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Elaborado por: Thiago Karam Aceituno

1. Matemática Financeira .....................................................................................................4


1.1. Juro ........................................................................................................................... 4
1.2. Spread ....................................................................................................................... 4
1.3. Despesas ................................................................................................................... 4
1.4. Inflação ..................................................................................................................... 4
1.5. Risco.......................................................................................................................... 4
1.6. Tempo ....................................................................................................................... 5
1.7. Dinheiro .................................................................................................................... 5
1.8. Impostos ................................................................................................................... 5
1.9. Lucro ......................................................................................................................... 5
1.10. Taxa de juros ......................................................................................................... 5
1.11. Montante = Valor Futuro (VF) ............................................................................... 5
1.12. Valor Presente (VP) .............................................................................................. 6
1.13. Período – “n”......................................................................................................... 6
2. Valor do Dinheiro no Tempo ............................................................................................ 6
3. Capitalização dos Juros .....................................................................................................6
3.1. Juros Simples ............................................................................................................ 7
3.2. Juros Compostos .......................................................................................................7
4. Tipos de Taxas de Juros ....................................................................................................8
4.1. Taxa Nominal ............................................................................................................ 8
4.2. Taxa Efetiva............................................................................................................... 8
4.3. Taxa Real ................................................................................................................... 9
4.4. Taxa Equivalente .......................................................................................................9
4.4.1. Taxa Equivalente Simples .................................................................................. 9
4.4.2. Taxa Equivalente Composta ............................................................................ 10
5. Série de Pagamentos ...................................................................................................... 10
5.1. Cálculo do Valor Presente de Rendas Uniformes ou Prestações ............................. 11
5.1.1. Rendas Antecipadas ........................................................................................ 11
5.1.2. Rendas Postecipadas ....................................................................................... 12
5.1.3. Rendas Diferidas ............................................................................................. 13
6. Sistemas de Amortização ................................................................................................ 14
6.1. Tabela Price: ........................................................................................................... 17
6.2. SAC.......................................................................................................................... 19

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7. Análise de Projetos de Investimentos ............................................................................. 19


7.1. Engenharia Econômica ............................................................................................ 21
7.2. Métodos de Análise de Investimentos .................................................................... 21
7.2.1. Pay-Back Simples............................................................................................. 21
7.2.2. Pay-Back Descontado. ..................................................................................... 22
7.2.3. VPL – Valor Presente Líquido........................................................................... 24
7.2.4. TIR – Taxa Interna de Retorno ......................................................................... 25
8. Exercícios ........................................................................................................................ 26
8.1. Juros Simples .......................................................................................................... 26
8.2. Juros Compostos ..................................................................................................... 29
8.3. PRICE ....................................................................................................................... 30
8.4. SAC.......................................................................................................................... 30
8.5. TIR E VPL ................................................................................................................. 31
9. Referências Bibliográficas ............................................................................................... 35

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1. Matemática Financeira

É o conjunto de conceitos que avalia a alteração do valor do dinheiro no tempo.

Estes conceitos são compostos por algumas variáveis e para que haja um entendimento sobre
o assunto precisamos definir quais são elas:

1.1. Juro

Entende-se por juro a parcela do pagamento referente à remuneração do capital que o credor
disponibilizou ao contratante. Em outras palavras, para quem contrai o empréstimo os juros
constituem o custo do aluguel deste dinheiro.

1.2. Spread

É a diferença entre o custo de captação e de aplicação do dinheiro. O Spread contempla o


lucro pretendido, as despesas administrativas e os impostos além do risco da operação.

1.3. Despesas

As operações de cessão de dinheiro exigem gastos operacionais com advogados, agentes


comerciais, administradores que precisam ser remunerados.

1.4. Inflação

Inflação é a perda de poder de compra do dinheiro ao longo do tempo. Para utilizarmos uma
taxa de juros real necessitamos saber qual a taxa de inflação contida nela.

1.5. Risco

O risco é a possibilidade de o credor não receber a quantia original que emprestou, pois o
tomador do dinheiro poderá não honrar com seu compromisso.

Isso levaria a uma perda. Financeiramente, quanto maior o risco de não receber a quantia
emprestada, maior deverá ser a taxa de juros praticada.

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1.6. Tempo

Todas as operações financeiras, consequentemente as taxas de juros, são associadas ao


tempo. Quanto maior for o tempo de cessão do dinheiro, maior a probabilidade de o credor
não receber o capital emprestado e isto afeta a taxa de juros.

1.7. Dinheiro

Dinheiro não deve ser entendido somente como papel-moeda, mas como todos os bens que
podem ser transformados em valor monetário. Na matemática financeira o termo capital é
usado para definir a quantidade de dinheiro utilizado nas transações.

1.8. Impostos

É preciso entendermos qual influência de alguns impostos sobre as operações financeiras pois
seu custo pode ser afetado pela incidência dos mesmos.

1.9. Lucro

Define a necessidade de remuneração do capital cedido pelo credor ao tomador. Esta


necessidade existe pelo fato de o credor dispor deste recurso que poderia ser investido em
outra oportunidade para cedê-lo ao tomador.

1.10. Taxa de juros

Taxa de juros é a representação matemática percentual da relação entre o capital cedido ou


emprestado e o aluguel recebido por tal operação.

1.11. Montante = Valor Futuro (VF)

Montante é o resultado do capital inicialmente cedido ou emprestado, recebido e somado aos


juros consequentes desta operação.

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1.12. Valor Presente (VP)

O valor presente é o capital inicial a ser aplicado, cedido ou emprestado. Corresponde a uma
quantidade de unidades monetárias na data “zero”.

1.13. Período – “n”

O período define a quantidade de tempo e sua periodicidade de aplicação para capitalização


de um valor presente.

Por exemplo, um VP = $ 100,00 a ser capitalizado em 10 meses, ou seja, n=10.

2. Valor do Dinheiro no Tempo

Para entendermos este significado é preciso aceitarmos que o dinheiro perde seu poder de
compra ao longo do tempo, inflação.

Em outras palavras, o que se pode comprar hoje com uma unidade monetária não
necessariamente poderá ser adquirido em um ano com esta mesma unidade monetária.

Da mesma forma, se um cidadão dispõe na data de hoje de um capital e decide por investí-lo
como forma de resgatá-lo no futuro, deixa de gastá-lo no presente sob a expectativa de que
neste futuro este capital investido se transforme em um montante maior do que o capital
inicial.

A cessão, disposição de um capital não pode vir desligada de uma compensação financeira
futura.

3. Capitalização dos Juros

Capitalização é o processo de incorporação do juro ao capital. O regime ou sistema de


capitalização é a forma contínua no tempo que descreve como o juro é adicionado ao capital.

Há duas formas de capitalização dos juros sendo elas:

 Simples – juro somente incorporado ao capital inicial;


 Composto – após cada período, o juro é incorporado ao capital, proporcionando juro sobre
juro.

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O problema da matemática financeira é determinar o valor futuro (VF) da quantia que o


individuo abriu mão no presente, cedendo para outro individuo (VP), sendo conhecidos a taxa
de juros (i) e o número de períodos (n).

3.1. Juros Simples

Chama-se simples quando apenas o capital inicial (VP) rende juro. Desta forma o juro incide
somente sobre o capital inicial investido, independente do período considerado.

A fórmula que define os juros simples:

VF = VP + i x n

Exemplo: um cidadão decidiu investir $100,00 (VP) em uma aplicação que rende (i) 1,0% a.m.
por um período de 12 meses (n). Depois deste período, qual será o montante a ser resgatado?

VF = 100+1% x 12 meses = $ 112,00

3.2. Juros Compostos

Juro composto ou capitalização composta é aquele em que a taxa de juros incide sempre sobre
o capital inicial acrescido do juro acumulado até o período anterior (o montante), é o que se
conhece por “juros sobre juros”.

A fórmula que define os juros compostos é:

n
VF= VP x (1+i)

Exemplo: se utilizarmos o exemplo acima dos juros simples, porém aplicando o conceito de
juros compostos teremos o seguinte resultado:

VF = 100 x (1+1%)¹² = $ 112,68

Na HP 12C:

100 12 1

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4. Tipos de Taxas de Juros

Há basicamente 4 tipos de taxas de juros:

 Taxa nominal;
 Taxa efetiva;
 Taxa real;
 Taxa equivalente

4.1. Taxa Nominal

É a taxa de juros em que a unidade referencial de seu tempo não coincide com a unidade de
tempo dos períodos de capitalização.

A taxa nominal é sempre fornecida em termos anuais e os períodos de capitalização podem ser
semestrais, trimestrais, mensais ou diários.

Exemplo: i = 12% a.a.

i = 6% a.s.

4.2. Taxa Efetiva

A taxa efetiva pressupõe a incidência de juro apenas uma vez em cada período a que se refere
a taxa, isto é, a unidade de referência de seu tempo coincide com a unidade de referência do
tempo dos períodos de capitalização.

Para calcularmos a taxa efetiva temos a seguinte condição:

n
Taxa Nominal
Taxa Efetiva = / 100 +1 -1 x 100
n

Onde: n = periodicidade, mensal, semestral, bimestral, etc.

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Exemplo:

Uma taxa nominal de 12% a.a. capitalizada mensalmente teria como taxa efetiva:

12,68% a.a.

4.3. Taxa Real

A taxa real de juros “pura” é a taxa paga na operação financeira, ou seja, eliminando-se da taxa
de juros os efeitos inflacionários, administrativos e de risco.

Para chegarmos ao % da taxa de juros real:

1 + ie
Taxa Real = i real = x 100
1 + ii

Onde:

ie = taxa aparente

ii= inflação

4.4. Taxa Equivalente

Tal qual o sistema de capitalização simples ou composto, a taxa equivalente também


apresenta duas formas de cálculo:

 Taxa Equivalente Simples;


 Taxa Equivalente Composta.

4.4.1. Taxa Equivalente Simples

Não pode ser usada para tomada de decisões ou determinação de custos, pois não expressa a
taxa efetiva contida na transação. Será encontrada por uma simples divisão ou multiplicação:

12% a.a. = 1% a.m.

10% a.m. = 120% a.a.

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4.4.2. Taxa Equivalente Composta

É equivalente o cálculo das taxas que mantem uma relação exponencial entre os seus
respectivos tempos. O cálculo equivalente compostos é utilizado no regime de capitalização
composta (juro composto).

iq = ( 1 + it ) x q / t - 1 x 100

Iq = taxa que eu quero

It = taxa que eu tenho

q = número de períodos que eu quero

t = numero de períodos que eu tenho

12% a.a. = 0,9489% a.m.

1% a.m. = 12,68% a.a.

5. Série de Pagamentos

A série de pagamentos pode ser entendida como pagamentos ou recebimentos (prestações)


com a finalidade de construir capital (capitalização), ou amortizar uma dívida (amortização)
sempre por meio de prestações constantes, periódicas e temporárias.

Podemos encontrar basicamente três tipos de séries de pagamentos:

 Pagamentos Antecipados: primeiro pagamento no período “zero”:

PMT PMT PMT PMT

0 1 2 3 n períodos
VP

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 Pagamentos Postecipados: primeiro pagamento no fim do primeiro período:

PMT PMT PMT

0 1 2 3 n períodos
VP

 Série de Pagamentos Diferida: primeiro pagamento diferido de “n” períodos:

PMT PMT

0 1 2 3 n períodos
VP

5.1. Cálculo do Valor Presente de Rendas Uniformes ou Prestações

5.1.1. Rendas Antecipadas

Na renda antecipada o primeiro pagamento é realizado no instante “zero” do período de


tempo estabelecido.
n
(1 + i) - 1
VF = PMT x (1 + i) x
i

Onde:

VF = valor futuro ou montante;

PMT = prestação ou amortização;

I = taxa de juro;

N = número de períodos.

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Ou seja, para sabermos o valor de uma prestação dentro de um regime de pagamento


antecipado temos a seguinte expressão:

VF
PMT =
n
(1 + i) - 1
(1 + i) x
i

5.1.2. Rendas Postecipadas

As prestações sem entrada são a maneira preferida dos consumidores em geral e a forma de
pagamento defendida por nove entre dez profissionais da área de marketing das organizações.

Na renda postecipada, o primeiro pagamento é feito no final do primeiro período. Na prática,


este tipo de operação é chamado de “prestação sem entrada”.

n
(1 + i) - 1
VP = PMT x
i

Onde:

VP = valor presente ou à vista;

PMT = prestação ou amortização;

I = taxa de juro;

N = número de períodos.

Para calcularmos o valor da prestação no sistema de pagamento postecipado usamos a


seguinte fórmula:

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VP
PMT =
n
(1 + i) - 1

5.1.3. Rendas Diferidas

Este tipo de prestação é bastante utilizado nas atividades empresariais, aliás de forma muito
justa, pois se uma empresa adquire uma máquina, por exemplo, seria justo que o vendedor
concedesse determinado prazo ao empresário de modo que este pudesse colocar o
equipamento em funcionamento e iniciasse a produção e vendas. Apenas quando o produto
das vendas iniciasse o ciclo de entrada de recursos é que os pagamentos (amortizações) seriam
efetuados.

-(n+m) -m
1 - (1+i) - 1 - (1 + i)
VP = PMT x
i

Onde:

VP = valor presente ou à vista;

PMT = prestação ou amortização;

N = número de períodos;

M = prazo de carência;

I = taxa de juro.

Temos então a prestação calculada pela seguinte expressão:

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VP
PMT =

-(n+m) -m
1 - (1+i) - 1 - (1 + i)

6. Sistemas de Amortização

Em termos financeiros, a dívida surge quando uma determinada importância é emprestada por
certo período de tempo.

Com a finalidade de amortizar as dívidas, surgiram os sistemas de amortização ou pagamentos


que já são predefinidos. Estes sistemas são critérios de pagamento dessas dívidas, geralmente
de longo prazo, nos quais o devedor paga periodicamente ao credor uma parcela, em que está
incluso o pagamento de uma parte do principal e mais o valor do juro sobre o saldo devedor
da operação.

Composição da prestação:

(+) Parcela de amortização do principal


(+) Juro sobre o saldo devedor
(+) Despesas
(+) Comissões
(+) Atualizações monetárias
(=) Parcela (prestação)

Em contratos de financiamento existem alguns termos utilizados para denominar cada


elemento.

 Acessórios são elementos adicionais que as instituições cobram do mutuário para


administrar o financiamento, como seguros, taxas de administração etc.
 Amortização do principal é o abatimento periódico de uma parcela da dívida “pura”
contraída, independentemente dos juros e outras despesas.
 Capital é o valor financiado para o mutuário pelo credor.
 Credor é a instituição financeira que está suportando o financiamento.
 Mutuário ou devedor, é a pessoa física, ou jurídica, que está recebendo o financiamento e
tem o dever de pagar a prestação.
 Mútuo é a denominação jurídica dada para um contrato de empréstimo oneroso.
 Prazo de amortização é o tempo pelo qual o devedor deverá pagar a prestação.
 Saldo devedor é o valor que resta para o término do pagamento do principal da dívida.

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No quadro a seguir estão representados os termos utilizados nos sistemas de amortização:

PMT Valor da prestação


C ou VP Capital a ser amortizado ou valor presente da dívida
i Taxa unitária de juro
J juros do período
A Amortização do período
n Número de períodos da aplicação

Existem inúmeros sistemas de amortização e não é incomum que instituições financeiras criem
sues próprios sistemas. O quadro que segue representa os principais:

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Método linear ponderado de Gauss - único método que


realemente não fere a legislação, ou seja, não se utiliza da usura,
Gauss
do juro sobre juro, utiliza juro simples. A fórmula é
fundamenteda na progressão aritmética.
Sistema de amortização do montante - paga-se no vencimento o
principal (capital) e os juros acumulados no período. Efetua-se
SM
um único pagamento, que acontece no vencimento

Sistema de amortização americano - este sistema é bastante


utilizado nos empréstimos em moeda externa; paga-se
Sam
periodicamente os juros sobre o saldo devedor e ao final do
contrato amortiza-se o principal numa única parcela (bullet ).
Sistema de amortização alemão - paga-se periodicamente os
juros antecipados sobre o saldo devedor e uma parcela do
SAI
principal.

Sistema de amortização francês - paga-se perdiodicamente os


juros sobre o saldo devedor e uma parcela de amortização do
SAF
principal. A taxa de juros informada é efetiva.

Sistema de amortização pela Tabela Price - paga-se quase


sempre mensalmente os juros sobre o saldo devedor e uma
Price
parcela constante de amortização do principal. A taxa de juros
informada é nominal
Sistema de amortização constante - paga-se periodicamente os
juros sobre o saldo devedor e uma parcela de amortização do
SAC
principal que é constante.

Sistema de amortização misto - é um sistema criado pela Caixa


Econômica, utilizando o SAC e o SAF, fazendo-se uma média
SAM
aritmética dos valores que seriam pagos de juro e amortização
pelos dois modelos.
Sistema de amortização crescente - é um sistema criado pela
Caixa Econômica, utilizando o SAC, entretanto nessa variante a
Sacre prestação permanece constante por 12 meses, enquanto o saldo
devedor é atualizado mensalmente. A cada 12 meses a prestação
é recalculada com base no sado devedor existente.

Fonte: Matemática Financeira – Instrumentos financeiros para a tomada de decisão em Administração, Economia e
Contabilidade. Aderbal Nicolas Müller e Luis Roberto Antonik – Ed. Saraiva

Neste material trataremos mais especificamente de Tabela Price e SAC .

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6.1. Tabela Price:

Em essência é o mesmo que o sistema Francês diferindo pelo uso da taxa de juro nominal
(Francês usa taxa efetiva). Sua denominação se deve ao nome do matemático, filosofo e
teólogo inglês Richard Price que viveu no século XVIII e incorporou a teoria do juro composto
às amortizações de empréstimos (ou financiamentos). A denominação Sistema Francês se deve
ao fato de ter sido efetivamente desenvolvido na França no século XIX.

Este sistema consiste em um plano de amortização de uma dívida em prestações iguais,


periódicas e sucessivas dentro do conceito de termos vencidos, em que o valor de cada
prestação, ou pagamento, é composto por duas parcelas distintas, uma de juro e a outra do
capital, assim:

PMT= J + A

Onde:
PMT = prestação
J = juro
A = amortização.

Sua fórmula é definida por:

n
(1 + i) x i
PMT= capital x
n
(1 + i) - i

Sendo:

PMT = prestação

I = taxa de juros

N = número de parcelas (prazo)

Capital = capital a ser amortizado ou VP

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Tomemos como exemplo a seguinte situação:

Um financiamento de R$100.000,00 em um período de 5 meses com juros de 10% a.m.

Assim temos:

Capital = 100.000,00

I = 10%

N =5

n Juros Amortização Prestação Saldo Devedor


0 100.000,00
1 10.000,00 R$ 16.379,75 R$ 26.379,75 83.620,25
2 8.362,03 R$ 18.017,72 R$ 26.379,75 65.602,53
3 6.560,25 R$ 19.819,50 R$ 26.379,75 45.783,03
4 4.578,30 R$ 21.801,44 R$ 26.379,75 23.981,59
5 2.398,16 R$ 23.981,59 R$ 26.379,75 -
Total 31.898,74 100.000,00 131.898,74

5
(1+0,10) x 0,10
PMT = 100.000,00 x 26.379,75
5
(1 + i) - 0,10

A taxa a ser considerada para efeito de cálculo deve coincidir com o período analisado. Em
outras palavras, se tivermos uma taxa de 214% a.a. e vamos calcular prestações mensais,
devemos encontrar a taxa equivalente.

√12
Neste caso: i = ( 1+2,14) = 10,00% a.m.

Na HP 12C:

100.000,00 5 10 26.379,75

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6.2. SAC

Sistema de amortização constante, também conhecido como sistema de amortização


hamburguês. A denominação deriva de sua principal característica, ou seja, as amortizações
periódicas são todas iguais ou constantes. No entanto, o valor das prestações caem ao longo
do tempo, pois os juros diminuem de acordo com a evolução do saldo devedor.

O calculo é extremamente simples.

Amortização = saldo devedor dividido pelo período;

Juros = percentual de juro multiplicado pelo saldo devedor;

Prestação = soma de juros com amortização.

No mesmo caso do exemplo anterior onde tínhamos, Capital (VP) = R$100.000,00 , taxa de
juros (i) = 10% a.m. e período (n) = 5 temos:

n Juros Amortização Prestação Saldo Devedor


0 100.000,00
1 10.000,00 R$ 20.000,00 R$ 30.000,00 80.000,00
2 8.000,00 R$ 20.000,00 R$ 28.000,00 60.000,00
3 6.000,00 R$ 20.000,00 R$ 26.000,00 40.000,00
4 4.000,00 R$ 20.000,00 R$ 24.000,00 20.000,00
5 2.000,00 R$ 20.000,00 R$ 22.000,00 -
Total 30.000,00 100.000,00 130.000,00

Amortização = Saldo devedor / período = 100.000,00/5 = R$20.000,00 /mês;

Juros = 10% do saldo devedor = R$ 10.000,00 no primeiro mês;

Prestação = juros + amortização = R$ 30.000,00 no primeiro mês.

7. Análise de Projetos de Investimentos

O conceito fundamental para tratarmos de análise de investimentos é o valor do dinheiro no


tempo.

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Como citado anteriormente, o dinheiro perde poder de compra ao longo do tempo em função
de alguns fatores, dentre os quais podemos citar dois principais, inflação e expectativa de
retorno por emprestar ou ceder dinheiro para um terceiro.

Ilustremos esse raciocínio com números:

João recebeu em janeiro de 20XX a quantia de R$10.000,00. Conservador que é, João decidiu
guardar este dinheiro em sua casa ao invés de aplica-lo no banco. Este ano acumulou uma
inflação de 10%. Quanto de dinheiro João terá ao final do ano 20XX e qual seu poder de
compra?

VF = 10.000,00

I = 10%

VP = ?

Na realidade João, partindo do princípio de que não gastou nem parcialmente, nem em sua
totalidade o dinheiro recebido, terá ao final do ano os mesmos R$10.000,00 recebidos em
janeiro. Porém, seu poder de compra deve ser diminuído à taxa da inflação do período.

Assim temos a seguinte situação:

n
VF = VP x (1 + i)

VF
VP =
(1 + i) n

R$ 10.000,00
VP = = R$ 9.090,91
(1 + 0,1)¹

Ou seja, ao final de dezembro do ano 20XX o dinheiro que João recebera em janeiro do mesmo
ano (R$10.000,00) poderia comprar o equivalente a R$9.090,91.

R$ 10.000,00 Inflação = 10% R$ 9.090,91

Janeiro Dezembro

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Na HP 12C:

10.000,00 1 10 9.090,91

7.1. Engenharia Econômica

O nome Engenharia Econômica surgiu na década de 1930 para designar a análise de propostas
de investimentos em bens de capital (máquinas e equipamentos), baseadas em estudos de
engenharia. O termo engenharia se dava ao fato de os engenheiros deterem o conhecimento
sobre as plantas industriais e a eles cabia a tarefa de estudar ampliação das mesmas ou
construção de novas. Assim o nome “engenharia econômica” nasce para designar a área de
conhecimentos que tratava da viabilidade de projetos de investimentos sob a perspectiva de
engenharia e econômico-financeira.

7.2. Métodos de Análise de Investimentos

Há basicamente dois métodos quantitativos para avaliarmos economicamente um projeto, o


que não leva em consideração o dinheiro no tempo e o que leva calculando através de fluxo de
caixa descontado.

O primeiro é rejeitado pela sua simplicidade, pois desconsidera o efeito do valor do dinheiro
no tempo para estudo do fluxo de caixa.

A proposta deste material é apresentar quatro métodos mais conhecido de avaliação de


investimentos, sendo um deles o que não considera valor do dinheiro no tempo e os outros
três sim.

 Pay-Back simples;
 Pay-Back descontado;
 TIR;
 VPL

7.2.1. Pay-Back Simples

É o método mais simples, pois considera entradas e saídas de caixa sem o efeito do valor do
dinheiro no tempo.

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Imaginemos que o João, que havia recebido R$10.000,00 em no ano 20XX decidiu investir seu
dinheiro em um projeto de 5 anos com um fluxo de caixa livre (já consideradas entradas e
saídas de caixa) de R$3.500,00 por ano. Com base neste método, qual seria o retorno do
investimento?

Inv. = 10.000,00

N =5

I =0

3.500,00 3.500,00 3.500,00 3.500,00 3.500,00

0 1 2 3 4 5

10.000,00

Somando-se o fluxo de caixa livre e comparando-o com o investimento inicial temos um


retorno de 75%.

Pay-Back = 17.500,00 - 10.000,00 = R$7.500,00

Em outras palavras, João ficou mais rico R$7.500,00 no ao fim de 5 anos

7.2.2. Pay-Back Descontado.

Este modelo se difere do anterior por considerar o valor do dinheiro no tempo. Mais
precisamente, neste caso o que se desconta do fluxo de caixa é o efeito da inflação.

No mesmo exemplo anterior teríamos a seguinte situação:

Inv. = 10.000,00

N =5

I = 5% a.a.

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno


23

3.500,00 3.500,00 3.500,00 3.500,00 3.500,00

0 1 2 3 4 5

10.000,00

Para calcularmos o Pay-Back descontado precisamos trazer à valor presente cada um dos
fluxos anuais.

Relembrando a fórmula do juro composto:

n
VF = VP x (1 + i)

VF
VP =
(1 + i) n

Assim, para cada ano dos 5 do fluxo, teremos um valor presente.

3.500,00
VP1 = = R$ 3.333,33
(1 + 0,05)¹

3.500,00
VP2 = = R$ 3.174,60
(1 + 0,05)²

3.500,00
VP3 = = R$ 3.023,43
(1 + 0,05)³

3.500,00
VP4 = = R$ 2.879,46
4
(1 + 0,05)

3.500,00
VP5 = = R$ 2.742,34
(1 + 0,05)5

VP total = R$ 15.153,17

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno


24

Comparando-se o valor presente desta série com o investimento inicial temos que João
enriqueceu R$5.153,17. Em outras palavras, quando considerado o efeito da inflação, o poder
de compra do dinheiro de João se perdeu em R$2.346,83 ao longo de 5 anos.

7.2.3. VPL – Valor Presente Líquido

O valor presente líquido é a soma dos fluxos de caixa livres do projeto, trazidos à valor
presente, descontado o investimento inicial.

FC1 FC2 FC3 FCn


VPL = -I + + + + .................... +
(1 + TMA)¹ (1 + TMA)² (1 + TMA)³ (1 + TMA) n

Onde:

I = Investimento inicial;

FC = Fluxo de caixa do período;

TMA = Taxa mínima de atratividade.

Diferente do Pay-Back descontado que considera os efeitos da inflação, o VPL usa o mesmo
principio de descontar o fluxo de caixa a uma taxa. Porém ao invés da inflação o VPL usa a
TMA.

O caminho até a definição da TMA é complexo, longo e não é alvo deste estudo. Mas em linhas
gerais ele deve contemplar o custo de capital da empresa, sendo este composto por capital
próprio e capital de terceiros.

O capital de terceiros tem em si embutido um custo; o capital próprio tem em si embutido o


risco do negócio.

Um bom projeto economicamente é aquele cujo fluxo de caixa, descontado da TMA, se iguala
a “zero” ou o supera.

O conceito por trás disso é que no instante em que o VPL se iguala a “zero” além de pagar os
custos, despesas e o investimento relacionado ao projeto, remunera o capital investido a um
custo mínimo que seja atrativo ao investidor (TMA).

O VPL é uma medida de riqueza. Seu resultado é expresso em unidade monetária. Isso
representa que se positivo, o investidor ficou mais rico em tantas unidades de medida após o

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno


25

período de projeto determinado. O inverso é verdadeiro, ou seja, um projeto com VPL


negativo é um mau projeto e consequentemente um destruidor de riqueza para o investidor.

Por tratar de riqueza, o VPL é o melhor método para comparação de projetos mutuamente
exclusivos, ou seja, ou investe-se em um, ou em outro, pois estes disputam os mesmo
recursos. O projeto que apresentar o maior VPL, economicamente, deve ser o escolhido.

7.2.4. TIR – Taxa Interna de Retorno

Modelo preferido pela maioria dos executivos. Acredita-se que isso se deve à facilidade de
raciocínio em termos de taxas, de comparar com o retorno esperado ou mesmo com o custo
de capital do projeto.

A TIR é a taxa que iguala o valor presente das saídas previstas com as entradas do fluxo de
caixa. Assim, ela torna a somatória dos valores atuais dos fluxos de caixa igual a “zero”.

Este modelo traz consigo algumas falhas como:

 Não ser uma referência para comparação de projetos mutuamente exclusivos;


 Trazer mais de um resultado dependendo da quantidade de vezes em que fluxo de caixa
inverte o sinal.

Representação da TIR em fórmula:

FC1 FC2 FC3 FCn


0= -I + + + + .................... +
(1 + TIR)¹ (1 + TIR)² (1 + TIR)³ (1 + TIR) n

Onde:

I = Investimento inicial;

FC = Fluxo de caixa de cada período.

Ainda no exemplo do João, teríamos a seguinte TIR:

3.500,00 3.500,00 3.500,00 3.500,00 3.500,00

0 1 2 3 4 5

10.000,00

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno


26

TIR = 22%

Na HP 12C

10.000,00 3.500,00 5

22%

8. Exercícios

8.1. Juros Simples

 Comprei um novo computador, mas como não tinha o dinheiro todo, fiz um empréstimo
para pagá-lo. Ao final do empréstimo terei pago R$ 4.300,00. Só de juros pagarei R$ 1.800,00.
A taxa foi de 3% a.m. Por quantos anos pagarei pelo empréstimo? Qual o preço do
computador sem os juros?

 Comprei o material para a reforma da minha casa, pelo qual pagarei um total de
R$ 38.664,00. O seu valor à vista era de R$ 27.000,00 e a taxa de juros é de 2,4% a.m. Por
quantos anos eu pagarei por este material?

 Aninha retirou de uma aplicação o total R$ 74.932,00, após decorridos 3,5 semestres. O valor
dos juros obtidos foi de R$ 22.932,00. Qual a taxa de juros a.b.?

 O valor principal de uma aplicação é de R$ 2.000,00. Resgatou-se um total de R$ 2.450,00


após 1 mês. Qual o valor da taxa de juros a.d.?

 Timóteo pagou mensalmente, pelo período de 1 ano, por um curso que à vista custava
R$ 1.800,00. Por não ter o dinheiro, financiou-o a uma taxa de juros simples de 1,3% a.m. Qual
o valor total pago pelo curso? Qual o valor dos juros?

 Um aplicador investiu R$ 35.000,00 por 1 semestre, à taxa de juros simples de 24,72% a.a.
Em quanto o capital foi aumentado por este investimento?

 Em uma aplicação recebi de juros R$ 141,75. O dinheiro ficou aplicado por 45 dias. Eu tinha
aplicado R$ 3.500,00. Qual foi a taxa de juros a.a. da aplicação?

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno


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 Maria Gorgonzola realizou uma aplicação por um período de 1 bimestre. Em tal período o
capital de R$ 18.000,00 rendeu a ela R$ 1.116,00 de juros. Qual foi a taxa de juros a.a.
utilizada?

 Maria recebeu R$ 5.000,00 de juros, por um empréstimo de 1 mês. A taxa de juros aplicada
foi de 37,5% a.a. Quanto Maria havia emprestado?

 Ambrózio recebeu R$ 1.049,60 de juros ao aplicar R$ 8.200,00 à taxa de 19,2% a.s. Qual foi o
prazo da aplicação em meses?

 Calcule o montante e os juros referentes a um capital de R$ 45.423,50 investido a 0,3% a.d.,


durante 1,5 anos.

 Gusmão tomou emprestado R$ 32.000,00, pagando durante 2 anos, à taxa de juros simples
de 2,54% a.t. Qual o juro resultante após os 2 anos?

 Para reformar o seu carro, um taxista realizou um empréstimo a uma taxa de juros simples
de 2,64% a.m. A duração do empréstimo foi de 220 dias, qual o juro pago para o empréstimo
de R$ 7.000,00?

 Qual o valor dos juros e do montante resultantes de um empréstimo de R$ 15.478,50 feito


pelo prazo de 5 bimestres, à taxa de 7,5% a.b.?

 Qual o valor dos juros correspondente a um empréstimo de R$ 37.200,00 realizado pelo


prazo de 3 bimestres, à taxa de 91,2% a.a.?

 Minha irmã, ao todo, pagou R$ 322.800,00 por sua casa. Sei que de juros ela pagou
R$ 172.800,00. A taxa foi de 1,2% a.m. Por quantos anos ela pagou pelo imóvel? Qual o preço
da casa sem os juros?

 Comprei uma joia a prazo, pagando um total de R$ 9.825,20. O seu valor à vista era de
R$ 7.700,00 e a taxa de juros é de 4,6% a.m. Por quantos semestres eu fiquei com esta dívida?

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno


28

 Marcinha retirou de uma aplicação o total R$ 80.848,00, após decorridos 5 trimestres. O


valor dos juros obtidos foi de R$ 15.648,00. Qual a taxa de juros a.b.?

O valor principal de uma aplicação é de R$ 10.000,00. Resgatou-se um total de R$ 19.000,00


após 1 semestre. Qual o valor da taxa de juros a.d.?

 Pedro pagou mensalmente, pelo período de 3 semestres, por um equipamento que custa
R$ 5.300,00, a uma taxa de juros simples de 1,89% a.m. Qual o valor total pago? Qual o valor
dos juros?

 Fulano tomou emprestado R$ 137.000,00 durante 2 semestres, à taxa de juros simples de


28% a.s. Qual o juro resultante após os 2 semestres?

 Para abrir um pequeno negócio, uma pessoa realizou um empréstimo a uma taxa de juros
simples de 1% a.m. no Banco do Povo. Sabendo-se que a duração da transação será de
6 semestres, qual o juro a ser pago para um empréstimo de R$ 5.000,00?

 Qual o valor dos juros correspondente a um empréstimo de R$ 26.000,00 realizado pelo


prazo de 100 dias, à taxa de 25,92% a.a.?

 Uma pessoa realizou um empréstimo a uma taxa de juros simples de 0,5% a.m. Sabendo-se
que a duração da operação será de 5 anos, qual o juro a ser pago para um empréstimo de
R$ 5.000,00?

 Qual o valor dos juros correspondente a um empréstimo de R$ 10.000,00 feito pelo prazo de
1 mês, à taxa de 102% a.a.?

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno


29

8.2. Juros Compostos

 Aplicando-se R$ 15.000,00 a uma taxa de juro composto de 1,7% a.m., quanto receberei de
volta após um ano de aplicação? Qual o juro obtido neste período?

 Paguei de juros um total R$ 2.447,22 por um empréstimo de 8 meses a uma taxa de juro
composto de 1,4% a.m. Qual foi o capital tomado emprestado? Calculando o valor da entrada
para financiar a compra do seu carro a partir do valor da prestação

 Planejo emprestar R$ 18.000,00 por um período de 18 meses ao final do qual pretendo


receber de volta um total de R$ 26.866,57. Qual deve ser o percentual da taxa de juro
composto para que eu venha a conseguir este montante?

 Preciso aplicar R$ 100.000,00 por um período de quantos meses, a uma taxa de juro
composto de 1,7% a.m., para que ao final da aplicação eu obtenha o dobro deste capital?

 Se um certo capital for aplicado por um único período a uma determinada taxa de juros, em
qual das modalidades de juros, simples ou composta, se obterá o maior rendimento?

 R$ 10.000,00 aplicados por 6 meses a uma taxa de juros simples de 3% a.m., para produzir o
mesmo montante na modalidade de juros composto em um aplicação com a mesma duração,
precisará ser aplicada a qual taxa mensal?

 Um aparelho DVD Player custa à vista R$ 250,00. Se pago sem entrada em 6 prestações
mensais a uma taxa de juros de 3% a.m., qual será o valor de cada prestação mensal?

 Um eletrodoméstico sai à vista por R$ 550,00. Se for dada uma entrada de R$ 150,00 e o
restante for pago em 4 prestações mensais a uma taxa de juros de 2,5% a.m., qual será o valor
mensal de cada parcela?

 Comprei um aparelho eletrônico que à vista custava R$ 1.250,00 dando uma entrada mais
3 prestações mensais de igual valor, a uma taxa de juros de 1,2% a.m. Qual o valor de cada
pagamento?

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno


30

 Um aparelho DVD Player foi pago em 5 prestações mensais de R$ 383,90 sem entrada.
Sabendo-se que a taxa de juros foi de 2% a.m., qual seria o pago caso eu tivesse feito a compra
à vista?

8.3. PRICE

 Uma geladeira é vendida, pelo pagamento à vista, por R$ 1 200,00. Caso o consumidor
queira parcelar o eletrodoméstico, será cobrada uma taxa de juros no valor de 2% ao mês.
Considerando que uma pessoa comprou a geladeira em 12 prestações iguais, calcule o valor
dos juros cobrados utilizando o sistema Price.

 Um crédito no valor de R$ 80.000,00 foi liberado para a compra de uma casa. Considerando
a taxa de juros de 0,5% ao mês, e prazo para pagamento de 15 anos, determine o valor da
prestação mensal desse financiamento utilizando o sistema Price.

 Um determinado valor foi financiado, sabemos que o valor de cada prestação corresponde a
R$ 1 035,62, que serão pagas durante 24 meses. O financiamento foi efetuado de acordo com
o sistema Price, utilizando taxa de juros mensal de 1%. Com base nessas informações, calcule o
valor financiado.

 Uma opção de financiamento de casas ou apartamentos consiste no cálculo da prestação


mensal fixa, utilizando o sistema Price. Calcule o valor de uma prestação do financiamento de
R$ 100.000,00 a uma taxa mensal de 0,99%, durante 240 meses.

8.4. SAC

 Um empréstimo de R$ 60 000,00 deve ser devolvido de acordo com o sistema de


amortizações constantes em 120 prestações mensais a taxa de juros de 1% ao mês. Construa a
planilha referente as 5 primeiras prestações.

 Um empréstimo de R$ 30 000,00 deve ser devolvido de acordo com o sistema de


amortizações constantes em 60 prestações mensais a taxa de juros de 1% ao mês. Determine o
valor da prestação de número 38 e o valor dos juros cobrados dessa prestação.

 Um empréstimo no valor de R$ 40 000,00 foi concedido no regime de amortizações


constantes e deverá ser quitado em 40 prestações mensais. Considerando a taxa de juros de
2% ao mês, determine o valor da amortização acumulada, dos juros, da prestação e do saldo
devedor correspondente ao 21º mês.

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno


31

 Um empréstimo no valor de R$ 2 000 000 é concedido à taxa de juros compostos de 10% ao


ano, a ser reembolsado em 5 anos de acordo com o SAC. Determine o valor total do
financiamento após a quitação através da construção da planilha de dados dessa operação
financeira.

8.5. TIR E VPL

 Encontre o VPL e a TIR do fluxo de caixa genérico expresso abaixo, sob forma de
tabela, sabendo que a taxa de juros é de 12,68% a.a.

VPL = 18.849,49
TIR = 2,28 % a.m.

 Cristina precisa avaliar um novo investimento que, segundo suas estimativas, vai
gerar os seguintes fluxos de caixa anual: $7.000; $6.000; $5.000; $4.000; $3.000;
$2.000; $1.000. O investimento será de $18.000 e ele trabalha com uma taxa mínima de
atratividade de 15% ao ano.

a) Qual a TIR e o VPL do projeto ?

Resp. 17,26 % aa. e $930,54

b) O que significa um VPL positivo para o projeto ?

Resp. Significa que o investimento inicial será remunerado a 15% ao ano e gerará um
ganho extra, calculado na data zero, de $930,54

c) O projeto é viável ?

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno


32

Resp. Sim

 Jari precisa avaliar um novo negócio com investimento inicial de $8.000 e vida útil de
3 anos. Ele fez as seguintes estimativas para o fluxo de caixa anual: $2.000; $3.500;
$5.000. A taxa mínima de atratividade é de 15% ao ano.

a) Qual a TIR e o VPL do projeto?

Resp. 12,85% e -$326,79

b) O que significa um VPL negativo para o projeto ?

Resp. Significa que o investimento inicial será remunerado a uma taxa menor do que
15% ao ano, ou seja, comparando-se com a TMA, o projeto tem rentabilidade inferior,
ou seja, destruindo valor para o investidor.

c) O projeto é viável ?

Resp. Não

d) Qual o valor máximo para o investimento inicial que torna o projeto viável ? Resp.
$7.673,21

 Um empresário adquiriu um sistema gerenciador de informações de clientes e pedidos


para agilizar o processamento de pedidos de sua empresa, pagando R$ 40.000 a vista.
Após um ano de utilização do sistema, constatou-se um aumentou no nível de serviço e
aumento na participação da empresa no mercado, que se traduziu em um aumento no
faturamento, resultando em um acréscimo médio de 8% nos lucros, devido ao
dinamismo das entregas e a confiabilidade percebida pelos clientes que passaram a ter
acesso em tempo real sobre o status do andamento de suas encomendas através do site
da empresa na Internet. Sabendo que o faturamento médio mensal da empresa ao longo
do ano anterior a aquisição do software era de R$ 250.000 e que o lucro girava em torno
de 45% da receita e que o CDB vem apresentando ao longo dos últimos dois anos uma
rentabilidade de 12% a.a. Pede-se:

a) Monte a DFC da operação.

PMT = 250.000 x 45% x 8%

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno


33

PMT = 9.000

b) Qual a rentabilidade percebida pelo empresário ao final do período de 01 ano após a


aquisição do software?

A rentabilidade pode ser percebida de vária formas. Dentre as quais a TIR.

Para isso basta calcular a TIR do fluxo elaborado no item a)

PV = -40.000
PMT = 9.000
N = 12 meses
Calcular o i na HP 12c:

i = 19,97% a.m. (Note que é uma rentabilidade extremamente alta!)

 Na sua opinião, a aquisição do sistema foi um bom negócio do ponto de vista


financeiro? Por quê?

Baseando-se na resposta do item b), nota-se que a rentabilidade é bastante maior do que
a TMA (Taxa Mínima de Atratividade) 19,97% a.m. >> 0,9489% a.m. (12% a.a.
equivalente).

d) Calcule o Valor Presente Líquido da operação de compra do sistema.

CF0 = – 40.000
CFj = 9.000
Nj = 12
i = 0,9489 % a.m.
VPL = 61.623,64 (NPV)

e) Calcule a taxa interna de retorno da operação.

TIR = 19,97% a.m. (IRR)

 A Harris Company está avaliando a proposta de aquisição de uma empilhadeira. O


preço básico da máquina é de R$ 107.500 e seriam necessários mais R$ 12.500 em
modificações, adequando-a ao uso específico na empresa. A máquina seria vendida por
R$ 55.000 após 03 anos. A compra da empilhadeira não teria nenhum efeito sobre as
receitas, mas espera-se que ela represente para a empresa uma economia mensal em
termos de custos operacionais brutos de impostos da ordem de R$ 4.000, principalmente
de mão-de-obra. A alíquota marginal de imposto de renda da Harris é de 35%. Despreze
a depreciação.

Pede-se:

a) elabore o DFC da operação de compra da máquina.

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno


34

PMT = 4.000 x (1-0,35) = 2.600


A venda da empilhadeira pelo valor residual não é tributada pelo IR,
pois caso fosse estaríamos diante de uma caso de bitributação, já que o
IR já foi pago na compra da máquina.

b) Sendo a taxa mínima de atratividade igual a 12% ao ano capitalizada mensalmente


(taxa nominal), você acha que a máquina deveria ou não ser adquirida? Por quê?

Para responder essa pergunta, temos que calcular a TIR ou o VPL.

Calculando o VPL:

120.000 < g > CF0

2.600 < g > CFj

35 < g > Nj

57.600 < g > CFj

1% a.m. < i >

< f > NPV

VPL = – 3.279,61 (VPL negativo) logo não é um bom investimento e sendo assim a
empilhadeira não deve ser adquirida dessa maneira.

Calculando a TIR:

< f > IRR

TIR = 0,8816 % a.m. (TIR < TMA) logo não é um bom investimento e sendo assim a
empilhadeira não deve ser adquirida dessa maneira.

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno


35

9. Referências Bibliográficas

1. Costa, Luiz Guilherme Tinoco Aboim & Costa, Luiz Rodolfo Tinoco Aboim & Alvim, Marcelo
Arantes. Valuation – Manual de Avaliação e Reestruturação Econômica de Empresas. São
Paulo: Atlas, 2011.
2. Junior, Antonio Marcos Duarte. Análise de Investimentos em Projetos – Viabilidade
financeira e risco. São Paulo: Saint Paul, 2013.
3. Kassai, José Roberto & Casanova, Silvia Pereira de Castro & dos Santos, Ariovaldo & Assaf
Neto, Alexandre. Retorno de Investimento – Abordagens Matemática e Contábil do Lucro
Empresarial. São Paulo: Atlas, 2007.
4. Sousa Neto, José Antônio de & Martins, Henrique Cordeiro. Finanças Corporativas na
Prática – Ferramentas Gerenciais. Belo Horizonte: Elsevier : Fundação Dom Cabral, 2010.
5. Müller , Aderbal Nicolas & Antonik, Luis Roberto – Matemática Financeira. Instrumentos
financeiros para a tomada de decisão em Administração, Economia e Contabilidade. São
Paulo: Saraiva, 2012.

6. http://aprendamatematica.com/site/bateria-de-exercicio-de-analise-de-investimentos-
da-fgv-decision/

7. http://www.luisguilherme.com.br/download/ENG1530/Resolvido%2007%20-
%20VPL%20e%20TIR.pdf

8. http://exercicios.brasilescola.com/exercicios-matematica/exercicios-sobre-
financiamentos-utilizando-tabela-price.htm

9. http://exercicios.brasilescola.com/exercicios-matematica/exercicios-sobre-sac-sistema-
amortizacoes-constantes.htm

10. http://www.matematicadidatica.com.br/JurosSimplesExercicios1.aspx

11. http://www.matematicadidatica.com.br/JurosCompostosExercicios1.aspx

Elaborado por: Thiago Karam Aceituno

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