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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO


PRETO

LICENCIATURA E BACHARELADO EM QUÍMICA

VINICIUS ROBERTO POLI (12560467)


ALYSSON DE PAIVA SANTOS (13824386)

AMOSTRA SÓLIDA
FUNDAMENTOS DE QUÍMICA ANALÍTICA

RIBEIRÃO PRETO
2023
1. Objetivo
Analisar a amostra escolhida de modo qualitativa, isso é, detectar quais são os
cátions e ânions presentes nela, através de analises e observações tanto físicas quanto
químicas.

2. Planejamento
Em primeiro momento foi realizado alguns testes preliminares para a
identificação dos cátions e ânions, com o intuito de fazer uma breve análise dos
possíveis compostos que compunham a Amostra 31, assim, servindo como base de
direcionamento da marcha analítica ou até mesmo indicar quais pontos dar mais
importância para confirmar a presença ou não dos resultados visto durante tais testes.

3. Observação física da amostra


A amostra quando escolhida tinha a coloração totalmente branca, com grãos
finos e uma parte dela era higroscopia. Sobre seu cheiro, ao abrir, não foi percebido
nenhum odor, excluindo a hipótese de sulfetos (e tambem seus sais apresentam
coloração escura). Devido a coloração totalmente branca, exclui a possibilidade de sais
de níquel, pois se presentam em sua maioria como sais verdes.

4. Testes de preliminares de identificação


4.1 Identificação de cátions

Dentre as preliminares para identificação de cátions, foi utilizado o teste de


chama, em que foi possível identificar a olho nu apenas as colorações amarela, verde e
vermelha, que podem representar e presença dos cátions Na+, Ba2+ e Ca2+
respectivamente, já com o vidro de cobalto foi observado uma chama violeta, que pode
ser tanto o Ba2+ ou K+ visto através do vidro, cujo a chama é facilitada a visualização
através do vidro de cobalto.
Para a amônio, foi utilizado um tubo de ensaio com uma ponta de espátula da
amostra e adicionado base forte e levado ao aquecimento com um papel tornassol
vermelho úmido com água, se o papel começasse a mudar de cor para azul, confirmaria
a presença. Com isso, o papel continuou da mesma cor, sendo observado a ausência
de amônio.

𝑁𝐻4+(𝑠) + 𝑂𝐻(𝑎𝑞)

→ 𝑁𝐻3 (𝑔) + 𝐻2 𝑂(𝑙)
4.2 Identificação de ânions

Para a detecção dos ânions foram realizados dois testes preliminares, sendo um
deles a formação dos gases pela mistura de H2SO4, concentrado e diluído, na amostra
sobre aquecimento. Para isso foi pego uma ponta de espátula da amostra e foi colocado
ácido sulfúrico diluído, não foi observado nada, comprovando a falta de nitrito. Já com
o ácido concentrado, também foi utilizado uma ponta de espátula do sal, foi observado
gases de coloração violeta e traços de marrom e a ausência de cheiro, que podem
indicar a presença de 𝐼 − (violeta) e 𝐵𝑟 − e/ou 𝑁𝑂3− (nitrato) e a ausência de sulfeto.
Para os outros aníons (cloreto e carbonato e sulfeto), foi realizado testes com
papel indicadores, em que foi utilizado 2 tubos de ensaio, para o cloreto e sulfeto, e um
frasco reacionário com a gota de fenolftaleína.
No primeiro tubo de ensaio, foi realizado o teste de cloreto, em que foi adicionado
ácido sulfúrico concentrado e utilizado um papel indicador azul, molhado com amônia,
para a formação de cristais brancos de cloreto de amônio. No entanto, não houve a
formação, fazendo com que o grupo afirmasse erroneamente a sua ausência, isso pode
se explicar devido a formação de pontos muito pequenos, não percebido pelo grupo ou
também pela as reações simultâneas que ocorreram com os outros aníons,
atrapalharam na identificação.
No segundo tubo, foi realizado o teste de sulfeto, em que foi adicionado ácido
clorídrico concentrado e utilizado um papel de filtro molhado com uma solução de
cadmio, pois, o sulfeto reage com cádmio deixando o papel de filtro amarelo, no entanto
não houve formação, indicando assim, a sua ausência.
Já no frasco reacionário, foi colocado uma ponta de espátula da amostra e
pingado sobre ela ácido clorídrico, e a gota de fenolftaleína foi de rosa para incolor,
mostrando ao grupo o falso positivo para carbonato, uma vez que não tinha na amostra.
Tal resultado pode ser devido o ácido clorídrico ter sido colocado em excesso e a
evolução foi aderida a gota, fazendo com que seu pH torne ácido, mudando a sua
coloração para incolor.

I. 2𝐼 − (𝑎𝑞) + 3𝐻2 𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) → 𝐼2 (𝑔) + 𝑆𝑂2 (𝑔) + 2𝐻2 𝑂(𝑙) + 2𝐻𝑆𝑂4−(𝑎𝑞)

II. 2𝐵𝑟(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) → 𝐵𝑟2 (𝑔) + 𝑆𝑂2 (𝑔) + 2𝐻2 𝑂(𝑙)
III. 4𝑁𝑂3−(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) → 2𝐻2 𝑂(𝑙) + 4𝑁𝑂2 (𝑔) + 𝑂2 (𝑔) + 2𝑆𝑂42−(𝑎𝑞)

IV. 𝐶𝑙(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) → 𝐻𝐶𝑙(𝑔) + 𝐻𝑆𝑂4−(𝑎𝑞)
𝐻𝐶𝑙(𝑔) + 𝑁𝐻3 (𝑎𝑞) → 𝑁𝐻4 𝐶𝑙(𝑠)
V. 𝐶𝑂32−(𝑎𝑞) + 𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 𝐻𝐶𝑂3−(𝑎𝑞) + 𝑂𝐻(𝑎𝑞)
− −
+ 𝐶𝑙(𝑎𝑞)
𝐻𝐶𝑂3−(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑙) → 𝑂𝐻(𝑎𝑞)

+ 𝐶𝑂2 (𝑔) + 𝐻2 𝑂(𝑙)

Por fim foi realizado o teste de formação de sais de prata em meio ácido, pela
adição de HNO3, onde se era esperado e foi confirmado a presença de um precipitado
amarelo, decorrente a formação de AgI e AgBr, cujo mesmo apresentam características
semelhantes em seu precipitado, os tornando impossíveis de se distinguir e
consequentemente inviabilizando de levar tal evidência como uma prova concreta de
existência desses aníons na amostra. Esse teste, devido a coloração amarelada
impossibilitou a visualização dos sais brancos de cloreto de prata.

+ _
I. 𝐴𝑔(𝑎𝑞) + 𝐼(𝑎𝑞) ⇋ 𝐴𝑔𝐼(𝑠)
+ _
II. 𝐴𝑔(𝑎𝑞) + 𝐵𝑟(𝑎𝑞) ⇋ 𝐴𝑔𝐵𝑟(𝑠)

5. Solubilidade em diversos meios


Utilizando uma fração da amostra solida foi feita a solubilidade com tal em 3 tipos
de solventes, sendo eles H2O (fria e quente), HCl e HNO3, de modo que, após passar
por todas as etapas ainda existia a presença de um precipitado (ppt) insolúvel, que
possivelmente se tratava de BaSO4, uma vez que ele é insolúvel em meio ácido,
confirmando mais uma vez a presença de Ba2+ e uma possível presença do ânion 𝑆𝑂42−
(etapas mostradas abaixo). O diagrama abaixo mostrará o que foi observado no
experimento.
6. Extrato de Soda
Para realizar uma efetiva separação dos cátions e aníons presentes na amostra,
visando a análise separada deles, foi feita uma solução de extrato de soda, com Na2CO3
e H2O sob aquecimento, pois em tais condições é favorecida a formação de sais
insolúveis dos cátions, sendo eles possivelmente carbonatos de Ba2+ e Ca2+, e
hidróxidos de Al3+, Fe3+ e Mn2+. De forma que o sobrenadante acaba contemplando
apenas ânions em sua maioria e no precipitado os seus cátions na forma descrita acima.
2+
𝐵𝑎(𝑎𝑞) + 𝐶𝑂32−(𝑎𝑞) ⇌ Ba𝐶𝑂3 (𝑠)
2+
𝐶𝑎(𝑎𝑞) + 𝐶𝑂32−(𝑎𝑞) ⇌ Ca𝐶𝑂3 (𝑠)
3+ −
𝐴𝑙(𝑎𝑞) + 3𝑂𝐻(𝑎𝑞) ⇌ 𝐴𝑙(𝑂𝐻)3 (𝑠)

6.1 Testes específicos: análise dos ânions no sobrenadante do


extrato de soda e no precipitado do teste de solubilidade (sulfato)
Foi separado o sobrenadante do extrato de soda em várias alíquotas para as
análises abaixo e o precipitado do teste de solubilidade foi feito o teste de sulfato. Os
testes foram feitos na de iodeto, brometo, nitrato, sulfato. Essa ordem é levada em
conta, devido tanto o iodeto quanto o brometo serem interferentes no teste de nitrato.
6.1.1 Iodeto e Brometo
A identificação desses haletos, em primeiro momento, foi feita a dissociação dos
íons com 𝐻2 𝑆𝑂4, em seguida foi adicionado clorofórmio, para a existência de duas fases,
sendo a fase orgânica essencial para identificação de iodeto e brometo. A seguir, foi
adicionado hipoclorito, gota a gota, e analisado a cor com base nas adições, sendo a
primeira cor violeta (na fase orgânica), seguido de algumas adições a cor alaranjada e
após mais adições, tornou-se incolor. Dessa forma, conclui que, é possível afirmar a
existência dos dois haletos (I- e Br-), na forma molecular (I2 e Br2), que apresentam,
nessas condições, a coloração violeta e laranja respectivamente, e a segunda fase
incolor se trata do Cl2 reduzido (oriundo do hipoclorito, Cl-).

− −
I. 2𝐵𝑟(𝑎𝑞) + 𝐶𝑙2 (𝑎𝑞) ⇋ 𝐵𝑟2 (𝑜𝑟𝑔) + 2𝐶𝑙(𝑎𝑞)
− −
II. 2𝐼(𝑎𝑞) + 𝐶𝑙2 (𝑎𝑞) ⇋ 𝐼2 (𝑜𝑟𝑔) + 2𝐶𝑙(𝑎𝑞)

6.1.2 Nitrato
A identificação de nitrato pela prova do anel com sal de Mohr é relativamente um
pouco complicada devido a quantidade de interferentes analíticos que ele apresenta,
entre eles temos I-, Br-, NO2- e NH4+, sendo assim, é necessária a eliminação desses
possíveis interferentes antes do inicio do teste. No entanto, o nitrito e a amônia não
estavam presentes devido a teste feitos no começo da análise.
Levando em conta a dificuldade de se eliminar o brometo e iodeto, se decidiu
realizar a identificação de nitrato por Zn metálico, tendo em que vista que se trata de
uma técnica mais segura por apresentar interferentes (𝑁𝐻4+ ) que tiveram sua presença
na amostra descartada, diminuindo assim a possibilidade de falsos positivos.
O teste se trata de um processo de oxirredução, onde em meio alcalino (NaOH),
o Zn metálico atua como agente redutor do 𝑁𝑂3 em 𝑁𝐻3 , que é liberado na forma de
gás durante o aquecimento. A confirmação da formação do gás amônia foi feita pela
mudança de coloração de um papel tornassol vermelho úmido com água, pois ele
adquiriu uma cor azulada ao entrar em contato com o gás de caráter básico.


4 𝑍𝑛(𝑠) + 𝑁𝑂3− (𝑎𝑞) + 7𝑂𝐻(𝑎𝑞)

→ 4𝑍𝑛𝑂22−(𝑎𝑞) + 𝑁𝐻3 (𝑔) + 2𝐻2 𝑂(𝑙)

6.1.3 Sulfato
O precipitado do teste de solubilidade foi transferido para um béquer com o
intuito de se realizar o teste de extrato com soda (adicionado agua, carbonato de sódio,
e aquecido por meia hora, com agitação), após isso, foi centrifugado e separado o
sobrenadante do precipitado. No sobrenadante foi realizado o teste de sulfato, já no
precipitado, ele foi lavado com água quente, para remover o sulfato, e em seguida
adicionado ácido acético até a solubilização e separado para teste de bário. Esse teste
de sulfato foi pela adição de uma solução de bário, que provocou a formação de
precipitado, comprovando o sulfato.
2+
𝐵𝑎(𝑎𝑞) + 𝐶𝑂32−(𝑎𝑞) ⇌ 𝐵𝑎𝐶𝑂3 (𝑠)
+ 2+
𝐵𝑎𝐶𝑂3 (𝑠) + 2𝐻(𝑎𝑞) ⇌ 𝐵𝑎(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝐶𝑂3 (𝑎𝑞)
2+
𝑆𝑂42−(𝑎𝑞) + 𝐵𝑎(𝑎𝑞) ⇌ 𝐵𝑎𝑆𝑂4 (𝑠)

6.2 Análise dos cátions


Primeiramente foi realizado o teste de bário, com a solução do teste de
solubilidade seguido por extrato de soda e solubilização por acidificação do meio,
guardada anteriormente. Essa solução, foi tamponada (HAc/𝐴𝑐 − ) em pH=5, com adição
de acetato de sódio, e adicionado cromato de potássio e posteriormente aquecido. Após
isso, a solução foi centrifugada e o teste foi feito no precipitado, cromato de bário, onde
foi lavado com água e uma gota de ácido clorídrico concentrado, para posteriormente
ser colocado na chama, onde foi observado a coloração verde, comprovando o bário.

− +
𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂𝐻(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑙) ⇌ 𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂(𝑎𝑞) + 𝐻3 𝑂(𝑎𝑞)
− −
𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑙) ⇌ 𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂𝐻(𝑎𝑞) + 𝑂𝐻(𝑎𝑞)

+
𝐶𝑟2 𝑂72−(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑎𝑞) ⇌ 2 CrO2−
4 (𝑎𝑞) + 2 𝐻 (𝑎𝑞)
2+
CrO2−
4 (𝑎𝑞) + 𝐵𝑎(𝑎𝑞) ⇌ 𝐵𝑎𝐶𝑟𝑂4 (𝑠)

Para o teste de cátions no sobrenadante do teste de solubilidade, o mesmo foi


transferido para uma cápsula de porcelana e levado a secura, em seguida foi adicionada
água até teste negativo de ácido clorídrico, por meio de papel tornassol azul molhado
com água, posteriormente, se levou a secura de novo para o início da identificação dos
cátions.
Primeiramente se adicionou água para a formação de uma solução que foi
transferida para um béquer, a partir disso, adicionou-se ácido clorídrico e em seguida
hidróxido de amônio até pH=9 (tampão). Houve a centrifugação e separação do
precipitado e sobrenadante, em que o precipitado (ppt 1) tem os hidróxidos de ferro,
alumínio e de manganês e seu oxido de manganês, já no sobrenadante (sobr 1) tem os
cátions de níquel, manganês, bário, cálcio, sódio, magnésio e potássio.

𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 𝐻 + (𝑎𝑞) + 𝐶𝑙(𝑎𝑞)

𝑁𝐻3 (𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑙) ⇌ 𝑁𝐻4+(𝑎𝑞) + 𝑂𝐻(𝑎𝑞)


+ +
𝑁𝐻4(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑙) ⇌ 𝑁𝐻3 (𝑎𝑞) + 𝐻3 𝑂(𝑎𝑞)
3+ −
𝐴𝑙(𝑎𝑞) + 3𝑂𝐻(𝑎𝑞) ⇌ 𝐴𝑙(𝑂𝐻)3 (𝑠)

No ppt 1, foi adicionado hidróxido de sódio com o intuito de solubilizar o alumínio


formando seu complexo estável solúvel em água no sobrenadante (sobr 1a), foi
observado que todo precipitado dissolveu comprovando a ausência de ferro e
manganês. No sobre 1a é feito a identificação do alumínio, adicionando ácido clorídrico
6 M, até pH=6, para fazer o alumínio ficar livre em solução, em seguida, o gotejamento
de hidróxido de amônio, para a formação do hidróxido de alumínio gelatinoso, que foi
observado no experimento, comprovando sua existência.

𝐴𝑙(𝑂𝐻)3 (𝑠) + 𝑂𝐻(𝑎𝑞) ⇌ [𝐴𝑙(𝑂𝐻)4 ]− (𝑎𝑞)
+ 3+
[𝐴𝑙(𝑂𝐻)4 ]− (𝑎𝑞) + 4𝐻(𝑎𝑞) ⇌ 𝐴𝑙(𝑎𝑞) + 4𝐻2 𝑂(𝑙)
3+ −
𝐴𝑙(𝑎𝑞) + 3𝑂𝐻(𝑎𝑞) ⇌ 𝐴𝑙(𝑂𝐻)3 (𝑠)

No sobrenadante 1, foi adicionado tioacetamina e deixado em banho maria por


meia hora, para a formação de precipitado, sulfeto de níquel e sulfeto de manganês,
contudo, não ocorreu tal formação, indicando a ausência de níquel e mais uma vez
confirmando a inexistência de manganês na amostra. A essa solução, é necessário levar
a secura, em um pote de cerâmica, colocando ácido clorídrico para eliminar o sulfeto
(identificado pelo sulfeto de cadmio em papel filtro), oriundo da tioacetamina, na forma
de ácido sulfídrico. Após toda essa eliminação e levar a secura, se formou um sal
branco, composto de cátions do grupo I e II.

2− +
𝑆(𝑎𝑞) + 2𝐻(𝑎𝑞) ⇌ 𝐻2 𝑆(𝑔)
2− 2+
𝑆(𝑎𝑞) + 𝐶𝑑(𝑎𝑞) ⇌ 𝐶𝑑𝑆(𝑠)

Para se realizar a transferência desse sal para um béquer, foi feita uma solução
de água e ácido clorídrico, sob aquecimento se adicionou hidróxido de amônio 6 M, até
pH=9. Após isso, introduziu-se carbonato de amônio, para precipitação de bário e cálcio
na forma de carbonato (ppt 2) e no sobrenadante (sobr 2) terá os cátions de sódio,
potássio e magnésio (verificar se a precipitação foi quantitativa adicionando carbonato
de amônio, se houve turvação adicionar mais carbonato até parar).
− − 2−
𝐶𝐻3 𝐶𝑆𝑁𝐻2 (𝑎𝑞) + 3𝑂𝐻(𝑎𝑞) ⇌ 𝐶𝐻3 𝐶𝑂𝑂(𝑎𝑞) + 𝑁𝐻3 (𝑔) + 𝑆(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑙)
+ −
𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 𝐻 (𝑎𝑞) + 𝐶𝑙(𝑎𝑞)

𝑁𝐻3 (𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑙) ⇌ 𝑁𝐻4+(𝑎𝑞) + 𝑂𝐻(𝑎𝑞)


+ +
𝑁𝐻4(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑙) ⇌ 𝑁𝐻3 (𝑎𝑞) + 𝐻3 𝑂(𝑎𝑞)

(𝑁𝐻4 )2 𝐶𝑂3 (𝑎𝑞) ⇌ 2 𝑁𝐻4+(𝑎𝑞) + 𝐶𝑂32−(𝑎𝑞)


2+
𝐵𝑎(𝑎𝑞) + 𝐶𝑂32−(𝑎𝑞) ⇌ Ba𝐶𝑂3 (𝑠)
2+
𝐶𝑎(𝑎𝑞) + 𝐶𝑂32−(𝑎𝑞) ⇌ Ca𝐶𝑂3 (𝑠)

No precipitado, lavar com água, em seguida, adicionar ácido acético, até


solubilizar, e tamponar com acetato de sódio, em pH=5, posteriormente acrescentou-se
dicromato de potássio na solução sob aquecimento, para a formação do cromato de
bário (ppt 3) e no sobrenadante (sobr 3) terá o cálcio. Esse precipitado, após
centrifugado e separado, foi lavado com água e em seguida foi adicionado ácido
clorídrico concentrado e levado a chama, onde foi provado mais uma vez o bário, pela
coloração da chama ser verde. No sobr 3, foi adicionado oxalato de amônio, levado ao
fogo até ebulição, em que ocorreu a formação de oxalato de cálcio, que após lavado
três vezes com água, e adicionado ácido clorídrico para o teste de chama, onde foi
possível a confirmação de cálcio, pois a chama ficou vermelha.
− +
𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂𝐻(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑙) ⇌ 𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂(𝑎𝑞) + 𝐻3 𝑂(𝑎𝑞)
− −
𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑙) ⇌ 𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂𝐻(𝑎𝑞) + 𝑂𝐻(𝑎𝑞)
+
𝐶𝑟2 𝑂72−(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑎𝑞) ⇌ 2 CrO2−
4 (𝑎𝑞) + 2 𝐻 (𝑎𝑞)

2+
CrO2−
4 (𝑎𝑞) + 𝐵𝑎(𝑎𝑞) ⇌ 𝐵𝑎𝐶𝑟𝑂4 (𝑠)
2+
𝐶𝑎(𝑎𝑞) + 𝐶2 𝑂42−(𝑎𝑞) ⇌ 𝐶𝑎𝐶2 𝑂4 (𝑠)

O sobr 2 foi dividido em 3 partes para identificação de sódio, potássio e


magnésio. No primeiro, a identificação de sódio foi realizada levando a secura em uma
capsula de porcelana e com a adição de ácido clorídrico concentrado se levou a chama,
sendo possível a confirmação de sódio, devido a chama laranja. Para identificar o
potássio, foi eliminado amônio, adicionando hidróxido de sódio e levado ao fogo, com
um papel tornassol vermelho úmido com agua, até o teste negativo de amônio. Após
isso, foi adicionado ácido acético, até pH=5, e em seguida foi adicionado
hexanitrocobaltato de sódio para a formação do precipitado dele com o potássio. Depois
de ser centrifugado, ocorreu a sua lavagem para o teste de chama com água e ácido
clorídrico, a sua chama foi vista através do vidro de cobalto, onde ocorreu a aparição de
uma singela chama violeta, comprovando o íon potássio.
+ −
𝑁𝑎𝑂𝐻(𝑎𝑞) → 𝑁𝑎(𝑎𝑞) + 𝑂𝐻(𝑎𝑞)
+ −
𝑁𝐻4(𝑎𝑞) + 𝑂𝐻(𝑎𝑞) ⇌ 𝑁𝐻3 (𝑔) + 𝐻2 𝑂(𝑙)
− +
𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂𝐻(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑙) ⇌ 𝐻3 𝐶𝐶𝑂𝑂(𝑎𝑞) + 𝐻3 𝑂(𝑎𝑞)
+
𝐾(𝑎𝑞) + 𝐶𝑜(𝑁𝑂2 )2−
6 ⇌ 𝐾3 [𝐶𝑜(𝑁𝑂2 )6 ](𝑠)

Já para teste de magnésio, foi adicionado ácido clorídrico (para meio ficar
ácido), hidrogeno fosfato de sódio e o gotejamento de hidróxido de amônio até o meio
ficar alcalino quando houve a viragem de meio, indo de ácido para o básico, ocorreu
uma turvação, sendo considerado pelo grupo o falso positivo para magnésio, devido sua
baixa concentração. Essa turvação, pode ser devido a limpeza não ter sido efetiva, e
por isso o alumínio acaba formando o complexo em pouca quantidade na solução
turvando-a.

𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 𝐻 + (𝑎𝑞) + 𝐶𝑙(𝑎𝑞)
𝐻𝑃𝑂42−(𝑎𝑞) + 𝑂𝐻(𝑎𝑞)

⇌ 𝐻2 𝑂(𝑙) + 𝑃𝑂43−(𝑎𝑞)
2+
𝑀𝑔(𝑎𝑞) + 𝑁𝐻4+(𝑎𝑞) + 𝑃𝑂43−(𝑎𝑞) + 6𝐻2 𝑂(𝑙) ⇌ 𝑀𝑔𝑁𝐻4 𝑃𝑂4 . 6𝐻2 𝑂(𝑠)

6.3 Tratamento dos Cátions do extrato com soda


Foi colocado no precipitado ácido clorídrico concentrado para solubilizar os
carbonatos, em seguida transferido para uma capsula de porcelana e levado a secura
com adição de agua, até teste negativo de ácido clorídrico (tornassol azul, úmido com
agua). Após teste negativo e secura, é adicionado água para formação de solução e
transferido para um béquer, dando início a identificação descrita acima.

Abaixo se encontra um fluxograma do experimento


Continuação do grupo I:

7. Conclusão
Essa análise teve como intuito analisar a capacidade do grupo de identificação
de íons diante de uma amostra desconhecida, como pode ocorrer no trabalho de um
químico. Os resultados foram bons, levando em conta o tempo e os equipamentos
utilizados (pipetas, tubo de ensaio, béquer, conta gotas...) sendo detectado
corretamente os íons: 𝑁𝑎+ , 𝐾 + , 𝐶𝑎2+ , 𝐵𝑎2+ , 𝐴𝑙 3+ , 𝑁𝑂3− , 𝐼 − , 𝐵𝑟 − , 𝑆𝑂42−, tendo apenas dois
erros que foram o de carbonato, devido a evaporação do ácido clorídrico, dando o falso
positivo para carbonato, e o de magnésio, tendo a formação do complexo de alumínio
pouco concentrado que turvou a solução e por fim, não foi possível a identificação do
cloreto, devido a existência de várias reações simultâneas, que mascararam a reação
de identificação do cloreto.

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