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PRISMAÇÃO: Dinâmicas Territoriais e Mapeamento Colaborativo na

escala do bairro.

Ana Gabriela F. Araújo* 1 (IC), Isadora S. Andrade 1 (IC), Celina F. A. Manso 1 (PQ), Luciana de O.
Berreta 2 (PQ), Sandra C. Pantaleão 1 (PQ), Raimunda D. S. Aguiar 2 (TC), Gabriel R. Couto 3 (PQ),
Simone B. Brandão 3 (PQ), Joyce B. F. C. Silva 2 (IC)

1. Universidade Estadual de Goiás (UEG)


2. Universidade Federal de Goiás (UFG)
3. Universidade de Brasília (UnB)

Resumo: A ação de extensão denominada PRISMAÇÃO: Dinâmicas territoriais e Mapeamento


Colaborativo na escala do bairro é um conjunto de atividades práticas e teóricas interdisciplinares e
interinstitucionais. Nesse sentido, o objeto deste Projeto de Extensão, é o mapeamento colaborativo
como ferramenta digital para o diagnóstico sobre as dinâmicas territoriais na escala do bairro em
Goiânia. No engajamento com os debates sobre os espaços públicos que compõem a estrutura urbana
do Setor Sul em Goiânia, pretende-se reconhecer o cotidiano invisível da condição urbana do bairro, a
alteridade constitutiva (BRAIT, 2012) da cidade. Para a implementação da PRISMAÇÃO: Dinâmicas
Territoriais e Mapeamento Colaborativo na escala do bairro, tendo como área piloto de intervenção o
Setor Sul de Goiânia, foi pensado uma abordagem em fases, que adotam metodologias distintas, que
podem ser realizadas presencialmente e remotamente. Para atender o objetivo de inserir a população
no processo de construção e participação no diagnóstico sobre as dinâmicas territoriais, por meio da
elaboração de mapeamentos colaborativos, com o uso de ferramentas digitais.

Palavras-chave: Extensão Universitária. Arquitetura e Urbanismo. Informática. Georreferenciamento.


Sistema de Informação Geográfica. Cartografia.

Introdução

A ação de extensão denominada PRISMAÇÃO: Dinâmicas territoriais e


Mapeamento Colaborativo na escala do bairro é um conjunto de atividades práticas e
teóricas interdisciplinares e interinstitucionais. A intenção é vincular os Cursos de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Goiás e o Instituto de
Informática da Universidade Federal de Goiás com o objetivo de desenvolver ações
de ensino, pesquisa e extensão. Dentro do seu campo de atuação o projeto integra
atividades que interligam a comunidade acadêmica, a sociedade e o poder público,
na busca por soluções viáveis para os problemas locais a serem estudados.
O mapeamento colaborativo é um instrumento importante de participação social,
que permite a leitura das dinâmicas territoriais que podem fortalecer a inserção da
população na discussão e construção das cidades na escala local. Historicamente, os
mapas são ferramentas de dominação e controle do território. Mas, com os avanços
tecnológicos do século XX e XXI, e principalmente das duas últimas décadas, houve
uma crescente utilização de tecnologias da informação, resultado do intenso uso e
desenvolvimento de dispositivos móveis, softwares e web, modificando a sociedade
e a relação entre os usuários com as ferramentas de georreferenciamento,
promovendo a popularização da criação e manipulação de dados geográficos
(LANER et al, 2017).
Nesse sentido, o objeto deste Projeto de Extensão, é o mapeamento
colaborativo como ferramenta digital para o diagnóstico sobre as dinâmicas territoriais
na escala do bairro em Goiânia.

Material e Métodos

Para a implementação da PRISMAÇÃO: Dinâmicas Territoriais e Mapeamento


Colaborativo na escala do bairro, tendo como área piloto de intervenção o Setor Sul
de Goiânia, foi pensado uma abordagem em fases, que adotam metodologias
distintas, que podem ser realizadas presencialmente e remotamente. Para atender o
objetivo de inserir a população no processo de construção e participação no
diagnóstico sobre as dinâmicas territoriais, por meio da elaboração de mapeamentos
colaborativos, com o uso de ferramentas digitais.

No engajamento com os debates sobre os espaços públicos que compõem a


estrutura urbana do Setor Sul em Goiânia, pretende-se reconhecer o cotidiano
invisível da condição urbana do bairro, a alteridade constitutiva (BRAIT, 2012) da
cidade. O Setor Sul se enquadra no perfil dos projetos de interesse socioambiental,
cultural e urbanístico. Reconhecer o território, com a participação de quem nele vive,
através da dimensão vivida (RONCAYOLO, 1990), é o objetivo principal por entender
que o território é constituído por lugares de enunciação de experiências espaciais
cotidianas.
O processo de construção da Ação de Extensão PRISMAÇÃO: Dinâmicas
Territoriais e mapeamento colaborativo na escala do bairro opera com, e para além,
dos conceitos construir e habitar discutidos a partir de Richard Sennett (2018) que
faz uma reflexão sobre a distinção entre ville (um lugar físico e concreto) e cité (uma
experiência, uma consciência coletiva, uma cultura).
O PRISMAÇÃO se divide em 4 fases de implementação, com duas fases
executadas indicadas abaixo:
A Fase I – Inicialização é referente à preparação para a elaboração do Plano de
Organização, comunicação e capacitação. Nesta fase pretende despertar nas
pessoas envolvidas o comprometimento com o processo de elaboração do projeto e
esclarecer as atividades de comunicação, diálogos com a sociedade e
relacionamento propostas, bem como o cronograma do processo.
O plano de mobilização e comunicação deve identificar e aproximar entidades,
comunidade, parceiros e agentes sociais estratégicos, para a elaboração da proposta
metodológica, constituindo uma rede descentralizada de informações. Com vistas a
um posicionamento estratégico de comunicar, criar e justificar a identidade visual
criada, bem como estabelecer um plano de trabalho integrado e que atenda as
frentes de: mobilização, diálogo, relacionamento, informação, divulgação e
transparência.

A Fase II - Organização, comunicação e capacitação da equipe - Tomada de


decisões compreende os primeiros passos para a apresentação da ação de extensão
a comunidade envolvida. Para tanto foram criados diversos Grupos de Trabalho (GT).
Nessa fase serão realizados o levantamento e organização de dados oficiais e
coletados in loco, bem como o desenvolvimento de uma abordagem sistêmica,
análise situacional e interpretação de dados.

Resultados e Discussão

Durante o período de atividade, foi possível realizar as atividades propostas e


desenvolver parte das duas primeiras fases do projeto. Em conjunto com o Instituto
de Informática da Universidade Federal de Goiás, iniciamos o desenvolvimento do
site do projeto, buscando maneiras de introduzir os mapas e informações coletadas.
Além disso, com os eventos realizados, foi possível discutir a temática e apresentar
o projeto para os demais alunos e pessoas presentes.

No decorrer do projeto, foram levantados diversos mapas para a construção


do site:
Considerações Finais

Por conta da pandemia de COVID-19, as atividades foram desenvolvidas por


meio remoto. Apesar de ter facilitado em alguns aspectos, como a comunicação entre
instituições de diferentes cidades, não foi possível realizar pesquisa e levantamento
de dados in loco. Além disso, não conseguimos vivenciar os espaços e nem realizar
troca de saberes de forma presencial para tomada de decisões.

Referências

____________. Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: Paz e Terra, 2014.
BRAIT, Beth. Alteridade, dialogismo, heterogeneidade: nem sempre o outro é o
mesmo. Rev. bras. psicanál, São Paulo , v. 46, n. 4, p. 85-97, dez. 2012 .
Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486641X201200040
0008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 22 set. 2021.

JACQUES, Paola Berenstein. Estética da ginga: a arquitetura das favelas através


da obra de Hélio Oiticica. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2001.

HARVEY, David. Cidades rebeldes: Do direito à cidade à revolução urbana. São


Paulo: Martins Fontes, 2014.

MARICATO, Ermínia. As ideias fora do lugar, e o lugar fora das ideias. In:
ARANTES, Otília Beatriz Fiori; VAINER, Carlos; MARICATO, Ermínia. A cidade do
pensamento único. Desmanchando consensos. Petrópolis: Vozes, 2002.

RONCAYOLO, M. La Ville et ses territoires. french: mass market paperback –


1993.

SENNET Richard. Construir e habitar: ética para uma cidade aberta. 1ª ed. São
Paulo: Record, 2018. 377p.

VILLAÇA, Flávio. A crise do planejamento urbano. São Paulo em Perspectiva. São


Paulo, Fundação Seade, v.9, n.2, 1995.

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