Você está na página 1de 4

CURSO DE DIREITO – PALMAS

NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS


PRÁTICA DE ESTÁGIO CÍVEL

Caros(as) acadêmicos(as), segue material elaborado para vocês, para que


possamos continuar o desenvolvimento dos trabalhos do Núcleo de Prática Jurídica.
Apresentamos algumas dicas e técnicas para redação das peças processuais,
quais sejam:
a) Objetividade;
b) Clareza;
c) Não subordinação do advogado ao juiz;
d) Evitar expressões em língua estrangeira, exceto se o nome do instituto jurídico
for grafado em língua estrangeira e não houver a respectiva tradução;
e) Tempo verbal: sempre em terceira pessoa;
f) Uso correto da língua portuguesa;
g) Na escrita dos parágrafos: devem ser curtos e narrarem os fatos em uma
sequência lógica;
h) Citem e redijam, apenas, os principais textos da lei;
i) Abreviações: apenas as abreviações técnicas como CPC, CC, CDC etc.,
j) Não copiem textos da internet. Procurem escrever seu próprio texto. Cópia da
internet sem a citação da fonte configura plágio e, caso seja encontrado, não
será aferida nota;
k) Incluam a logo da UNITINS nas peças simuladas e/ou reais e a paginação; fonte
da letra 12, arial ou times; incluam imagens e/ou outras informações importantes
de acordo com as orientações dadas em sala de aula; Formatem o texto;
l) Em todas as peças simuladas incluam, ao menos, 1 (um) julgado, dando
preferência ao tribunal de origem (onde em tese, o caso seria julgado) ou ao STJ
(vejam essa informação com o Professor Orientador).

Informamos que o material da disciplina ficará disponibilizado no portal do EDUCA da


UNITINS.

Palmas, 23 de agosto de 2023.

CASOS SIMULADOS CÍVEIS

CASO 01

CLEBER BARROS, brasileiro, casado, produtor rural, residente e domiciliado na


fazenda Felicidade, na TO 080 KM 10, te procurou narrando o que segue:
Cleber é produtor rural na área de avicultura, possuindo galpões aparelhados com
condicionadores de ar (nebulizadores e exaustores), movidos à energia elétrica, cuja

1
CURSO DE DIREITO – PALMAS
NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS
PRÁTICA DE ESTÁGIO CÍVEL

principal função é manter uma temperatura adequada à sobrevivências das aves, já


que as temperaturas locais não são propícias à criação. Sua produção abastece um
Frigorífico de Frango, neste estado, devendo sempre entregar as aves quando
estiverem no ponto de abate.
Ocorre que a empresa de energia elétrica, TOCANTINS ENERGIA, não prestou o
serviço de forma adequada lhe ocasionando danos. Sem qualquer aviso e mesmo
com as contas todas pagas deixou de fornecer energia elétrica na propriedade rural,
matando 6.000 aves que já estavam prontas para abate, com aproximadamente 2,66
kg cada uma.
Cleber entrou em contato com a central de atendimento, mas não recebeu qualquer
informação sobre o porquê da falta de energia. O serviço só voltou após 2h10min. O
valor do quilo de frango é de R$ 3,97.

Como advogado de Cleber elabore a peça processual cabível

CASO 2

OLIVEIRA NETO, conviveu maritalmente com MILENE MARIANDO, durante 17 anos,


sendo que desta união nasceram os filhos KIKO, KAKA E KAUÃ.
No ano de 2020, com a decretação da separação judicial do casal, ficou estipulada,
unicamente em benefício dos filhos, que à época residiam com a mãe, uma pensão
alimentícia no percentual de 25% dos rendimentos líquidos de Oliveira Neto, que
seriam descontados diretamente na folha de pagamento.
A média do salário líquido de Oliveira Neto é de R$ 3.000,00.
Desde de julho de 2023, os filhos KIKO, 19 anos e KAUÃ, 15 anos, residem com
OLIVEIRA NETO, e mesmo assim ele cumpre com a obrigação fixada em juízo.
Ademais, contraiu novo relacionamento conjugal, passando a ter mais despesas em
sua vida cotidiana.
OLIVEIRA NETO, e mesmo assim ele cumpre com a obrigação fixada em juízo.
Ademais, contraiu novo relacionamento conjugal, passando a ter mais despesas em
sua vida cotidiana.
Oliveira Neto ainda tem despesas com água, energia, telefone, e as despesas dos
filhos são custeadas por ele. Desesperado com dívidas acumulando, Oliveira Neto
procura seu escritório de advocacia querendo uma solução ao problema.

CASO 03
Janaina, Rubens e Raquel envolveram-se em acidente de trânsito da espécie
comumente conhecida como engavetamento, no qual Raquel abalroou o veículo
conduzido por Rubens, que por sua vez colidiu com o dirigido por Janaina, utilizado
pra transporte autônomo de passageiros. Raquel encontrava-se, na ocasião, em
velocidade acima da permitida para o local do acidente de seu veículo, conforme
atestado em vistoria levada a cabo pelo órgão competente, não estava o sistema de

2
CURSO DE DIREITO – PALMAS
NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS
PRÁTICA DE ESTÁGIO CÍVEL

freios em ordem. Rubens, por sua vez, observava regularmente as leis de trânsito e
seu veículo estava em perfeitas condições, mas ainda assim atingiu Janaina. Por
causa dos danos causados a seu veículo, Janaina moveu ação, pelo rito próprio,
contra Rubens, objetivando o recebimento da indenização correspondente.
Na qualidade de advogado de Rubens, atue em seu favor oportunamente.
Considere que a ação tramita na 2ª Vara Cível da Comarca de Palmas, local do
acidente.

CASO 04
Vinícius trabalhador assalariado, e tem um salário de R$ 3.000,00. Em julho de 2023,
propôs ação de indenização c.c revisão de contrato, em face do Banco Tocantins. No
despacho inicial o Juiz da 2ª Vara Cível da Comarca de Palmas-TO, além de receber
a petição inicial, indeferiu os benefícios da justiça gratuita ao requerente, alegando
que o mesmo tinha advogado particular para o patrocínio da ação. Considerando o
indeferimento dos benefícios da justiça gratuita, promova a peça cabível para
garantir o acesso a justiça para Vinícius.

CASO 05
A sociedade CG Engenharia e Comércio Ltda, que tem por atividade a construção e
venda de imóveis, celebrou contrato de compromisso de compra e venda de um
apartamento com Caio. Antes de obter a posse do imóvel, Caio deixou de pagar as
parcelas do preço ajustado. Assim, a "CG Engenharia e Comércio Ltda." notificou Caio
regularmente, nos termos do Decreto-Lei nº 745/69, para os fins de constituí-lo em
mora, transcorrendo o prazo da notificação in albis. Em seguida, moveu ação , visando
à rescisão do contrato, invocando para tanto cláusula contratual que prevê a
devolução, ao comprador, de 80% das quantias pagas, permitindo-se a retenção pela
vendedora dos restantes 20% a título de multa penal. A ação tramitou perante a 1ª
Vara Cível da comarca de Palmas - TO, foro competente. Caio apresentou tão
somente contestação, confessando o inadimplemento e sustentando que a cláusula
em questão era abusiva. A sentença julgou parcialmente procedente a ação, para
declarar rescindido o contrato de compromisso de compra e venda e condenar a
Autora a devolver as quantias pagas em sua inteireza, por considerar a cláusula
contratual abusiva, conforme a previsão do art. 51, II, do Código de Defesa do
Consumidor.
QUESTÃO: Como advogado(a) da Autora, manipule o instrumento processual
adequado à defesa dos direitos da cliente.

CASO 06
Requerente, pleiteou em ação de danos, na 2º Vara Cível da Comarca de Palmas, a
indenização de danos morais, materiais e honorários advocatícios. Os danos materiais
foram pedidos com a incidência de juros e correção monetária. A sentença acolheu
os pedidos do requerente no entanto não fez referência a incidência de juros e
correção monetária.

3
CURSO DE DIREITO – PALMAS
NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS
PRÁTICA DE ESTÁGIO CÍVEL

COMO ADVOGADO DO REQUERENTE, APRESENTE A MEDIDA PROCESSUAL


CABÍVEL, COM A DEVIDA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL.

CASO 07
Janaina propõe contra Joaquina ação de reintegração de posse. Em contestação,
Joaquina alega a ilegitimidade da autora, pois só quem poderia propor a demanda
seria o seu pai, legítimo proprietário e possuidor do imóvel. No mérito, alega que
estaria na posse de forma regular em razão de comodato. O juiz de primeiro grau
rejeita a alegação de ilegitimidade, tendo Joaquina interposto agravo na forma retida.
Meses depois, a demanda vem a ser julgada procedente, tendo Joaquina interposto
apelação, requerendo que o Tribunal conheça preliminarmente do agravo retido. Ao
julgar a apelação, o Tribunal de Justiça do Tocantins nega provimento por maioria de
votos ao agravo retido, apreciado preliminarmente e, por unanimidade de votos, nega
provimento à apelação o Tribunal de Justiça do Tocantins nega provimento por
maioria de votos ao agravo retido, apreciado preliminarmente e, por unanimidade de
votos, nega provimento à apelação, tendo apreciado integralmente todas as questões
debatidas.
QUESTÃO: Como advogado de Joaquina, interponha o recurso cabível.

Você também pode gostar