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Introdução à Sexualidade

Sexualidade na Adolescência

Aline Moura Gameleira


Psicóloga CRP 15/2284
Gírias utilizadas pelos
adolescentes
• Crush; • Namoro aberto;
• Paquera; • Namoro fechado;
• Ficada curta; • Trair faz sentido...
• Ficar geral; • Mucilon;
• Casar (ficar só com uma • 10/10;
na festa); • Tá rodada;
• Tá casado; • Shippando;
• Macetar ou comer; • Pick me girl;
• Ficar sério /ficar prêmio; • Compra uma nova DLC.
• Ficar como pré namoro;
Introdução à Sexualidade
Relações amorosas na
adolescência
1. Os: FICAR

• É uma relação onde não há obrigatoriedade de


continuidade, onde não está implícita a fidelidade,
sendo um “contrato informal e temporário”;
• Pode envolver: apenas beijo na boca; amassos;
masturbação conjunta; sexo oral e/ou penetração;
• Pode ser saudável, ou não, depende da postura adotada;

Introdução à Sexualidade
Atenção para:

• Beijar somente porque os amigos beijam;


• Beijar vários(as) para ganhar uma aposta de quem beijou
mais;
• Ficar com aquele(a) menino(a) para mostrar ao grupo a
capacidade de conquistar;
• Se deixar beijar por alguém só para não sentir-se
rejeitado(a);

Introdução à Sexualidade
Como podemos trabalhar o “Ficar”?

• Ajudar o adolescente a ter consciência de um


comportamento mais coerente;

• Neste caso cabe ao educador ser um “facilitador”, um


“dinamizador de ideias”.

• Provocar uma análise do que o leva a ficar.

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2. Namorar

• Muitos namoros se iniciam com o “ficar”, que nem sempre


há a formalização de um “pedido”;

• As “promessas” fazem parte do início dos namoros;

• Os adultos costumam julgar os adolescentes como


“promíscuos” e na realidade eles são mais fieis;

• Muitas vezes os namoros são simbióticos e passionais;

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• O namoro “dentro de casa” é uma forma de acolher o
filho por inteiro, inclusive na sua necessidade instintiva
e primordial de vivenciar o mundo afetivo e as
experiências eróticas;

• Para tanto, é preciso CUIDADO para não ser permissivo


em excesso e isto criar uma “zona de conforto”, gerando
dificuldade para que assumam o mundo adulto e
tornem-se independentes.

Introdução à Sexualidade
• Permitir o namoro na escola é também acolher o jovem por
inteiro, afinal a sexualidade está inteiramente ligada a
todas as dimensões da vida humana.

• Mas, tanto na família como na escola, os adolescentes têm


que respeitar algumas regras, como: aprender a limitar sua
demonstração erótica, em respeito ao ambiente a as outras
pessoas.

Introdução à Sexualidade
• É possível namorar várias pessoas durante a
adolescência, até que se encontre alguém para partilhar
uma vida a dois, ou não.

• Nem todo mundo na adolescência tem a intenção do


casamento, mas, felizmente para alguns, infelizmente
para outros, isso pode acontecer.

Introdução à Sexualidade
• Metade dos adolescentes vê a relação sexual como parte
do namoro e 70% acham que a primeira relação deve ser
com o namorado;

• Para alguns seis meses de namoro é considerado o tempo


correto para a iniciação.

Introdução à Sexualidade
Como podemos trabalhar o
“NAMORAR” ?

• Ajudar os protagonistas a flexibilizarem a relação,


evitando a simbiose;

• Diferenciar “fidelidade” de “lealdade”;

• Alertar para os casos onde um acaba adotando o estilo


de vida do outro;

• Fazer “contratos informais” para negociarem as normas


para o namoro na escola.

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Relações amorosas na adolescência

3. Transar/ macetar/ comer/ dar uma...

• Tanto pode acontecer no período do “ficar” como no


“namoro”;

• É uma decorrência natural de uma relação que se


intensifica afetivamente, geralmente ocorre: por modismo,
por pressão ou por medo de que o namoro acabe;

Introdução à Sexualidade
• Geralmente os rapazes desenvolvem precocemente o
chamado “temor de desempenho” e as moças apresentam
grande ansiedade sobre sua atratividade sexual, o que as
leva aos “jogos de sedução”;

• Eles praticam a “monogamia seriada” – trocam de par com


certa frequência, porém enquanto estiverem juntos
geralmente são fieis;

Introdução à Sexualidade
• Sua maior problemática é em relação ao ambiente, onde
transar?

• Vivem a “dupla moral” dos pais facilitarem a iniciação


sexual dos filhos homens e negarem “tudo” em relação
às filhas;

• A “virgindade”???

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• A crença do “enorme sangramento” e da “intensa dor”
que a cultura associa à rotura do hímen, gera pavor em
muitas meninas;

• Fruto de desconhecimento da anatomia genital, tal


crença não tem a menor razão, visto que se a relação
ocorre em condições desejáveis de excitação e
privacidade, o relaxamento vaginal faz com que a dor e o
sangramento da ruptura himenal sejam discretos ou até
mesmo “inexistente”!

Introdução à Sexualidade
• Muitos adolescentes usam o “coito interrompido” como
uma prática sexual segura, o que é uma falsa segurança,
tanto para evitar a gravidez quanto para prevenir
doenças;

• O ideal seria que os adolescentes tivessem orientação


adequada quanto ao uso de preservativo e do
anticoncepcional para uma vida sexual segura e que de
preferência optassem por dois métodos contraceptivos.

Introdução à Sexualidade
Como podemos trabalhar a fase
de “Iniciação sexual”?
• Ajudar o adolescente a clarificar seus motivos reais e
responsabilidades para decidir iniciar sua vida sexual;

• Esclarecer sobre suas estruturas genitais, quanto a


anatomia e fisiologia para diminuir a ansiedade e evitar
futuras disfunções, principalmente o vaginismo,
dispareunia, ejaculação precoce e a disfunção erétil;

Introdução à Sexualidade
• Falar sobre a prática masturbatória, em ambos os sexos,
como um processo de auto-conhecimento corporal,
evitando a multiplicação dos mitos e o aparecimento de
disfunções, principalmente a ejaculação precoce e a
anorgasmia;

• Discutir os preconceitos e machismo, expressos no


duplo padrão moral, na educação dos filhos do sexo
masculino e do feminino;

Introdução à Sexualidade
• Debater sobre o que significa na prática “virgindade”;

• Desmistificar a crença de dor e sangramento na ruptura


himenal;

• Demonstrar os modelos de anticoncepção adequados


para essa fase.

Introdução à Sexualidade
• 66,5% dos jovens (dois em cada três) - têm a primeira
relação sexual até os 16 anos.

• Pesquisas demonstram que adolescentes do sexo feminino


iniciam vida sexual entre 15 a 17 anos e, no sexo masculino,
dos 13 aos 15 anos. Nas classes sociais mais protegidas, a
iniciação tende a ser mais tardia.

Introdução à Sexualidade
Com ele é assim:

• Sente-se pressionado pela família e pelos amigos a iniciar


logo a vida sexual;

• A maioria se relaciona primeira vez com a namorada e rejeita


o sexo pago;

• O próprio quarto é o local predileto para a primeira relação;

• Apenas um em cada três usam camisinha na primeira vez;

• Morrem de medo de falhar;

Introdução à Sexualidade
Com ele é assim:

• Acha que quinze minutos bastam para uma boa relação


sexual;

• Tem certeza de que receberá a aprovação dos pais


quando contar que se relacionou sexualmente;

• Se a namorada engravida, recebe a notícia com um


misto de surpresa, felicidade e medo;

Introdução à Sexualidade
Com ela é assim:

• Valoriza mais a afetividade, o carinho e a confiança;

• Acredita que o relacionamento sexual vá levar ao


casamento;

• A pílula é o anticoncepcional preferido, mas poucas


tomam cuidado para prevenir a gravidez na primeira
vez;

• Sente-se pouco à vontade nua e teme que seu corpo


desagrade ao parceiro;

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Com ela é assim:

• Acha que a relação tem que durar pelo menos 30


minutos;

• Apenas 1 em cada 5 sentem prazer na primeira vez;

• Temem que os pais descubram a relação e passem a


vigiar todos os seus passos ;

• Ficam emocionalmente arrasadas quando descobrem


uma gravidez indesejada: sentem culpa, medo,
vergonha, etc.
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