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EQUIPAMENTOS PARA
FABRICAÇÃO DE
BLOCOS E PAVERS
Aprenda a identificar as necessidades da sua fábrica,
conheça as diferentes soluções para cada demanda e
orçamento, e faça a escolha certa para o seu negócio.
Com a palavra, o autor
O desenvolvimento deste material foi um ótimo desafio. Não me recordo de ter encontrado
algo semelhante por aí.
O que você vai ler não é um amontoado de informações técnicas que você precisa se
esforçar para entender e decifrar. Este e-book vai oferecer algumas metodologias para
avaliar estrategicamente o mercado e tomar decisões mais seguras.
Iniciar um novo negócio é um grande desafio. Fazer um negócio crescer exige “expertise” ,
bons contatos (networking) e um ótimo conhecimento do mercado. Manter uma posição de
liderança demanda, além de dar a devida atenção a todos os desafios relacionados aos
clientes que respeitam sua empresa, um espírito inovador.
O empreendedor deve estar preparado para tomar decisões tendo 100% das informações
necessárias, 70% ou até mesmo 40% delas. Aliás, este último número (40%) é a média do
volume de informações necessárias, que os diretores de grandes empresas dizem precisar
conhecer para tomar decisões bem calibradas atualmente.
Vale um lembrete de dois grandes pesquisadores da engenharia geotécnica, sobre o
assunto:
Veja este e-book como um “presente” que a WM/GERVASI está entregando a você, para
facilitar o seu processo de decisão.
A comparação parece um tanto exagerada, uma vez que não se pode misturar decisões
sobre questões econômicas com decisões sobre a vida. A vida tem sempre prioridade.
Eu me refiro, na verdade, ao esforço e à pressão que estes dois profissionais enfrentam para
decidir. Ambos precisam seguir protocolos estritos para não tomar decisões equivocadas.
O médico tem que se certificar que aquele órgão é compatível com o receptor. Caso
contrário, ele coloca a vida do receptor em risco e ainda impedirá que uma outra pessoa
com maiores chances de sucesso seja transplantada.
O empreendedor da mesma forma. Ele precisa se assegurar, com fatos e dados objetivos, de
que está tomando a decisão correta ao escolher um determinado conjunto de
equipamentos e periféricos, pois colocará o seu capital ou de investidores sob risco.
Nesse sentido, estamos trazendo uma ferramenta muito útil para analisar mercados e tomar
decisões.
Neste e-book serão analisadas três situações muito comuns em qualquer indústria:
Estas análises serão feitas com base no “modelo das 5 forças de Porter”. Ele será utilizado
para afinar o olhar sobre as três condições estudadas.
Ao mesmo tempo, ao final, estão 5 anexos muito importantes, veja:
Para algumas pessoas, iniciar um novo negócio é algo assustador e impensável. E elas são
capazes de enumerar uma série bem longa de argumentos para justificarem a posição. A
argumentação passa pela situação econômica do país, a insegurança jurídica, o contexto
político, a pandemia, e até mesmo pela idade do empreendedor.
Por outro lado, há aquele grupo composto de pessoas totalmente otimistas e que diminuem
drasticamente os riscos envolvidos. São pessoas que suportam muito bem as descargas de
adrenalina nos momentos de tensão e até se alimentam delas, sentem falta quando não
estão correndo algum risco.
Normalmente você está no meio de tudo isto e espera conseguir tomar uma decisão
ponderada.
A questão envolvida aqui, é o fato de que não se pode tomar uma decisão sem um mínimo
de informações confiáveis. Não se pode fazer um planejamento de sucesso com base em
“achismos” ou “feeling”. Não vai funcionar.
Vamos apresentar para você, neste tópico, alguns "insights" que o ajudarão a encontrar o
melhor caminho para empreender nesta área.
Nossa intenção é ajudá-lo a escolher o equipamento ideal para a sua iniciativa
empreendedora, mas não tem como fazer isso sem levá-lo a refletir sobre aspectos mais
amplos da questão.
A grande pergunta é: por que algumas empresas se saem melhor no mercado de artefatos
de concreto do que outras? Certamente algum tipo de vantagem competitiva foi
estabelecida e elas se sobrepuseram aos demais concorrentes neste segmento.
É preciso entender, então, como se forma esta vantagem competitiva. Outra consideração
importante nesta avaliação é olhar o segmento através da “visão dos consumidores” e não
do produto.
Quando se considera a ótica do cliente pode-se perceber contra o que ou quem de fato se
está competindo. Você vai descobrir que seu concorrente pode estar além do grupo de
fabricantes de artefatos, se houver um.
Para nos ajudar a entender este mercado e estabelecer uma vantagem competitiva vamos
apresentar uma ferramenta desenvolvida por Michael Porter, da Harvard Business School.
Essa ferramenta ficou conhecida como “Modelo das 5 forças de Porter”. Ela vai nos ajudar a
analisar o ambiente de competição onde você pretende ingressar e aumentar as suas
chances de sucesso.
As ideias de Porter, sobre o que analisar no mercado, podem ser condensadas no Infográfico
1. A partir de agora, vamos direcionar esta análise para o ambiente que é nosso alvo: o
mercado de blocos e pavers.
Você terá que fazer isso juntamente conosco. Abra seu computador, pegue um caderno e
comece a anotar e pesquisar o que estamos discutindo. O objetivo é que você consiga
refletir sobre o que está acontecendo ao seu redor e decidir como entrar neste mercado,
qual o porte mínimo da empresa e, consequentemente, o tipo de equipamento que você
vai precisar.
Vamos apresentar algumas perguntas orientativas e você terá que ir atrás das respostas.
Bom trabalho!
Infográfico 1 - O modelo das 5 forças de Porter para análise do ambiente de competição
Imagine agora um raio de 60 km ao redor do local onde você pretende implantar a sua
empresa. Não precisa ser o local exato, apenas uma referência espacial. Por causa da massa
dos blocos e pavers, 60 km é um limite competitivo para fazer entregas ou para que seu
cliente venha buscá-los.
Pegue um mapa, pode ser de um aplicativo on-line mesmo, e marque todas as empresas que
fazem parte do setor de pré-moldados, não apenas blocos e pavers.
É importante lembrar que outros tipos de pré-moldados podem ser seus concorrentes
indiretos. As fábricas de ladrilhos hidráulicos, por exemplo, podem competir com pavers e os
fabricantes de paredes de concreto em forma de placas, podem competir com os blocos.
Lembre-se: tenha a visão do cliente! Ele pode escolher pavers ou ladrilhos hidráulicos.
Faça um levantamento de como é a concorrência que você vai enfrentar. Utilize as redes
sociais para pesquisar, peça para algum amigo visitar a empresa e dar a você as suas
impressões (técnica do cliente fantasma), converse com quem já comprou da concorrência.
Visite obras que são atendidas pelos concorrentes, pergunte sobre o atendimento, enfim.
Descubra quem são seus fornecedores e os preços das matérias-primas. Levante a “ficha” da
empresa. Nem sempre é possível conseguir todas estas informações. Faça o melhor que
puder.
Não seja ingênuo. No momento em que você fizer sinais de que vai entrar no mercado, a
concorrência, se for atenta, vai fazer o mesmo movimento e procurar saber quem você é.
As empresas do setor de pré-moldados, que estão a mais tempo no mercado, podem impor
as chamadas “BARREIRAS DE ENTRADA”. São várias possibilidades:
a) Com que facilidade você, e outras empresas, poderiam entrar neste mercado e
representar uma ameaça?
b) Quem são os seus concorrentes?
c) Quanto vai custar entrar neste mercado?
d) Quais as principais barreiras à sua entrada que você já está visualizando?
e) O que seria necessário para “escalar” a sua produção?
Enfrentando os concorrentes estabelecidos
Esta é uma situação bastante importante de ser identificada. Quando há empresas muito
fortes fabricando blocos e pavers e o mercado está estável ou em queda pode haver uma
disputa muito acirrada por clientes afim de manter a sua produção. Neste contexto ocorrem
quedas acentuadas de preços seguidas de uma lenta recuperação.
Nesta situação forma-se uma barreira de entrada muito difícil de ser quebrada e é bom
rever as suas intenções e estratégias de penetração.
Uma outra questão a ser analisada aqui é que a dificuldade para desmobilização de uma
indústria de blocos e pavers se constitui em uma barreira para a saída do setor. Para que
esta empresa deixe o mercado, ela deverá amortizar os gastos que teve, a fim de recuperar o
capital investido. Se ela não for comprada rapidamente, poderá operar um bom tempo com
preços baixos até que retome os valores imobilizados.
Há regiões em nosso país, como o sul e o sudeste, por exemplo, em que há uma abundância
de fornecedores para a indústria de blocos e pavers. Há múltiplos fornecedores de cimento,
de agregados, aditivos e outros insumos igualmente necessários, como peças de reposição.
Em outras regiões o quadro se inverte e os poucos ou, às vezes, o único fornecedor, aplica
uma política de dominação e impõe seus preços, comprometendo a margem das indústrias
que dependem dele.
Mesmo em regiões com diversas opções de fornecedores, pode ocorrer que, em função da
logística para o atendimento de determinadas localidades, os preços se tornem muito
elevados. Este é um ponto de atenção no momento de escolher o local para fixação da sua
empresa.
As “pedreiras” têm uma capacidade limitada de produção e para atender grandes obras de
pavimentação precisam adaptar sua estrutura para fornecer os agregados necessários e isto
compromete quase toda a sua produção.
Uma fábrica de blocos e pavers se caracteriza, na maioria das vezes, por uma operação
horizontalizada, ou seja, dependente de diversos fornecedores e tem pouco poder de
barganha frente a eles.
a) O que você imagina que aconteceria com os seus custos se os fornecedores dos seus
principais insumos aumentassem seus preços?
b) Que facilidade você teria para identificar e mudar para um novo fornecedor?
A figura mais importante para qualquer indústria, e que tem maior impacto sobre seus
processos é o cliente. E isto é assim por causa do seu poder de barganha.
“... a habilidade dos compradores de baixar, por meio da barganha, os preços cobrados
por empresas de um setor e de aumentar os custos dessas empresas pela exigência de
maior qualidade de seus produtos e serviços.”
O poder dos compradores no setor de blocos e pavers pode derivar de algumas realidades:
● O arranjo de produção local (ou APL) é composto por muitas pequenas empresas de
blocos e pavers e ao mesmo tempo há compradores grandes e em pequeno número.
As empresas fornecedoras acabam sendo dominadas;
● As compras são efetuadas em grandes quantidades de cada vez e isto é utilizado para
baixar os preços unitários das peças;
● As indústrias de artefatos dependem destas grandes empresas para cumprir uma
importante parcela de suas vendas mensais;
● Como os produtos oferecidos são indiferenciados, é muito fácil trocar de fornecedor
ou jogar uma indústria contra a outra na disputa pelo seu pedido;
● Uma vez que os blocos e pavers apresentem características semelhantes (físicas e
mecânicas), e não há impedimento econômico para trocar de fornecedor, é muito
fácil fracionar o pedido em lotes e novamente colocar uma indústria contra a outra
em busca de mais lotes;
● Os compradores podem ameaçar, frente a uma demanda alta e contínua, começar a
produzir seus próprios blocos e pavers, o que é uma excelente tática para manter os
preços reduzidos.
Mais uma vez, ao analisar estas constatações, você deve ter percebido a importância de
algumas coisas, como, por exemplo, ter um produto diferenciado, escala, fornecedores
parceiros e não depender de poucos clientes.
Qual foi a última vez que você comprou um CD para ouvir músicas em seu carro? Aliás, o
conjunto multimídia do seu veículo ainda tem entrada para CD?
Você costuma ir ao cinema para assistir filmes, especialmente lançamentos? Sim, claro que
vai, especialmente naquelas salas com poltronas reclináveis e conjugadas, som perfeito e
que ficam nos shoppings.
Por que o cinema não morreu com a chegada da Netflix e outros provedores de streaming e
os CDs vão desaparecer ou se tornar muito irrelevantes? Já pensou nisso?
Você que está se preparando para montar uma fábrica de blocos e pavers precisa aprender
com estes cases.
A realidade é esta: seu produto sempre vai estar sujeito ao surgimento de uma tecnologia
substituta e você precisa agir rápido e se adaptar quando isso acontecer.
Quem, no mercado da construção civil, poderia substituir blocos e pavers? Já temos uma
ideia e vamos compartilhar com você. Preste atenção e identifique a presença de empresas
ao seu redor. Alguns materiais podem se mover mais do que 60 km, então amplie o seu raio
de observação (Infográfico 2).
Infográfico 2 - Prováveis produtos substitutos para blocos e pavers
Ou seja, todo produto enfrenta quase as mesmas dificuldades, porém, com diferenças
distintas em relação ao seu tipo específico de produto.
Quando você tiver identificado os produtos que podem substituir os blocos e pavers que irá
produzir, faça uma avaliação de como o seu produto impactaria na vida de seus clientes.
Procure pensar como adaptá-los às mudanças que seus clientes podem sofrer.
Não é questão de se tornar um “futurólogo”, mas se você observar outros mercados locais
de artefatos e trocar experiências com quem já “está na lida”, poderá se prevenir quanto a
esta questão.
Qual é o objetivo dessa discussão sobre o Modelo de Porter? É que você consiga identificar
o seu mercado local e definir uma estratégia de entrada. Logicamente que isto implica
diretamente na configuração dos equipamentos que irá adquirir.
Há outros aspectos que você deverá considerar, e para isso consulte nosso site e baixe o
e-book “COMO MONTAR UMA FÁBRICA DE BLOCOS LUCRATIVA”
(https://conteudo.wmmaquinasdeblocos.com.br/materiais). Aqui vamos tratar
especificamente dos equipamentos, e mais especificamente daqueles que a WM/GERVASI
fabrica e como você pode combiná-los de maneira a extrair o melhor de cada máquina.
Antes disso, é preciso caracterizar aquilo que se entende por mercado e tentar identificar
pelo menos três ambientes que este mercado pode se desenvolver.
Em primeiro lugar, sem querer ser o dono da verdade, vamos apresentar um conceito de
mercado que seja útil ao nosso propósito:
“...Mercado deve ser entendido como o “local” em que operam as forças da oferta e
demanda, através de vendedores e compradores, de tal forma que ocorra a transferência
de propriedade da mercadoria através de operações de compra e venda.”
(EMATER-DF;2010)
Está claro por estes conceitos que mercado envolve não somente a troca em si, mas o
contexto social em que ela ocorre. Dessa forma, vamos agrupar o mercado para blocos e
pavers em três cenários. Estes cenários, longe de serem uma classificação, constituem os
contextos mais comuns que serão enfrentados para estabelecer a sua indústria. É evidente
que existem muitas nuances entre cada cenário e estas deverão ser consideradas na tomada
de decisão.
Mercados em desenvolvimento
Os mercados em desenvolvimento são uma grande oportunidade, mas serão os mais lentos
em crescimento. Será necessário investimento em treinamento de mão de obra, promoção
do produto e outras estratégias de penetração.
Que tipo de equipamento se adquire para entrar em um mercado como este? É necessário
um equipamento que permita um investimento relativamente menor inicialmente e cujo
upgrade seja rápido quando o mercado começar a demandar volume.
Como se trata de um mercado que está sendo aberto, não se pode abrir mão da qualidade,
então, deve ser pelo menos hidráulico. Com um equipamento hidráulico já é possível
produzir pavers e blocos com resistência de norma.
Não adianta entrar com equipamentos manuais ou pneumáticos, estes equipamentos terão
que ser abandonados tão logo o mercado cresça. Um equipamento hidráulico tem uma
sobrevida maior com a possibilidade dos upgrades.
Neste cenário é muito fácil cair na armadilha de compradores mais experientes que têm a
habilidade ou o hábito de jogar um fornecedor contra o outro.
Neste contexto, a indústria deve estar preparada para responder rapidamente à demanda
que surgir, não permitindo que faltem produtos ou as entregas atrasem. O nível de serviço
deve ser igual ou melhor ao existente.
O equipamento de entrada deve permitir uma produção com qualidade constante, sem
variações. Uma única peça fora do padrão pode derrubar a resistência de um lote todo e
levar à sua rejeição. O mercado vai exigir laudo dos produtos ou uma certificação (PBQP-H)
da indústria. Para garantir isso, a adoção de equipamentos hidráulicos automáticos é
obrigatória. À medida que a participação no mercado for crescendo será necessário
aumentar a capacidade de produção, em um primeiro momento instalando periféricos que
melhorem a logística de produção e posteriormente um upgrade da própria máquina ou a
instalação de uma nova linha.
Sobre a instalação de uma nova linha há alguns aspectos a verificar antes. Este e-book vai
dedicar um capítulo a este tema.
Este é um cenário transitório, mas que pode ter uma duração prolongada dependendo da
saúde financeira dos competidores. É preciso estar atento às seguintes características:
Este é o contexto mais desfavorável para iniciar uma atividade industrial. Para competir em
um mercado como este é necessário um grande volume de produção, pois a rentabilidade
das vendas se mostra muito baixa, por causa da redução das margens de negociação.
Você foi apresentado até aqui a um método de avaliação de mercado muito poderoso. Se
seguiu os passos que apresentamos e procurou responder da maneira mais completa
possível as questões que foram levantadas você adquiriu uma excelente visão de mercado
para nortear as suas decisões.
Caso você não tenha estudado o mercado conforme orientamos, sugerimos fortemente que
você o faça. Talvez você esteja utilizando algum outro método para desenvolver o seu plano
de negócio, sem problemas com isso.
Você só não pode tomar a decisão de adquirir um equipamento sem uma reflexão sobre o
mercado no qual pretende atuar. Isto seria um grande erro.
Para cada cenário serão oferecidas três opções de configuração de equipamentos. Estas
configurações trazem uma visão progressiva dentro de cada mercado. A lógica por detrás
destas configurações é permitir que você faça um planejamento de médio e longo prazo,
organizando a planta da sua indústria para futuros upgrades.
É preciso que você atente para o fato de que as configurações foram preparadas para
permitir o melhor desempenho das vibro-prensas, que são o coração do processo. A
configuração completa para a situação ótima segue o modelo do Infográfico 3.
Evidentemente você deverá estar atento aos demais materiais e equipamentos que irão dar
suporte a cada configuração, como as bandejas, gaiolas (estantes), equipamento para
movimentação, etc. Estamos tratando daquilo que a WM/GERVASI pode lhe oferecer e que
está dentro da nossa expertise.
Siga as nossas sugestões sobre como avaliar o mercado e faça escolhas inteligentes para
ingressar neste negócio, que é muito promissor — se começado de maneira correta.
2. Preparando-se para crescer?
Antes, ajuste seu processo e
inclua os equipamentos
necessários.
Esta seção destina-se àqueles homens e mulheres empreendedores que já estão na lida há
algum tempo.
O tempo ensina muitas coisas; a experiência forja o caráter e faz surgir a tenacidade
necessária para vencer desafios. Crescer é um grande desafio. Toda indústria possui um
limite que precisa ser rompido, superado, para alcançar um novo patamar de produção.
Sem dúvida o que vocês acabam de ler é real, muito bonito, e até mesmo um tanto
filosófico. Toda ciência se apoia em algum tipo de filosofia. Mas há um porém: nenhuma
empresa cresce de verdade e de modo sustentável sem uma base sólida, sem estar bem
ajustada.
A razão para esta pergunta é muito simples. É muito provável que a sua empresa ainda
tenha muito mais capacidade de produção do que você imagina, mas por erros de processo
ela ainda não atingiu a sua melhor performance.
A primeira recomendação que queremos fazer é que leia, se ainda não o fez, o nosso E-book
“Como otimizar uma fábrica de blocos”. É GRATUITO. Você poderá encontrá-lo em nosso site
(https://conteudo.wmmaquinasdeblocos.com.br/materiais) .
A segunda recomendação é que, com base nos princípios descritos ali, você faça um
diagnóstico e coloque sua fábrica em ordem; Arredonde os seus processos, trabalhe para
corrigir as pequenas falhas que, somadas, impedem a sua planta de atingir todo o seu
potencial. Leve ao limite de produção os seus equipamentos.
Pode ser que seja necessário corrigir inicialmente a logística do seu processo. Para descobrir
isso é necessário observar o processo como um todo e não somente o desempenho da sua
vibro-prensa. Comece avaliando os processos anteriores à moldagem, faça os ajustes, e
depois os processos posteriores.
Quando você alcançar a “estabilidade”, ai, sim, é o momento de olhar para frente e pensar
em como aumentar o potencial da sua planta com a aquisição de máquinas e equipamentos.
Depois que você fizer isso e sua fábrica estiver estável em um novo patamar, é chegado o
momento de fazer outra pergunta: Considerando o mercado atual e as perspectivas de
futuro, o quanto podemos crescer de modo sustentável?
A palavra “sustentável” aqui não tem conotação ecológica, mas sim, refere-se a um
crescimento continuado e seguro, sem sacrificar margens e nem criar inimizades no
mercado entre seus pares.
A partir do momento que você estiver no domínio do processo irá ficar claro o que sua
planta precisa para saltar para um novo nível.
A WM/GERVASI possui uma linha de máquinas e equipamentos que pode ajudá-lo a fazer o
upgrade necessário e na medida certa. Pensando nisso, criamos uma espécie de “árvore de
decisão” para orientá-lo na escolha. Veja o Quadro 1. Ele mostra a melhor transição entre
modelos dos nossos equipamentos. Depois você pode baixar o nosso catálogo
(https://conteudo.wmmaquinasdeblocos.com.br/catalogo-wm) e ver as características
técnicas de cada máquina.
Pode ser que o seu caso não seja o de ter que mudar de vibro-prensa, mas ajustar a
configuração dos periféricos e otimizar o seu desempenho.
Mesmo que você já tenha uma boa experiência no ramo de fabricação de blocos de
concreto, leia o tópico sobre Mercado em nosso e-book “Como montar uma fábrica de
blocos lucrativa”. (https://conteudo.wmmaquinasdeblocos.com.br/materiais). Lá você vai
rever diversos tópicos importantes. E não deixe de fazer a análise das 5 forças de Porter.
3. Renovando seu parque de
máquinas e equipamentos: olhe
para o futuro, não pense apenas
no que você produz hoje.
Na primeira parte deste e-book nos dirigimos às pessoas que estão pensando em
empreender no contexto da construção civil produzindo blocos de concreto. Nós
oferecemos muitas dicas de como planejar estrategicamente a empresa e a partir deste
planejamento definir o tipo de vibro-prensa e periféricos ideais.
A segunda parte foi dedicada a empresas que já estão na lida há algum tempo. Já possuem
um certo espaço no mercado e estão vislumbrando uma oportunidade de aumentar a sua
participação. Mostramos como é possível fazer corretamente o upgrade de equipamentos e
na proporção correta.
Esta seção é diferente. Aqui o foco está direcionado para aquelas empresas que já estão
consolidadas no mercado e possuem uma extensa carteira de clientes. Provavelmente seus
equipamentos recebem manutenção adequada, mas possivelmente já estão bastante
desgastados e um pouco distantes do seu melhor desempenho. Em termos de mercado elas
conseguem oferecer com qualidade os produtos tradicionais do ramo.
O que o mercado espera de uma empresa que tem este status? Que tem um nome forte,
como se diz por ai. Toda empresa nesta situação se torna uma referência de mercado, não
somente para outras indústrias, mas, e principalmente, para os clientes.
Uma empresa que goza desta distinção é vista como sendo de “vanguarda”, inovadora. Há
uma expectativa pela apresentação de novos produtos e produtos tradicionais com
qualidade superior.
Como se trata de uma empresa “antiga no mercado” (estou utilizando propositalmente
diversas expressões encontradas no dia a dia para descrever e qualificar indústrias assim),
espera-se que ela tenha uma organização mais ajustada e consiga atender pedidos com mais
agilidade e sem necessidade de ficar cobrando para que entregue o material adquirido.
Em um passeio pelo pátio não se espera encontrar amontoados de blocos quebrados, peças
dos equipamentos jogadas de qualquer jeito, mas sim um estoque de produtos e insumos
organizado, de fácil acesso e adequadamente protegido.
É desejável que uma empresa consolidada tenha seu próprio laboratório para controle da
produção e também envie sistematicamente peças para análise por um laboratório de
tecnologia à parte.
O atendimento comercial é muito respeitoso e ético, cumprindo tudo o que foi combinado.
A comunidade ao redor percebe a sua preocupação com aspectos sociais, pois é comum que
esteja envolvida em alguma ação social permanente.
Evidentemente nem tudo são flores, mas, sempre que algo dá errado, ela está disposta a
reparar o dano causado sem que ocorra um desgaste pela judicialização do ocorrido.
Uma empresa nestas condições deve estar em dia com a tecnologia de produção e
comunicação, recebendo pedidos por múltiplos canais. As mais destacadas possuem um
atendimento omnichannel, que enriquece a experiência de aquisição do cliente.
Está claro que esta é uma descrição ideal de uma empresa consolidada. Na condição real,
nem todas estas características estão presentes simultaneamente, o que faz com que
sempre haja espaço para melhorias.
Contudo, uma coisa deve ser comum a todas elas: a preocupação com a escolha adequada
para reposição dos seus equipamentos de produção.
O plano de aquisições deve olhar à vante (look ahead planning). Os equipamentos devem
propiciar uma produção otimizada, ágil, limpa, de custo competitivo, necessitando de baixo
esforço físico dos poucos colaboradores e que dê suporte para a rápida introdução de
produtos inovadores.
Vamos propor um desafio a você, exatamente dentro dessa visão de futuro, de olhar à
frente. Sua indústria precisa migrar do modelo da “Produção padronizada em massa” para o
modelo da “Produção customizada em massa”. Entenda a diferença (Infográfico 4).
De uma maneira bem simples, sua indústria precisa ser capaz de atender em grande escala
pedidos customizados de seus clientes. É preciso entender quais atributos dos seus produtos
precisam ser adaptados para atender às customizações solicitadas.
Talvez você tenha que rever, por exemplo, o formato dos pavers que fabrica, saindo do
tradicional tijolinho 10 cm x 20 cm, raquete, 16 faces ou variações destes para um modelo
diferente, que permita aos arquitetos dar forma a paginações mais customizadas e
exclusivas.
Não vamos nos estender na teoria sobre o assunto, você poderá encontrá-la com facilidade.
Faça uma varredura na internet. Você vai descobrir que algumas poucas empresas já
entraram por um caminho parecido, mas não totalmente customizado. Esta é a sua
oportunidade de substituir seus equipamentos com os olhos no futuro e aumentar a sua
competitividade através da diferenciação da sua oferta.
Você necessita de equipamentos que permitam trocas ágeis. Por exemplo, troca de moldes,
introdução de um novo agregado, limpeza rápida de misturadores para troca de cores e
composição de misturas, etc.
A WM/GERVASI tem linhas de equipamentos que podem ajudá-lo neste desafio. Baixe nosso
catálogo ou entre em contato com nossos consultores para conhecer mais sobre as soluções
disponíveis (https://conteudo.wmmaquinasdeblocos.com.br/catalogo-wm).
Esta mudança não pode ser feita sem o devido planejamento, do contrário sua empresa
pode não conseguir alcançar plenamente o objetivo. Talvez seja necessário introduzir uma
única linha completa inicialmente e depois, com o aumento da demanda por customizações,
substituir as demais.
Uma última palavra
Como você percebeu, este e-book trouxe uma visão diferente sobre como escolher
equipamentos. Trata-se de um ponto de vista que levou em consideração, principalmente, as
expectativas dos nossos clientes.
Este e-book foi projetado para ajudá-lo a tomar uma decisão inteligente e consciente
quando da aquisição de equipamentos para produção de blocos e pavimentos de concreto.
Este é um material estratégico, deve ser lido e estudado por aqueles que estão se
preparando para tomar decisões importantes em relação a investimento em máquinas e
equipamentos.
A sua experiência, aliada aos insights trazidos neste livro, poderão auxiliá-lo na tomada de
decisões bem sucedidas. E você ainda pode contar com a experiência da WM/GERVASI neste
processo. Entre em contato com nossos consultores pelo Whatsapp +55 41 99875-4575.
Parabéns por ter chegado até aqui na leitura deste e-book. Siga em frente. Há muito por
conquistar.
Anexos
Este anexo cumpre uma dupla função. Ele ajudará os iniciantes a entender o funcionamento
básico do equipamento de vibro-compressão, a importância dele no processo de produção
de blocos de concreto e, ao mesmo tempo, vai proporcionar uma visão sistemática àqueles
que já estão atuando em uma fábrica há algum tempo.
Não se trata de um tratado de mecânica das vibro-prensas, mas sim uma exposição que
tentará ser didática, de como estas máquinas realizam a principal função para a qual foram
construídas: aplicar vibro-compressão a uma massa de concreto seco.
As semelhanças entre os diversos tipos de concreto param por ai, e começam a surgir
especifidades ligadas às suas finalidades e aplicações. O concreto plástico normalmente é
lançado em uma forma, à qual ele se amolda com maior ou menor facilidade, e depois é
adensado utilizando-se um vibrador de imersão.
O concreto seco, por sua vez, é depositado em uma forma metálica rígida e forçado contra
ela por um sistema de compressão para eliminar os seus vazios. No momento do
enchimento das formas e durante a compressão são acionados vibradores para "fluidificar" a
mistura, para que ela se amolde à forma e assuma a geometria desejada.
O sucesso na produção de peças pré-moldadas, com as características que atendam às
especificações, é dependente de uma combinação bem ajustada entre a massa e a máquina,
ou seja, a vibro-prensa.
A massa deve ser produzida com as características ideais para ser moldada por um
determinado equipamento. Este equipamento possui características próprias em termos de
força de compressão e vibração e irá necessitar de uma mistura composta por agregados de
tamanho e formas ideais, bem como um teor de umidade ajustado a ela.
A fase de moldagem das peças precisa ser estudada com um pouco mais de detalhe. Por isso
vamos tratar em separado o processo e o efeito da vibração , o processo de enchimento dos
moldes e a compressão da massa.
Uma vibro-prensa pode ser construída para executar diversas funções além da moldagem
por vibro-compressão. A função básica em estudo aqui é a de vibro-compressão. A execução
desta função depende de um grupo de 5 componentes mecânicos ou partes que formam o
conjunto de vibro-compressão. Estes componentes são dimensionados conforme a
capacidade de produção requerida da máquinas e normalmente são os seguintes: sistema
de compressão, silo de armazenamento, gaveta, forma e sistema de vibração.
Silo de armazenamento
O silo deve possuir volume que seja compatível tanto com a capacidade de produção da
máquina quanto com a capacidade de alimentação pelo misturador.
É de praxe que o silo alimente a gaveta por gravidade. Nessa condição, um silo com pouco
volume provoca um enchimento insuficiente da gaveta, ficando a massa com muitos vazios
e, portanto, despejando pouco material nos moldes.
O contrário também é verdadeiro. Silos com muito volume enchem a gaveta com mais
material, estando este mais compacto.
O ideal é que o misturador consiga manter o silo com um volume o mais constante possível,
para que não ocorra diferenças no enchimento da gaveta.
Gaveta
Conjunto de agitadores
Raspador da forma: consiste de uma placa de material plástico, posicionada na parte frontal
inferior da gaveta, responsável pela raspagem do excesso de concreto sobre a forma, no
momento do retorno da gaveta.
Raspador das sapatas: o raspador das sapatas pode ser uma placa de borracha ou escova de
cerdas de aço, ou nylon, posicionada na parte frontal superior da gaveta. Sua função é
limpar as sapatas, no momento do retorno da gaveta.
Forma
É como o ciclo tem início. A forma se posiciona sobre a chapa para servir de base para a
moldagem dos blocos e posteriormente a gaveta avança (compartimento do concreto).
Alimentação
A gaveta está sobre a forma com os agitadores e o sistema de vibração ligados. Esta fase tem
uma relação direta com a compacidade das peças. Por causa de variações na
trabalhabilidade decorrente de mudanças no teor de umidade e da granulometria dos
agregados (especialmente os miúdos) ocorrem variações no tempo de vibro-prensagem.
Recuo da gaveta
Vibro-compressão
Desforma
Algumas fábricas utilizam o tempo de ciclo como parâmetro de controle. Nesse sentido, é
necessário avaliar o impacto do tempo de alimentação e o de vibro-compressão. Qual deles
pode realmente ajudar no controle do desempenho do equipamento? Haveria outra
alternativa?
Para oferecer uma referência aos leitores, os tempos de ciclos das diversas vibro-prensas
desenvolvidas pela WM, podem ser encontrados no Quadro 5.3 do ANEXO 5.
Tempo de alimentação
Quanto maior for o tempo de alimentação, maior será a quantidade de concreto depositado
nos moldes e consequentemente levando à diminuição do volume de vazios das peças e
aumentando a resistência final das mesmas.
É evidente que quanto maior a quantidade de material, maior deverá ser a energia de
compactação empregada e, portanto, este tempo é um reflexo desta capacidade do
equipamento.
É uma consequência natural que ele seja ajustado em função do tipo de peça que será
produzido, uma vez que há diferenças de volume entre elas.
Qual destes tempos deve ser utilizado no controle da produção? Há diversas fábricas que
utilizam o tempo de vibro-compressão como parâmetro de controle. Deve-se lembrar que
este tempo está sujeito às variações de umidade e granulometria dos agregados.
O melhor parâmetro de controle de uma produção é, sem dúvida, o peso dos artefatos
recém produzidos, devido à facilidade de determinação e à boa correlação com a resistência
à compressão dos mesmos. Isso é possível desde que se faça um ensaio prévio para
determinação da correlação da massa das peças e a resistência aos 7, 14 e 28 dias das peças.
Este ensaio requer a separação de um lote de peças que será pesado de imediato,
identificado, e colocado em processo de cura até à data do seu rompimento. A partir destes
resultados é possível construir um gráfico e determinar as equações que correlacionam estas
duas variáveis.
Outra forma de estabelecer esta correlação é através da verificação da massa específica
fresca das peças, sabendo que a mesma deve estar acima de 2300 kg/m³.
Em primeiro lugar é preciso entender o que é vibração. Todos temos uma noção empírica do
fenômeno, ou seja, já experimentamos ou observamos algum objeto vibrando. Nos estudos
de engenharia, especialmente ligados às máquinas, pode-se descrever a vibração do
seguinte modo:
Fonte: FILLA(2022)
É de consenso entre pesquisadores que existe uma quantidade de energia de vibração ótima
para cada mistura, podendo-se empregar várias combinações de frequência e aceleração.
Existem diversos modelos de equipamentos para medir a vibração. Todos eles são, na
verdade, acelerômetros piezoelétricos. São transdutores dotados de materiais
piezoelétricos, gerando cargas elétricas quando submetidos a choques mecânicos ou
vibrações.
Esses equipamentos não necessitam de alimentação externa, são robustos, possuem uma
grande faixa dinâmica, faixa de frequência de medição larga, tamanho reduzido, baixo peso,
alta estabilidade de funcionamento e possibilidade de montagem em qualquer direção.
Sistemas de vibração mais comumente
utilizados em máquinas de vibro-compressão
Os sistemas mais utilizados nas vibro-prensas são as mesas vibratórias e aqueles aplicados
diretamente sobre os moldes, sendo classificados como sistemas de vibrações unidirecionais
verticais, ou seja, sistemas que provocam oscilações (deslocamentos) verticais.
Mesas vibratórias
O sistema de mesa vibratória, via de regra, apresenta dois eixos com massas excêntricas,
movidos por motores elétricos, sincronizados e girando em sentidos inversos, a fim de se
eliminar movimentos horizontais.
Há sistemas projetados com quatro eixos excêntricos (dois sincronizados no sentido horário
e dois sincronizados no sentido anti-horário). Nesses sistemas os motores elétricos
permanecem girando durante toda a produção. O desbalanceamento que produz a vibração
é produzido por um inversor de frequência, que retarda ou acelera os pares de eixos
excêntricos, de tal forma que ora a mesa se encontre em sua amplitude máxima e ora
parada.
Este sistema trabalha com efeito de choque, já que a mesa vibratória golpeia a chapa de
apoio dos blocos na parte inferior, causando a vibração. Esse modo de operação pode gerar
vibrações de até 1500 Hz quando entram em ressonância, porém, no caso das vibro-prensas
ele produz vibrações unidirecionais verticais com frequência na ordem de 50 Hz e
amplitudes variando entre 1 a 2 mm.
A vantagem da mesa vibratória é poder utilizar formas mais leves e menos robustas,
facilitando a instalação e transmitindo uniformemente a vibração por toda a forma.
Para manter a eficiência da vibração é necessária a atenção com três elementos: os coxins
(amortecedores), o sentido da rotação dos excêntricos e a distância da mesa vibratória, no
estado de repouso, em relação à grade fixa (entre 1,5 a 2,0 mm).
Entretanto, devido à dificuldade de acesso à mesa vibratória, quando ocorrem problemas no
motor, correias ou nos excêntricos, o tempo de parada para manutenção é longo, pois, para
se ter acesso ao sistema de vibração, é necessária a remoção da forma.
Os sistemas de vibração que atuam diretamente sobre as formas podem estar localizados
nas laterais, acima ou abaixo das formas.
As formas utilizadas nestes são pesadas e muito robustas, devido à aplicação direta dos
esforços e para permitir que a vibração possa ser transmitida de forma homogênea.
Esse sistema é composto em geral pelas sapatas ou contramoldes, viga flutuante e pelo
pistão na versão hidráulica ou pneumática. O objetivo é a aplicação da carga de compressão
no concreto no momento da moldagem.
Sapatas
Contudo, é necessário manter um controle rigoroso desta temperatura para que a superfície
dos blocos não seja “fritada” e toda água evapore. Isso acarreta perda de resistência
superficial, aumento da abrasão e surgimento de pulverulência, decorrente da remoção da
argamassa superficial pelo trânsito de máquinas e pedestres.
Viga flutuante
Quando o pistão atua como aplicador de carga, a ligação entre ele e a viga flutuante é feita
através de um sistema específico.
Na extremidade do êmbolo do pistão existe um pino de aço que atua como uma rótula para
eliminar qualquer esforço residual de flexão no pistão. No contato pistão-viga flutuante,
duas molas de compressão trabalham como amortecedores, evitando que a vibração seja
transmitida integralmente ao pistão.
Essas são explicações gerais sobre como funciona um sistema de vibro-prensa. Se desejar
saber mais sobre o funcionamento dos equipamentos da WM/GERVASI, entre em contato
com nossos consultores pelo Whatsapp +55 41 99875-4575. Teremos prazer em ajudá-lo.
Você também poderá encontrar informações específicas sobre nossos produtos em nosso
catálogo que pode ser obtido no seguinte endereço:
https://conteudo.wmmaquinasdeblocos.com.br/catalogo-wm.
ANEXO 2 - COMO ESTIMAR O VOLUME DE UM
SILO PARA AGREGADOS
Idealmente, deve-se pensar em um equipamento que tenha esteiras reversíveis, para poder
alimentar com facilidade dois misturadores e estes, por sua vez, pelo menos 2 máquinas.
A planta possui um misturador com capacidade nominal de 1000 kg e será utilizada apenas
50% dela (500 kg) por ciclo de mistura.
O traço ajustado para os agregados locais ficou em 1:7 na proporção cimento: agregado.
A proporção 1:7 indica que das 8 partes que compõe a mistura ⅛ refere-se ao cimento e ⅞
referem-se aos agregados. Dessa forma temos:
Quadro 2.1 - Volume de agregado necessário para alimentar 1 misturador e abastecer 1500
ciclos de produção de uma máquina
Dependendo do volume das células que comporão o silo de agregados será necessário
alimentá-lo mais vezes ao dia. Normalmente os silos são dotados de células que variam
entre 5 a 15m³.
Apenas para ilustrar, imagine um silo dotado de células de 10m³, para alimentar dois
misturadores que abastecerão 4 máquinas; Ou seja, o volume de material constante do
Quadro 2.1 deverá ser multiplicado por 4, como mostra o Quadro 2.2.
Pó de pedra 154,52 15
Pedrisco 96,64 10
A primeira coisa que precisa ficar clara em relação a este tópico é que o equipamento que
promove a mistura responde majoritariamente pela homogeneidade da massa. Esta é a
razão pela qual betoneiras são utilizadas em plantas com desempenho mínimo.
As betoneiras fazem a mistura por tombamento, que no caso de concreto plástico funciona
bem. O concreto seco requer um equipamento que consiga “rasgar” a mistura e seja capaz
de vencer o atrito entre os agregados e promover o entrosamento de todos os
componentes.
Outra questão importante é o fato de que o misturador deve conseguir suprir a necessidade
de massa imposta pela vibro-prensa.
Veja, imagine que o ciclo de prensagem da sua máquina seja de 19 segundos. A cada minuto
vão acontecer 3 ciclos. Suponha que seu equipamento seja uma BL 5000X configurada para
produzir 12 peças por ciclo. Se fizermos os cálculos, isso significa que a cada minuto ela vai
consumir:
O ideal é que um misturador não opere em sua capacidade máxima, mas sim entre 50% a
70% de sua capacidade nominal). Isso é importante para garantir a melhor homogeneização
possível. Considerando o caso mais favorável (50%), isso significa que o misturador deve ter
no mínimo uma capacidade de 518,4 litros (259/0,5).
Ou seja, para alimentar uma BL5000X suficientemente, será necessário adquirir pelo menos
um misturador de 600 litros ou, se considerarmos que a massa específica do concreto seco
fresco está em torno de 1,67 kg/l, o misturador deverá ter a capacidade de homogeneizar
cerca de 1000kg de massa (600 l x 1,67 kg/l= 1002 kg) .
ANEXO 4 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DAS
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DA WM