FACULDADE UNINASSAU PARNAMIRIM

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

A VIOLÊNCIA INFANTIL NO ÂMBITO FAMILIAR E A INTERFERÊNCIA DA

APRENDIZAGEM CAUSADA POR ELA.

LAINE GOMES LOPES DE FREITAS

PARNAMIRIM, 08 DE ABRIL, 2022

1. INTRODUÇÃO

O presente projeto de pesquisa tem como finalidade, discutir a violência

infantil no âmbito familiar e em todo o grupo social onde estão inseridos, trazendo
estudos e pesquisas que servirão de fundamentos para apresentar as
consequências desse ato na vida e no desenvolvimento das crianças e
adolescentes. O dever de proporcionar segurança, bem como os cuidados e
proteção é dever dos pais ou responsáveis que é estendido para o estado,
sociedade e familiares de acordo com o Art 227 da constituição, “É dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à
vida, à saúde, ... colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão”. Podemos mencionar também o código penal do Art 136
onde deixa claro quanto ao crime de maus tratos “exposição a perigo da vida ou da saúde
de pessoa sob a autoridade, guarda ou vigilância do agente, para fim de educação, ensino,
tratamento ou custódia”. Todas essas leis mencionadas reforçam a importância da
proteção integral das crianças e adolescentes.

Tendo dito isto, sabemos que é a partir da infância que se inicia o processo
de desenvolvimento tornando-se reflexo para a fase adulta tudo que lhe foi
transmitido, ensinado e sofrido, passando a internalizar todas as vivências, no que
pode interferir diretamente em seu ciclo social, emocional, afetivo e nas demais
áreas. A Neurociência pode explicar melhor como se dá esse desenvolvimento
frente às consequências da violência infantil, ela é responsável pelo campo do
estudo que busca compreender a mente humana, o sistema nervoso central acerca
de algumas áreas do campo de estudo.

Dessa forma, incluímos algumas vertentes ao levantar o tema sobre

violência infantil nos dias atuais, visto que ainda atrela esse ato como uma forma de
“educar” ao tentar exercer uma dominação, acreditando-se ser o melhor caminho, a
punição. O que não se é pensado nas consequências e bloqueios emocionais
gerados a partir dessas ações, como por exemplo: Problemas emocionais, a saúde
mental (depressão, ansiedade, transtornos), desenvolvimento escolar abaixo do
esperado, comportamento agressivo, baixa autoestima, tendência à automutilação e
outros fatores que geram revolta na criança agredida. Diante disto, podemos
levantar o questionamento: Como a agressão física e verbal interfere na
aprendizagem e no desenvolvimento social da criança?