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BOTÂNICA FARMACÊUTICA

Tipos de plantas – Vasculares e Avasculares


Vasculares ou traqueófitas – possuem tecidos especializados
destinados ao transporte dos solutos que alimentam as células
(xilema e floema). Dentro deste grupo de plantas encontramos as
Gimnospérmicas e as Angiospérmicas (maior interesse
farmacêutico):
 Gimnospérmicas – não produzem fruto nem flor, a semente
encontra-se desprotegida; folhas em forma de agulha;
produtoras de oleorresina; plantas com maiores dimensões;
originam plantas ramificadas; exemplos são os pinheiros, os
cedros, os abetos, etc.
 Angiospérmicas – produzem flor e frutos, que cobrem as
sementes; podem ser monocotiledóneas ou dicotiledóneas:
1. Monocotiledóneas – possuem sementes com um cotilédone;
produzem flores com três pétalas ou múltiplos de três;
folhas alongadas com nervuras paralelas; raízes fasciculadas
com um bolbo inicial; grãos de pólen com um poro; os
vasos afastados uns dos outros; árvores têm forma de cone;
exemplos são as palmeiras, lírios, narcisos, cebola, etc.
2. Dicotiledóneas – possuem sementes com dois cotilédones;
flores com quatro ou cinco pétalas, ou múltiplos destes;
folhas largas com uma nervura principal que se divide em
nervuras secundárias; raízes aprumadas; grãos de pólen com
três poros; vasos agrupados; árvores são ramificados;
exemplos são pereira, macieira, catos, carvalhos, etc.
HERBÁRIO
Coleção biológica de várias espécies de plantas, algas, fungos e
líquenes, que armazena e conserva uma grande quantidade de
espécies vegetais num pequeno espaço. Podem ser considerados
bancos genéticos agrupados pelas suas características
taxonómicas. Contribuem para o estudo taxonómico e
organização das plantas, como também para o aprofundar dos
conhecimentos relacionados com elas.
MONTAGEM
1. Colher a planta no estado de desenvolvimento mais avançado,
isto é, quando já tiver fruto e flor.
2. Colocar a planta numa cartolina, na posição a que esta foi
encontrada na natureza, fazendo-se os cortes e dobramentos
necessários para que esta caiba na cartolina (visto que esta é de
tamanho universal).
3. Colar a planta com colo branca, retirando o excesso com papel
4. Fazer a prensagem cuidadosamente.
5. Fazer a etiqueta da planta. Esta terá de possuir o nome da
planta, o seu nome científico, o determinante, a localização onde
foi encontrada, uma breve descrição, o habitat e ecologia, o nome
do coletor, a data da colheita e a referência.
OBTENÇÃO DE PREPARAÇÕES
 Fixação – tem o objetivo de conservar a estrutura que a
célula tinha in vivo (evita a autólise e a putrefação).
 Corte – obtenção de uma porção manejável da planta de
qualidade, sem destruição dos tecidos. Pode ser feito pela
medula do sabugueiro ou parafina.
 Coloração (opcional) – permite aumentar a visibilidade das
células. As células podem possuir paredes lenhificadas
(coram de verde), celulósico-pécticas (coram de carmim) e
suberificadas (coram de castanho)
 Montagem – coloca-se a preparação na lâmina. Coloca-se
uma gota de líquido refringente sobre o corte e cobre-se
com a lamela. Por último, aguarda-se até secar.
FÁRMACOS VEGETAIS
Plantas medicinais - qualquer parte da planta que tenha, num ou
mais órgãos, substâncias que podem ser usadas para fins
terapêuticos ou como percussores de semissíntese químico-
farmacêuticas. Por exemplo, o ginseng protege contra o stresse.
Fármaco vegetal – parte da planta medicinal com interesse
farmacêutico, que contem substâncias com fins terapêuticos.
Plantas aromáticas – contêm metabolitos, isto é, compostos
importantes para a produção de medicamentos e provenientes de
plantas, voláteis. Estes podem ser:
 Primários – indispensáveis à vida, como os hidratos de
carbono, lípidos ou proteínas.
 Secundários – garantem a sobrevivência e a perpetuação da
espécie, tendo propriedades atrativas, adaptativas e de
defesa.
Células vegetais (particularidades):
 Nível celular:
1. Parede
2. Vacúolos
3. Cloroplastos
 Nível bioquímico:
1. Compostos secundários (metabolismo)
 Nível morfogénico
1. Totipotência
Vacúolos- Preenchidos com uma solução aquosa com várias
substâncias (açúcares, proteínas, compostos fenólicos,
pigmentos). São apresentadas inclusões sob a forma de oxalato de
cálcio, que ajuda a identificar diferentes fármacos. As principais
funções são:
- Armazenamento de substâncias
- Controle osmótico
- Manutenção do pH celular
- Digestão de componentes celulares
- Pigmentação de flores e frutos
- Defesa contra agentes patogénicos e herbívoros
Proplastos- Podem diferenciar-se de acordo com a sua função.
Um proplasto tem:
1. Dupla membrana plastidial com invaginações
2. Estroma plastidial, a partir do qual se inicia a formação dos
tilacóides
3. Ribossomas
4. Glóbulos lípidos
5. DNA
6. Amido e cristais proteicos
7. Microfilamentos e fitoferritina
As diferentes diferenciações que podem ocorrer são:
 Cloroplastos- plastos com pigmentação verde, que possui
clorofila. É onde se realiza a fotossíntese.
 Cromoplastos- plastos com pigmentos corados, nas flores,
frutos, raízes e sementes. Servem de reservatório de
carotenóides, importantes nas atividades antioxidantes.
 Amiloplastos- plastos não corados com acumulação de
amido, presentes nos órgãos de reserva (caules subterrâneos,
raízes e sementes). Reserva de amido.
PAREDE CELULAR
Tem como funções conferir resistência e forma às células e servir
de barreira contra a entrada de organismos potencialmente
patogénicos. Possui uma lamela média (externa), uma parede
primária e uma secundária.
Composição:
-Celulose Glúcidos- Compostos orgânicos com
função de carbonilo e polihidroxilados.
-Polissacarídeos pécticos
Inclui também os seus derivados de
-Hemicelulose oxidação ou redução, ésteres, éteres e
derivados aminados.
-Proteínas estruturais e enzimáticas
-Lenhina
-Ceras, cutina e suberina
-Compostos inorgânicos
A parede tem uma estrutura em cadeia linear. Em sistemas vivos,
as formas em anel α e β da molécula de glucose ocorrem em
equilíbrio.
Celulose (C6H10O5)- cadeia linear de elevado número de resíduos
de glucose unidos entre si por ligações β 1-4. Os grupos -OH que
se projetam de cada lado formam pontes de hidrogénio com os
grupos -OH das cadeias vizinhas, resultando a formação de feixes
de moléculas paralelas de celulose unidas por interligações. A
ausência de cadeias laterias permite a formação de agregados
moleculares estabilizados por pontes de hidrogénio
intermoleculares (microfribrillhas). As microfibrilhas podem
arranjar-se em agregados cristalinos denominados micelas.
Hemicelulose- Grupo heterogéneo de polissacarídeos com uma
cadeia linear comprida com ramificações curtas.
Polissacarídeos pécticos- Moléculas heterogéneas de
polissacarídeos ramificados que contêm numerosos resíduos de
ácido galacturónico carregados negativamente. Mistura complexa
de polímeros ácidos e neutros, que se caracterizam pela sua
capacidade de formar geles. É considerada uma substância
cimentante.
Glicoproteínas- A hidroxiprolina é o aminoácido mais abundante.
A parte glucídica é constituída por arabinose e galactose.
 Lamela média- composta por polissacarídeos peptídicos
(pectatos) e proteínas
 Parede primária- forma-se durante o crescimento. Composta
por:
1. Celulose, em pequena quantidade
2. Hemicelulose (50%)
3. Polissacarídeos pépticos (35% nas dicotiledóneas, 5% nas
monocotiledóneas)
4. Proteínas (até 10% em peso seco)
 Parede secundária- forma-se após o crescimento, só está
presente em algumas células. Rica em celulose e
normalmente constituída por 3 camadas: S1 (externa), S2
(mediana), S3 (interna).
Há 4 tipos de modificações secundárias das paredes:
Lenhificação (1), suberificação (2), cutinização (3),
mineralização (4).
(1)- Intercalação de lenhina. Aumenta a rigidez e resistência da
parede aos ataques químicos, fúngicos e de bactérias.
Frequente em certas células diferenciadas como os vasos
xilémicos e fibras.
(2)- Deposição por aposição de suberina. Presente na parede do
súber e bandas de Caspary, reduzindo a permeabilidade da
água e dos solutos, servindo de barreira física.
Endoderme- Camada de tecido formado por uma bainha ao
redor da região vascular e apresentando características parietais
específicas.
(3)- Deposição de cutina nas paredes que contactam com a
atmosfera, diminuindo a evaporação. A cera em conjunto com
a cutina forma a cutícula, que cobre as paredes externas das
células da epiderme, evitando a perde de água e servindo de
proteção contra infeções e traumas mecânicos.
A cera das folhas funciona como uma película protetora que
protege a planta da transpiração excessiva.
(4)- Deposição de substâncias inorgânicas (ácido silícico,
carbonato de cálcio, oxalato de cálcio).
Gelificação- hipersecreção de compostos pécticos: mucilagens
e gomas, poli-holósidos com ácidos urónicos, que em contacto
com a água formam soluções coloidais ou géis. As gomas
obtidas de exsudatos são consideradas como produto de origem
patológica, sendo as mucilagens constituintes normais de
algumas plantas. As gomas são mais solúveis na água e as
mucilagens entumecem.
Fibras dietéticas- parte comestível das plantes ou hidratos de
carbono análogos que são resistentes à digestão e absorção no
intestino delgado com fermentação completa ou parcial no
intestino grosso, fazendo parte das paredes celulares. Também
inclui outros polissacarídeos com elevado índice de
intumescência. A resistência à digestão é um ponto comum aos
diferentes tipos de fibras.
As fibras solúveis têm grande capacidade de hidratação e de
intumescência, assim como resistência à ação enzimática.
Composição química:
1. Polissacarídeos
2. Oligossacarídeos
3. Compostos não polisacarídicos (lenhina)
A formação da parede celular dá-se na telófase quando os
cromossomas se separam, sendo visível um fuso fibroso
(fragmoplasto). Na linha mediana, começa a formação de uma
placa celular, que cresce para a periferia até se fundir com a
parede da célula mãe e que vai sofrendo modificações graduais
para formar a lamela média das células-filhas. O protoplasto das
células-filhas produz e deposita celulose, hemicelulose e
substâncias péctitas sobre a placa celular.
Composição:
- Plantas vasculares, briófitas e maioria das algas (celulose e
pectinas)
- Fungos (quitina)
- Bactérias (peptidoglicano)
As paredes das bactérias dividem-se em Gram positivas e Gram
negativas, onde as primeiras possuem uma camada espessa de
peptidoglicano, com ácidos teicóicos e lipoteicóicos. As Gram
negativas possuem uma camada delgada de peptidoglicanos e
uma membrana externa que contém lipopossacarídeos,
fosfolípidos e proteínas.
COLORAÇÃO DE GRAM
1. Fixação do cristal violeta
2. Precipitação do cristal com iodo de Gram ou Lugol
3. Captura pela membrana
4. Descoloração da Gram negativas
5. Visualização por contra coloração vermelha com safranina
nas Gram negativas
6. Visualização direta nas Gram positivas
SOLUBILIDADE
A solubilidade depende de diversos fatores, como a existência de
grupos hidroxilo que formam pontes de H com H2O, a existência
de grupos carboxílicos que interagem ionicamente com metais, a
estrutura do polímero e a sua acumulação de água:
 Fibras solúveis – formam retículos, aprisionam água e têm
alta viscosidade. É o caso das pectinas, algumas
hemiceluloses, gomas, mucilagens e FOS.
 Fibras insolúveis- têm efeito sob a massa fecal final e o peso
do bolo fecal. É o caso celulose, diversas hemiceluloses e
lenhina.
CAPACIDADE DE FERMENTAÇÃO
Esta capacidade diz respeito à capacidade de uma bactéria do
colon intestinal fermentar uma fibra alimentar. Os hexones,
álcoois e pentoses são resultados da fermentação por essas
bactérias. Durante o processo da fermentação ocorre a formação
de gases (flatulência). Existem 3 tipos de fibras:
• Fibras não fermentáveis – lenhina, carragenina, celulose
• Fibras parcialmente fermentáveis – fibras ricas em celulose, agar
e sementes
• Fibras fermentáveis – fibras solúveis ricas em hemicelulose ou
em pectinas e algumas gomas, FOS
A capacidade de uma fibra ser fermentada torna-a um pré-biótico,
visto que beneficia a flora intestinal no sentido em que estimula
de forma seletiva a atividade e crescimento de algumas das
bactérias, melhorando a saúde do hospedeiro.
Intercomunicações entre as células:
 Plasmodesmos- canais citoplasmáticos que atravessam a
parede celular
 Pontuações primárias- depressões da parede primária,
atravessada por um grande número de plasmodesmos
 Pontuações secundárias- depressões da parede secundária.
Podem ser simples (lacuna simples) ou areoladas (parede
secundária ainda a envolver). O espessamento em disco nas
pontuações secundárias é característico de gimnospérmicas
denomina-se toros.
 Perfurações- interrupções da parede. Ausência de campos
primários de pontuações, presente nos tubos crivosos e
células crivosas do floema.
HISTOLOGIA
Tecido- conjunto de células de origem, estrutura e função comuns.
Dividem-se em simples (parênquima) ou complexos (lenho, líber,
epiderme) e ser classificados quanto à ontogenia, topografia e
função.
Quanto à ontogenia:
 Tecidos de formação (meristemas)
 Tecidos definitivos (maduros ou adultos)
Quanto à função:
 Tecidos essencialmente elaboradores
 Tecidos essencialmente mecânicos
Quanto à posição:
 Apicais
 Intercalares (entre tecidos)
 Laterais (paralelos à superfície do órgão)
MERISTEMAS APICAIS/ PRIMÁRIOS
-No caule e na raiz:
1. Caule: forma folhas, nós e entrenós
2. Intercalares: formam ramos
3. Raiz: formam raízes
-A partir de células embrionárias:
1. Cotilédone: materiais de reserva
2. Eixo embrionário:
 Epicótilo: porção do eixo acima da inserção dos
cotilédones
 Hipocótilo: porção do eixo abaixo da inserção dos
cotilédones
3. Germinação:
 Epígea: acima do substrato
 Hipógea: abaixo do substrato
As células embrionárias vão dar origem aos protomeristemas que
se vão desenvolver em zonas meristemáticas. A sua elongação vai
dar origem aos meristemas primários:
Protoderme- camada de células que dá origem à epiderme
Procâmbio- camada de células que dá origem aos tecidos
vasculares primários (xilema e floema primários)
Meristema fundamental- grupo de células que dão origem aos
tecidos de crescimento (parênquima, colênquima, esclerênquima).
MERISTEMAS SECUNDÁRIOS
Câmbio Vascular ou líbero-lenhoso- origina os tecidos vasculares
secundários. Tem 2 tipos de células cambiais:
 Células iniciais fusiformes: grandes, compridas e
pontiagudas nas extremidades. Originam todas as células do
sistema longitudinal (feixes vasculares)
 Células iniciais radiais: pequenas, quase iodimétricas que
originam o parênquima radio medular (sistema radial).
Menos numerosas e estão entre as fusiformes
Atividade
1. Divisão, diferenciação e crescimento das células fusiformes
2. Formação de células radio medulares; formação de células
de xilema para dentro; nova divisão, diferenciação e
crescimento
3. Formação de novas células radio medulares; formação de
células de floema para fora
Câmbio súbero-felodérmico/ felogene- em plantas com
crescimento secundário (raízes e caules). Exterior ao câmbio
vascular e está abaixo da epiderme. Meristema lateral, pois,
aumenta a espessura da planta e tem origem em células da
epiderme ou do floema. Produz súber para fora e feloderme para
dentro. A feloderme é composta por poucas camadas de células
vivas, semelhantes às células corticais, podendo armazenar
amido.
Lentícula- região onde o tecido suberificado falha e permite as
trocas gasosas e aquosas da planta com o meio
Periderme- súber + câmbio súbero-felodérmico + feloderme
Ritidoma- conjunto de tecidos exteriores à última felogene
Casca- todos os tecidos externos ao câmbio vascular
PARTICULARIDADES (distinguem células diferenciadas das
meristemáticas)
1. Alongamento das células
2. Junção de pequenos vacúolos num grande
3. Desenvolvimento da parede celular primária e formação da
parede secundária em alguns tipos celulares
4. Formação de amplos espaços celulares
TECIDOS DEFINITIVOS
Não há divisões celulares, normalmente. Podem ser primários ou
secundários, aparecendo espaços intercelulares (lacunas, meatos,
canais, câmaras, bolsas) à medida que as células meristemáticas
se transformam em adultas.
PROCESSOS
 Esquizogénico- separação das paredes ao longo da lamela
média
 Lisigénico- Destruição das células por dissolução das
paredes
 Rexigénico- Rutura provocada por crescimentos desiguais
das células vizinhas.
TIPOS DE TECIDOS
Parênquima: pouco diferenciado e muito abundante, possui
células de forma variável onde se encontram as principais funções
orgânicas, tem uma ação importante na regeneração de tecidos.
 Liberino: acompanha o floema
 Lenhoso: acompanha o xilema
 Clorofilino:
1. Em paliçada- células pouco longas e em camadas
2. Lacunoso- células com grandes lacunas entre si e menor
quantidade de cloroplastos
3. Encaixado- presente nas folhas aciculares
 Reserva: especializado na acumulação de reservas com uma
ou mais substanciais. Encontra-se na medula, raios
medulares, zona cortical, feloderme. O principal tecido de
reserva nas plantas lenhosas é o parênquima lenhoso, que
serve como suporte.
 Hidrênquima/ aquífero: células ricas em mucilagem, de
parede fina e citoplasma parietal com um grande vacúolo
com líquido mucilaginoso.
 Aerênquima/ aerífero: frequente em plantas aquáticas,
facilita o arejamento, possui grandes espaços intercelulares e
espaços aeríferos, que podem ser:
1. Angulares- rutura celular provocada por crescimentos
desiguais
2. Arredondadas- dissolução da parede celular
CONSTITUINTES
Metabolitos:
1. Primários- glúcidos, polissacarídeos, derivados de
aminoácidos e proteínas, lípidos
2. Secundários- derivados de fenólitos, isoprenóides e
alcaloides
Vias metabólicas:
1. Primárias- sintetizam e utilizam compostos orgânicos
essenciais para a sua sobrevivência
2. Secundárias- sintetizam e utilizam compostos orgânicos
característicos de cada grupo taxonómico e englobam
processos químicos característicos do grupo. Os metabolitos
formados podem oferecer vantagens competitivas à planta, e
podem assegurar a sua sobrevivência:
 Defesa contra predadores e microrganismos
 Atraem insetos, aves, garantindo a polinização
 Ajudam à adaptação a fatores como raios UV e stress
hídrico.
TECIDOS EXCRETORES
Secreção/ excreção- separação de uma substância do protoplasto
que a produziu. Produção e libertação de substâncias para o
interior ou o exterior de cavidades intracelulares especializadas.
Pode ser intracelular ou extracelular.
TIPOS (secreção)
 Metabolitos secundários- terpenos
 Polissacarídeos
 Enzimas proteolíticas
 Sais inorgânicos
TIPOS (secretores)
 Internos- células secretoras, canais e cavidades, laticíferos:
1. Células secretoras- isoladas, hipertrofiadas, com estrutura
e tamanho diferentes às da vizinhança, como os
idioblastos.
2. Cavidades secretoras- espaços delimitados por uma
camada de células que produz secreções. A sua origem
pode ser equizogénica ou lisigénica (isiodiamétricas).
3. Canais secretores- cavidades alongadas, que se podem
expandir e formar uma rede desde a raiz até às folhas
(alongados).
4. Laticíferos- tecidos produtores de latex, frequentes nas
euforbiace, que podem ser articulados ou não articulados
(resultam do alongamento de células). Os não articulados
resultam do alongamento de células que podem atingir
vários metros (crescimento intruso)
 Externos- tricomas e glândulas, nectários
1. Células epidérmicas- os compostos não são produzidos
em glândulas específicas, apenas se difundem através do
citoplasma até ao exterior. A secreção ocorre em células
cobertas por uma cutícula e é libertada para o espaço
subcuticular formando uma bolha que rebenta.
2. Osmóforos- áreas de tecido floral com células secretoras;
produção de substâncias responsáveis pelo odor de
algumas orquídeas
3. Tricomas- pelos epidérmicos modificados que podem ser
encontrados nos caules, folhas e partes florais das
plantas. Possuem glândulas com uma parte exterior
altamente cutinizada. As células glandulares possuem um
núcleo hipertrofiado, citoplasma denso e sem vacúolos.
Os óleos essenciais acumulam-se no espaço subcuticular
que podem ser peltados (comprimento do pedículo é
inferior a metade da altura da sua zona apical) ou
capitados (pedículo muito mais comprido que a sua
apical e possui células basais).
4. Segundo a secreção:
4.1 Tricomas secretores de Terpenos
4.2 Tricomas secretores de mucilagens
4.3 Tricomas secretores de sal
5. Outros tipos:
5.1 Tricomas Peltados
5.2 Tricomas Capitados
6. Pelos urticantes- possuem uma parte apical siliciada, uma
parte basal calcificada e uma única célula bem
desenvolvida. Secretam um líquido irritante
7. Glândulas das plantas carnívoras- podem ser pediculares
ou séliles.
Osmóforos: áreas de tecido floral com células secretoras;
produção de substâncias responsáveis pelo odor de algumas
plantas.
A secreção é armazenada na parte de fora da parede celular
das células secretoras e basta um pequeno contacto ou calor
para a cutícula romper e haver excreção. Há secreções que
só saem quando a folha envelhece.

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