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Equipe Projeto IBGE Efetivo - Geografia

GEOGRAFIA

ESPAÇO
AGRÁRIO
PARTE II
EQUIPE PROJETO IBGE EFETIVO

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Sumário
AGROPECUÁRIA .....................................................................................................................................3
REVOLUÇÃO VERDE ................................................................................................................................ 4
PRODUÇÃO.........................................................................................................................................6
EXPORTAÇÃO .....................................................................................................................................8
AGRONEGÓCIO ...................................................................................................................................... 9
Agronegócio Versus Agricultura Tradicional ....................................................................................10
AGROTÓXICOS ...................................................................................................................................... 11
QUESTÕES ............................................................................................................................................13

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AGROPECUÁRIA
Chegamos à segunda parte de nossa aula sobre Geografia Agrária, onde
discutiremos aspectos mais específicos ao contexto brasileiro. Na aula anterior,
abordamos conceitos mais abrangentes e, agora, focaremos em
particularidades do Brasil. Então, vamos dar uma olhada.

Primeiramente, vamos identificar os fatores que favorecem a agricultura no


Brasil, os elementos que contribuíram para a expansão significativa deste setor
no país.

O primeiro aspecto é a grande população. Quando falamos de uma população


numerosa, estamos principalmente nos referindo ao potencial de consumo.
Com muitos consumidores, aqueles que produzem para o Brasil podem
alcançar uma alta lucratividade.

Em segundo lugar, temos a modernização do campo, ou seja, a incorporação


de tecnologia. A tecnologia tem um papel fundamental para o
desenvolvimento agrário do Brasil, pois permite aumentar a produção e,
consequentemente, reduzir o tempo necessário para a produção.

Um terceiro ponto importante é o relevo relativamente plano que predomina


em grande parte do território brasileiro. Esse aspecto favorece o uso de
maquinário agrícola, ampliando ainda mais a capacidade produtiva.

Além disso, muitas áreas do Brasil apresentam solos com boa fertilidade. E nos
casos em que os solos não são inicialmente férteis, técnicas de correção são
aplicadas para torná-los produtivos. Um exemplo notável é o Cerrado, que
passou por um processo conhecido como calagem.

Em solos originalmente pouco produtivos, desenvolveram-se técnicas de


correção do solo, como a mencionada calagem. Para ilustrar, podemos citar a
famosa "terra roxa", um solo altamente produtivo para o cultivo do café. Já no
caso do Cerrado, através da calagem, que envolve a adição de calcário ao solo,
reduziu-se a acidez, tornando um solo anteriormente improdutivo em um solo
produtivo.

Por fim, temos a configuração climática favorável. O clima tropical


predominante no Brasil favorece o desenvolvimento agrícola, contribuindo
para a produtividade do setor.

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Então, esses são os principais fatores que caracterizam e favorecem a


agricultura no Brasil. Seguiremos explorando cada um desses aspectos ao longo
de nossa aula.

REVOLUÇÃO VERDE

A Revolução Verde representa um marco decisivo na história da agricultura


brasileira. Esse fenômeno, que teve início nos anos 1950, consistiu no processo
de modernização e industrialização agropecuária em países em
desenvolvimento. A Revolução Verde foi impulsionada por investimentos em

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desenvolvimento de fertilizantes, herbicidas, tratores e outras máquinas,


particularmente para a produção de itens voltados à exportação.

Para entender melhor a Revolução Verde, podemos construir um


organograma:

No centro temos a Revolução Verde, que é caracterizada pelo uso de


tecnologia no campo. Esta tecnologia inclui:

 Máquinas agrícolas – como tratores, colheitadeiras e semeadoras.


 Química – envolvendo o uso de fertilizantes e uma categoria ampla que
engloba herbicidas, inseticidas, fungicidas e outros - todos juntos,
conhecidos como agrotóxicos.
 Tecnologia da Informação – hoje, nas culturas mais avançadas, temos o
uso de GPS para mapear a área, drones e outras tecnologias.

As principais características e efeitos do uso desta tecnologia são:

 Aumento da produção – a tecnologia permitiu que a produção


aumentasse significativamente. Por exemplo, uma fazenda que antes
produzia 500 sacos de soja pode agora produzir 3 mil sacos.
 Redução do tempo de cultivo – a mesma fazenda que antes levava
quatro a seis meses para produzir 500 sacos de soja, agora pode fazê-lo
em apenas dois ou três meses. Esta redução no tempo de cultivo
permitiu a criação de uma segunda safra, a chamada "safrinha".
 Redução de danos e riscos – a tecnologia também permite proteger a
produção contra danos causados por pragas ou outros riscos.

A questão que se coloca agora é se a Revolução Verde é boa ou ruim, positiva


ou negativa. A resposta é complexa: é ambos.

Do ponto de vista econômico, a Revolução Verde é claramente positiva. Ela


contribui significativamente para o PIB nacional, aumenta a produção de
alimentos e torna a alimentação mais acessível para a população. Por exemplo,
em muitas cidades, há "dias verdes" nos mercados, quando frutas e vegetais
são vendidos a preços promocionais graças à alta produção.

A tecnologia também é um ponto positivo, pois reduz o custo final dos


produtos. No entanto, a Revolução Verde também tem seus aspectos
negativos. O uso excessivo de agrotóxicos tem sido associado a um aumento

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nas taxas de câncer, contaminação de lençóis freáticos, solos e rios e tem


consequências graves para a saúde pública. Além disso, o desmatamento
aumentou significativamente com a expansão do agronegócio.

Portanto, é preciso uma abordagem equilibrada ao avaliar a Revolução Verde.


Ela tem tanto aspectos positivos quanto negativos, e é essencial que
encontremos maneiras de maximizar os benefícios enquanto minimizamos os
danos associados.

PRODUÇÃO
Observe a imagem abaixo referente à produção agrícola:

Estamos analisando uma dinâmica entre a produção agrícola e a área plantada


ao longo de um período de 26 anos, de 1991 a 2017. Nesta discussão, a
produção é representada em verde e a área plantada em amarelo.

1. Em 1991:

- Área da produção: 57,9 milhões de toneladas

- Área plantada: 37,9 milhões de hectares

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2. Avançando para 1994:

- Produção aumentou para 76 milhões de toneladas

- Área plantada cresceu levemente para 39 milhões de hectares

3. No ano de 2001:

- Produção saltou para 100 milhões de toneladas

- Área plantada se manteve praticamente a mesma, cerca de 37 milhões de


hectares

Entre 1994 e 2001, observa-se que, embora a área plantada tenha se mantido
estável, a produção aumentou em mais de 20 milhões de toneladas.

4. Em 2010:

- Produção aumentou para 149 milhões de toneladas

- Área plantada cresceu para 47 milhões de hectares

5. Em 2017, último dado disponível:

- Produção atingiu 238 milhões de toneladas, quase cinco vezes o valor de


1991

- Área plantada dobrou em relação a 1991, atingindo aproximadamente 76


milhões de hectares

Resumindo, entre 1991 e 2017, a área plantada aumentou 60%, uma taxa de
2,3% ao ano. Em contraste, a produção cresceu 312%, ou seja, uma taxa anual
de 12%. Esse crescimento maciço na produção, sem um aumento proporcional
na área cultivada, deve-se principalmente à implementação de tecnologias
agrícolas, incluindo agrotóxicos, fertilizantes, maquinário, novas técnicas e
organismos geneticamente modificados (OGMs), também conhecidos como
transgênicos.

Portanto, fica claro que a tecnologia teve um papel fundamental na melhoria


da eficiência da produção agrícola.

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EXPORTAÇÃO
Estamos analisando a participação do Brasil no cenário mundial em relação à
exportação e produção agropecuária. A seguir, detalhamos os principais
produtos em que o Brasil se destaca:

1. Açúcar:
o - Brasil é o maior produtor e exportador mundial
o - Participação no comércio internacional: 48%
2. Café:
o - Brasil ocupa a primeira posição em produção e exportação
o - Participação no comércio internacional: 27%
3. Suco de Laranja:
o - Brasil lidera em produção e exportação
o - Participação no comércio internacional: 76%
4. Grãos:
o - Brasil é o segundo maior produtor e o maior exportador
o - Participação no comércio internacional: 43%

Além desses, o Brasil está entre os cinco maiores produtores e exportadores


mundiais de carne de frango, carne bovina, milho, óleo de soja, farelo de soja,
algodão e carne suína, demonstrando uma alta produtividade nessas áreas.

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No entanto, essa produção intensiva também tem consequências. Uma das


mais significantes é a degradação ambiental. Já abordamos a questão dos
ecossistemas e a degradação só reforça esse ponto. Um exemplo pertinente é
o Cerrado brasileiro, que tem sofrido desmatamento expressivo para dar lugar
ao cultivo de soja e criação de gado.

Essa dinâmica destaca um dilema. Por um lado, a agropecuária tem contribuído


de forma significativa para a economia do país. Por outro, do ponto de vista
ambiental, esse progresso tem deixado um rastro de destruição. Muitos
atribuem esse impacto ao agronegócio. Essa discussão nos lembra da
importância de buscar formas sustentáveis de produção que equilibrem as
necessidades econômicas e ecológicas.

AGRONEGÓCIO
O agronegócio tem se estabelecido como um elemento crucial para o
crescimento econômico brasileiro. Em 2019, o setor gerou uma soma de bens e
serviços que chegou a R$ 1,55 trilhão, correspondendo a 21,4% do Produto
Interno Bruto (PIB) do Brasil. Isso significa que quase um quarto da economia
brasileira está atrelada ao agronegócio.

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Dentro do setor agropecuário, a maior parcela de 68% desse valor é


proveniente do ramo agrícola. A pecuária, por sua vez, corresponde a 32%, ou
R$ 494,8 bilhões.

Comparando os dados da produção bruta entre os anos de 2019 e 2020,


observa-se uma tendência de crescimento em quase todos os segmentos. A
produção de soja, por exemplo, foi de R$ 175,63 bilhões em 2020, um aumento
significativo em relação ao valor de R$ 155,36 bilhões em 2019.

A carne bovina também teve um aumento expressivo, passando de R$ 116,94


bilhões em 2019 para R$ 139,71 bilhões em 2020. No entanto, nem todos os
segmentos apresentaram crescimento. O leite, a cana-de-açúcar, o frango e o
algodão mantiveram-se estáveis ou apresentaram uma ligeira redução.

Em suma, esses dados destacam a importância do agronegócio na economia


brasileira e o seu crescimento contínuo. A tendência ascendente demonstra o
papel significativo deste setor na produção de bens e serviços e seu impacto no
PIB do país.

Agronegócio Versus Agricultura Tradicional


A agricultura brasileira, em sua essência, é fundamentada no agronegócio, que
por sua vez, está intimamente ligado à agricultura moderna. Essa modalidade
de agricultura faz uso intensivo de tecnologias avançadas, que abrangem a
utilização de máquinas de última geração, insumos químicos e físicos, bem
como as descobertas e inovações oriundas do desenvolvimento científico.

Essa vertente da agricultura, predominantemente voltada para a exportação,


destaca-se pela presença de grandes propriedades, os chamados latifúndios,
que desempenham um papel importante no cenário do agronegócio brasileiro.

Contrapondo a agricultura moderna, temos a agricultura tradicional, que se


caracteriza, em grande medida, pela agricultura familiar. Este modelo de
agricultura está principalmente focado no mercado interno e é marcado pela
presença de pequenas propriedades, os minifúndios.

Portanto, o panorama da agricultura brasileira apresenta dois modelos


contrastantes: o agronegócio, com suas práticas modernas, tecnologia
avançada e foco na exportação, e a agricultura tradicional, com sua natureza

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familiar, foco no mercado interno e menor utilização de tecnologias de ponta.


Ambos os modelos desempenham papéis significativos e contribuem para a
complexidade e diversidade do setor agrícola no Brasil.

AGROTÓXICOS
Passando agora para um tópico bastante polêmico: o uso dos agrotóxicos. Em
2021, segundo algumas pesquisas, o Brasil bateu o recorde no uso de
agrotóxicos, com uma quantidade significativa de novos agrotóxicos aprovados.

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O país atualmente lidera o ranking mundial do consumo de agrotóxicos. Um


dado alarmante é que 70% dos alimentos consumidos estão contaminados por
pesticidas. Além disso, 28% dos alimentos contêm substâncias que não são
autorizadas pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Aproximadamente 7 litros de veneno é a quantidade que cada brasileiro
consome anualmente.

Esses pesticidas, que são verdadeiros venenos, não contaminam apenas os


alimentos. Eles também afetam o solo e o ar, levando a uma exposição direta e
constante a substâncias tóxicas.

Para aprofundar-se nesse tema, sugiro assistir ao documentário "O Veneno


Está na Mesa". Apesar de ser um pouco antigo, o documentário é muito
relevante e esclarecedor a respeito do impacto dos agrotóxicos. Há também
uma sequência, "O Veneno Está na Mesa 2". Ambos estão disponíveis
gratuitamente no YouTube.

Estas recomendações de documentários são especialmente importantes, pois


eles proporcionam uma maior compreensão sobre a questão dos agrotóxicos e
seu impacto significativo na agricultura e na saúde pública.

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QUESTÕES
01. O potencial exportador do Brasil é muito grande, principalmente no setor
de produção de commodities. A lista dos principais produtos exportados pelo
Brasil indica a forte participação do setor do agronegócio na balança comercial
brasileira. Acerca desse tema, assinale a opção correta.

A. A partir do processo de privatizações e da participação de empresas


estrangeiras, petróleo, gás e derivados passaram a ocupar o lugar de principais
itens da pauta de exportações do Brasil.

B. A retração da economia global na última década diminuiu a exportação


brasileira de minério de ferro, principalmente para o mercado europeu, maior
consumidor do minério brasileiro.

C. O rebanho bovino brasileiro é o maior em escala global e a exportação de


carne é principalmente destinada aos mercados norte-americano e europeu.

D. A soja tem sido o principal produto de exportação do Brasil, principalmente


para o abastecimento do mercado chinês.

E. O potencial de exportação do Brasil tem caído nos últimos anos em razão da


crise que o país atravessa em diversos setores: ambiental, político e cambial.

Comentário:

Opção A: Será que o petróleo, o gás e seus derivados são realmente os


principais itens de exportação do Brasil? Claramente, isso está errado, pois
esses produtos não são agrícolas. Portanto, a resposta correta seria produtos
como soja, carne bovina, carne de frango, entre outros.

Opção B: A economia global realmente retraiu na última década, mas isso não
resultou em uma redução significativa na exportação de minério de ferro para
a Europa. E o maior consumidor do minério brasileiro é a China, não a Europa.
Portanto, a opção B está errada.

Opção C: É verdade que o rebanho bovino brasileiro está entre os maiores do


mundo, rivalizando com o dos Estados Unidos. No entanto, a principal
destinação da exportação de carne brasileira atualmente é a China, e não mais
os mercados norte-americano e europeu. Portanto, a opção C também está
errada.

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Opção D: A soja é, de fato, o nosso principal produto de exportação, sobretudo


para a China. Portanto, a opção D é a correta.

Opção E: O potencial de exportação do Brasil tem diminuído nos últimos anos


devido à crise em diversos setores, como o ambiental, o político e o cambial.
Entretanto, isso está errado. A exportação brasileira tem aumentado nos
últimos anos, apesar dos desafios.

Gabarito: Letra D.

02. A crítica feita na figura precedente à agropecuária brasileira está


relacionada

A. ao volume de produção dos produtos orgânicos.

B. à industrialização dos produtos agropecuários.

C. à contaminação do solo pela irrigação mecânica.

D. às pragas crescentes que infestam a agricultura


do país.

E. ao uso cada vez maior de defensivos agrícolas.

Comentário:

A imagem mostra um indivíduo em uma árvore colhendo um fruto, no qual é


visível uma caveira, simbolizando o uso de veneno ou agrotóxicos na lavoura. O
indivíduo usa uma máscara para se proteger desse "fruto venenoso". A crítica
aqui está relacionada a quê?

Opção A: Ao volume de produção de produtos orgânicos.

Os produtos orgânicos, que são cultivados sem o uso de agrotóxicos, são mais
saudáveis, porém mais caros. No entanto, a crítica na imagem não é à falta de
produtos orgânicos, mas sim ao uso excessivo de veneno. Portanto, a opção A é
incorreta.

Opção B: A industrialização dos produtos agropecuários.

Não há nenhum cenário industrial evidente na imagem. Portanto, a opção B


está incorreta.

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Opção C: A contaminação do solo pela irrigação mecânica.

Não há qualquer menção ou representação de irrigação na imagem. Portanto, a


opção C é incorreta.

Opção D: As pragas crescentes que infestam a agricultura do país.

Não há menção ou representação de pragas na imagem, a menos que


consideremos o agrotóxico como a "praga". Assim, a opção D também está
incorreta.

Opção E: O uso cada vez maior de defensivos agrícolas.

Esta é a crítica claramente representada na imagem. Os "defensivos"


mencionados são os agrotóxicos. Portanto, por eliminação e por estar em
sintonia com a crítica feita na imagem, a opção E é a correta.

Gabarito: Letra E.

03. A parcela mais expressiva da transição rural-urbana no Brasil ocorreu entre


1960 e 1991, de acordo com os dados do IBGE.

Sobre esse assunto, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as


corretas.

I. Nas décadas de 1960 e 1970, mais de 31 milhões de indivíduos abandonaram


o campo.

II. Os migrantes rurais compuseram os extratos mais altos das ocupações


urbanas.

III. A modernização agrícola brasileira, intensificada a partir de 1960, resultou


no aumento de concentração de terra e na expulsão violenta de pequenos
produtores familiares em áreas de fronteira agrícola como Centro-Oeste e
Norte.

IV. Na modernização agrícola brasileira, ocorreu maior distribuição de terra,


principalmente no Centro-Oeste e no Norte, que passaram a utilizar menos
mão de obra por conta da mecanização.

A. Apenas I e IV.

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B. Apenas II e III.

C. Apenas I e II.

D. Apenas II e IV.

E. Apenas I e III.

Comentário:

I. Este item está correto. A saída do campo foi provocada em grande parte pela
mecanização da agricultura, que aumentou a produtividade, mas também
levou a um aumento do desemprego. Muitas pessoas foram para as cidades à
procura de trabalho. A industrialização do sudeste do Brasil, especialmente em
São Paulo, atraiu muitos desses migrantes.

II. Esta afirmação é incorreta. Na verdade, muitos dos migrantes rurais


acabavam nas periferias das cidades, em condições de pobreza.

III. Este item está correto. A Revolução Verde levou a uma maior concentração
de terras em mãos de grandes produtores, que muitas vezes expulsavam os
pequenos produtores. Esta expulsão ocorreu de maneira violenta em algumas
áreas, resultando em comunidades de pequenos produtores deslocados nas
fronteiras agrícolas do Centro-Oeste e do Norte, regiões hoje conhecidas como
"Arco do Desmatamento".

IV. Esta afirmação é incorreta. Como mencionado anteriormente, ocorreu uma


maior concentração de terras, não uma distribuição. A modernização também
levou a uma menor necessidade de mão de obra devido à mecanização.

Portanto, as alternativas corretas são os itens 1 e 3. Logo, a resposta certa é a


alternativa E.

Gabarito: Letra E.

04. As atividades agrícolas estão em constante processo de inovação para obter


maior produtividade. Nesse contexto, durante a década de 1950, ocorreu de
forma mais intensa o processo de modernização da agricultura que envolveu
um grande aparato tecnológico provido de variedades de plantas modificadas
geneticamente em laboratório, espécies agrícolas que foram desenvolvidas

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para alcançar alta produtividade, uma série de procedimentos técnicos com


uso de defensivos agrícolas e de maquinários.
Disponível em: <http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/a-modernizacao-agricultura.htm>. Acesso em: 31 maio 2016.

Nesse contexto histórico, o processo de modernização mencionado caracteriza,


especificamente,

A. as Reformas de Base

B. a Revolução Verde

C. o Milagre Econômico

D. a Nova República

E. o Estado Novo

Comentário:

Vamos agora para as alternativas de resposta:

"Reformas de base": A opção é incorreta. Não se trata de uma reforma de base


ou mudanças legislativas significativas no campo agrícola.

"Revolução Verde": Esta é a alternativa correta. A Revolução Verde refere-se


exatamente ao período de intensa modernização da agricultura com o uso de
tecnologia, o que se alinha perfeitamente com o enunciado da questão. A
palavra "revolução" indica mudança, evolução, e "verde" se refere ao campo.

"Milagre econômico": Esta opção é incorreta. O "milagre econômico" refere-se


a um período específico do regime militar brasileiro, na década de 70, não está
relacionado com a modernização da agricultura.

"Nova República": Esta alternativa também é incorreta. A "Nova República" é


um termo usado para se referir a um período político no Brasil, não tem
relação com inovações na agricultura.

"Estado Novo": Esta opção é incorreta. "Estado Novo" foi um período do


governo de Getúlio Vargas, não tem relação com o enunciado da questão.

Gabarito: Letra B.

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05. Segundo dados do IBGE, cerca de 28% da PEA (população economicamente


ativa) brasileira trabalha no setor primário, sendo a agropecuária responsável
por apenas 9,1% do nosso produto interno bruto (PIB). Levando em conta que
ainda grande parte dos trabalhadores agrícolas mora na periferia das cidades e
que eles se deslocam diariamente ao campo para trabalhar como boias-frias
em modernas agroindústrias, percebemos que, apesar da modernização
verificada nas técnicas agrícolas, ainda persistem o subemprego, a baixa
produtividade e a pobreza no campo.
SENE, E. e MOREIRA, J. Geografi a geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2000. p. 276. Adaptado.

Essa modernização técnica do campo provoca a seguinte consequência


socioespacial:

A. reforma agrária

B. assentamento fundiário

C. redução das exportações

D. emigração estrangeira

E. êxodo rural

Comentário:

"Gera reforma agrária?": Essa opção é incorreta. A modernização do campo


não necessariamente implica na divisão de terras, que é o que uma reforma
agrária implicaria.

"Gera assentamento fundiário?": Essa alternativa também é incorreta.


Assentamentos fundiários são consequências de reformas agrárias, onde terras
são divididas e criam-se os assentamentos.

"Redução das exportações?": Esta opção é incorreta. De fato, a modernização


tende a aumentar a produção e, consequentemente, as exportações.

"Emigração estrangeira?": Este também é incorreto. Emigração refere-se a


pessoas que estão saindo de seus países, e isso não se aplica ao caso do Brasil
atualmente, apesar de ter sido relevante durante o período do café com a
vinda de italianos, e na ocupação do Sul com alemães, poloneses e eslavos.

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"Êxodo rural": Esta é a alternativa correta. O êxodo rural é a saída de pessoas


do campo para a cidade. Como a modernização pode levar ao desemprego
(pelo menos no curto prazo, até que as pessoas se adaptem às novas
tecnologias e métodos), isso pode provocar uma migração para as cidades em
busca de emprego.

Gabarito: Letra E.

Sabemos que é muita informação, mas entender bem esses conceitos


certamente irá te ajudar a responder a várias questões em sua prova.

Até a próxima aula.

Abraço!

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