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Determinação da presença de cátions em uma amostra

desconhecida

Lavras - MG
2023

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Determinação da presença de cátions em uma amostra
desconhecida

GQI 105- Química Analitica Experimental


Turma 13A

Lavras - MG
2023

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 5
Fluxograma 1 - Esquema da marcha analitica da solução desconhecida 5
2. OBJETIVO 7
3. Parte experimental 7
3.1. Materiais 7
3.2. Reagentes 7
Imagem 1 - Centrífuga utilizada durante os experimentos 8
Imagem 2 - banho maria utilizado durante os experimentos 8
3.4.1. Procedimento inicial de preparação de amostra desconhecida 9
3.4.2. Procedimento para determinar a presença de cátions do grupo I 9
Fluxograma 2 - Marcha analitica grupo I 10
3.4.3. Procedimento para determinar a presença de cátions do grupo II 10
Fluxograma 3 - Marcha analitica Grupo 2 11
3.4.4. Procedimento para determinar a presença de cátions do grupo III 11
Fluxograma 4 - Marcha analitica Grupo 3 13
3.3.5. Procedimento para determinar a presença de cátions do grupo IV 13
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 13
4.1. Grupo I 13
Imagem 3 - Tubo de ensaio indicando presença de Cromato de chumbo 14
4.2. Grupo II 15
imagem 4- Mecanismo de equilíbrio tioacetamida em meio básico 15
imagem 5- Precipitado indicando cations grupo II 16
imagem 6 - presença de cobre na amostra grupo II 16
4.3. Grupo III 17
O bismuto precipita-se em forma de hidróxido com mostrado na reação acima.
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Imagem 7 - contaminante de cobre observado na marcha do grupo III 17
5. CONCLUSÃO 18
6. REFERÊNCIAS 19

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1. INTRODUÇÃO

O método analítico para detecção de cátions de compostos inorgânicos em


amostra desconhecida é denominado marcha analítica.

A marcha analítica foi inicialmente descrita por Fresenius para facilitar e organizar
a identificação desses cátions que foram divididos em cinco grupos, numerados em
ordem, e cada conjunto de cátions apresentou uma reação de precipitação comum entre
eles, na presença de um reagente específico. (BACCAN, 1995).

Fluxograma 1 - Esquema da marcha analitica da solução desconhecida

Fonte: Material didático GQI 105, 2023.

O grupo I da marcha tem como seu agente precipitante o Ácido clorídrico (HCl)
diluído, e tem como seus cátions prata, chumbo e mercúrio (Ag+, Pb+2, Hg+2). O grupo II
tem como seu agente precipitante ácido sulfídrico, formando sulfetos insolúveis em meio
ácido. Precipitando assim íons de chumbo, cobre e bismuto ( Pb+2, Cu+2 e Bi+3).

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Os cátions do grupo IIIA só precipitam em meio básico que é atingido com os
reagentes NH4OH ou NH4Cl, já o IIIB possui um Kps menor que do grupo II por isso
formam sais insolúveis em meio básico. Os cátions do grupo IV formam sais insolúveis
de carbonato em meio amoniacal, usa-se um reagente derivado de uma base fraca, para
sofrer hidrólise e deslocar seu equilíbrio, permitindo que apenas os compostos de Kps
menores que do magnésio precipitam (RIBEIRO, 2017)

A marcha analítica porém possui suas defazagem como a possibilidade de não


separação correta dos íons, podendo-se observar a presença dos mesmos nas etapas
subsequentes como contaminantes ou serem de difícil distinção levando ao erro anterior.

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2. OBJETIVO

determinar por meio da marcha analítica os possíveis cátions presentes numa


amostra desconhecida.

3. Parte experimental

3.1. Materiais

● Béquer De 50mL; ● Vidro De Relógio;


● Tubos De Ensaio e Suporte; ● Pisseta;
● pipeta de pasteur; ● Indicador de pH universal.
● Espátula;

3.2. Reagentes

● Amostra desconhecida; ● NiCl2.6H2O P.A.;


● Ácido clorídrico (HCl) 3 ● NH3 Conc. (D=0,91 g/mL
mol.L-1; 25-28 % Em Massa Ou 15
● Ácido Acético CH3COOH 3 Mol/L);
mol.L-1; ● NH4Cl P.A.;
● Ácido nítrico HNO3 3 mol.L-1; ● Álcool Etílico;
● Hidróxido de amônio/ amônia ● Éter;
em solução NH4OH 6 mol.L-1; ● Solução Alcoólica De
● C2H5NS 3% (m/v) Dimetilglioxima 1 % P/V;
● (NH4)2SO4 conc; ● Solução 0,10 Mol/L De
● CH3COONH4 (solução AgNO3;
saturada); ● Solução 3 Mol/L De HNO3;
● Cromato de potassio K2CrO4 1 ● Solução 1,0 Mol/L De NaOH;
mol.L-1; ● Papel Tornassol Vermelho E
● NH4Cl 0,2 mol.L-1; Azul.
● NaOH 6 mol.L-1;
● NH4SCN (solido);
● H2O2 3% (m/v)

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3.3. Equipamentos e materiais

● Banho maria Fisatom 220V;


● Capela ;
● Centrífuga Kindly KC5.

Imagem 1 - Centrífuga utilizada durante os experimentos

Fonte: Acervo pessoal, 2023

Imagem 2 - banho maria utilizado durante os experimentos

Fonte: Acervo pessoal, 2023

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3.4. Procedimento

3.4.1. Procedimento inicial de preparação de amostra desconhecida

De início, pipetou-se cerca de 3 mL de solução desconhecida e com o auxílio de


uma pipeta de pasteur, transferiu-se a solução para um tubo de ensaio e seguiu-se
medindo o pH.

3.4.2. Procedimento para determinar a presença de cátions do grupo I

Com a solução do item anterior, iniciou-se a marcha analítica do grupo I, a fim de


se determinar a presença dos cátions Ag+ e Pb+2, logo adicionou-se 10 gotas de solução de
ácido clorídrico (HCl )
(Aq) 3 mol.L-1, no mesmo tubo da solução, a qual notou-se
instantaneamente o surgimento do precipitado branco.

Assim seguiu-se a marcha, colocando-se o tubo na centrífuga, esperando-se maior


separação entre precipitado e sobrenadante, logo após 3 minutos, retirou-se o
sobrenadante e reservou-se para analisar Ao precipitado adicionou-se 40 gotas de água
destilada e a fim de examinar-se o precipitado, onde logo após aqueceu-se por 5 minutos.

Após aquecer, centrifugou-se a solução a fim de analisar no sobrenadante a


presença dos cátions de chumbo (Pb+2) e no precipitado a presença de cátions de prata
(Ag+).

ao sobrenadante adicionou-se 5 gotas de ácido acético 3 mol.L-1 e 10 gotas de


Cromato de potasio (K2CrO4), a fim de obter-se o equilíbrio de íons cromato (CrO4-2) com
os íons de chumbo (Pb+2), obtendo-se Assim um precipitado amarelo.

Ao precipitado adicionou-se 20 gotas de Amônia em solução (NH4OH) 6 mol.L-1,


agitou-se e observou-se para determinar presença ou não de precipitado, como não
obteve-se precipitado, pode-se determinar que não havia presença de Hg+, logo temos a
formação do complexo [Ag(NH3)2]+ totalmente solúvel em solução.

Após determinar se havia presença de Ag+, adicionou-se cerca de 20 gotas de


ácido nítrico (HNO3) 3 mol.L-1 em solução observando instantaneamente a formação de
precipitado branco, a qual determinou-se que na amostra desconhecida havia sim presença
de prata.

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Fluxograma 2 - Marcha analitica grupo I

Fonte: Material didático GQI 105, 2023

3.4.3. Procedimento para determinar a presença de cátions do grupo II

Ao sobrenadante reservado durante a primeira etapa da marcha, começou-se o


tratamento para identificação dos cátions do grupo II (Pb+2, Cu+2 e Bi+3), logo verificou-se
o pH do meio, a qual observou-se pH ácido próximo a 1, seguindo-se a marcha.

Adicionou-se 13 gotas de Tioacetamida (C2H5NS) 3,0 % (m/v), sendo o mesmo o


agente precipitante do grupo II, em que notando-se a presença de de um precipitado
granular espesso ao ser adicionado a amostra, assim colocou-se o tubo em banho maria
até que se notou-se a mudança de coloração do precipitado para preto. assim
centrifugou-se por três minutos a solução para tratar o precipitado.

Reservou-se o sobrenadante para analisar na terceira etapa da marcha e ao


precipitado adicionou-se 15 gotas de ácido nítrico (HNO3) 3 mol.L-1 e novamente
aqueceu-se em banho maria, centrifugou-se e retirou-se o sobrenadante para análise dos
cátions de cobre, chumbo e bismuto (os com o ppt não foram realizados por serem
reações tóxicas e pelo prévio conhecimento de que não trabalhamos com mercúrio).

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Ao separar o sobrenadante, adicionou-se uma pequena porção de sulfato de
amônio ((NH4)2SO4) sólido, misturou-se e observou-se a formação do corpo de fundo e
levou-se o mesmo para a centrífuga para que se continua-se a marcha.

Ao precipitado adicionou-se acetato de amônio a qual observou-se uma coloração


azul intensa que após colocar-se em banho maria ficou mais intenso determinando assim
concentração de Cobre, ao mesmo tubo adicionou-se Cromato de potássio a fim de
determinar presença de chumbo na amostra ( como solução estava azul o resultante foi
uma solução verde com precipitado.

Ao sobrenadante adicionou-se 20 gotas de amônia em solução (NH4OH) 6 mol.L-1,


até que se obte-se pH alcalino, tendo assim que a coloração azulada confirmou-se
presença de cobre e com seu precipitado branco obtido após excesso de amônia,
confirmando-se assim presença de Bismuto.

Fluxograma 3 - Marcha analitica Grupo 2

Fonte: Material didático GQI 105, 2023

3.4.4. Procedimento para determinar a presença de cátions do grupo


III

Ao sobrenadante reservado na marcha anterior, Adicionou-se 10 gotas de Cloreto de


amônio (NH4Cl) 0,2 mol.L-1 e 10 gotas de amônia em solução 6 mol.L-1 e verificou-se o pH
para certifica-se que o meio ficaria básico (pH próximo a 8), após atingir o mesmo
agitou-se e colocou-se a amostra para centrifugar separando assim o precipitado do
sobrenadante e continuou-se a tratar o precipitado a fim de analisar a presença de cátions
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de Cromo, bário, cobalto, níquel e Ferro (Cr+3 , Ba+2, Co+2, e Fe+3). (reservou-se o
sobrenadante para análise do grupo 4)

Ao precipitado adicionou-se 20 gotas de hidróxido de sódio (NaOH) 6 mol.L-1 e


20 gotas de peróxido de hidrogênio (H2O2) 3% (v/v), a qual observou-se a liberação de
gás, que pela literatura determinou-se ser o desprendimento de O2, logo centrifugou-se e
novamente separou-se precipitado de sobrenadante.

Ao sobrenadante anterior adicionou-se 5 gotas de amônia em solução (NH4OH) 6


mol.L-1 e em seguida 15 gotas de tioacetamida (C2H5NS) 3% mol.L-1 e colocou-se para
aquecer por 3 minutos, após centrifugou-se e descartou-se o sobrenadante.

Continuou-se a tratar o precipitado a qual adicionou-se 25 gotas de ácido nítrico 3


mol.L-1, logo solubilizando a amostra assim separou-se o sobrenadante em dois tubos
denominados de tubo A e tubo B.

Ao tubo A, adicionou-se 15 gotas de álcool amílico, a qual observou-se a divisão


de duas fases e em seguida adicionou-se NH4SCN e agitou-se onde observou-se a
mudança de coloração, como a solução não mostrou diferenças, logo determinou-se que
não havia a presença de Cobalto.

Ao tubo B, adicionou-se 15 gotas de amônia em solução com o objetivo de deixar


a solução básica e em seguida adicionou-se uma pequena quantidade de dimetilglioxima
(DMG) observando-se instantaneamente a coloração rosa indicando presença do
complexo de níquel [Ni(DMG)2].

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Fluxograma 4 - Marcha analitica Grupo 3

Fonte: Material didático GQI 105, 2023

3.3.5. Procedimento para determinar a presença de cátions do grupo


IV

Para determinar se havia cátions do grupo IV, adicionou-se carbonato de amonio


((NH4)2CO3) agente precipitante do grupo IV, como não observou-se mudanças como
turbidez ou presença de precipitado pode-se concluir que não havia presença dos cátion
do grupo IV.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1. Grupo I

Após realizar as etapas do grupo I, pode-se determinar a presença de Prata e


chumbo, a qual segundo as reações proposta por Vogel temos que:

Ag+(Aq) + Cl-(aq) → AgCl(s)

Pb+2(aq) + 2Cl-(aq) → PbCl2(s)

Hg+2 + 2Cl-(aq) → HgCl2(s)

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Na presença de cloretos temos a precipitação de todos os componentes do grupo I
assim a solução utilizada como agente precipitante é de ácido clorídrico ( por ser um
ácido forte, ionização completamente facilitando a interação química).

Como temos a precipitação de todos os componentes é necessária outras reações


que solubilizam um componente deixando outro em evidência, assim ao adicionar água e
aquecer o desprendimento dos cátion Pb+2 em forma de precipitado, assim trata-se o
mesmo em pH ácido (evitando a solubilização do mesmo com hidróxido, já que o
objetivo era observar o sólido) e ao adicionar Cromato de potássio temos a precipitação
de cromato de chumbo indicando assim a presença do mesmo.

Pb+2(aq) + K2CrO4(aq) → PbCrO4(s)

Imagem 3 - Tubo de ensaio indicando presença de Cromato de chumbo

Fonte: Acervo pessoal, 2023

Ao sobrenadante adicionou-se amônia em solução para a solubilização, resultando


no complexo [Ag(NH3)2]+ observado na reação abaixo:

Ag++ NH3(aq) → [Ag(NH3)2]+(aq)

[Ag(NH3)2]+ (Aq) + HNO3 (aq) + Cl-(aq) → 2 NH4+(aq) + 2NO3- + AgCl(s) branco

É importante ressaltar que não foi utilizado Mercúrio nas aulas.

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4.2. Grupo II

com o sobrenadante guardado no início da marcha do grupo I, continuou-se a


marcha do grupo II tendo como agente precipitante S-2 , através do equilíbrio tioacetamida
em meio básico, representado abaixo:

imagem 4- Mecanismo de equilíbrio tioacetamida em meio básico

Fonte: Google imagens, 2023

Assim temos a liberação de H2S o que gera os precipitados do grupo II,


observou-se nessa marcha também a interferência de resíduos de Sulfetos que a primeira
vista determinou-se que era algum precipitado, assim ao seguir-se a marcha
determinou-se presença de Cobre, resíduos de Chumbo e bismuto.

Como dados da primeira marcha já havia demonstrado a presença de chumbo,


temos que as reações são as mesmas, porém demonstram que o chumbo não foi
totalmente solubilizado e precipitado, indicando que as etapas correspondentes a
evidenciação do chumbo precisam ser repetidas.

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imagem 5- Precipitado indicando cations grupo II

Fonte: Acervo pessoal, 2023

A presença de cobre foi observada ao adicionar amônia em solução criando assim um


complexo de cobre de coloração Azulada, que pode-se observar em maior intensidade
conforme realizada marcha do grupo III a qual em aquecimento mostrou-se mais intenso.

imagem 6 - presença de cobre na amostra grupo II

Fonte: Acervo pessoal, 2023

Pode-se observar claramente as diferenças entre o bismuto e o cobre de maneira que


ao adicionar amônia em solução o cobre é propenso a criar o complexo anteriormente
destacado e o bismuto um precipitado em forma de hidróxido.

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4.3. Grupo III

Ao analisarmos o grupo três temos o mesmo agente precipitante do grupo II


utilizado pós equilíbrio do tioacetamida, liberando sulfetos em meio ácido, assim após a
marcha conclui-se que a amostra contém Níquel e cobalto.

Ao testarmos a amostra para Ferro e cromo não observou-se presença de


precipitado (Hidróxido), porém observou-se resíduos de Sulfeto demonstrando excesso do
mesmo em solução.

Ao testarmos a segunda rota para observar níquel e cobalto, obteve-se precipitado


que ao tratarmos indicou presença dos dois cátions.

Cu2+ + 2OH- → Cu(OH)2

Bi3+ + 3OH- → Bi(OH)3↓

O bismuto precipita-se em forma de hidróxido com mostrado na reação acima.

observou-se também novamente a presença de cobre mostrando que não se


retirou-se todo na marcha do grupo II.

Imagem 7 - contaminante de cobre observado na marcha do grupo III

Fonte: Acervo pessoal, 2023

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5. CONCLUSÃO

Ao final do experimento pode-se concluir com o uso dos materiais didáticos e uso
prático da marcha analitica a presença de cátions dos grupos I, II e III, sendo eles a Prata e o
chumbo pertencentes do grupo I, a Cobre e bismuto pertencentes do grupo II e níquel e

Pode-se concluir que a marcha é um conjunto de ações e reações que nos levam a
isolar esses cátions muitas vezes em forma de complexos o que facilita a identificação, porém
dentre suas malefícios temos a facilidade de contaminação dos itens que já foram analisados
o que pode trazer erros do analista se não tiver contato prévio com a técnica ou com os
reagentes.

Durante o experimento observou-se isso principalmente com os Sulfetos que


apareceram como resíduos no grupo II e III, podendo demonstrar excesso do mesmo em
solução ou que alguma etapa anterior tinha necessidade de repetição para refinamento da
amostra.

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6. REFERÊNCIAS

BACCAN, Nivaldo. Introdução à Semimicroanálise Qualitativa. 6. ed.


Campinas: Unicamp, 1995. 327 p.

BROWN, T.; LEMAY, H.; BURSTEN, B.; MURPHY, C.; WOODWARD, P.;
STOLTZFUS, M. Química: A ciência central. 13 ed. Tradução de E. Lopes, T. Jonas, S.
Yamamoto. São Paulo: Pearson Universidades, 2016. P. 126-134.

SHRIVER, D. F.; ATKINS, P. W. Química Inorgânica. 3. ed., Porto Alegre:


Bookman, 2003.

SKOOG, D. A. WEST, D. N. Fundamentos de química analítica. Cidade do


México: Thomson, 2005. 8. ed.

VOGEL, A. I. Análise Inorgânica Quantitativa. 4. ed., Rio de Janeiro:


Guanabara Dois, 1981

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