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O sistema de justiça no Brasil foi a herança segundo os moldes portugueses e suas instituições

europeias. Portugal sempre demonstrava como a justiça, a lei e a coroa caminhavam juntas, e
a comprovação disto, eram os cargos de justiça no Brasil ocupados por pessoas influentes e
estes eram considerados importantes, pois demonstravam a representatividade do individuo
na sociedade. Os cargos eram de importâncias diferentes, uns mais que os outros, juízes,
chanceleres e desembargadores, nome dos cargos pertencentes aos quais tinham um papel
ativo na vida social, cultural e econômica da colônia, onde entram o nosso conflito, pois agiam
de maneira que não eram apropriadas, nem previstas pelo regulamento burocrático. Com o
passar do tempo foram-se criando tentativas de estender as transformações na administração
judiciária, ocorridas em solo português para os distritos coloniais, foi então criado no Brasil o
Tribunal Superior de Relação da Bahia, cujo regimento atribuía julgar os recursos referentes às
causas intentadas por ação nova, julgados pelos governadores-gerais, ouvidores-gerais e de
capitania. Contudo, o referido tribunal superior se mostrou um fracasso, diante de uma série
de fatores que dificultaram em demasia a instalação da corte. Alem dos escândalos de
corrupção envolvendo o Governador-geral e os membros do tribunal, estabelecendo uma rede
de favorecimentos. Desta forma, o império português constatou a necessidade, de enviar
magistrados com formação jurídica e acadêmica para o Brasil. Estes foram instituídos os juízes
de fora, assim chamados, em razão de virem de fora da colônia. Com atribuições além de cada
município, foram designados com a ideia de que seria uma administração judiciária mais
qualificada que os juízes locais.

Já no período pombalino ocorreram novas transformações na estrutura judiciária brasileira,


houve novamente a criação de um tribunal de relação, dessa vez no Rio de Janeiro, que o
referido tribunal era composto por oito desembargadores, semelhante à disposição prevista
no regimento da relação baiana, um juiz de chancelaria, dois desembargadores com funções
julgadoras de agravos e apelações, um ouvidor-geral para os crimes e outro para o cível, um
juiz fazendário, um procurador e um provedor da fazenda.

Importante ressaltar, que o retorno ao passado nos permitiu ascender às origens da


estruturação e a organização deste importante poder, o judiciário brasileiro, bem como
analisar a herança incorporada pela administração da justiça portuguesa, fluindo
progressivamente, na formação moderna do nosso poder judiciário.

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