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LÍNGUA PORTUGUESA

Professora Tereza Cavalcanti


A atividade policial pode ser verificada em quase todas as organizações
políticas que conhecemos, desde as cidades-estado gregas até os Estados
atuais. Entretanto, o seu sentido e a forma como é realizada têm variado ao
longo do tempo. A ideia de polícia que temos hoje é produto de fatores
5 estruturais e organizacionais que moldaram seu processo histórico de
transformação.
A palavra “polícia” deriva do termo grego polis, usado para descrever a
constituição e organização da autoridade coletiva. Tem a mesma origem da
palavra “política”, relativa ao exercício dessa autoridade coletiva. Assim,
10 podemos perceber que a ideia de polícia está intimamente ligada à noção de
política. Não há como dissociá-las. A atividade de polícia é, portanto, política,
uma vez que diz respeito à forma como a autoridade coletiva exerce seu
poder. Arthur T. M. Costa. Polícia, controle social e democracia. In: Arthur
Trindade Maranhão Costa. Entre a lei e a ordem. Rio de Janeiro: FGV, 2004, p.
93. Internet: (com adaptações).
1. A informação a respeito da etimologia dos vocábulos ‘polícia’ (l. 7) e ‘política’
(l. 9) fundamenta a conclusão do autor, introduzida pela palavra “Assim” (l. 9).

2. O trecho “Não há como dissociá-las” (l. 11) poderia ser corretamente


reescrito de diferentes maneiras, a exemplo das seguintes: É impossível separá-
las; Não há forma de as dissociar; Não separam-se.
3. Da leitura do texto conclui-se que a ação da polícia depende diretamente da
ação dos ocupantes de cargos políticos na sociedade, os responsáveis pelos
“fatores estruturais e organizacionais” (l. 4 e 5) que definem a atividade
policial.

4. A substituição de “cidades-estado” (l. 2) por cidades-estados não


prejudicaria a correção gramatical do texto.
5. No primeiro parágrafo, o pronome relativo “que” exerce, nas duas primeiras
ocorrências, a função de complemento verbal e, na terceira, a de sujeito da
oração em que se insere.

A atividade policial pode ser verificada em quase todas as organizações políticas


que conhecemos

A ideia de polícia que temos hoje é produto de fatores estruturais e


organizacionais que moldaram seu processo
Entre todos os fatores técnicos da mobilidade, um papel particularmente
importante foi desempenhado pelo transporte da informação — o tipo de
comunicação que não envolve o movimento de corpos físicos ou só o faz secundária
e marginalmente. Desenvolveram-se, de forma consistente, meios técnicos que
5 também permitiram à informação viajar independentemente dos seus portadores
físicos — e independentemente também dos objetos sobre os quais informava:
meios que libertaram os “significantes” do controle dos “significados”. A separação
dos movimentos da informação em relação aos movimentos dos seus portadores e
objetos permitiu, por sua vez, a diferenciação de suas velocidades; o movimento da
10 informação ganhava velocidade num ritmo muito mais rápido que a viagem dos
corpos ou a mudança da situação sobre a qual se informava. Afinal, o aparecimento
da rede mundial de computadores pôs fim — no que diz respeito à informação — à
própria noção de “viagem” (e de “distância” a ser percorrida), o que tornou a
informação instantaneamente disponível em todo o planeta, tanto na teoria como
15 na prática. Zygmunt Bauman. Globalização: as consequências humanas. Trad.
Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Zahar, 1999 (com adaptações)
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto precedente,
julgue os itens a seguir.
6. O termo “Desenvolveram-se” (l. 4) poderia ser substituído pela locução
Foram desenvolvidos, sem prejuízo do sentido e da correção gramatical do
texto.

7. A “rede mundial de computadores” a que o autor se refere na linha 12 do


texto corresponde à Internet.

8. As formas pronominais “os quais” (l. 6) e “a qual” (l. 11) referem-se,


respectivamente, a “portadores físicos” e “situação”.
9. A supressão do acento indicativo de crase em “à própria noção de ‘viagem’” (l.
12-13) manteria os sentidos e a correção gramatical do texto.

10. A substituição do conectivo “Afinal” (l.11 ) por Contudo manteria os sentidos


originais do texto.
CRASE

11. ... nutrir uma raiva desmedida, bem maior, às vezes, do que a razão mesma da
discordância
A retirada do acento indicativo de crase em “às vezes” (.19) não comprometeria a
correção gramatical do texto.

12. No trecho “Não são raras as vezes em que se ouviu alguém falando de seus
problemas” (l. 10), a inserção do acento grave indicativo de crase em “as vezes”
manteria a correção gramatical do período.
13. Seriam preservados o sentido e a correção gramatical do texto caso se
empregasse o sinal de crase no trecho “se ateve a questões processuais” (ℓ.
18 e 19)

14. Dada a regência do verbo tender, é facultativo o emprego do sinal


indicativo de crase no vocábulo “a” em “tendem a ser menos efetivas” (l.45).
15. ...apresenta às futuras gerações o desafio de atender às demandas
crescentes da população.

O uso do sinal indicativo de crase em “atender às demandas” (l.9) é facultativo.


16. ... Dando viço às suas peregrinações

É obrigatório o sinal indicativo de crase empregado em “às suas peregrinações”


(l.11), de maneira que sua supressão acarretaria incorreção gramatical no texto.

17. A polícia parisiense é extremamente hábil à sua maneira.

A supressão do sinal indicativo de crase em “à sua maneira” (l.2) manteria a


correção gramatical do texto.
18. A correção gramatical do texto seria mantida caso fosse suprimido o
vocábulo “esta” no trecho “que da África continuamente estão passando a esta
América” (ℓ. 3 e 4),

19. No trecho “Diga não às ‘corrupções’ do dia a dia”, seria correto o emprego
do sinal indicativo de crase no vocábulo “a” em “dia a dia”.
20. Assim chegaria a noite, com sua tranquila vibração.

A introdução do sinal grave indicativo de crase em “a noite” (l.26) manteria a


correção gramatical do texto, mas prejudicaria seu sentido original.

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