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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA - QUÍMICA


ANALÍTICA EXPERIMENTAL

DISCENTE: GUSTAVO SANTOS RAMOS

Análise por Via Úmida - IDENTIFICAÇÃO E CONFIRMAÇÃO DOS


CÁTIONS DO QUARTO GRUPO

SERRA TALHADA – PE

Novembro de 2023
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SUMÁRIO
SUMÁRIO ............................................................................................................................................... 2
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 3
2. OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 3
3. PRÁTICA EXPERIMENTAL ................................................................................................................ 3
3.1 MATERIAIS .............................................................................................................................. 3
3.2 REAGENTES............................................................................................................................. 3
3.3 MÉTODOS ............................................................................................................................... 4
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................................... 4
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 6
6. REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 7

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1. INTRODUÇÃO

Os cátions que fazem parte do quarto grupo são: Cálcio (Ca2+), Estrôncio (Sr2+) e o Bário
(Ba2+). Eles são diferentes dos cátions anteriores, pois não reagem com nenhum dos reagentes
do primeiro ao terceiro grupo. Nesse caso, as reações vão ocorres na presença do carbonato de
amônio, no qual, com quantidades significativas de amônia, vai ocorrer a formação de
precipitado branco. (VOGEL, 1981)
O experimento foi realizado por via úmida. Nesse tipo de procedimento as substâncias
são postas em solução, no qual o produto da reação se apresenta na forma de precipitado ou
acrescentado de uma mudança na coloração. (VOGEL, 1981). Dessa forma, as análises de
dados se dão pela repetição de procedimentos já testados.
Desse modo, é possível a visualização dos conteúdos teóricos na forma de prática
experimental.

2. OBJETIVOS

- Identificação e confirmação dos cátions do quarto grupo em solução.

3. PRÁTICA EXPERIMENTAL

3.1 MATERIAIS

- 6 Tubos de ensaio;
- Pipeta volumétrica;
- Pipeta de Pasteur;
- Medidor de pH;
- Bico de Bunsen.

3.2 REAGENTES

- Hidróxido de amônia (NH4OH);


- Cloreto de amônio (NH4Cl 2N);
- Carbonato de amônio [(NH4)2CO3];
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- Sulfato de cálcio (CaSO4);
- Carbonato de sódio (Na₂CO₃);
- Cromato de potássio (K2CrO4);
- Ácido clorídrico (HCl).

3.3 MÉTODOS

Inicialmente haviam 2 soluções desconhecidas, denominadas “A” e “B”, ao qual


deveriam ser devidamente identificadas. Desse modo, a prática experimental se sucedeu em 3
partes: identificação do cátion do quarto grupo, sua distinção e finalmente a confirmação.
Para a identificação, primeiro separa-se 1 mL da solução testada em um tubo de ensaio,
em seguida, é adicionado gotas de hidróxido de amônia até que haja odor de “mijo de gato”
(foram por volta de 50 gotas). Sucedendo, é acrescentado gotas de cloreto de amônio até o pH
chegar a 9, indica-se colocar o papel indicador dentro do tubo, assim a medida que forem
adicionadas gotas de NH4Cl o pH vai ser aferido simultaneamente.
Tendo em vista o caráter básico da solução, em seguida ela deve ser aquecida no bico
de Bunsen, localizado na capela, sem que haja à fervura. Por conseguinte, com a solução ainda
quente, é necessário acrescentar 2 mL de carbonato de amônio. Finalmente, deve-se observar
se existe a formação de precipitado, bem como é preciso analisar todas as suas características.
Tratando-se da diferenciação, é separado 1 mL da solução testada em um novo tubo de
ensaio. Em seguida, é adicionado 1 mL de sulfato de cálcio na solução. Desse modo, é evidente
observar a existência de precipitação e também todas as suas peculiaridades.
Tendo em vista os testes de confirmação, utilizou-se dois reagentes diferentes:
carbonato de sódio e cromato de potássio. Em um novo tubo de ensaio é novamente
acrescentado 1 mL da solução testada, em sequência acrescenta-se o reagente. Como já visto
anteriormente, também devem ser observadas a formação de precipitado, bem como as
individualidades de cada precipitação, para as devidas análises.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Tendo em vista todas as análises de identificação, diferenciação e confirmação, estes


foram os resultados obtidos:

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Para a amostra “A”, não há formação de precipitado na presença de amônia, porém, caso
ocorra um precipitante envelhecido, pode haver a formação de turbidez (VOGEL, 1981). Nesse
sentido, ao ser acrescentado amônia até o surgimento de odor, ocorreu a formação de uma
turbidez branca na solução, desse modo, verificou-se o envelhecimento do precipitante.
Em carbonato de amônio, a solução formará precipitado na coloração branca (VOGEL,
1981). Ao decorrer dos testes, observou-se que a solução testada formava precipitado branco
na presença de carbonato de amônio, nesse sentido, era evidente que se tratava de um cátion do
quarto grupo.

Ca2+ + CO32-  CaCO3


CaCO3 + H2O + CO2  Ca2+ + 2HCO3-

Tratando agora da diferenciação, em solução saturada de sulfato de cálcio não há


nenhuma formação de precipitado (VOGEL, 1981). No experimento com a solução “A”, na
presença de sulfato de cálcio, a solução não apresentou alteração alguma, desse modo, gerou
indícios de tratar-se do cálcio. Como não houve precipitado, concluiu-se que a solução não
reagiu.
Partindo agora para a confirmação do cátion de cálcio, utilizou-se o carbonato de sódio.
Tendo em vista conhecimentos prévios do roteiro experimental, esse reagente gera como
produto precipitado branco de carbonato de cálcio. Nos testes, ao ser acrescentado carbonato
de sódio a solução, logo observou a formação de precipitado na coloração branca, desse modo
não restou dúvidas que a solução “A” de fato correspondia ao cálcio.

CaCl2 + Na2CO3  CaCO3 + 2NaCl

Em relação a amostra “B”, quando é exposta a amônia, não existe a formação de


precipitado, porém em um meio no qual a solução está exposta a atmosfera, parte do CO 2
atmosférico vai ser absorvido, gerando assim uma turbidez, decorrente do carbonato de bário
(VOGEL, 1981). Desse modo, ao ser acrescentado por volta de 50 gotas de amônia até sentir o
odor, logo observou-se a formação de uma turbidez na solução, indicando assim a presença de
carbonato de bário. Na presença de carbonato de amônio, a solução, por ser um cátion do quarto
grupo, irá gerar precipitado branco (VOGEL, 1981). Nesse sentido, a solução ao ser testada

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com carbonato de amônio logo gerou um precipitado na cor branco, não deixando dúvidas que
a solução era de fato pertencente ao quarto grupo dos cátions.

Ba2+ + CO32-  BaCO3


NH4+ + CO32-  NH3 + HCO3-
NH4+ + BaCO3  NH3 + HCO3- + Ba2+

Para a distinção, quando o cátion de bário reage com solução saturada de sulfato de
cálcio, haverá a formação de precipitado branco. Caso essa reação acontecesse rapidamente,
seria forte indício de tratar-se realmente do bário. (VOGEL, 1981).
Quando realizado os testes, assim que acrescentou o sulfato, rapidamente observou a
formação de precipitado branco. Nesse sentido, devido a clareza das observações, era
praticamente certo a presença do bário, restando assim só os testes de confirmação.

SO42- + Ba2+  BaSO4

Tratando agora da confirmação, o bário, quando tratado por cromato de potássio, geraria
como produto precipitado na cor amarela, solúvel em ácido acético. (VOGEL, 1981).
Quando foi acrescentado o cromato de potássio a solução, logo observou-se a formação
de precipitado na coloração amarela, muito semelhante a nuvem. Desse modo, já não haviam
dúvidas que se tratava do bário.

BaCl2 + K2CrO4  BaCrO4 + 2KCl

Porém, ao acrescentar HCl a solução, em sequência pode-se notar a diluição daquele


precipitado, gerando uma solução alaranjada totalmente diluída. Portanto, foi possível, com
muito mais certeza, confirmar que a solução “B” era o bário.

2CrO42- + 2H+  Cr2O72- + H2O

5. CONCLUSÃO

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Sendo assim, as 2 soluções desconhecidas “A” e “B” foram devidamente identificadas.
Respectivamente, tratavam-se do cálcio e bário.
Por fim, como última análise, durante a prática não houveram dúvidas quanto a natureza
dos precipitados que foram formados a partir das reações. Um adendo, com base no pós-
laboratório, algumas reações só foram descobertas após a leitura de um referencial teórico,
assim foi possível visualizar a prática de uma outra forma.

6. REFERÊNCIAS

VOGEL, A. I. Química Analítica Qualitativa. Primeira edição. Mestre Jou, 1981.

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