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CONTEÚDO
ABREVIATURAS
INTRODUÇÃO
COLOSSENSES 1
1. Saudação - Cl 1:1, 2
B. A oração. Fp 1:9-11
A. Na criação - Cl 1:15-17
B. Na redenção - Cl 1:18-20
Resumo de Colossenses 1
COLOSSENSES 2
Resumo de Colossenses 2
3
COLOSSENSES 3:1-17
vícios - Cl 3:5-11
COLOSSENSES 4:2-18
Cl 4:5–6
4. Saudações - Cl 4:10–15
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA GERAL
ABREVIATURAS
A. Abreviaturas de libros
B. Abreviaturas de de revistas
6
INTRODUÇÃO
E se deve ter uma cabeça, será uma cabeça terrestre? Esta é uma
pergunta muito real no dia de hoje, uma vez que não só o
protestantismo, mas também o catolicismo romano está olhando
para uma união eclesiástica final. Inclusive, enquanto este livro está
sendo escrito, líderes protestantes se estão reunindo num concílio
ecumênico convidados pelo papa. Porventura não esteve ele
proclamando fortemente que os “irmãos separados” deveriam juntar-
se, que deveriam
Colossenses nos faz ver que estas duas perguntas não podem ser
separadas. Naturalmente, o cristianismo é uma maneira de viver,
mas é uma maneira de viver baseada numa convicção, numa
poderosa e fortificante doutrina. Aquele que é o Objeto de nossa fé
também é a Fonte de nossa vida. a. O que significa esta fé, e b.
como se vive esta vida cristã, são coisas explicadas aqui com tão
excelente beleza e magnificência, que a observação de A.
Deissmann é altamente relevante:
10
em glória” (Cl 3:4). Isto tem que ser verdade, porque acaso não
estão ainda hoje suas vidas “escondidas com Cristo em Deus”? Esse
Senhor vivo é “Cristo em vós, a esperança da glória”.
A. Geografia
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14
3. É muito mais natural que Paulo tivesse tomado a rota que, entre
outros, Emil G. Kraeling aponta no Rand McNally Bible Atlas, mapa
20.
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2 “Laodicea and its Neighbors,” BA, Vol. XIII, No. 1 (Feb. 1950), pp.
1–18. A citação é da p. 4.
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B. História
O vale do Lico estava infestado de movimentos telúricos. 4 A Ásia
Menor está situada dentro de uma zona de atividade vulcânica.
Agora, os movimentos telúricos e a atividade vulcânica indicam
desastres; pensemos, por exemplo, no dano que causou a Laodiceia
e Hierápolis um terremoto pelo ano 60 d.C. Não obstante, a terra
vulcânica também é um terreno fértil. É excelente para os pastos e a
vegetação. De modo que sobre os ricos prados do vale do Lico
pastavam grandes rebanhos de ovelhas, trazendo muita riqueza para
os manufatureiros de vestidos. Isto era tanto mais assim, porque as
águas deste vale estavam impregnadas de depósitos cretáceos.
Agora, embora seja verdade que estas formações cretáceas
voltavam estéril parte do solo, contudo, as águas cretáceas eram o
melhor para tingir o tecido. Esta é mais outra razão de por que a
indústria do vestido floresceu neste lugar. O negócio de tintureiro se
praticava nas três cidades. Não é surpreendente, pois, que as
cidades prosperassem, embora com o tempo sua sorte mudou
grandemente, como veremos mais adiante.
1. Colossos
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o Egito, este terrível ditador fez extensas preparações para invadir a
Grécia.
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2. Laodiceia
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3. Hierápolis
Além disto, Hierápolis tinha seu Caronte ou Plutão, o qual era uma
fossa que afundava profundamente na terra, e do qual brotava um
vapor
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tão daninho que até envenenava as aves que voavam sobre ele. Era
de esperar-se que o povo supersticioso da época relacionasse e
dedicasse estes mananciais e esta cova profunda às divindades que
ali se adoravam.
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podem ser vistas as ruínas dos dois teatros, um deles ainda bem
conservado; também o que resta do ginásio, um grande cemitério, o
aqueduto, e pedras da porta oriental.
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C. Destinatários
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Agora, pelo fato de que, como vimos, Colossos era uma típica cidade
pagã, com uma forte mescla de judeus, não nos deve surpreender se
descobrirmos que o perigo para a igreja fundada ali procedia de duas
fontes, ou seja, pagã e judaica, e até de uma mescla destas duas.
A. Seu estabelecimento
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Mas seja como for, a verdade é que entre os muitos que devem ter
ouvido o apóstolo, quando trabalhava em sua sede de Éfeso, havia
pessoas do vale do Lico (At 19:8–10). Deve ter sido durante este
período (54–56 d.C.) que também a igreja de Colossos foi
estabelecida.
26
Então, tendo cruzado o mar Egeu, veio para Macedônia, e dali viajou
a Corinto. Dali mudou seu curso e passou a voltar a Jerusalém via
Macedônia. Tíquico, um cristão da província da Ásia, foi um dos que
se adiantou a Paulo em sua viagem da Macedônia a Trôade, e
esteve esperando o apóstolo naquela cidade (At 20:4). Seu nome
aparecerá outra vez ao terminar a seção B.
B. Seus perigos
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hábito é como uma atadura. A pessoa entretece um fio cada dia, até
que chega a ser quase impossível romper a corda.
Em segundo lugar, estava a corrente do ambiente ímpio. É muito
difícil remar contra semelhante corrente, e opor-se às opiniões e à
vontade da maioria.
28
Agora, o que tem que ver com tudo isso a “heresia de Colossos”?
Que esta era realmente a conexão, é claro pelo fato de que Paulo,
tendo resumido “a filosofia e ocas sutilezas” destes marreteiros da
mentira com seus persuasivos argumentos sobre regulamentos e
regulações e sua jactância a respeito de visões que diziam ter tido,
conclui sua crítica dizendo: “regulações desta classe têm, na
verdade, aparência de sabedoria … (mas) são de nenhum valor,
servindo só para dar rédea solta à carne” (Cl 2:23). Em outras
palavras, vos farão mal em vez de ser uma ajuda. Depois passa a
indicar uma forma muitíssimo melhor (de fato, a única forma) de
ganhar a batalha contra a carne (capítulos 3 e 4), a forma que ele
mesmo compreendeu tão notavelmente em Rm 12:21b: “vence o mal
com o bem”, e em Rm 13:14 (a passagem que tanto significou para
esse grande líder da igreja antiga, ou seja, 13 C.F.D. Moule
demonstrou que “as prescrições colossenses estavam dirigidas a
combater a indulgência” ( The Epistle to the Colossians and to
Philemon, en The Cambridge Greek Testament Commentary, p. 110).
Todo o contexto aponta nesta direção.
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30
“conhecimento”, parece ter tido algo que ver com o assunto, uma vez
que é evidente pela epístola, que os falsos mestres colocavam uma
ênfase indevida em tais coisas como “conhecimento”, “sabedoria”,
Para alguns deles, isto significava que o corpo devia ser desprezado,
que seus desejos naturais deviam ser suprimidos, se é que alguma
vez o indivíduo quisesse alcançar a meta da plenitude. Há os que
veem um reflexo desta falácia numa declaração que é uma dura
repreensão de Paulo, quando diz: “por que … vos submeteis a
preceitos, ‘não toques, nem proves, não manuseies’ ” (Cl 2:20, 21).
Também veem refletida e refutada a doutrina gnóstica das
emanações na advertência do apóstolo contra a adoração de anjos
(Cl 2:18).
31
32
Josefo, que num tempo pertenceu a esta seita, tem muitas coisas
excelentes que nos dizer a respeito dela. Chama seus membros
“senhores de seu temperamento, campeões de fidelidade, ministros
de paz”, etc. No entanto, sua descrição também nos mostra que os
mesmos erros que marcavam a heresia colossense se achavam
entre eles. Estavam infectados fortemente com o gnosticismo
incipiente, porque, como ele mesmo nos conta: «é sua crença firme
que o corpo é corruptível e sua matéria constituinte não é
permanente, mas a alma é imortal e imperecível». Consideravam a
alma como «tendo chegado a estar encerrada na prisão do corpo».
Com relação ao cerimonialismo e ascetismo judaico, relata-nos que
«depois de Deus, eles perseveram em reverenciar o nome de seu
legislador (Moisés); qualquer que blasfemasse contra ele é castigado
com a morte». Também, «são mais estritos que todos os judeus em
abster-se do trabalho no sábado». Também faz referência à «sua
sobriedade e suas limitações em porções de comida e bebida que
cabe a cada um». Implica-se, pelo que diz, que estavam divididos em
dois grupos: celibatários e casados. Quanto ao primeiro grupo:
«Desdenham o casamento … Eles não o condenam em princípio
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34
C. Seu posterior
FILEMOM
A. Colossenses
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3. Realçar entre eles o prestígio de seu fiel ministro, Epafras (Cl 1:7;
4:12, 13), quem, embora agora estivesse com Paulo em Roma, unia-
se a outros para enviar saudações, e sempre lutava em oração por
eles, e estava cheio de uma preocupação muito profunda por eles.
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B. Filemom
Grande parte do crédito por ter enfatizado esta verdade deve-se aos
trabalhos de exegetas como Edgar J. Goodspeed e John Knox.
XXXII (1950), pp. 286–294. C.L. Mitton, The Epistle to the Ephesians;
The Formation of the Pauline Corpus of Letters; Heinrich Greeven,
“Prüfung der Thesen von J. Knox zum Philemonbrief”, TZ, 79
(1954), pp. 373–378. Mais antigos são: E.R. Goodenough, “Paul and
Onesimus” HTR, 22 (1929), pp.
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Aquele que uma vez era inútil chegou a ser muito útil. Na verdade,
chegou a ser uma ajuda tão boa que o apóstolo teria gostado de
retê-lo junto a ele, e isto não por razões pessoais, mas pela obra
evangelística.
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Escreve uma carta aos efésios, na qual expressa sua gratidão pela
visita de Onésimo e outros. Naquela carta diz: «Pelo fato de que
então, no nome de Deus, recebi toda vossa congregação na pessoa
de Onésimo, um homem de um amor inexprimível e vosso bispo, eu
vos suplico em Jesus Cristo para amar a ele e a todos os que estão
como ele. Porque bendito é Aquele que vos permitiu a honra de
receber tal bispo” (Efésios I,1; cf.
VIII, 2).
2. Crítica.
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Paulo não o ordena, embora, como ele mesmo afirma, tem o direito
de fazê-lo, em vez disso, apela ao coração de Filemom (v. 9). Ele
está totalmente confiante de que este último fará “ainda mais do que
lhe foi pedido (v. 21). O apóstolo abriga esperanças de ser libertado
de seu presente encarceramento e confia em que Filemom lhe
“preparará um quarto de hóspedes” (v. 22).
FILEMOM
44
Paulo desfruta de certa liberdade para pregar o evangelho (Cl 4:3, 4).
assim também o fez Aristarco (At 27:2). Além disso, se Roma for o
lugar do encarceramento de Paulo quando foram escritas as
Epístolas aos Colossenses e a Filemom, então, em vista de 1Pe
5:13, a presença de Marcos se entende facilmente, porque Marcos
parece ter estado nesta
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Por que deveriam estar? Percy tem toda a razão quando afirma:
b. Características estilísticas.
Colossenses contém cadeias de cláusulas quase intermináveis. De
modo que o capítulo 1 só contém cinco orações no original, e uma
delas (vv. 9–20) é uma cláusula de 218 palavras.
Além disso, esta carta amontoa sinônimos: orar e pedir (Cl 1:9),
paciência e longanimidade (Cl 1:11), santos, sem mancha e
irrepreensíveis (Cl 1:22), fundados e firmes (ou “cimentados e
inamovíveis” Cl 1:23), séculos e gerações (Cl 1:26), arraigados,
edificados e estabelecidos (Cl 2:7).
47
48
Agora, se Morton pudesse provar que todo autor grego, não importa
em que sentido empregue a conjunção kai (quer use no sentido de e,
também, até ou em algum sentido adversativo como e contudo, no
49
entanto), não importa qual seja o conteúdo ou natureza de sua
composição (seja narrativa, descritiva, didática, oratória ou
doxológica), não importa quando, por que, ou a quem escreva, e sem
levar em conta a quem use como seu secretário e quanta liberdade
dê ao seu secretário no uso de kai, revela uma norma consequente
em seu uso desta conjunção, então seu argumento teria algum valor.
Tal como está, baseia muito em muito pouco. Por conseguinte,
William Toedtman diz algo certo em sua crítica:
Portanto, quando todos os fatos são examinados, fica claro que nada
que está na linguagem ou estilo de Colossenses pode ser usado
como um argumento contra sua autenticidade.
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Col.1:3, 9; 2:1
Cl 1:4–6; 2:5
Rm 1:8; 15:14; 16:19; 1Co 1:4–7; 2Co 8:7; Gl 4:14, 15; 5:7
Fp 4:1, 15–17
3. Afirma que toda virtude daqueles a quem se dirige procede de
Deus, dando toda a glória a Ele somente.
Cl 1:5, 12, 29
Cl 3:12–17
Rm 12:9–21; 1Co 13; 2Co 5:14; 6:6; 11:11; 12:15; Gl 5:6, 13, 14, 22
Cl 1:23, 25
Fp 3:4–14
52
Cl 3:5–9, 12–14
Fp 2:12–18; 4:1–9
Cl 1:3–12
Fp 1:3–11
Colossenses 2
Rm 16:17, 18; 1Co 1:10–17; 5:1; 6:1; 11; 2Co 13; Gl 1:6–10, etc.
Filipenses 3
Cl 1:5–7, 23
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Por último, pelo que toca a Colossenses 4, a menção das cadeias (Cl
4:18 cf. Fp 1:7, 13, 14, 17; Fm 10, 13), é peculiar às epístolas do
primeiro encarceramento de Paulo em Roma (com a exceção de
uma ocasião em 2Tm 2:9). E o resumo do mandamento “Dizei a
Arquipo: Olha que cumpras o ministério que recebeste no Senhor,
que o leves a cabo” (Cl 4:17) lembra-nos as palavras, similarmente
cortantes: “Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sejam do mesmo
sentir no Senhor” (Fp 4:2).
55
Irineu era anterior a estes por uns poucos anos, embora por um
longo tempo foi contemporâneo de Clemente de Alexandria e
Tertuliano.
Que ele tinha a Paulo por escritor de Colossenses está claro por
suas próprias palavras: “O próprio Paulo declarou … ‘Só Lucas está
comigo’
56
B. Filemom
57
Portanto, não admira que Eusébio lhe dê um lugar em sua lista dos
livros reconhecidos por todos ( História Eclesiástica III. xxv; cf. III. iii)
e que a considere como uma carta de Paulo “verdadeira, genuína e
reconhecida”. Orígenes também a aceita como uma carta de Paulo (
Homilias sobre Jr 19). Tertuliano a conhecia bem, e por causa de seu
testemunho sabemos que até Marcião a aceitava, embora esse
herege rejeitasse 1 e 2 Timóteo e Tito (Tertuliano, Contra Marcião
V.xxi). É
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ESBOÇO DE COLOSSENSES
1. Saudação
3. A preeminência do Filho
a. Na criação
b. Na redenção
1. Filosofia ilusória
2. Cerimonialismo judaico
4. Ascetismo
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7. Saudação final
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COLOSSENSES 1
1. SAUDAÇÃO - CL 1:1, 2
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outros homens (Gl 1:1, 16, 17), mas por meio de preparação divina
(Gl 1:15, 16), tendo sido afastado e capacitado pela atividade da
vontade soberana de Deus (1Co 1:1; 2Co 1:1; Gl 1:1; Ef 1:1; 2Tm
1:1; cf. Rm 15:32; 2Co 8:5).
Paulo acrescenta, e Timóteo nosso irmão (cf. 2Co 1:1; Fp 1:1; 1Ts
1:1; 2Ts 1:1; Fm 1). Isto não nos deve surpreender, uma vez que
evidentemente Timóteo estava nesse mesmo momento perto de
Paulo e desejava enviar saudações. Além disso, Timóteo tinha
estado algum tempo com Paulo em Éfeso durante sua terceira
viagem missionária (At 19:1, 22), e deste modo poderia ter chegado
a conhecer algumas pessoas de Colossos, que teriam vindo ouvir
Paulo naquele período (At 19:10).
62
Não sabemos que razão teria Paulo para proceder desta forma. Mas
uma coisa, sim, é certa: o apóstolo de nenhuma forma está
denegrindo a glória e majestade de Cristo. Não está procurando
exaltar ao Pai às custas do Filho, uma vez que esta é precisamente a
epístola na qual a deidade da segunda pessoa da Trindade, Sua
preeminência sobre todas as criaturas (incluindo todas as hostes de
anjos) e sua idoneidade completa
63
Para mais detalhes sobre certos aspectos das saudações que Paulo
faz no começo de suas cartas, veja-se C.N.T. sobre 1 e 2
64
(Jo 10:30; cf. 14:9). Chamar a Deus “o Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo”
65
4, 5a. Paulo diz “Ao orar por vós, sempre damos graças a Deus, o
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”, porque ouvimos que vossa fé
em Cristo Jesus e do amor que abrigais para com todos os
santos. A construção mais simples dos versículos 4–8 é a de
considerar toda esta seção como dando as razões para a ação de
graças. A petição propriamente dita começa no versículo 9. Tanto a
ação de graças como a petição pertencem à essência da oração (Fp
4:6). Agora, também é uma excelente psicologia cristã que Paulo
desde tão cedo mencione algumas razões para dar graças a Deus
referente a certas condições básicas que se davam em Colossos.
Existiam perigos que ameaçavam a igreja. Além disso, certas
fraquezas estão claramente implicadas (Cl 3:5–11; cf. 2:2, 4, 8, etc.).
Mas mesmo antes que Paulo comece a referir-se a estas coisas,
acima de tudo assegura aos destinatários desta carta que está
convencido de que a obra da graça de Deus é evidente em suas
vidas.
66
de que raça sejam (Jo 13:34; Fp 1:7, 8; 1Jo 4:7–11). Paulo continua,
por causa da esperança reservada nos céus para vós. Deste
modo, à fé e o amor agora acrescenta a esperança, completando
assim a bem conhecida tríade. 28 No Novo Testamento esta tríade
não está limitada aos escritos de Paulo. Também aparece
frequentemente na literatura anteapostólica.
É muito provável que Paulo não a inventasse. Pode ter sido parte da
terminologia comum dos primeiros cristãos. De fato, estas mesmas
graças destacam-se no ensino e no ministério de Jesus. O Senhor,
quando estava no mundo, vez após vez enfatizou a importância da fé
(Mt 6:30; 8:10, 26; 9:2, 22, 29; 14:31; 15:28; 16:8; 17:20; 21:21;
23:23, etc.). Sua própria presença, suas palavras de regozijo, suas
brilhantes e belas promessas e suas obras de redenção inspiravam
esperança, mesmo quando não usasse a própria palavra (Mt 9:2;
14:27; Mc 5:36; 6:50; 9:23; Jo 11:11, 23, 40; 1Pe 1:3, etc.). Também
colocou muita ênfase no amor e na verdade o considerava como a
própria essência da lei e o evangelho, o maior da tríade (Mt 5:43–46;
19:19; Jo 13:34, 35; 14:15, 23; 15:12, 13, 17; 17:26; 21:15, 16, 17,
etc.). Com muita frequência e na forma mais natural combinou estas
três coisas. Um exemplo notável disto encontra-se em João 11:
1. Amor
2. Esperança
428f.
67
11).
3. Fé
68
1:21, 22).
Findlay (“A Biblical Note”, Exp, first series, 10 «1879», pp. 74–80).
Atanásio, Calovio, Conybeare, Eadie, Hofmann, Michaelis, Storr, etc.
Mas se opõem a ela Bruce, Calvino, De Wette, Ellicott, Erasmo,
Lenski, Lightfoot, C.F.D. Moule, Ridderbos, Robertson, etc. Os
comentaristas deste último grupo creem que é uma boa interpretação
dizer que a fé e o amor estão baseados na esperança. Eu concordo
com este parecer, e isto também pela razão gramatical que no
original as palavras “por causa da esperança” estão unidas muito
mais estreitamente com “fé … e amor” que com “sempre damos
graças a Deus”.
69
É a glória que nos será revelada (Rm 8:18), a paz e a alegria que
pertencem à “nossa pátria que está no céu” (Fp 3:20; cf. Jo 14:1–4).
Esta realização de nossa esperança, esta glória, é tão fascinante que
na medida que a podemos contemplar de longe a saudamos (Heb.
11:13), fortalecida nossa fé no Doador, e aumentado e intensificado
nosso amor por todos os Seus filhos, com quem a compartilharemos.
70
(cf. Cl 2:8).
71
72
(“o qual fez com que sua entrada seja sentida entre vós”). O apóstolo
volta a este caso específico de frutificação, ao continuar dizendo:
como também o faz entre vós desde dia em que ouvistes e
reconhecestes a graça de Deus em seu caráter genuíno. A nota
principal ainda é a de ação de graças. A inferência é: «Assim que,
colossenses, não destruais esta árvore frutífera. Não escuteis
àqueles que estão procurando vos privar da grande bênção que
chegou a vós». Não só tinham chegado a conhecer a verdade, mas
também a reconhecê-la como certa, e isto desde o dia em que a
ouviram pela primeira vez. Esse reconhecimento é algo mais que um
conhecimento abstrato e intelectual. É a aceitação e apropriação
alegre da verdade centralizada em Cristo. Esta verdade tem que ver
com nada menos que com a graça de Deus, seu amor soberano em
ação e seu favor para aqueles que não merecem. Eles tinham
chegado a reconhecer esta graça de Deus “em seu caráter genuíno”,
sem ter sido diluída por extravagâncias filosóficas ou acréscimos do
judaísmo. 33
34 Junto com A.R.V., R.S.V., B.J., Bíblia das Américas, Bruce, C.F.D.
Moule, Ridderbos, Robertson, etc., aceito a leitura _μ_ν em lugar de
_μ_ν. É verdade que ambas as leituras dariam bom sentido.
74
leitura está no fato de que tem melhor apoio textual, como diz C.F.D.
Moule “testemunhas antigas e bem distribuídas”, o qual não se pode
dizer da outra leitura.
75
8:16; Ef 2:22; 5:18; 6:18; cf. Jd 20; 1Tm 3:16; veja-se C.N.T. sobre 1
e 2 Timóteo e Tito, p. 161). Por isso, pois, não posso estar de acordo
com o comentário de Lenski nas pp. 31 e 32 de seu Interpretation of
Colossians, Thessalonians, Timothy, Titus, Philemon.
76
B. A oração. Fp 1:9-11
Versículo 9
Versículo 10a
Versículos 10b–12a
Versículos 12b–13
77
“como nunca antes tinham orado”; isto é, admitindo que antes tinham
estado orando por esta igreja, as notícias que tinham chegado até o
apóstolo com a chegada de Epafras tinham produzido um notável
aumento de oração, intercessão fervente, e isto com grande
regularidade (“jamais cessamos de orar”). Isto nos traz à mente a vez
que a pregação de Paulo acresceu em Corinto depois da chegada de
Silas e Timóteo (At 18:5). 37
Versículo 14
78
1. 2.
Rm 1:9 15:30
Ef 1:16 6:18, 19
Cl 1:9 4:3
1 Ts. 1:2 5:25
Fm 4 22
Com base nas bênçãos que eles já tinham recebido, o apóstolo pede
favores adicionais. Animado pelas evidências da graça de Deus que
já estavam presentes, pede provas adicionais. Esse é o significado
de “E
por esta razão”, etc. O Senhor não deseja que Seu povo peça muito
pouco. Ele não deseja que vivam insuficientemente e com
mesquinharia na esfera espiritual. Que vivam rica e suntuosamente,
em harmonia com o Sl 81:1!
Agora, a oração que aqui se registra nos versículos 9b–14 deve ser
comparada com as orações de Paulo que se acham nas outras
epístolas de sua primeira prisão em Roma (Ef 1:17–23; 3:14–21; Fp
1:9–11). Ao combiná-las, percebemos que o apóstolo ora que
aqueles a quem se dirige sejam enriquecidos em coisas tais como
sabedoria, conhecimento, poder, paciência, longanimidade, alegria,
gratidão e amor. Além disso, notamos que Jesus Cristo (aqui “o Filho
do seu amor”) é considerado como aquele através de quem são
derramadas estas graças sobre o crente, e que a glória de Deus
(aqui, “dando graças ao Pai”) é reconhecida como o propósito
máximo de todas as coisas.
80
81
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83
longanimidade são dons de Deus (Rm 15:5; Gl 5:22), e ambas são
estimuladas pela esperança, pela certeza de que Deus cumprirá
Suas promessas (Rm 8:25; 1Ts 1:3; 2Tm 4:2, 8; Heb. 6:12).
Esta ação de graças se dirige ao Pai, uma vez que Ele é que nos dá
livremente todas as coisas (Rm 8:32) através do “Filho do seu amor”
(v.
13). Paulo enfatiza a necessidade de dar graças vez após vez (2Co
1:11; Ef 5:20; Fp 4:6; Cl 3:17; 1Ts 5:18). Com relação a este
contexto, as razões pelas quais os colossenses devem dar graças ao
Pai se expressam nos versículos 12b, 13. Aqui, pois, faz-se notar
que o Pai é quem vos41
“dando graças”, este seria o único particípio (dos quatro) que não
teria modificativo.
No entanto, deve admitir-se que quer digamos “de forma que possais
exercer todo tipo de paciência e longanimidade com alegria, dando
graças”, etc., ou “de forma que possais exercer todo tipo de
paciência e longanimidade, com alegria dando graças”, etc., é pouca
a diferença no significado que resulta.
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85
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plena e livre. Não é difícil responder a seguinte pergunta: “este reino
é presente ou futuro?” Em princípio os colossenses já estão nele. Já
foram
87
Por isso, pois, Paulo escreve: e quem nos resgatou45. O Pai nos
atraiu até ele, nos libertando de nossa miserável condição. O verbo
resgatou do presente contexto, implica tanto a escuridão e miséria
totalmente irreparável, na qual, ao estar apartados da misericórdia de
Deus, “nós” (os colossenses, Paulo, etc.) estivemos andando
tateando, como também o glorioso mas árduo trabalho redentor que
era necessário para nos libertar do estado desventurado em que nos
encontrávamos. O
Pai nos resgatou mediante o envio de seu Filho, quem se fez homem
(Cl 1:22; 2:9; cf. Gl 1:15, 16; 4:4, 5), com o propósito de:
a. morrer por nossos pecados na cruz (Cl 1:22; 2:14; cf. Gl 2:20;
6:14), e
88
89
(W.T. Sleeper)
É provável que esta sobressalente expressão figurada fora uma que
os destinatários — tanto gentios como judeus — entendessem
facilmente. Eles sabiam que os governantes terrestres às vezes
trasladavam ao povo conquistado de uma terra a outra (2Rs 15:29;
17:3–
90
91
Portanto, “nele”, isto é, mediante nossa união espiritual com Ele (Cl
3:1–3), temos redenção plena e livre. Por conseguinte, esta
redenção é emancipação da maldição (Gl 3:13), e particularmente da
escravidão ao pecado (Jo 8:34; Rm 7:14; 1Co 7:23), uma libertação
que resulta numa verdadeira liberdade (Jo 8:36; Gl 5:1). Pelo
pagamento que Cristo fez do resgate e mediante nossa fé nEle,
obtivemos do Pai o perdão ou remissão (cf. Sl 103:12) de nossos
pecados. As cadeias que nos tinham apanhados foram quebradas.
Embora só aqui e em Ef 1:7 (perdão de …
transgressões) o apóstolo usa esta expressão “perdão de pecados”
(a qual aparece com muita frequência no Novo Testamento), 49 e
embora Paulo geralmente nos transmite uma ideia semelhante por
palavras e frases que pertencem à família da “justificação pela fé”,
contudo ele conhecia bem a ideia do perdão dos pecados, como se
pode ver por Rm 4:7; 2Co 5:19; e em Colossenses por Cl 2:13 e
3:13. De fato, em Colossenses a ideia do perdão até é enfatizada.
Veja-se a nota 131.
Warfield, The Person and Work of Christ, pp. 429ss., e E.K. Simpson,
Words Worth Weighing in the Greek New Testament, p. 8ss.
92
93
e o invisível, sejam tronos ou domínios ou ter a preeminência.
94
286–298.
Studien für Heinrici, 1914, pp. 220–234. Muito parecida com esta é a
opinião de C.F. Burney, que estas linhas podem ser uma meditação
sobre Pv 8:22 em conexão com Gn 1:1; veja-se seu artigo,
“Christ as the ARXH of the creation”, JTS xxvii (1925, 1926), pp.
160ss. Outro ponto de vista semelhante é que a passagem de Cl
1:15–20 foi composta “pelo próprio Paulo, embora possivelmente
com palavras tiradas em parte de algum hino helênico à Sabedoria
ou Palavra de Deus”. C.F.D.
95
ou “dito” que tinha chegado a ser muito querido para ele, o tornou
parte de sua carta, quer não o tenha acrescentado ou alterado em
nada ou que lhe tenha feita algumas pequenas mudanças para que
se acomodasse a seu propósito.
Com relação a (3). O ponto é legítimo, mas não está em conflito com
nenhuma das duas teorias.
97
A igreja primitiva também teve suas “frases fiéis” (1Tm 1:15; 3:1; 4:8,
9; 2Tm 2:11–13; Tt 3:4–8). Todos essas frases, testemunhos,
confissões e canções passaram de boca em boca e de coração a
coração, até que se cravaram no próprio coração da comunidade,
todos os temores, esperanças, lutas e alegria dos crentes eram
expressos por eles.
157–159.
98
99
A aplicação que podemos fazer desta verdade para hoje pode ser
vista facilmente. Pelo fato de que o Cristo do Calvário governa os
céus e a terra para proveito de Seu reino e para a glória do Seu
nome (controlando o mal para que disso saia o bem), então
nenhuma automatização, nem bomba, nem ameaça comunista, nem
depressão, nem desequilíbrio econômico, nem acidente fatal, nem o
declínio gradual da força mental, nem alucinações produzidas por
uma desordem nervosa, nem nenhum invasor extraterrestre (sobre
aqueles que alguns têm pesadelos!) poderá jamais triunfar para nos
separar de Seu amor (Rm 8:35, 38). Aquele que nos diz como ir ao
céu e que certamente nos leva até ele, também sabe como partem
os céus; Ele faz com que eles levem a cabo sua missão e que se
dirijam ao lugar destinado por Ele, porque nEle, por meio dEle e para
Ele foram criadas todas as coisas e nEle
“encontram sua coesão”.
100
A. Na criação - Cl 1:15-17
101
visível no Filho de tal forma que o homem pode ver Aquele que é
invisível (cf. 1Tm 1:17; 6:16).
Agora, se o Filho é a própria imagem do Deus invisível, e se este
Deus existe de eternidade à eternidade, daí segue-se que também o
Filho deve ser eternamente a imagem de Deus. Pelo que no que
respeita à Sua deidade, não pode ser parte da categoria de tempo e
espaço. Não pode ser uma mera criatura, mas deve estar numa
classe à parte por Si mesmo, isto é, elevado grandemente acima de
toda criatura. Por conseguinte, o apóstolo continua dizendo, o
primogênito de toda criatura, 52 isto é, Aquele a quem pertence o
direito e a dignidade de primogênito com relação a toda criatura. Que
a frase “o primogênito de toda criatura” não pode significar que o
próprio Filho também é uma criatura (o primeiro de uma longa linha),
estabelece-se claramente no versículo 16. Ele é anterior a, diferente
de, e exaltado muito acima de toda criatura. Como o primogênito, Ele
é o herdeiro e governante de tudo. Ponha a atenção no Sl 89:27:
“Fá-lo-ei, por isso, meu primogênito, o mais elevado entre os reis da
terra”. Cf. Êx 4:22; Jr 31:9.
102
103
104
17. Agora, se todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele (v.
De fato, «jamais houve um tempo em que Ele não existiu». Ele «foi
gerado do Pai antes que todos os séculos» (Credo de Niceia). Em
conformidade com isso, o hino continua: E ele é antes que todas as
coisas.
105
Por conseguinte, há unidade e propósito na natureza e na história. O
106
107
B. Na redenção - Cl 1:18-20
108
109
Assim, pois, quando o triúno Deus criou o corpo humano com sua
cabeça orgânica e diretriz, construiu-a de tal forma que pudesse
servir como um símbolo excelente da cabeça orgânica e diretriz da
igreja, ou seja, o Senhor Jesus Cristo.
Falando deste último, o “hino” continua dizendo, o qual é o
princípio, o primogênito dos mortos. Por meio de Sua
ressurreição ( para nunca mais morrer), Cristo colocou o fundamento
daquela vida santificada e dessa esperança e certeza na qual se
regozijam os seus (Cl 3:1–17; 1Pe 1:3ss.). Sua ressurreição é
também o começo, princípio ou causa da gloriosa ressurreição física
da qual desfrutarão. Portanto, a afirmação “porque eu vivo, vós
também vivereis” (Jo 14:19) é certa de qualquer ponto de vista. Ele é
o precursor, Ele tem as chaves da morte e do Hades. Tem autoridade
sobre a vida e a morte (Rm 8:29; 1Co 15:20; Hb 2:14, 15; Ap 1:5).
Ele é quem “por um lado, derrotou completamente a morte, e por
outro, trouxe à luz a vida e a incorruptibilidade por meio do
evangelho” (2Tm 1:10). Tudo isso é certo para que em todas as
coisas ele possa ter a preeminência. É lógico que Aquele que é
primogênito, ponto de referência, agente, meta, precursor e
sustentador (governador) na esfera da criação (vv. 15–17); e que
também é cabeça do corpo,
110
(2) Quase não seria correto sustentar que em Cl 1:19 (se adotarmos
a tradução alterna) temos exatamente a mesma construção que a
que se registra em Cl 2:9, quer dizer, que tanto em Cl 1:19
como em Cl 2:9 a plenitude é o sujeito de uma forma do verbo
habitar ou habitar. Antes, acontece o contrário, pois quando Cl 1:19
se traduz “porque agradou à plenitude habitar nele”, o substantivo
plenitude não é diretamente o sujeito de habitar, mas de agradou.
Desta forma, então, se atribui à plenitude um caráter pessoal muito
mais definido. Por isso, pois, qualquer argumento que se tire de Cl
2:9 estará em direção oposta, uma vez que em Cl 2:9 a plenitude é,
na verdade, sujeito de uma das formas do verbo morar ou habitar, de
la misma forma que en Col. 1:19 (siempre que se traduzca,
111
Passagens explicativas:
(2) a igreja como aquilo que completa a Cristo, estando Ele mesmo
incompleto sem ela, assim como o noivo o está sem a noiva.
É muito provável que seja certa a teoria que afirma que o uso
frequente que Paulo faz do termo (embora não o próprio termo)
deveu-se, ao menos em parte, a que o usavam os falsos mestres. O
(LXX 97:7). (Até esse ponto posso concordar com E. Percy, op.cit. ,
p. 76ss.).
(2) A teoria que afirma que a frequência com que aparece o termo
em Efésios e Colossenses tem algo a ver com o fato de que era
usada pelos falsos mestres, de maneira nenhuma é uma indicação
de que já tão cedo tinha o sentido que foi dado nas elaboradas
especulações do gnosticismo do segundo século.
J.B. Lightfoot, op. cit. , pp. 257–273; J.A. Robinson, “The Church as
the Fulfilment of the Christ: a Note on Ephesians 1:23”, Exp, 5th
series, 7 (1898), pp. 241–259; C.F.D. Moule, op. cit. , pp. 164–169; y
Delling, Th. W.N.T. vol. VI, pp. 297–304.
113
20. Agora, tanto em Cl 2:9, 10 como aqui em Cl 1:19, 20 menciona-
se a plenitude que habita em Cristo com fins práticos. É uma fonte de
bênçãos. Portanto, aqui em Cl 1:19, 20 somos informados que a
Deus o Pai lhe aprouve ou Se deleitou que no Filho do seu amor
habitasse toda a plenitude, E por meio dele reconciliar todas as
coisas consigo mesmo, 57
57 ε_ς α_τόν deve ser escrevido (ou lhe dar o sentido de) ε_ς α_τόν.
Paulo tinha o costume de dizer que a reconciliação era a Deus (Rm
5:10 duas vezes; 2Co 5:18, 19, 20). O fato de que nestas passagens
(como também em uma sem significado teológico 1Co 7:11) use-se o
verbo καταλλάσσω
59 Pode esta ser a razão por que a tradução tão excelente (em
outros aspectos) e tão popular do Rev.
114
“No final todos serão salvos. Tenho esperanças até para o diabo”.
115
São postos sob sujeição (1Co 15:24–28; cf. Ef 1:10, 22), e “o Deus
de paz esmagará a Satanás debaixo de vossos pés” (Rm 16:20). Por
outro lado, os anjos bons se submetem alegre e ansiosamente. O
mesmo acontece com os homens redimidos. Este grupo inclui aos
membros da igreja de Colossos até onde são verdadeiros crentes,
pensamento ao que Paulo dá expressão nos seguintes versículos.
O apoio textual para esta leitura não tem muito peso (D G it Ir). c. No
entanto ficaria a pergunta: do que forma verbal são objetos diretos o
pronome e seu particípio modificativo? Pelo fato de que essa
pergunta surge de novo em conexão com o ponto (2) é omitida aqui.
(4) Que o pronome não está conectado com nenhuma forma verbal,
mas sim foi deixado como suspenso. O que o apóstolo quis dizer foi
“e ele vos reconciliou”, mas nunca chegou a terminar a ideia (ou, não
chegou a “ditá-la”). Em lugar disso, usou um indicativo passivo
aoristo, “fostes reconciliados” (_ποκατηλλάγητε), v. 22.
c. É muito mais fácil explicar por que é que “ele vos reconciliou” (o
qual eliminaria o anacoluto) tomou o lugar de “fostes reconciliados”,
que vice versa.
Conclusão
118
são por natureza “filhos da ira” (Ef 2:3). Além disso, a disposição
interior de aversão a Deus e de antipatia à voz da consciência que
primeiro tinha caracterizado os colossenses, também se tinha
manifestado a si mesma em obras perversas, obras como as que se
enumeram bem especificamente em Cl 3:5–9.
Mas agora tudo isso era coisa do passado, pelo menos basicamente.
Por meio do sangue do Filho do amor de Deus foi feita a paz. Ele,
quer dizer, o Filho do amor de Deus, 61 em Seu corpo de carne
(essa foi a esfera da reconciliação), e por meio de Sua morte (esse
foi o instrumento), fez com que os colossenses voltassem a uma
correta relação com Deus. Quando se fala de uma volta, não se quer
dizer com isso que houve um tempo há muitos, muitos anos, em que
os colossenses foram cristãos, mas o sentido é que para eles a
implantação da paz entre o coração paternal de Deus e a alma do
pecador foi um voltar outra vez ao estado de retidão em que Deus
tinha criado o homem no princípio.
(Naturalmente que a graça introduz o pecador resgatado a uma
condição que é muitíssimo melhor que a que havia antes da Queda).
Pela graça soberana de Deus, o filho pródigo volta ao seu lar do qual
tinha sido banido ou afastado (veja-se o v. 21; também Lc 15:11–24).
Esse é o significado da reconciliação. Deus é reconciliado com o
pecador e o pecador com Deus mediante a morte expiatória de
Cristo. «O Deus reconciliado justifica o pecador que aceita a
reconciliação, e de tal maneira opera em seu coração mediante o
Espírito Santo que o pecador também ponha de lado sua perversa
separação de Deus, e assim participe dos frutos da expiação perfeita
de Cristo”. 62
119
da lei e levou seu castigo. (Cf. Lc 22:19; 1Co 11:27; Heb. 10:10; 1Pe
2:24) É provável que aqui se esteja fazendo um contraste entre
“corpo de carne” 63 e “corpo, a igreja” do versículo 18. Deve
acrescentar-se, no entanto, que o Espírito Santo, quem inspirou
Colossenses (como também o resto da Escritura), previu o tempo em
que os docetas ensinariam que Cristo apareceu aos homens num
corpo espiritual, e pelo fato de que ele não tinha um corpo físico, só
pareceu sofrer e morrer numa cruz. Cl 1:22
20; 1Jo 2:28), mas também o próprio Cristo o faz (Ef 5:27). Também
a Ele são aplicáveis as palavras de Sf 3:17, “alegrar-se-á sobre ti
com alegria, calará de amor, se regozijará sobre ti com cânticos”.
Esta gloriosa apresentação é mencionada aqui como sendo o
propósito da reconciliação.
121
1:6–8. Além disso, esse evangelho não era destinado somente para
um grupo seleto — os mestres do erro que estavam em Colossos
bem poderiam ter pensado que eles eram um grupo exclusivo —
nem estava limitado a alguma região particular; pelo contrário, era o
evangelho, o qual, em obediência ao mandamento do Senhor (Mt
28:19; especialmente Mc 16:15), foi pregado entre toda criatura
debaixo do céu.
122
O que faz com que Paulo escreva como o faz é sua estreita conexão
com Cristo. Ele está meditando nos sofrimentos que o Salvador
suportou quando esteve aqui na terra. Paulo sabe que ele mesmo,
em sua transitória existência terrena, está (em certo sentido que
explicaremos) enchendo ou suprindo o que falta dos sofrimentos de
Cristo. O apóstolo está sofrendo estas adversidades no lugar de
Cristo, uma vez que o próprio Jesus já não está mais aqui para
suportá-las. Não que Paulo esteja efetuando tudo isso por si mesmo,
mas ele está contribuindo com sua parte. Outros crentes contribuem
com a parte que lhes corresponde.
123
Ridderbos escreve: «Nossa conclusão não pode ser outra que esta,
que a expressão as aflições de Cristo apontam ao sofrimento
histórico de Cristo» ( op.cit. , p. 158).
Assume-se que isso não significa que faltava algo no valor expiatório
do sacrifício de Cristo. A expressão não quer dizer que as boas
obras, os sofrimentos do purgatório, a fiel assistência à missa, o
pagamento de indulgências, ou qualquer dos assim chamados
méritos podem ou devem ser acrescentados aos méritos de nosso
Senhor. Entre as muitas passagens que refutariam essa teoria estão
Cl 2:14; Jo 19:30; Hb 10:11–14; e 1Jo 1:9. No entanto, não temos o
direito de mudar o significado claro da gramática e o contexto de
uma passagem, procurando assim favorecer o protestantismo em
sua luta com o catolicismo romano. Devemos ter em mente que
apesar de Cristo ter prestado uma completa satisfação a Deus por
meio das aflições que sofreu (de tal forma que Paulo pode gloriar-se
em nada que não seja a cruz, Gl 6:14), contudo os inimigos de Cristo
não ficaram satisfeitos!
“Se o mundo vos aborrece, sabei que me aborreceu antes que a vós.
… Mas tudo isso vos farão por causa de meu nome, porque não
conhecem que me enviou” (Jo 15:18–21).
124
(2Co 4:10).
66 A.
B.
Por conseguinte, devem rejeitá-las seguintes teorias:
(3) Que as aflições de Cristo são as que Cristo coloca sobre Paulo,
etc.
125
Além disso, a administração de Deus lhe tinha sido dada, para dar à
existe entre el Cristo exaltado y su iglesia, se puede decir que los
sufrimientos de ella pueden ser llamados “las aflicciones de Cristo”.
Asi Juan Calvino en su Comentario; y también Agustín y Lutero.
(5) Que o que foi traduzido “o que falta das aflições de Cristo” deve
interpretar-se como “as partes restantes das aflições de Cristo”.
Assim Lenski, op. cit. , p. 73. Este autor também as chama
simplesmente “o resto”. Embora na p. 72 não vacila em usar a
expressão “o que falta”, com tudo na p.
126
127
4:1, 2; Ml. 1:11, por mencionar umas quantas citações); mas não era
do agrado de Deus que estas predições fossem levadas a cabo até a
presente era messiânica. “Cristo em vós, a esperança da glória”
devia esperar até este tempo. “Cristo em vós” significa Cristo em vós,
gentios, e isto sobre uma base de perfeita igualdade com Israel, a
“parede intermediária de separação” tendo sido removida
completamente (Ef 2:14).
1. Seu significado
12), aquela “apresentação” da noiva a seu noivo (vv. 22, 28); cf. Cl
3:4, 24; Rm 5:2; 8:18–23; 1Co 15; Fp 3:20, 21; 1Ts 2:19; 3:13; 4:13–
17; 2Ts 1:10; 2Tm 1:12; 4:8; Tt 2:13. Embora o apóstolo inclua o
estado intermediário neste conceito de glória (2Co 5:1–8; Fp 1:21,
23), seu horizonte era a segunda vinda de Cristo e a felicidade
eterna.
284.
128
129
de vida, passa através de e sobrevive a várias etapas, e no entanto
nem por isso alcançará a imortalidade.
Crusader’s Hymn
130
“A morte dominou
Cristo, o Senhor.
O Senhor ressuscitou”
Robert Lowry
4. Objeção
Mas admitindo o fato de que Cristo na verdade satisfaz o desejo pela
beleza, pela perfeição espiritual e moral, e pela sobrevivência final,
não seria, antes, uma exceção à regra, uma interrupção na raça de
Adão?
“Este Cristo está habitando (e isto não de forma passiva, mas com
poder eficaz) em vós através de Seu Espírito”, diz Paulo. Portanto:
“Se o Espírito daquele que levantou dos mortos a Jesus habita em
vós, aquele que levantou dos mortos a Cristo Jesus vivificará
também os vossos corpos mortais por seu Espírito que habita em
vós” (Rm 8:11).
131
132
enriquecidos”.
133
134
135
Resumo de Colossenses 1
136
137
138
COLOSSENSES 2
139
141
142
1Co 1:19; Ef 3:4; 2Tm 2:7) das coisas espirituais que seja completo,
abundante e proveitoso, que implica a capacidade para distinguir
entre a verdade e o erro. Paulo define esta meta ainda mais
claramente, dizendo: para um conhecimento claro do mistério de
Deus, ou seja, Cristo. Já explicamos em Cl 1:27 em que sentido
Cristo é o mistério de Deus. Cf.
143
evidente que o apóstolo tem também em mente este fim prático aqui
em Colossenses; isto se vê nos versículos 9 e 10. Portanto, o que o
apóstolo quer dizer é que «em Cristo se guardam todos estes
tesouros. Portanto, venham e descubram-nos e enriqueçam-se com
eles».
144
Mas embora tudo isto fosse totalmente válido quando falamos sobre
a sabedoria humana, no entanto a sabedoria que se atribui a Cristo é
muito mais que a simples habilidade de raciocinar e traçar. A
sabedoria arquetípica difere da sabedoria cópia: o modelo divino e a
cópia humana jamais poderão ser idênticos, e a razão é que Deus é
Deus, e aqui estamos tratando com Cristo como Deus (veja-se Cl
2:9). A sabedoria divina projeta, planeja e dirige de uma forma
imensamente superior à sabedoria humana, uma vez que é original e
criativa. Pode realizar o que nenhuma sabedoria em todo o universo
pode fazer. Pode harmonizar o que parecesse irreconciliável. Uns
poucos exemplos ilustrarão o que quero dizer:
145
(2) A força com que Paulo sente esta comunhão com aqueles que
em sua maior parte não o tinham visto, e que, portanto, ele não
conhecia pessoalmente. É razoável pensar que Epafras tinha
entregue ao apóstolo 77 Na página 36 de meu livrinho, And So All
Israel Shall Be Saved, dei o que considero a interpretação correta de
Rm 11:26a e de seu contexto.
146
147
Paulo nos mostra agora o que significa viver em Cristo (isto é, numa
união vital com ele), e o faz por meio de quatro particípios
(“enraizados”, “edificados”, “sendo confirmados”, “aumentando”); o
primeiro é um perfeito passivo e os três restantes estão no presente:
enraizados e sendo edificados nele e sendo confirmados na fé,
segundo vos ensinou, aumentando em ações de graças. O
sentido destas palavras é:
148
149
150
151
152
153
Está afirmando que a plenitude da deidade reside em Cristo, isto é,
corporalmente.
No entanto, existem duas teorias que merecem mais atenção que tão
somente as mencionar:
Objeções:
(1) Paulo está usando um verbo no tempo presente. Paulo não está
dizendo que o Verbo fez-se carne, mas que a plenitude da deidade
habita ou está habitando em Cristo. E certamente este habitar não
começou com a encarnação. Antes, é uma habitação eterna. Moule,
que favorece o ponto de vista de Lightfoot, no entanto, afirma
corretamente: «A objeção declarar que Jesus é Deus e dizer que é
um homem, um homem muito divino, na verdade, mas homem em
todo caso. Não era este o lema dos hereges, “Houve um tempo em
que ele não era”?
154
(2) Lightfoot argui que a cláusula principal (“porque nele habita toda a
plenitude da deidade”) refere-se ao Cristo pré-encarnado (“a Palavra
eterna, na qual habita a plenitude desde toda a eternidade”), mas
que o advérbio (“corporalmente”) que modifica esta cláusula refere-
se à encarnação. Isto é contraditório.
155
Ef 4:13). A igreja que permanece numa união vital com Cristo até o
extremo máximo da capacidade humana, recebe amor, paz, alegria,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, humildade,
moderação (Gl 5:22), sim, e toda graça cristã. Cristo é a fonte que
nunca falha. Por que, então, colossenses, cometeis a estupidez de
cavar para vós cisternas rotas, que não podem reter a água (Jr
2:13)? Por que confiar na circuncisão, sendo que já fostes
sepultados com Cristo no batismo (vv.
11–14)? Quão néscio é recorrer aos principados e autoridades,
quando nEle chegastes à plenitude, quer dizer, naquele que é a
cabeça de todo principado e autoridade (cf. v. 15). Para o
significado dos termos
156
Parece que o apóstolo queria dar ênfase a esta última ideia (veja-se
mais abaixo sobre o v. 15). 83
(C.F.D. Moule, The Epistle of Paul the Apostle to the Colossians and
to Philemon, en Cambridge Greek Testament Commentary, p. 91).
Novamente, “Portanto, aparentemente não há evidência definida que
στοιχε_ον signifique ‘espírito’, ‘anjo’ ou ‘demônio’, antes da qual
encontramos no Test.
157
(4) Mas Paulo menciona aos anjos em Gl 3:19: “a lei foi ordenada por
meio de anjos”. Não é verdade, então, que quando Cristo veio, estes
anjos apareceram como seus competidores procurando manter a lei,
e que Paulo agora está advertindo de não colocar-se novamente em
escravidão a estes anjos? Embora Paulo não estava advertindo
contra os espíritos astrais do paganismo, não poderia ter estado
advertindo contra os anjos mediadores da lei pertencentes ao
judaísmo?
158
CL 2:11-17
157).
159
160
(2) Cristo conseguiu para vós a obra do Espírito Santo mediante toda
Sua obra de humilhação, incluindo Sua sepultura (Jo 16:7). De modo
que não só lhes pertence a justificação, mas também a
161
Mas qual é a razão pela qual Paulo conecta “em vosso batismo”
com este ter sido sepultado e ressuscitado com Cristo? Não o faz
porque atribua algum poder mágico ao batismo. Veja-se 1Co 1:14–
17; cf. 1Pe 3:21. É evidente que Paulo exclui definitivamente desta
passagem a ideia de que o batismo, em virtude do próprio ato e
independente da condição do coração daqueles que ouviram e
professaram crer no evangelho, tem alguma virtude espiritual.
Por isso, pois, acrescenta cuidadosamente: mediante a fé no poder
84
162
suas palavras que o batismo tomou o lugar da circuncisão. 86
Portanto, o que se afirma com relação à circuncisão em Rm 4:11,
sobre o que é um sinal e selo, vale também para o batismo. No
contexto desta epístola, o batismo é sinal e selo de ter sido sepultado
com Cristo e de ter sido ressuscitado com Ele. E, por conseguinte,
um sinal e selo de nossa união com Cristo, de nossa entrada à Sua
aliança e de nossa incorporação ao corpo de Cristo, a igreja (1Co
12:13). O sinal do batismo ilustra o poder que o sangue e o Espírito
de Cristo têm para nos purificar. Esta representação tão gráfica é de
um valor imenso (cf. Jó 42:5, 6). O selo certifica e garante a
operação desta atividade de amor e graça nas vidas de todos
aqueles que abraçaram a Cristo pela fé. O batismo, então, revela-
nos um Deus que com ternura mostra uma atitude condescendente
para com as fraquezas de Seu povo: suas dúvidas e temores. (Cf.
Hb 6:17; o mesmo se aplica ao sacramento da Santa Ceia, Lc
22:19). Na procurar impor este rito obsoleto sobre crentes gentios; b.
a ideia de que a circuncisão era em e por si mesma um meio de
graça, dando aos que se submetiam a ela uma bênção que a “mera”
fé em Cristo jamais lhe daria. O erro era, portanto, negar o caráter
todo-suficiente de Cristo! Veja-se mais sobre isso nos vv. 16 e 17.
Revell Co.) expressa o alto valor que tem a circuncisão para nossa
saúde, especialmente como uma medida preventiva do câncer
cervical (pp. 19–21). Suas observações e estatísticas são muito
interestantes e instrutivas. Mas esse é o lado físico do assunto.
Paulo discute o lado moral e espiritual.
163
fostes sepultados com Ele. Quando Ele foi ressuscitado, vós — como
novas criaturas — fostes ressuscitados com Ele. Na experiência do
batismo recebestes o sinal e selo desta maravilhosa transformação
efetuada pelo Espírito”. 87
A realidade é que há muitos aspectos que têm que ver com nossa
união com Cristo. E é arbitrário selecionar só um aspecto e encontrar
em sua linguagem a essência do modo do batismo ( Christian
Baptism, p. 31).
164
contra a santa lei de Deus, mas também e basicamente por causa de
vosso estado diante de Deus». Este estado descreve aqui como “a
incircuncisão da vossa carne”, isto é, «vosso estado judicial de culpa;
e portanto, vossa condição de pecado, impotência, e portanto, uma
condição sem esperança alguma».
165
Perdão
166
Mas certamente que estas palavras não eram só para Filemom, mas
se dirigiam a toda a congregação, e de fato — como Paulo nos
lembra, dizendo “tendo nos perdoado todos os delitos” — a todos os
crentes, tanto daquele então como de agora.
167
Cf. Sl 89:30-35.
14. Mas ao nos dar vida (veja-se v. 13) em Sua misericórdia, Deus
não apenas nos perdoou nossos delitos contra Sua santa lei, mas
ainda cancelou a própria lei, considerada em seu caráter de escrito
que
168
demanda e pronuncia sobre nós maldição, aquela lei que por seus
muitos requisitos e estipulações nos condenava. Por meio do
sacrifício vicário de Seu Filho, Deus ab-rogou a lei como um meio de
salvação e como uma maldição que pendia sobre nossas cabeças.
Paulo afirma: tendo cancelado o documento escrito à mão que
estava contra nós, o qual por meio de suas demandas 88
testificava contra89 nós. Este manuscrito ou documento escrito à
mão é evidentemente a lei (cf. Ef 2:15). 90 Em certo 88 O original
produziu várias interpretações, e é difícil. A dificuldade se centraliza
em duas frases: κατά ἡμῶν e το_ς δόγμασιν. Se κατά ἡμῶν
traduz-se “contra nós” e το_ς δόγμασιν constrói-se com
“escrito à mão”, o resultado podria ser uma traducci6n asa que se lhe
pode acusar de ser tautológica:
“o manuscrito com suas ordenanças que estava contra nós, que nos
era contrário" (cf. a tradução bem semelhante na RA e RC). J. A. T.
Robinson esquiva a dificuldade, afirmando que κατά ἡμῶν
169
170
crente a obedece em gratidão pela salvação que já recebeu como
uma dádiva da graça soberana de Deus. Mas foi libertado da lei
como um código de regras e prescrições, como um meio de obter a
salvação eterna, e como uma maldição que ameaça destruí-lo.
15. Aqui temos o último dos três atos importantes, pelos quais Deus
concede a Seus filhos a alegria da salvação (veja-se sobre o v. 13).
Estes três atos são: (1) o perdão de pecados, (2) a anulação da lei
(no sentido que explicamos), e agora (3) o desarmamento dos
principados e autoridades. Paulo diz: e tendo despojado os
principados e autoridades de seu poder, exibiu-os publicamente
para sua vergonha ao triunfar sobre eles nele. 92 Estes
“principados e autoridades” são seres angélicos (veja-se sobre Cl
1:16), os quais são descritos aqui (Cl 2:15) como resistindo a Deus.
Não sabemos claramente o por quê Paulo os menciona nesta
conexão. No entanto, é possível que a afirmação que se acaba de
fazer a respeito da anulação da lei como nossa acusadora
impessoal, tenha levado a apóstolo a referir-se a acusadores
pessoais, quer dizer, a anjos maus. 93 Na verdade, essa seria uma
transição muito natural. E também nos traz à mente o argumento de
Paulo em Romanos capítulo 8. Ali também, tendo assinalado que as
demandas da lei foram satisfeitas (Rm 8:1–4), o apóstolo pergunta
no v. 33, “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?”, e no
v. 34 “Quem os condenará?” Poderia afirmar alguém que Paulo,
como bom conhecedor do Antigo Testamento, não está pensando
também em Satanás como um dos acusadores? (Jó 1:9–11; Zc 3:1–
5; Ap 12:10). Pelas passagens citadas, podemos ver que a ideia de
Satanás como o arquiacusador, é decididamente bíblica.
93 Ridderbos rejeita esta ideia por não estar apoiada pelo contexto (
op. cit. , p. 189). Eu, no entanto, deixaria lugar para esta
possibilidade, pelas razões que dou no comentário.
171
190).
(2) Que em Ef 6:11, 14; 1Ts 5:8 o verbo _νδύω usa-se na voz média
com o significado de ponho-me uma armadura. Portanto, aqui em Cl
2:15 _πεκδυσάμενος (voz média), pode significar perfeitamente
desarmar.
172
173
174
11:28, 29; cf. Hb 4:8, 14). Certamente, uma sombra que é jogada por
uma pessoa que se aproxima, poderia ser de valor. Por exemplo, é
possível que alguém esteja esperando ansiosamente uma pessoa,
mas acontece que está parado de tal forma que, ao aproximar-se a
pessoa, por um momento só se vê sua sombra. Mas essa sombra
não só garante que o visitante está para chegar, mas também ainda
provê um esboço parcial que o descreve. Assim também, os
preceitos do Antigo Testamento tinham servido para um bom
propósito. Mas agora que Cristo e a salvação nEle chegaram, podem
continuar sendo úteis aquelas sombras?
18. Paulo aborda agora o problema do culto aos anjos, que era uma
das características da heresia colossense. Paulo escreve: Ninguém
vos desqualifique. 97 Que nenhum ritualista venha com palavras
como,
«Colossenses, vós estais fora da carreira ou contenda, porque não
guardais minhas regras e preceitos. Sois uns ineptos e indignos». E
175
176
Por tudo isso, pois, parece que a tradução “culto aos anjos” é
correta. Para a teoria que afirma que estes anjos eram “espíritos
astrais”
99 Cf. W.M. Ramsay, The Church in the Roman Empire, pp. 447–
480.
177
para o ensino de Paulo com relação aos anjos, veja-se sobre Cl 1:16,
17; 2:15, e também C.N.T. sobre 1 e 2 Timóteo e Tito, pp. 208–209.
101 A inserção do não (RC 1998 “coisas que não viu”) não está
apoiada no original pela evidência textual de maior peso. É possível
que algum copista que não entendeu que quando Paulo disse
(referindo-se ao falso mestre), “apegando-se-se às coisas que viu”, o
que queria dizer era “nas coisas que ele pretende (ou, crê) ter visto”,
colocou este não em sua cópia, pensando que caso contrário o
ritualista recibiria muito crédito. Mas o modismo que Paulo usa é
muito claro. Podemos comparar a expressão de Paulo, “as coisas
que viu”, com a de Cristo “… para que os que veem sejam cegados”
178
Este indivíduo pretende (talvez até crê) ter visto algo, e se jacta de
sua experiência. Faz dela o assunto mais grandioso. Se alguém se
atrever a contradizê-lo ou a pôr em dúvida suas teorias, responderá:
«Mas eu vi esta e esta outra visão». Ao dizer isso, e ao relatar sua
visão, tomará, naturalmente, um ar de ter uma penetração profunda
de mistérios revelados divinamente. Ele se vangloria do que ele
considera seu conhecimento superior. Esquece-se que “o
conhecimento envaidece, mas o amor edifica” (1Co 8:1). Este
homem, continua Paulo, está inchado sem causa por sua mente
carnal. Note-se o “sem causa”, isto é, apesar de ele estar inchado de
uma exaltada opinião a respeito de si mesmo, a verdade é que não
tem nenhuma boa razão para sentir-se desse modo.
102 Para um sumário dos significados que σάρξ tem nas epístolas
de Paulo, veja-se C.N.T. sobre Fp 1:22, nota 55. O significado g.
corresponde aqui.
179
180
alimento» ( op. cit. , p. 200). Mas agora se sabe que não são as
juntas e ligamentos, mas sim é a corrente sanguínea que leva a
nutrição às diversas células e tecidos do corpo humano. Portanto,
Paulo está errado.
181
«Se morrestes com Cristo, o que, sem dúvida, aconteceu», uma vez
que fostes sepultados com Ele (veja-se sobre o v. 12, acima) e
ressuscitastes
Colossenses (William Hendriksen)
182
183
20, 21, 22b). A cláusula — “referindo-se a coisas que têm como fim a
destruição por ser consumidas”
184
185
ritual voluntário, 110 humildade e duro trato do corpo, não têm
valor algum (pois só servem) para satisfazer a carne. 111
186
187
Resumo de Colossenses 2
188
189
“apegando-se à cabeça, da qual todo o corpo, sustentado e unido
pelas juntas e ligamentos, cresce com um crescimento (que é) de
Deus”.
190
COLOSSENSES 3:1-17
191
192
193
194
Sua nova vida está escondida com Cristo. Está encoberta ao mundo
(1Co 2:14; 1Jo 3:2), e é indestrutível, eterna (Jo 3:16; 10:28; Rm
8:31–
39). E pelo fato de que, quanto à essência, Cristo está no Pai e o Pai
está em Cristo (Jo 1:18; 10:30; 17:21; 1Co 3:23; Cl 1:15), é evidente
que Paulo está totalmente justificado ao dizer: “A vossa vida está
escondida com Cristo em Deus.
Estas palavras não podem indicar identidade. Dizer que a nossa vida
é “a extensão” da vida de Cristo é ambíguo. Cristo e nós não somos
o mesmo em essência, como são o Pai e o Filho. No entanto, a vida
de Cristo (e portanto, o próprio Cristo) é a fonte e modelo da nossa
vida. Além disso, através do Espírito Santo e a fé que Ele comunica,
estamos unidos intimamente com Cristo e Ele conosco. Portanto, a
expressão “Cristo a nossa vida” deve ser explicada à luz de outras
frases semelhantes, como as seguintes:
195
“Meus filhinhos, com os quais volto a sofrer dores de parto, até Cristo
ser formado em vós” (Gl 4:19);
“Porque para mim o viver (é) Cristo, e o morrer (é) lucro” (Fp 1:21).
Quando, no dia de Sua segunda vinda, dia que só Deus conhece (Mt
24:36; 1Ts 5:1, 2), Cristo a nossa vida, se manifestar, 115 Seus
atributos de majestade e poder sendo exibidos publicamente, então
os colossenses também se manifestarão com Ele (cf. Rm 8:32). Sua
vindicação pública e glória coincidirão com as dEle. Entre as muitas
passagens do Novo Testamento (além de Cl 1:27) que lançam luz
adicional sobre o significado desta glória que os filhos de Deus
desfrutarão com seu Senhor no dia em que serão “como ele” e
“levarão a imagem do celestial”, estão especialmente as seguintes:
Mt 25:31–40; Rm 8:17, 18; 1Co 1:7, 8; Fp 3:20, 21; 1Ts 2:19, 20;
3:13; 4:13–18; 2Ts 1:10; 2Tm 4:7, 8; 1Pe 1:13; 1Jo 2:28; 3:2; Ap
17:14.
parte das vezes que aparece nos escritos de João e Paulo, o verbo
só se encontra nas seguintes passagens do Novo Testamento: Mc
4:22; 16:12, 14; Hb 9:8, 26; 1Pe 1:20; 5:4. Nas cartas de Paulo a
palavra usa-se 22 vezes com os seguintes significados:
196
2. PORTANTO, DEVEM “FAZER MORRER” E “DEIXAR” OS
ANTIGOS
VÍCIOS - CL 3:5-11
13). Agora, é verdade que sua condição está em harmonia com isso,
mas só em princípio. Nas palavras do Catecismo de Heidelberg:
«Inclusive os mais santos, enquanto estiverem nesta vida, não
cumprem mais que um pequeno princípio desta obediência (isto é,
da obediência aos mandamentos de Deus). No entanto, começam a
viver firmemente, não só segundo alguns, mas também segundo
todos os mandamentos de Deus” (Domingo 44, resposta à pergunta
114). O caráter progressivo da santificação é também ensinado por
Paulo (veja-se abaixo sobre o v. 10, e cf. 2Co 3:18; Fp 1:6; 3:12, 13)
e está em harmonia com o resto da Escritura (Sl 84:7; Pv 4:18; Mc
9:24; também está implícito em 1Jo 1:8–
197
Quando se pergunta o que quer dizer isso dos membros que devem
ser mortos, a resposta é: imoralidade, impureza, paixão, maus
desejos e avareza, que é idolatria. Mas como podem membros ser
vícios? Alguns expositores pensam que isto é impossível, e sugerem
várias soluções. 118
118 Lightfoot ( op. cit. , p. 211) coloca uma forte pontuação (algo
como um ponto e vírgula ou ponto seguido) depois da palavra terra.
De modo que o trata os vícios (“imoralidade, impureza”, etc.) como
“acusativos antecipados, que devem ir regidos por algum verbo como
ponde de lado”. Moule ( op. cit. , p. 116) afirma que “isto pode bem
ser certo”. Mas não há nenhuma necessidade de uma construção tão
forçada. Se Paulo tivesse querido dar a entender o verbo deixai de
lado, com toda probabilidade o teria expresso, tal como o faz em Rm
13:12; Ef 4:22, 25; Cl 3:8.
198
199
3:3. A diferença que há entre a maneira cristã e a não cristã com
relação a como tratar estes vícios está em que à parte de Cristo e a
plenitude de graça comunicada por Seu Espírito não existe nenhum
poder em todo o universo que possa vencer estes vícios. Cristo, e
somente Ele, supre este poder.
200
Não é fácil distinguir entre estes dois vícios, embora poderia haver
mérito na sugestão de Lightfoot, que o primeiro descreve o vício por
seu lado passivo, o segundo pelo ativo. Quanto à paixão cf. Rm 1:26;
1Ts 4:5 (“paixão de concupiscência”), etc.; para maus desejos, Rm
1:24; 1Ts 4:5, etc. Se acrescenta a palavra maus devido ao fato de
que os desejos em si mesmos não são necessariamente maus. A
palavra usada no original também pode ser usada para desejos
legítimos, como por exemplo, o desejo de Cristo de comer a Páscoa
com Seus discípulos. 121
201
(cf. Ef 5:5). O jovem que deixa grávida uma senhorita, pode chamar
isso de “amor”, mas está errado. É egoísmo, avareza, pelo menos
em grande proporção. Este jovem deseja “mais do que é adequado”
(veja-se C.N.T.
202
124 A palavra grega que aqui se usa é blasfêmia. Mas no grego esta
palavra tem um significado muito mais amplo que em português.
Enquanto em português usa-se principalmente para a linguagem
injuriosa a respeito de Deus ou as coisas sagradas, isto é,
irreverência desafiante, no original refere-se a insultos dirigidos
contra Deus ou contra os homens. No presente caso, como o
contexto o indica, a última alternativa é a correta: linguagem injuriosa
e insolente dirigida contra o próximo, insulto, difamação, detração.
204
126 Embora seja verdade que o adjetivo νέον, como se usa aqui em
Cl 3:10, basicamente significa novo quanto ao tempo ( novo como
oposto a velho), enquanto καινόν, como se usa em Ef 4:24, assinala
a algo novo quanto à qualidade ( afresco como oposto a gasto), esta
distinção não pode ser enfatizada aqui, uma vez que a ideia de
frescura e vigor que poderia estar ausente do adjetivo νέον, é suprida
pelo particípio _νακαινούμενον.
205
206
207
Ef 2:14, 18, 19), e que algum dia os judeus governarão todo mundo
de Jerusalém. E há varões que creem que a superioridade está
ligada ao sexo que alguém tenha, e que a mulher “é uma criatura
mais baixa que o varão”.
208
209
(1) Raciais e religiosas: “onde não pode haver grego nem judeu,
circuncisão nem incircuncisão”. 127 Isto é dito para neutralizar o
ensino dos cerimonialistas (veja-se acima, sobre Cl 2:11–14).
210
água» (IV 64, 65, 75). Cf. Tertuliano, Contra Marcião I.1, «Marcião
nasceu ali, mais imundo que um cita». E Josefo declara: «Os citas
deleitavam-se em matar gente e são pouco melhor que as bestas
selvagens» ( Contra Ápion II. 269). Em 2 Macabeus 4:47, lemos,
Apesar de tudo isso, embora um homem fosse cita, esse fato por si
não pode impedi-lo de chegar a ser um novo homem. Isto é o que
Paulo está afirmando aqui. Ou, como o expressa Justino Mártir tão
vividamente: «Mas embora um homem seja cita ou persa, se possuir
o conhecimento de Deus e de Seu (de Deus) Cristo, e se guarda os
eternos decretos justos, está circuncidado com a boa e benéfica
circuncisão e é um amigo de Deus, e Deus Se regozija em seus
presentes e ofertas»
E por último, quanto ao “escravo, livre”, pelo fato de que “se o Filho
vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8:36), nenhuma
escravidão que pertença às relações sociais meramente terrestres
poderá jamais ter alguma importância para a salvação. Para uma
discussão mais extensa sobre a escravidão, veja-se sobre Cl 3:24–
4:1; e também no Comentário a Filemom A Escritura sobre a
escravidão.
Paulo conclui este parágrafo com as palavras, mas Cristo (é) tudo e
em todos. A única coisa que conta é Cristo, como o todo-suficiente
Salvador e Senhor. Sua morada pelo Espírito em todos os crentes de
qualquer pano de fundo racial, religioso, cultural ou social, assegura
a criação e gradual perfeição em todos e em cada um deles de “o
novo homem o qual está sendo renovado até um conhecimento
pleno de acordo com a imagem daquele que o criou”. Deste modo, o
próprio tema
212
213
214
11:22) e somos exortados a ser como Ele a este respeito (Lc 6:35).
215
216
Este parece ser o momento propício para notar que Paulo está
ligando suas exortações à pessoa e obra de Cristo, como o
indicamos em conexão com Cl 1:28. Veja-se ali as três colunas. As
qualidades que segundo Paulo são a marca do cristão, também são
atribuídas a Cristo.
217
218
Agora, esta paz também tem seu aspecto social, no qual recai a
ênfase na presente passagem (cf. Ef 4:3, 4), como é evidente pela
expressão “para a qual fostes chamados num corpo”. Quando Deus
tira os homens das trevas à luz, eles (segundo Deus os vê) não são
tirados do seu meio ambiente como seixos recolhidos da praia. Ao
contrário, foram chamados como um corpo, pois desde a eternidade
foram considerados como entidade corporativa “em Cristo”. No
tempo foram “chamados” a fim de promover esta unidade espiritual
em todas as formas. Bem, só se pode alcançar este fim se a paz de
Cristo reina134 em cada coração.
Portanto, cada indivíduo deve perguntar-se constantemente: «Terei
paz dentro de mim se fizer isto ou aquilo?» A pessoa deve estar
segura de que está em paz com Deus, porque só então poderá
esperar viver em verdadeira harmonia com seus irmãos (cf. Tg 4:1).
219
220
221
222
223
salmos refere-se, pelo menos principalmente, ao saltério do Antigo
Testamento; hinos principalmente às canções do Novo Testamento
que louvam a Deus ou a Cristo; e canções espirituais principalmente
a qualquer outro tipo de canção sagrada que aborda temas que não
estão relacionados com o louvor direto a Deus ou a Cristo. 140
O ponto que não se deve passar por alto é este: que estas canções
devem ser cantadas num espírito de agradecimento. As canções
devem brotar de uma forma sincera, erguendo-se do interior dos
corações humildes e agradecidos dos crentes. Tem-se dito que
depois da própria Escritura um bom hinário que contém salmos é a
fonte mais rica de edificação. Suas canções não são somente uma
fonte de alimentação diária para a igreja, mas também servem como
um meio eficaz para expressar a alegria espiritual, a confissão de
pecados, a gratidão e o êxtase. Quer tenham sido cantados no
serviço regular do Dia do Senhor, no culto entre a semana, em
reuniões sociais, em conexão com o culto familiar, numa ocasião
festiva, ou a sós, sempre são um tônico para a alma e promovem a
glória de Deus. E conseguem isso devido ao fato de que centralizam
o interesse na palavra de Cristo que habita dentro, e afastam a
atenção da cacofonia mundana, pela qual as pessoas de normas
morais baixa se estimulam emocionalmente.
224
expressam as experiências e aspirações pessoais que muitas vezes
faltam de realidade” ( op. cit. , p. 97).
Além do mais, seria bom lembrar que Paulo não tem como
tudo o que fizerdes seja por palavra ou por ato, (fazei) tudo142
em nome do Senhor Jesus, dando graças a Deus o Pai por meio
dele.
143 Para a devida prova, veja-se C.N.T. sobre Fp 2:11, nota 98.
225
(3) Em conexão com cada palavra e obra que realizar, o crente deve
perguntar-se a si mesmo: «Posso dar graças a Deus o Pai por me
haver dado a oportunidade de dizer ou fazer isso?» (Cf. F.F. Bruce,
op. cit. , p.
286).
(4) Deve-se reconhecer alegremente a soberania ou preeminência
que o Senhor Jesus tem com relação a todo o universo e todos os
seus acontecimentos e com o próprio crente. Por isso também o
crente deve fazer tudo “em nome do Senhor Jesus”.
226
Portanto, pelo fato de que pertencem ao céu, que suas vidas sejam
governadas de acordo com normas celestiais, que seus
pensamentos e orações subam até lá, e que suas esperanças
anelem até lá. Que tratem de obter para si mesmos aqueles dons
celestiais mencionados nos vv. 12–
227
também sejam vistos neles. Assim eles serão reunidos numa forte
unidade espiritual. Por conseguinte, que a paz de Cristo habite em
seus corações. Que Sua palavra também esteja entre eles, para que
em toda sabedoria possam exortar-se e ensinar-se uns aos outros.
Que estejam tão cheios de alegria e gratidão que possam derramar
seus corações em júbilo, cantando não apenas os salmos do “doce
cantor de Israel”, mas também hinos de louvor e outras canções
espirituais.
228
229
“em nome do Senhor Jesus, dando graças a Deus o Pai por meio
dele”, como se estabelece no contexto de Colossenses (Cl 3:17). A
única forma correta de explicar Cl 3:18–4:1 é à luz de Cl 3:17. E
finalmente: (3) O cristianismo, provindo de Cristo, dá o único modelo
para a conduta que glorifica a Deus da parte dos grupos que aqui se
mencionam, ou seja, esposas e seus esposos, filhos e seus pais,
servos e seus senhores. O próprio Cristo, como o noivo, em Seu
incomparável amor por Sua igreja, Sua noiva, proporciona a norma
para o amor do casamento cristão (Ef 5:25, 32).
«forma» atual obriga a noiva a fazer um voto que ela não tem a
intenção de cumprir. Um livro de fórmulas eliminou a palavra
«obedecer» de seu formulário matrimonial. No entanto, tudo isto não
«elimina» Cl 3:18!
230
231
232
“grosseiro” ou “de mau gênio” com ela, mas é considerado para com
ela, 147 honrando-a em todas as formas que puder (1Pe 3:7).
Nesse casamento cada um busca o bem do outro (Pv 31:12; 1Co
7:33, 34), e procura promover o bem-estar do outro, e isto não só
física e culturalmente, mas também, e de fato principalmente, no
sentido espiritual. O esposo deve olhar a sua esposa como a
alguém igual no sentido de que ela é “co-herdeira da graça da vida”
(1Pe 3:7). Cf. Gn 24:67 (o amor de Isaque por Rebeca) e Gn 29:20
(o amor de Jacó por Raquel).
147 Lenski tem razão quando afirma, “Este negativo «não sejais
ásperos com elas» é da ordem de um lítotes: sejais sempre
considerados com elas …” ( op. cit. , p. 182).
233
234
dEle, é algo que todo filho pode entender, seja ele jovem ou não, se
de coração pode cantar:
é a regra marcada
(J. H. Sammis)
235
Os pais devem criar uma atmosfera que fará da obediência algo fácil
e natural, quer dizer, uma atmosfera de amor e confiança. Devem
educar os seus filhos na disciplina e instrução do Senhor (Ef 6:4).
152
“não faças isto” e “não faças aquilo”. Embora não se pode e nem se
deve evitar a admoestação negativa (“não faças”), e embora às
vezes está totalmente correta (note-se o repetido “Não …” do
Decálogo, no ensino de Jesus e nas epístolas de Paulo, incluindo
esta passagem!), a ênfase deve ser no positivo (Rm 12:21). Um
bom pai passa tempo com seus filhos, ensina-os, brinca com eles e
os anima, e por seu exemplo como também por instrução direta e
verbal, ele os guia a Cristo. Embora às vezes seja necessária a vara
da correção, deve ser usada com discrição, uma vez que uma
repreensão sábia é geralmente melhor que cem açoites (Pv 13:24;
23:13, 14; então 17:10). A exortação de Paulo de não irritar os filhos
— ou seja, ser amáveis com eles — é totalmente diferente da dada
por Ben Sira: “Aquele que ama a seu filho açoitá-lo-á sem cessar
236
237
“com coração sincero” isto é, com uma mente íntegra, ou seja, com
sinceridade e retidão (cf. 1Cr 29:17). Ao fazê-lo assim estarão
mostrando reverência ao Senhor.
23, 24. Tudo o que fizerdes (cf. v. 17), ponde vossa alma no
trabalho (literalmente, “trabalhem com a alma”), como para o
Senhor e não para os homens.… Em espírito, a pessoa deixa de
ser escrava logo que começa a trabalhar para o Senhor, e já não
mais para os homens em primeiro lugar. Como resultado, este era o
conselho mais proveitoso que se podia dar a um escravo. Além
disso, mediante a cooperação sincera com seu senhor, obedecendo
em todas as formas, e fazendo isso enquanto seu 153 Para os
vários significados da palavra carne, veja-se C.N.T. sobre Fp 1:22,
nota 55. Aqui corresponde o significado c.
238
239
240
132).
158 Não é verdade que _σότης sempre deve traduzir-se por aquilo
que é igual ou igualdade. Há casos em que esta palavra usa-se no
sentido de reto em outros autores (veja-se M.M., p. 307). Usada em
conexão com a palavra justiça (ou “aquilo que é justo”), é natural
que tomemos ambas as palavras como sinônimos e usar o modismo
“honesto em tudo” (ou algo semelhante) na tradução.
241
Não se diz aos filhos que façam o que quiserem — o que seria
conselho cruel —, mas obedeçam àqueles que mais os amam e que
estão mais qualificados para saber o que é o melhor para eles.
Mostra aos escravos o único caminho para a liberdade verdadeira
espiritual, ou seja, que lembrem em meio de todos os seus trabalhos
que realmente estão trabalhando “para o Senhor”. O mesmo se
aplica às outras classes mencionadas: esposos, pais e senhores.
242
esta pergunta. Veja-se At 5:29; 1Co 7:12–16; 1Tm 6:1 (cf. o v. 2); Tt
2:9, 10; 1Pe 2:18–21; 3:1, 2.
Colossenses (William Hendriksen)
243
COLOSSENSES 4:2-18
244
Deve ter-se em mente que o homem que escreve estas coisas está
na prisão. No entanto, este prisioneiro pode dar graças a Deus até
por suas cadeias (Fp 1:12–14). Sem dúvida, com base na ideia
expressa tão maravilhosamente em Rm 8:28, o crente pode dar
graças por qualquer coisa que lhe aconteça.
245
O que ele queria era que se abrisse uma porta ali mesmo e agora!
246
247
Paulo deseja ser lembrado em oração por duas razões: a. para que
possa continuar proclamando o precioso conteúdo do mistério,
como já se indicou, e b. para que o faça da maneira correta. Quanto
ao ponto b., diz: (orando para que eu possa fazê-lo claro, (e
possa falar) como devo falar. Quando uma boa mensagem é
proclamada de maneira má, pode fazer mais dano que bem. Com
que frequência aqueles que, por ter falhado em levar em conta esta
verdade, e apesar de sua inocência fossem encarcerados ou de
outra forma incomodados, pioraram as coisas tanto para eles como
para a causa que estão defendendo. Quando Paulo pede que orem
por ele para que não caia neste erro, mas que fale como deve fazê-
lo, provavelmente tinha em mente alguns ou todos os seguintes
particulares: a. orem para que possa falar claramente (“para que
possa fazê-lo claro”), b. corajosamente, isto é, sem medo nem
restrições (“dizendo-o tudo”, veja-se Ef 6:19 _ν παρρησί_), c. mas
também com graça (veja-se o contexto, Cl 4:6a), e d. sabiamente,
para que possa saber com exatidão como abordar o assunto
quando for interrogado por grupos ou indivíduos de diferentes
antecedentes: os que me visitam na prisão, soldados que me
custodiam, e as autoridades romanas diante das quais posso ser
convocado.
- CL 4:5–6
248
«Não levem em conta o custo. Vale a pena ganhar uma alma para
Cristo (cf. Pv 11:30; Rm 11:14), e também a própria salvação» (Mt
13:44, 45).
Uma ideia que, embora não se expressa aqui, muito bem poderia ter
estado como pano de fundo disso, é: os dias são maus e se apressa
à
249
corrompida saia de vossa boca, mas sim a que seja boa para a
edificação, conforme seja a necessidade, a fim de comunicar graça
aos ouvintes” (Ef 4:29). Mas o sal não só tem poderes preservativos,
também tem sabor e tempero. Portanto, a palavra temperada com
sal não é vazia ou insípida, mas tem mérito e estimula a pensar.
Não é uma perda de tempo.
Espírito Santo mesmo os ajudará a fazer isto. Assim que não têm
por que temer (Mt 10:19, 20; Mc 13:11). Cristo lhes dará palavra e
sabedoria (Lc 21:14, 15).
Além disso, o papel não era tão abundante e barato como o é hoje,
as circunstâncias nas quais o já “ancião” prisioneiro (veja-se Fm 9)
devia ditar suas cartas não eram totalmente favoráveis, e algumas
coisas são 162 Para o significado do nome veja-se C.N.T. sobre Fp
2:25, nota 116, onde se oferece uma explicação de muitos outros
nomes pessoais. Para mais sobre Tíquico, por exemplo, seu
relacionamento com Paulo depois do primeiro encarceramento do
apóstolo, veja-se C.N.T. sobre Tt 3:12 e sobre 2Tm 4:12.
252
melhores se forem ditas que se forem escritas; assim que, por estas
e outras razões semelhantes, Paulo continua: a quem estou
enviando163 a vós com este preciso objetivo, que saibais
nossas circunstâncias. 164 Mas não só isso, mas também, e para
que fortaleça vossos corações, provavelmente acalmando vossos
temores (cf. Fp 1:12–14), e pela entrega desta carta, e, em geral,
suprindo verbalmente a “atmosfera” de consolação e fortalecimento
espiritual que se baseia nas promessas de Deus.
253
4. SAUDAÇÕES - CL 4:10–15
254
Aristarco
255
Marcos
256
Que meios ou fatores terá usado o Espírito Santo para realizar esta
mudança favorável na vida de João Marcos? Certamente usou um
ou mais dos que a seguir apresentamos:
O Espírito Santo bem poderia ter usado todos estes fatores e outros
mais para levar a cabo Sua maravilhosa obra na vida e na
consciência
257
Não há razão para duvidar que Marcos fizesse esta viagem, embora
não haja nenhum relato específico deste fato. Não obstante, existem
duas linhas de evidência que relacionam a Marcos com as igrejas
da região da Ásia Menor nos tempos apostólicos:
Jesus Justo
258
Não temos mais informação autêntica sobre este homem (que não
se menciona em Filemom) que a dada aqui em Cl 4:11. Mas o
pouco que se diz a respeito dele é muito favorável; une-se a outros
para enviar saudações aos crentes da igreja de Colossos. Somos
informados que dos judeus cristãos, as três pessoas que se acabam
de mencionar — ou seja, Aristarco, Marcos, e Jesus Justo —167
eram os únicos colegas de trabalho que tinham sido de consolo para
Paulo — o sentido de “consolo” é aquele que prepondera aqui na
palavra παρηγορία. Para a expressão
259
“o reino de Deus” entre eles desde o momento de sua chegada a
Roma?
Epafras
260
mesmo (Rm 1:1; Gl 1:10; Fp 1:1; Tt 1:1), Timóteo (Fp 1:1) e Epafras
(aqui em Cl 4:12). Um servo de Cristo Jesus é alguém que foi
comprado por preço e, portanto, pertence ao seu Senhor, de quem
depende completamente, a quem deve total fidelidade, e a quem
serve com alegria de coração, em novidade de espírito e no desfrute
de perfeita liberdade (Rm 6:18, 22; 7:6), recebendo dEle a gloriosa
recompensa (Cl 3:24).
261
Lucas
16; 21; 27; 28). Esteve com Paulo em sua segunda viagem
missionária, ou seja, em Trôade e Filipos. É evidente que foi deixado
em Filipos (At 16:17–19). Mas parece que ao terminar a terceira
viagem, uniu-se outra vez a Paulo no mesmo lugar (At 20:6),
acompanhando-o até Jerusalém.
169 Cf. Zahn, Einleitung, II, pp. 404ss; H.J. Cadbury, The Style and
Literacy Method of Luke, pp. 73ss; e N.B. Stonehouse, Origins of the
Synoptic Gospels, p. 49.
262
vez, uma vez que é um dos que acompanham a Paulo na longa e
perigosa viagem por mar para Roma (At 27). E agora envia
saudações aos colossenses e a Filemom desde Roma durante o
primeiro cativeiro de Paulo. Mais adiante, o apóstolo, durante seu
segundo e último cativeiro, escreveria estas comovedoras palavras:
“Lucas é o único que está comigo” (2Tm 4:11a). E isto seria seguido
por: “Toma contigo Marcos e traze-o, …”.
Demas
263
16. E quando esta carta for lida entre vós. A carta, depois de ter
sido entregue por Tíquico às autoridades eclesiásticas competentes
em Colossos, seria lida à congregação reunida para adorar. Agora,
quando isto tiver acontecido, diz Paulo, procurai que também seja
lida na igreja dos laodicenses. Os irmãos da próxima Laodiceia
não só estariam interessados pela carta que vinha do amado
apóstolo Paulo, mas também seriam beneficiados espiritualmente
por ela. Assim que também devia ser lida em seu meio. Até aqui não
há problemas. Mas agora o apóstolo continua: e que vós leiais
também a de Laodiceia. Uma grande quantidade está em sua
casa” deve ter a preferência. Quanto aos nomes, Ninfas e Ninfo,
veja-se C.N.T. sobre Fp 2:25, nota 116.
171 F.W. Beare, em sua exposição sobre esta passagem (em The
Interpreter’s Bible, vol. 11, p. 239), opina que era a igreja em
Hierápolis que se reunia na casa de Ninfas. Mas, ao considerar o
que lemos em Rm 16:23, escrito de Corinto (veja-se Rm 16:1, 23; cf.
1 Cor. 1:14), e em 1Co 16:19, escrito de Éfeso (1Co 16:8), parece
mais natural que a igreja seja de uma comunidade particular e não
de outro lugar no mapa, quando se mencionam uma igreja numa
casa e o proprietário juntos.
264
265
(2) Uma carta escrita por Paulo desde Laodiceia; talvez Gálatas ou
1 Timóteo ou 1 Tessalonicenses ou 2 Tessalonicenses.
Objeções:
“a carta de Laodiceia”.
Objeção:
266
Objeções:
d. Pelo fato de que uma grande parte desta pequena carta foi
plagiada da Epístola de Paulo aos Filipenses, é evidente que nem
sequer concorda com a situação do vale do Lico.
267
Avaliação:
(6) Uma genuína carta de Paulo dirigida aos laodicenses, mas que
agora está perdida.
Avaliação:
Neste caso também faltam as provas, mas esta teoria também está
livre das objeções mencionadas como válidas contra as quatro
primeiras.
O fato de que esta teoria surge da hipótese de que uma carta escrita
por Paulo possa ter sido “perdida”, no sentido de que não foi
transmitida à posteridade, não se deve ter como uma objeção
válida. Nem todas as cartas de Paulo foram preservadas (veja-se
1Co 5:9). Os que apoiam esta teoria são da opinião de que a razão
pela qual, na providência divina, não foi preservada a carta de Paulo
aos laodicenses poderia ter sido que a parte principal da epístola —
na qual diferia de Colossenses — embora certamente tivesse um
imenso valor para os membros do vale do Lico, não tinha um
significado permanente e universal.
Deve ter-se em mente que Tíquico devia passar por Laodiceia para
poder chegar a Colossos. Certamente usaria o mesmo caminho que
tinha usado Paulo, mas só que agora Tíquico viajou em sentido
inverso (do oeste a leste). Veja-se a Introdução II A, mapa 4. Não
teria sido estranho que, tendo despachado “Efésios” aos anciãos de
Éfeso, e estando em
268
Às vezes se esgrime contra (6) que Paulo não teria pedido aos
colossenses que levassem suas saudações aos irmãos em
Laodiceia e a Ninfa e à igreja de sua casa (Cl 4:15), se ao mesmo
tempo esteve escrevendo uma carta dirigida especificamente aos
laodicenses. Outros, no entanto, respondem que para um coração
tão cheio de amor e amizade tal coisa não pode ser considerada
como impossível ou não natural.
Além disso, também se esgrimiram objeções contra (5), em
particular contra a teoria da carta circular.
269
270
Além disso, pelo fato de que ele também, bem como Timóteo, era
bastante jovem e um pouco tímido, duvidando se a igreja o
acolheria, um homem sem muita experiência, seu pleno apoio nesta
importante obra, o apóstolo com muito tato ordena à congregação
que o anime ao dizer-lhe mais ou menos assim: «Vai em frente,
estamos contigo e prometemos te ajudar em tudo. O trabalho que
estás procurando desenvolver foi dado pelo Senhor, e o estás
desenvolvendo com o poder que Ele oferece».
Por isso também se torna evidente que era costume de Paulo ditar
suas cartas (além das referências dadas acima, veja-se Rm 16:22;
Gl 6:11; e veja-se sobre Fm 19).
272
Quão certas são estas palavras: «As paredes de pedra não fazem
uma prisão, nem barras de ferro uma prisão». (Lovelace)
(3) “orando ao mesmo tempo por nós também, para que Deus nos
abra uma porta para a mensagem”. O prisioneiro não ora por uma
porta de escape da prisão, mas por uma porta para a entrada da
mensagem (v.
3).
(4) “… (orando) para que eu possa fazê-lo claro, (e possa falar)
como devo falar”. Não só importa o que dizemos mas também como
o dizemos (cf. Ef 4:15), (v. 4).
273
274
(14) “… para que o cumpras”. Toda tarefa dada por Deus deve ser
cumprida (v. 17).
275
BIBLIOGRAFIA
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BIBLIOGRAFIA GERAL
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Burrows, M., More Light on the Dead Sea Scrolls, New York, 1958.
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Paul, reprint, Grand Rapids, Mich., 1949.
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286–294.
279
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(Feb. 1950), pp. 1–18.
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York, 1955.
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Fathers, Eusebius, Horodotus, Josephus, Philo, Pliny, Plutarch,
Strabo, Xenophon, etc.
280
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series, 9 (1879), pp. 264–284.
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nach Kolosser 1:15–20,” Wort und Dienst, Jahrbuch der
Theologischen Schule Bethel, n.F.IV (1955), pp. 79–93.
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Robertson, A.T., Word Pictures in the New Testament, New York and
London, 1931, Vol. IV, on Philemon and Colossians, pp. 464–513.
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Windisch, H., “Die götliche Weisheit der Juden und die paulinische
Christologie,” Neutest. Studien für Heinrici, 1914.