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Universidade Federal do Paraná

Setor de Tecnologia
Departamento de Hidráulica e Saneamento

TH037 – Projeto de Drenagem Urbana


Turma A – Quartas e Sextas: 7:30h – 9:30h

Disciplina Optativa do Curso de Engenharia Civil


Aula 6 – Vazões de projeto

Prof. Bruno Victor Veiga


e-mail: bvveiga@ufpr.br

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Projeto de Drenagem Urbana
• Quais as vazões a serem usadas nos projetos?
– Elementos que influem na definição
– Obtenção de informações
– Aplicação das metodologias
– Tipos de respostas

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Definição da Vazão de Projeto
• Área de drenagem
• Precipitação extrema (Tr)
• Condições de formação do escoamento
superficial

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Método Racional
• Aplicados a bacias pequenas (≤ 3 km²);
• Propriedades para considerar bacia pequena em
relação à precipitação e aplicar o método:
– A chuva pode ser considerada uniformemente distribuída no
tempo;
– A chuva pode ser considerada uniformemente distribuída no
espaço;
– A duração da chuva normalmente excede o tempo de
concentração 𝑡𝑐 da bacia;
– O escoamento superficial é devido principalmente ao
escoamento sobre superfícies (“overlandflow”);
– O processo de amortecimento nos canais é desprezível.

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Método Racional
• Calcula a vazão instantânea para bacias de 1 a 3
km² (MULVANY, 1851 apud COLLISCHONN e
DORNELLES, 2013). A expressão é dada por:
𝐶∙𝑖∙𝐴
𝑄𝑝 =
3,6
Sendo:
𝑄𝑝 é a vazão de pico em m³/s;
𝐶 é o Coeficiente de escoamento superficial;
𝑖 é a intensidade de chuva em mm/h (AULA 04);
𝐴 é a área de drenagem em km².
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Método Racional
• Coeficiente de escoamento é a fração do
volume (ou vazão) total que escoa
superficialmente.

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Método Racional
• Coeficientes de
escoamento em
função do Tempo
de Recorrência em
áreas urbanas
(CANHOLI, 2014).

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Método Racional
• Coeficiente de
Escoamento
(ASCE, 1969 e
WILKEN, 1978
apud SANEPAR,
2020)

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Método Racional
• Coeficiente de
Escoamento
(ASCE, 1969
apud SANEPAR,
2020)

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Método Racional
• Embora o método racional forneça só
a vazão de pico, é possível determinar
o hidrograma correspondente, desde
que se admita uma forma triangular e
que o coeficiente C represente apenas
a transformação da chuva total em
chuva excedente.
𝑉𝐸𝑆𝐷 = 0,278 ∙ 𝐶 ∙ 𝑖 ∙ 𝑡𝑐 ∙ 𝐴
Aproximando de um triângulo:
1
𝑉𝐸𝑆𝐷 = ∙ 𝑡𝑏 ∙ 𝑄
2
Onde:
𝑡𝑏 = 2 ∙ 𝑡𝑐

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Método Racional
• As Tabelas de C dizem respeito a valores para 10 anos de
recorrência. Para uma tempo de recorrência maior 𝑇 :

𝐶𝑇 = 0,8 ∙ 𝑇 0,8 ∙ 𝐶10

• Para a estimativa de uma valor médio:


1
𝐶 = ෍ 𝐶𝑖 ∙ 𝐴𝑖
𝐴

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Método Racional
• Área
– Traçado pelo método tradicional
(macrodrenagem)
– Traçado em função da urbanização e o
ordenamento territorial (saída da drenagem dos
lotes)

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Método Racional
Exemplo: Achar a vazão no braço do Rio do
Cerne nas nascentes, no limite da área urbana
de Apucarana. Considerar o Tr = 10 anos.

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Método Racional
• Área do estudo

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Método Racional
• Traçado da bacia de drenagem

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Método Racional
• Separação por uso do solo

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Método Racional
• Estimando o C médio (equivalente):

TIPO C Area C.A


Campo 0,20 0,94 0,188
Urbana 0,65 1,83 1,1895
Margens 0,10 0,53 0,053
෍ 3,30 1,4305
Cmédio 0,433

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Método Racional
• Dados:
– Comprimento do talveg 𝐿 : 3,0 km
– Declividade do talveg 𝑆 : 0,0273 m/m
– Diferença de cotas entre entrada e saída 𝐻 : 82 m
– Tempo de concentração:
• Kirpich: 𝑡𝑐 = 3,989 ∙ 𝐿0,77 ∙ 𝑆 −0,77 = 37,2 𝑚𝑖𝑛
• Intensidade de precipitação:
1301,07 ∙ 𝑇𝑟0,177 1301,07 ∙ 100,177
𝑖= 0,836
= 0,836
= 71,7 𝑚𝑚/ℎ
𝑡𝑐 + 15 37,2 + 15

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Método Racional
• Vazão de pico no exutório da bacia:

0,433 ∙ 71,7 ∙ 3,3


𝑄𝑝 = = 26,46 𝑚3 /𝑠
3,6

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Referências
CANHOLI, A.P. Drenagem Urbana e Controle de
Enchentes. 2ª Ed. Revisada e ampliada. São Paulo :
Oficina de Textos, 2014.
COLLISCHONN, W.; DORNELLES, F. Hidrologia para
Engenharia e Ciências Ambientais. Porto Alegre : Ed.
ABRHidro, 2013.
FENDRICH, R. Chuvas Intensas para obras de drenagem
no Estado do Paraná.Curitiba: Champagnat, 2011.
PREFEITURA DE SÃO PAULO. Manual de Drenagem e
Manejo de Águas Pluviais. Volume II.

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