
se adicionou, o aglomerante 1 - composto de escória, cal , calcário e amido e o aglomerante 2 –
composto de bentonita e amido de milho.
Avaliou-se a densidade aparente pela norma ABNT NBR 6922
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A resistência mecânica foi avaliada através do ensaio de compressão diametral dos briquetes
medindo-se a força de fratura. Foram executados 10 ensaios para cada mistura briquetada.
Determinou-se também, através do método proposto na bibliografia {16}, a quantidade de
briquetes que se pode empilhar e a altura máxima de pilha que se pode fazer em estocagem.
3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
Gráfico 1 – Resistência a Compressão Diametral dos Briquetes de Finos de Carvão Vegetal Siderúrgico
As fórmulas usadas para o calculo da tensão máxima admissível foram de acordo com as
normas ABNT 15087 (Fórmulas 1 e 2) , ABNT 7222 (Fórmula 3) e ABNT 14810 (Fórmula 4).
= 2F / DL (Fórmula 3)
=F/DxL (Fórmula 4)
O Gráfico 2, mostra os valores dos intens de comparação do efeito dos dois aglomerantes na
briquetagem de finos de carvão vegetal.
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Gráfico 1 – Valores dos Requisitos usados para Comparação de Aglomerantes Empregados na Produção
dos Briquetes de Finos de Carvão Vegetal Siderúrgico
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Em um estudo realizado por Cruz (2008) {23}, o mesmo diz que, a granulometria não só
influencia na aglomeração das partículas, com ou sem aglutinantes, mas também nas propriedades
físico-mecânicas dos briquetes.{8}
Brito (1986) {24} produzindo briquetes experimentais, constatou que a granulometria do carvão e
a força de prensagem influencia significativamente na densidade relativa aparente e também na
resistência ao esmagamento, devido a maior massa no mesmo volume. {8}
Segundo Kaliyan e Morey (2009) {25} o tamanho das partículas é um influenciador importante da
durabilidade e resistência dos briquetes, evidenciando a importância da classificação granulométrica da
biomassa antes da compactação. Sendo que menores partículas facilitam a união das mesmas,
diminuído os espaços vazios entre as partículas proporcionando maior densidade relativa aparente. {8}
4 – CONCLUSÃO
A escória de aciaria LD pode ser utilizada como aglomerante de pega a úmido na briquetagem de finos
de carvão vegetal siderúrgico.
O aproveitamento destes finos, gerando um carvão chamado de sintético, compactado, prensado,
industrializado, ecológico ou reciclado, possibilita a diminuição da utilização de material granular natural.
O reaproveitamento de finos traz junto um apelo ambiental, social e econômico.
Este produto pode ser utilizado em aquecimento doméstico e industrial, geração de energia, na
metalurgia em aplicações que as solicitações mecânicas não sejam elevadas.
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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planta integrada de produção de aço, aplicado como componente da carga de fornos de redução de ferro. 2016. 195f. Dissertação
(Mestrado Profissional em Materiais) – Fundação Oswaldo Aranha – Campus Três Poços, Centro Universitário de Volta Redonda,
Volta Redonda.
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(Procesos de redução pirometalúrgica) - Universidad de Oulu - Setembro, 2018
[3] ROBETTI, L. ; BERNARDIN, A. M. - Uso de bentonita como aglutinante para a fabricação de briquetes com finos de carvão vegetal. Trabalho de
Conclusão de Curso Universidade do Extremo Sul Catarinense, Curso de Tecnologia em Cerâmica, 2009
[4] RIZZO, E. Introdução aos processos siderúrgicos. Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração: São Paulo, 2005
[5] COELHO, S. T. – Carvão Vegetal : Aspectos Técnicos, Sociais, Ambientais e Econômicos. Instituto de Eletroténica e Energia, Centro Nacional
de Referência em Biomassa, Dezembro de 2008
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Produção de Briquetes Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de São Carlos, Campus Sorocaba, 2011
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Universidade Federal do Espírito Santo , Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Ciências Florestais e da Madeira - Jerônimo
Monteiro, Espírito Santo, 2012
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[10] SCHNEIDER, R. C. S. Extração, caracterização e transformação do óleo de rícino. (Tese de Doutorado). Porto Alegre, RS. UFRS. 280 p. 2003
[11] GONÇALVES, J. E. - Avaliação energética e ambiental de briquetes produzidos com rejeitos de resíduos sólidos urbanos e madeira de
Eucalyptus grandis. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu, 2010
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Contribuição Técnica Apresentada ao 46º Seminário de Redução de Minério de Ferro e Matérias-Primas, 17º Simpósio Brasileiro de
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Setembro de 2016, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
[19] BAPTISTA, A. L. B. – Desenvolvimento de Produto Ecológico na Área de Metalurgia Extrativa para Uso Como Componente da Carga de Altos-
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Conclusão de Curso. Universidade Federal Fluminense, Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda,
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Projeto de Conclusão de Curso. Universidade Federal Fluminense, Pólo Universitário de Volta Redonda, Escola de
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