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Linguagens

Disciplina: Artes
Professor: Ewerton Barroso

Identidade e Diversidade
§ A imagem anterior mostra as bonecas ritxòkò, uma produção tradicional dos Iny, mais
conhecidos como Karajás, grupo indígena que vive no Brasil.
§ Feitas em cerâmica, essas bonecas expressam diferentes aspectos da identidade desse
grupo, e seus modos de fazer e significados culturais passam de geração a geração.
§ Iremos experimentar a modelagem em argila. Retirar da natureza a matéria-prima, a
argila e transformá-la em objeto de cerâmica com o trabalho das mãos e depois do
fogo. Foi uma atividade muito importante no desenvolvimento da humanidade ao
longo da história.
§ Ainda hoje, esse material está presente em diversos objetos que usamos em nosso
cotidiano, como os pisos das casas, as canecas da cozinha ou os vasos de plantas.
§ Muitos grupos e comunidades, em especial os que vivem em maior proximidade com a
natureza, fazem sua arte com argila, que é retirada diretamente do meio em que
vivem.

Culturas Ancestrais
§ A arte está presente em todas as sociedades humanas. O interesse pela arte e
pela estética é um dos elementos que nos caracteriza como espécie.
§ Essas manifestações podem ser muito individuais, mas dificilmente
conseguiram isolar-se completamente de seu contexto cultural e social.
§ Em muitos grupos humanos, a arte se manifesta por meio de uma estética
propositalmente coletiva, que reflete a identidade e valores culturais daquela
sociedade.
§ É por isso que a arte pode ser estudada do ponto de vista de várias áreas do
conhecimento: filosofia, história, sociologia, antropologia etc. Nenhuma delas,
de fato consegue analisar a arte independentemente
§ Todas essas áreas acabam relacionando-se por causa da grande complexidade
que envolve as manifestações humanas.
Artes Indígenas
§ O que você conhece sobre a cultura indígena?
§ Que ideias você tem sobre os indígenas no Brasil?
§ De onde vêm as as opiniões e informações que você tem sobre os indígenas?
Você identifica suas fontes?
§ Alguém na turma tem descendência indígena?
§ Já conviveram com indígena?
§ Como isso influencia sua vida?
Provavelmente, ao responder às perguntas anteriores, a religião em que você vive ou
de onde você veio e suas origens familiares influenciaram suas respostas.

Habitação Indígena
§ Oca é o nome dado à típica habitação indígena brasileira. O termo é oriundo da
família linguística tupi-guarani. As ocas são construções de grandes dimensões,
podendo a chegar a 30 m de comprimento. São construídas em mutirão ao
longo de cerca de uma semana, com uma estrutura de madeira e taquaras e
cobertura de palha ou folhas de palmeira. Chegam a durar 15 anos. Não
possuem divisões internas ou janelas, apenas uma ou poucas portas, e servem
de habitação coletiva para várias famílias.

Habitação Xavante
§ Os Xavante tornaram-se famosos no Brasil em fins da década de 1940, com a
massiva campanha que o Estado Novo empreendeu para divulgar sua “Marcha
para o Oeste”. A campanha promoveu a equipe do SPI (Serviço de Proteção aos
Índios) por seu trabalho de “pacificação dos Xavante.” No entanto, o grupo
local que foi “pacificado” pelo SPI em 1946 constituía apenas um dentre os
diversos grupos xavante que habitavam o leste do Mato Grosso, região que o
Estado brasileiro então procurava franquear à colonização e à expansão
capitalista.
§ Os Xavante somavam, em 2020, cerca de 22.256 pessoas abrigadas em diversas
Terras Indígenas que constituem parte do seu antigo território de ocupação
tradicional há pelo menos 180 anos, na região compreendida pela Serra do
Roncador
§ anos. Não possuem divisões internas ou janelas, apenas uma ou poucas portas,
e servem de habitação coletiva para várias famílias.

Habitação Tuyuka
§ Os Tuyuka, assim como todos os outros grupos indígenas da região do alto rio
Negro, são constituídos por grupos de descendência patrilinear nomeados e
hierarquizados (clãs). O que mantém a estrutura é a noção de uma
ancestralidade comum. Partindo do âmbito do grupo linguístico para seu
interior, essa noção é permanentemente atualizada por meio de
procedimentos rituais.
§ Os Tuyuka vivem hoje em quatro subgrupos/territórios. Separados por razões
histórico-sociais específicas, cada subgrupo ocupa hoje um território ou trecho
de rio diferente. Entre esses diferentes subgrupos não existem relações
permanentes ou estreitas, porque estão afastados geograficamente.
Internamente a cada um destes subgrupos prevalecem os parentes tuyuka,
com intercâmbios rituais e predomínio da própria língua.

Habitação Wajapi
§ No século XVIII, cruzaram o rio Amazonas e empreenderam sucessivas
migrações em direção ao norte, estabelecendo-se no interflúvio dos rios Jari,
Araguari e Oiapoque. Hoje, Wajãpi é um marcador étnico definido por
conteúdos e usos políticos em constante transformação. Essa
autodenominação refere-se à língua compartilhada por todos os subgrupos
distribuídos entre o Pará, o Amapá e a Guiana Francesa e seu uso crescente
vem agregando outros elementos selecionados como distintivos de sua cultura.
§ Este grupo indígena foi contatado oficialmente pela Funai em 1973, quando se
iniciava a construção da rodovia Perimetral Norte (BR 210), que cortaria seu
território. Naquele momento, sua população estava reduzida a 150 indivíduos,
após ser dizimada pelas epidemias trazidas pelos não-índios.

No Brasil, algumas regiões apresentam maior presença da cultura indígena no


cotidiano das pessoas. Mas, apesar da influência indígena, e também africana, em
nossa formação cultural, uma visão europeia, a visão dos colonizadores, de mundo e
as sociedade, fez-se dominante, o que faz com que, ainda hoje, haja um grande
desconhecimento dessas culturas ancestrais das das quais somos herdeiros.

Análise Musical:
Índios – Renato Russo
Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha
Quem me dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano de chão
De linho nobre e pura seda
Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente
Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer
Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi
Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes
Quem me dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado
Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui
https://www.youtube.com/watch?v=nM_gEzvhsM0
▪ Quem curte, ou até quem só conhece a banda Legião Urbana, sabe que as
letras são muito reflexivas, afinal, esse era o diferencial da banda. Renato
Russo era mestre em escrever letras cheias de metáforas e bem poéticas. Esse
é o caso de Índios, lançada em 1986.

▪ A música é daquelas que coloca todo mundo para pensar e para refletir.
Aparentemente, ela fala apenas sobre o povo indígena brasileiro, mas é claro
que a letra quer dizer muito mais do que isso.

▪ A princípio, a letra da canção conta sobre a chegada dos portugueses ao Brasil


e sobre como foi feita a colonização.

▪ Contudo, analisando mais profundamente, percebemos que, na verdade,


os índios a quem Renato se refere na canção não são exatamente aqueles
que sofreram com a invasão portuguesa em 1500, mas sim as pessoas que,
ainda hoje, são puras e ingênuas e que acabam sendo prejudicadas por isso.

▪ Índios é uma música muito bonita, mas também bastante íntima e que fala
bastante sobre Renato. O compositor, antes de escrever essa canção, tentou
suicídio, o que fica bem evidente em alguns versos

▪ Quem me dera ao menos uma vez


Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha

▪ Essa estrofe se refere à atitude dos portugueses que, ao chegarem no Brasil,


davam objetos aleatórios e, muitas vezes, sem valor para os índios. É claro
que esses presentes não eram dados por amizade e afinidade.

▪ Os portugueses trocavam objetos sem valor comercial por ouro, por exemplo.
Como os índios desconheciam a preciosidade do metal, e os colonizadores se
aproveitaram da ingenuidade e da falta de conhecimento dos índios para
começar a explorar as terras e o povo brasileiro.

▪ Quanto à relação pessoal de Renato, essa estrofe pode ser interpretada com
o fato de o cantor não gostar de falsas amizades, de atitudes egoístas e
mesquinhas ou da aproximação de pessoas por interesse, seja por dinheiro ou
para se aproveitar de sua fama.

▪ Quem me dera ao menos uma vez


Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano de chão
De linho nobre e pura seda
▪ Neste verso, temos que entender que pano de chão, linho nobre e pura
seda são metáforas. Renato faz isso para ilustrar a ingenuidade dos índios,
que se iludem ao pensar que os portugueses eram amigos de verdade.

▪ Os índios acreditavam que a troca de presentes era apenas brincadeira,


apenas por valor sentimental. Mas enquanto eles recebiam panos de chão, os
portugueses recebiam ouro, que nesse verso é representado como um tecido
valioso. Essa “amizade” era só interesse.

▪ Que o que aconteceu ainda está por vir


E o futuro não é mais como era antigamente

▪ Na época dos índios, antes da colonização, o futuro provavelmente seria


como o presente já era: eles iriam nascer, viver em suas terras, brincar,
crescer e morrer.

▪ Mas, com a chegada dos colonizadores, tudo mudou e o futuro veio cheio de
tecnologia, de exploração às terras e ao povo brasileiro e de doenças trazidas
da Europa. O futuro era incerto, mas havia uma certeza: nada voltaria a ser
como era antes.

▪ Quem me dera ao menos uma vez


Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer

▪ Nessa estrofe, Renato demonstra que ter muito, seja sucesso, seja dinheiro
ou seja fama, nem sempre é necessário, até porque as melhores coisas são as
mais simples. A sociedade está acostumada a ter, a comprar, a aproveitar, a
usar, a descartar e a acumular e, no fim, restam apenas pessoas vazias, tristes
e sem conteúdo.

▪ Pensando no contexto de colonização, quer dizer que os índios viviam felizes


com o que tinham. Eles valorizavam muito mais a Natureza, a família, suas
comidas, etc.

▪ Mas nos deram espelhos


E vimos um mundo doente

▪ Um dos presentes que os colonizadores deram aos índios foram espelhos. E o


que aconteceu após diversas trocas de presentes? As terras brasileiras foram
sendo exploradas e os índios escravizados e maltratados.

▪ Relacionando esse verso com Renato, ele quis dizer que as pessoas apenas
olham para si, se preocupam apenas consigo mesmas. Para ele, as pessoas
estão cada vez mais egoístas e nada empáticas e, assim, o mundo vai ficando
ruim e doente.

▪ Quem me dera ao menos uma vez


Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três

▪ Na doutrina cristã existe a santíssima trindade, que é o Pai, o Filho e o Espírito


Santo.

▪ E esse mesmo Deus foi morto por vocês


Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste

▪ Renato fala nesse verso sobre a contradição dos humanos. Na história cristã,
Pilatos perguntou aos romanos quem deveria ser crucificado: Barrabás, um
assassino, ou Jesus Cristo, pessoa que ele não via motivos para condenar. Os
romanos decidiram libertar o assassino e crucificar Cristo, que sofreu na cruz.

▪ Então, nesse trecho, Renato reforça como a falsidade, a contradição de ideias


e a mesquinhez humana o entristeciam.

▪ Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda


Assim pude trazer você de volta pra mim

▪ Esse é o refrão da música, e pode até parecer solto e sem sentido na primeira
vez que se escuta. Só que o significado de até sangrei sozinho tem a ver com
a tentativa de suicídio de Renato.

▪ Quando descobri que é sempre só você


Que me entende do início ao fim

▪ Renato entende que só ele é capaz de decidir sobre a sua situação, e que ele
precisa ter fé de que vai conseguir para lutar contra a depressão. Já que ele
sentia que os outros não entendiam o que ele estava passando, restava a ele
tentar entender e se cuidar.

Arte dos Povos Africanos


§ Muitos museus em várias partes do mundo abrigam em seus acervos
máscaras de povos da África (subsaariana). Elas são olhadas com curiosidade
pelas pessoas de outros povos, muitas vezes por um olhar que procura o
exotismo, geralmente associado ao desconhecido, ao diferente. Isoladas em
vitrines, podem despertar nas pessoas um interesse estético, mas perdem a
carga simbólica com que foram feitas e com que são usadas em seu contexto
original.
§ Mesmo que uma cultura possua características gerais, cada grupo apresenta
características muito específicas. A arte tradicional dos povos da África
subsaariana é muito vasta e complexa, com diferentes características de cada
grupo étnico. As máscaras estão presentes na maioria deles. Materiais
diversos podem ser usados em sua confecção, mas o mais comum é a
madeira.
§ Diferenças simbólicas e estéticas são perceptíveis entre grupos, mas elas
apresentam alguns aspectos comuns. Um dos mais significativos está
relacionado a sua função para a sociedade que a produziu. As máscaras são
feitas para serem usadas, geralmente, em cerimônias e rituais religiosos. Elas
são vestidas, junto a outros adereços, em situações que envolvem dança e
música.
§ Quem veste a máscara muitas vezes o faz com o intuito de encarnar ou
representar determinada divindade. Grande parte da espiritualidade africana
envolve o culto aos ancestrais.

Cerimônias Africanas
§ Essas são imagens da cerimônia Gèlédé, praticadas por alguns grupos do povo
ioruba, da África Ocidental.
§ Os Iorubás são um dos maiores grupos étnicos africanos. Estima-se que
existam cerca de 30 milhões de iorubas no continente africano, que vivem
principalmente na Nigéria, mas também há comunidades no Benin, Togo e
Serra Leoa.
§ A cerimônia gèlédé envolve o uso de máscaras em rituais com dança e música
para celebrar e atrair os poderes das divindades.
§ Na música tradicional africana, há uma grande variedades de práticas entre
os grupos étnicos. A música tem uma função principalmente social,
acompanhando casamentos, nascimentos, diversos tipos de trabalhos e
rituais religiosos.
§ Muitas dessas músicas são executadas só para esses fins, geralmente, junto
com a dança. A música é feita para dançar, e é possivelmente uma das razões
pelas quais apresente um desenvolvimento e exploração rítmicas tão ricos,
chamando a atenção para os tambores e outros instrumentos de percussão.
Apesar do destaque da percussão, a maior parte da produção musical dessa
região é vocal.

Conexão - A origem do samba


O samba é a manifestação artística de origem popular mais conhecida como
tipicamente brasileira. Hoje em dia existem vários gêneros e subgêneros
relacionados a ele, que variam de acordo com a instrumentação, temas das letras,
entre outros fatores.
É muito associado ao carnaval e ao Rio de janeiro, de onde muitos estudiosos
acreditam que tenha nascido, da mistura de vários gêneros de caráter popular, entre
eles o Samba de Roda.
Essa prática, originária da Bahia, teria sido levada para o Rio de janeiro. Há registros
dessa prática desde metade do século XIX no Recôncavo Baiano, onde ainda é
praticado.
O samba de roda, que mistura música e dança, possui relações com outras
manifestações de influência africana, como a capoeira e o maculelê, e pode
acontecer em datas comemorativas ou simplesmente como um evento de diversão e
lazer da vida cotidiana.

No samba de roda, quem costuma tocar os instrumentos são os homens, e as


mulheres dançam e acompanham com palmas. Mas elas também podem cantar e
tocar instrumentos, e os homens podem sambar, não é uma regra rígida.
Os instrumentos mais comuns utilizados são: atabaque, ganzá, pandeiro, viola e o
“prato e faca”, que é um prato tocado com uma faca como um reco-reco, raspando o
objeto na borda do prato.

As sambadeiras costumam usar a vestimenta tradicional baiana, elas dançam o passo


miudinho, em que movem os pés com passos curtos e, consequentemente,
requebram o quadril.
O samba de roda foi registrado pelo IPHAN como patrimônio cultural imaterial, em
2004 e como patrimônio oral e Imaterial da humanidade, pela UNESCO, em 2005.

Mesmo escravizados, eles encontraram formas de se divertir e relembrar sua terra


natal, misturando assim influências africanas com as europeias, tais como o uso da
viola e do pandeiro, ou da língua portuguesa nas canções.

Percussão e outras famílias


Existem várias maneiras de classificar instrumentos musicais. Uma das mais
conhecidas e usadas é a de três categorias, às vezes chamadas de famílias: a
percussão, as cordas e os sopros.

Percussão
Instrumentos que são percutidos (batidos), chacoalhados ou raspados, sendo a
categoria mais numerosa. Pela ampla variedade de instrumentos, é subdividida em
membranofones (com membranas que vibram) e ideofones (o corpo todo do
instrumento é usado para produzir sons).
Exemplos de membranofones: pandeiro, surdo, tímpano, caixa etc.
Exemplos de ideofones: marimba, triângulo, reco-reco etc.

Membranofones
São aqueles instrumentos onde o som é produzido por meio da vibração de uma
membrana que está esticada em algum tipo de suporte. Essa vibração pode ser
produzida pelas mãos ou por baquetas. Exemplos de membranofones são o surdo, o
tamborim, o pandeiro – instrumentos bem presentes na música brasileira.

Ideofones
Marimba, triângulo, reco-reco etc. Idiofone é um instrumento musical cujo som é
provocado pela sua vibração. É o próprio corpo do instrumento que vibra para
produzir o som, sem a necessidade de nenhuma tensão

Cordas
Instrumentos que usam cordas para reproduzir o som. Também conhecidos como
cordofones.
Violão, violino, rabeca etc.

Sopros
Instrumentos que produzem sons pela vibração do ar, soprando ou por mecanismos
para movimentá-lo. Também conhecidos como aerofones.
Flauta, Pífano, Clarineta, Sanfona etc.

Influências e transformações
§ No Brasil, algumas das primeiras manifestações artísticas relacionadas à
tradição europeia, herdada da colonização estão relacionadas com a igreja
Católica.
§ Num período em que não havia separação entre Estado e Igreja, a arte foi
vista como forma de doutrinação, em especial na catequese dos índios e
africanos.
§ Foi uma forma de dominação cultural que impôs outra religiosidade e outra
visão de mundo, em grandes partes baseadas no poder de convencimento das
artes.
§ Esse período ficou conhecido como Barroco brasileiro, por ser uma adaptação
do estilo Barroco da Europa. Aleijadinho, artista que executou as esculturas
ilustradas na imagem anterior, é um dos principais representantes da arte do
período.

Aleijadinho
§ Antônio Francisco Lisboa (Vila Rica, atual Ouro Preto, Minas Gerais, 1738 –
idem, 1814). Escultor, entalhador, arquiteto, carpinteiro. Considerado o maior
artista e arquiteto do período colonial brasileiro, Aleijadinho destaca-se por
obras arquitetônicas, esculturas, retábulos, altares e outras peças de arte
sacra em diversas cidades históricas de Minas Gerais.
§ Aleijadinho começa a trabalhar cedo como artesão e a fazer serviços nas
igrejas de Ouro Preto e de cidades vizinhas, como Mariana e São João del-Rei.
Estima-se que cresce em Ouro Preto com a família da sua madrasta e do seu
pai, o arquiteto português Manuel Francisco Lisboa (?-1767). Tudo indica ser
com ele e com o pintor João Gomes Batista (s.d.) que Aleijadinho aprende as
primeiras noções de arquitetura, desenho e escultura.

v Pintura Rupestre – Patrimônio Cultural Brasileiro


v Pré-história

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