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ANÁLISE DA LOGÍSTICA DE MONTAGEM E

DISTRIBUIÇÃO DE CESTAS BÁSICAS EM UMA


INSTITUIÇÃO DE CARIDADE NO MUNICÍPIO DE
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)
GABRIELA NAKAYAMA MESSA - gabriela.n.messa@unesp.br
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

DANIELA RESENDE DUQUE - resende.duque@unesp.br


UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

ISADORA ARAUJO SOUSA - isadora.sousa@unesp.br


UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

MARIA GABRIELLE CUSTODIO DE OLIVEIRA -maria.gabrielle@unesp.br


UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

TAYNARA MARQUES MARTINS DE DEUS - taynara.mm.deus@unesp.br


UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

ÁREA: 2. LOGÍSTICA
SUBÁREA: 2.7 - LOGÍSTICA DE DEFESA

RESUMO: A INSEGURANÇA ALIMENTAR AFETA POPULAÇÕES


MUNDIALMENTE, SENDO AGRAVADA COM A OCORRÊNCIA DE DESASTRES E
CRISES QUE AUMENTAM A VULNERABILIDADE DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE
RISCO. LOGO, ESFORÇOS CONJUNTOS SÃO NECESSÁRIOS PARA O COMBATE À
FOME. NESTA CONJUNTURA, ESTE ESTUDO PROPÕE MELHORIAS DE
PROCESSOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE AJUDA HUMANITÁRIA NO MUNICÍPIO
DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP), COM ENFOQUE NA OTIMIZAÇÃO DA
LOGÍSTICA DE MONTAGEM E DISTRIBUIÇÃO DE CESTAS BÁSICAS POR MEIO DE
UMA TÉCNICA DE PESQUISA OPERACIONAL. DESTARTE, COM VISTAS A
FACILITAR A TOMADA DE DECISÕES DA ORGANIZAÇÃO, FOI ELABORADO UM
MODELO DE PROGRAMAÇÃO LINEAR QUE OBJETIVA MAXIMIZAR O NÚMEROS
DE CESTAS DISTRIBUÍDAS. O RECONHECIMENTO DOS PROCESSOS
REALIZADOS NO LOCAL FOI OBTIDO POR VISITAS À ORGANIZAÇÃO E
ENTREVISTAS COM OS VOLUNTÁRIOS, BUSCANDO A IDENTIFICAÇÃO DE
POTENCIAIS APERFEIÇOAMENTOS. A PARTIR DAS INFORMAÇÕES ADQUIRIDAS,
E COM BASE EM UMA REVISÃO DE LITERATURA, FORAM PROPOSTAS MEDIDAS
COMO A ADOÇÃO DE UM MODELO DE GESTÃO DO ESTOQUE E A AMPLIAÇÃO
DA DIVULGAÇÃO DE ARRECADAÇÕES. DESSA FORMA, A ANÁLISE REALIZADA
PROPORCIONOU SUGESTÕES DE MELHORIAS LOGÍSTICAS PARA O
SUPRIMENTO DA DEMANDA DE FAMÍLIAS NECESSITADAS.

PALAVRAS-CHAVES: PROGRAMAÇÃO LINEAR; PESQUISA OPERACIONAL;


LOGÍSTICA HUMANITÁRIA; CESTAS BÁSICAS; INSEGURANÇA ALIMENTAR.
XXIX SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Resiliência na Cadeia de Suprimentos
Bauru, SP, Brasil, 09 a 11 de novembro de 2022

ANALYSIS OF LOGISTICS FOR ASSEMBLY AND


DISTRIBUTION OF BASIC BASKETS IN A
CHARITY INSTITUTION IN THE MUNICIPALITY
OF SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP)

ABSTRACT: FOOD INSECURITY AFFECTS POPULATIONS WORLDWIDE, BEING


WORSE WITH THE OCCURRENCE OF DISASTERS AND CRISES THAT INCREASE THE
VULNERABILITY OF PEOPLE AT RISK. SO, JOINT EFFORTS ARE NECESSARY TO
FIGHT HUNGER. IN THIS CONTEXT, THIS STUDY PROPOSES PROCESS
IMPROVEMENTS IN A HUMANITARIAN AID INSTITUTION IN THE MUNICIPALITY OF
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP), FOCUSING ON THE OPTIMIZATION OF LOGISTICS
FOR ASSEMBLY AND DISTRIBUTION OF BASIC BASKETS BY MEANS OF AN
OPERATIONAL RESEARCH TECHNIQUE. THEREFORE, IN ORDER TO FACILITATE
THE ORGANIZATION'S DECISION-MAKING, A LINEAR PROGRAMMING MODEL WAS
DRAWN TO MAXIMIZE THE NUMBER OF BASKETS DISTRIBUTED. RECOGNITION OF
THE PROCESSES CARRIED OUT ON THE PLACE WAS OBTAINED BY VISITS TO THE
ORGANIZATION AND INTERVIEWS WITH THE VOLUNTEERS, SEARCHING TO
IDENTIFY POTENTIAL IMPROVEMENTS. BASED ON THE INFORMATION ACQUIRED,
AND BASED ON A REVIEW OF THE LITERATURE, MEASURES ARE PROPOSED AS
THE ADOPTION OF AN INVENTORY MANAGEMENT MODEL AND EXPANDING THE
DISCLOSURE OF COLLECTION. THUS, THE ANALYSIS PERFORMED PROVIDED
SUGGESTIONS FOR IMPROVEMENT LOGISTICS TO SUPPLY THE DEMAND OF
NEEDED FAMILIES.

KEYWORDS: LINEAR PROGRAMMING; OPERATIONAL RESEARCH; HUMANITARIAN


LOGISTICS; BASIC BASKETS; FOOD INSECURITY.

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1. INTRODUÇÃO

Dentre as temáticas abordadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável


estabelecidos na Agenda 2030 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a insegurança
alimentar é referida no segundo item, o qual propõe acabar com a fome, alcançar a
segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável (ONU,
2022). Entretanto, as últimas edições da The State of Food Security and Nutrition in the
World (SOFI), publicadas pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação (FAO) em conjunto a outras instituições, revelam que o avanço neste contexto
não tem sido satisfatório (FAO; IFAD; UNICEF; WFP; WHO, 2021).
Apesar do panorama pandêmico ser um agravante da insegurança alimentar, o impacto
sobre a sociedade brasileira foi consideravelmente superior neste período se comparado à
média dos outros 120 países compreendidos pela pesquisa da FGV Social sobre Insegurança
Alimentar no Brasil (NERI, 2022). Ademais, conforme o IBGE (2020 apud NEVES, 2021),
desde 2015 o desemprego para a população a partir de 14 anos de idade vem sofrendo um
aumento, atingindo no terceiro trimestre de 2020 a marca de 13,7 milhões de pessoas
desempregadas, número que até 2021 sofreu acréscimo de 3 milhões.
Nessa conjuntura, vê-se a importância da dedicação ao enfrentamento da insegurança
alimentar a fim de se promover à população o acesso ao direito à alimentação, direito
fundamental implementado no artigo 6º da Constituição Federal Brasileira de 1988 pela
Emenda Constitucional nº 64 de 2010 (BRASIL, 1998). Entre 2003 e 2015, a bonança
orçamentária neste contexto pôde ser observada com a implementação de programas do
Estado associados ao Fome Zero (ROSA, 2012), demonstrando a tentativa do Governo
Federal em lidar com a problemática. Atualmente, porém, o cenário é de retrocesso. Enquanto
de 2013 a 2018 o crescimento da insegurança alimentar se configurou em 8,0%, de 2018 a
2020, este aumento foi de 27,6% (PNAD, 2013; POF, 2018; PENSSAN, 2021), um acréscimo
de quase 9 milhões de pessoas em situação de fome no Brasil (FJP; CORECON-MG, 2022).
A partir desse panorama desfavorável, as entidades de apoio social surgem como
aliadas no processo de erradicação da insegurança alimentar. Assim, este trabalho realiza uma
análise da atividade de logística de montagem e distribuição de cestas básicas de uma
organização religiosa da cidade de São José dos Campos, denominada Conselho Particular
Nossa Senhora de Lourdes. Busca-se com esta pesquisa, compreender o funcionamento do
sistema e, com base nisso, propor melhorias para o processo em seus procedimentos

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logísticos, aprimorando o atendimento à população vulnerável. Para isto, realizou-se uma


análise de uma instituição vizinha, a Obra Social São Lucas, que também presta ajuda
humanitária neste setor, bem como consultas na literatura de casos similares de melhorias
logísticas, optando-se, a partir destes, pela aplicação de Programação Linear.

2. REVISÃO DE LITERATURA
Constituindo uma potencial ferramenta de embasamento para a tomada de decisões, a
Pesquisa Operacional (PO) aplica a matemática, estatística e computação com a finalidade de
auxiliar na solução de problemas com a construção de sistemas mais produtivos, buscando
otimizar e melhorar suas performances (CARVALHO et al., 2022). Deste modo, o uso da PO
em análises e estruturação da logística humanitária, principalmente ao longo da cadeia de
suprimentos, contribui para o entendimento de situações de instabilidade, de acordo com um
levantamento bibliográfico de Costa et al. (2014). Adicionalmente, no trabalho de Brito Junior
et al. (2020) são apresentadas aplicações de PO em Logística Humanitária. Com base nestes
estudos, observa-se que o uso de modelos matemáticos permite o estabelecimento de
estratégias para melhoria de processos em operações humanitárias.
Nesta perspectiva, Camps e Corso (2022) propõem um modelo matemático para
organizações de arrecadação, armazenamento e distribuição de alimentos objetivando ordenar
a entrega de acordo com o prazo de validade dos itens e, com isso, minimizar o descarte. Para
tal, aplicaram o modelo matemático de Programação Linear (PL), incluindo ainda em sua
modelagem as recomendações de consumo de macronutrientes per capita.
Carvalho et al. (2022), por sua vez, apresentam em seu artigo a aplicação da
Programação Linear objetivando maximizar a receita de vendas de cestas básicas natalinas
por uma empresa, a partir do acompanhamento e gestão dos itens no estoque. Também
objetivando maximizar o lucro, Chagas et al. (2022) aplicam a Teoria das Restrições para
identificação de gargalos na produção de cestas básicas em uma empresa, utilizando como
parâmetros as médias de tempo diária gastas para a execução de cada etapa desta produção.
Isto posto, verifica-se, como destacado por Camps e Corso (2022), a oportunidade do
desenvolvimento e aplicação de tecnologias de estruturação e soluções direcionadas para o
planejamento da distribuição dos alimentos.

3. METODOLOGIA
O alvo do estudo em questão é o Conselho Particular Nossa Senhora de Lourdes,
localizado no município de São José dos Campos (SP), e componente do Conselho Nacional

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do Brasil (CNB) da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), uma instituição católica
internacional de caridade. O projeto local conta com o trabalho voluntário para a arrecadação
de alimentos por meio de doações e a sua distribuição através da montagem de cestas básicas,
encaminhadas às famílias em estado de vulnerabilidade econômica.
A análise dos procedimentos utilizados pelos colaboradores do projeto, chamados
vicentinos, consistiu da realização de uma entrevista presencial com perguntas abertas pré-
estabelecidas destinadas a um voluntário diretamente associado com as atividades
demandadas do Conselho. No primeiro momento, as perguntas objetivaram a compreensão da
estrutura da organização. Posteriormente, em uma segunda visita ao local, o entrevistado foi
questionado sobre possíveis dificuldades que ele identificava no procedimento. Nesta ocasião,
foram então apresentadas propostas de melhorias previamente elaboradas para validação de
sua utilidade, as quais foram formuladas tendo como suporte a realização de pesquisa
bibliográfica e estudos de caso em buscas online nas bases de dados.
Além disso, pontua-se que na vizinhança do Conselho compreende a Obra São Lucas,
uma obra social e assistencial que, dentre as suas atividades, arrecada alimentos para famílias
carentes. À vista disso, foi realizada uma entrevista virtual com perguntas abertas dirigidas à
uma colaboradora com o objetivo de relacionar sua dinâmica e a do Conselho Particular
Nossa Senhora de Lourdes através das respostas dos dois questionários, contribuindo com a
elaboração de propostas de melhoria para os procedimentos verificados no Conselho.
A partir das informações obtidas durante a entrevista e a situação observada nas visitas
à instituição, buscou-se otimizar o controle dos suprimentos propondo um modelo de PO,
utilizando a ferramenta Solver do software Microsoft Excel. Este foi elaborado com base nos
resultados do reconhecimento da instituição para a elaboração da função objetivo e suas
restrições. O modelo deve suprir as necessidades de uma gestão mais eficiente do estoque
tanto para atender a demanda presente quanto para expandir a capacidade da ajuda
humanitária.

4. RESULTADOS OBTIDOS
Para a análise dos processos adotados pelo Conselho Particular Nossa Senhora de
Lourdes, as perguntas foram destinadas ao voluntário responsável pela montagem das cestas
básicas que primeiramente informou sobre a estrutura da organização. O Conselho é dividido
em 5 Conferências, responsáveis pelo atendimento e acompanhamento de diferentes famílias,
cadastradas através de fichas, onde são registradas informações referentes à Conferência de
acompanhamento, nomes, endereço, número de filhos e de crianças menores do que 7 anos.

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Antes da pandemia COVID-19, 30 famílias eram visitadas semanalmente e


beneficiadas com cestas básicas a cada 15 dias na própria residência; atualmente, 12 famílias
estão registradas e beneficiadas com cesta uma vez ao mês. As cestas são retiradas pelas
próprias famílias na instituição mensalmente e cada grupo é acompanhado por
aproximadamente três meses, verificando, após esse período, a condição da família para que
não seja mais associada ao projeto.
As doações dos itens são realizadas principalmente em reuniões religiosas semanais e
na sede da instituição. Ademais, os vicentinos recebem doação em dinheiro realizadas direto
ao Conselho, pela contribuição de membros e/ou através do repasse da igreja. Em caso de
falta, para completar as cestas são adquiridos produtos através do montante arrecadado ou
solicita-se estes alimentos ao apoio social da Prefeitura.
Com a arrecadação, os produtos são armazenados em uma sala com cerca de 20m2
com três mesas de apoio e prateleiras em três paredes, uma janela e um ventilador de teto.
Próximos à porta, na parte externa, são alocados caixotes utilizados para a montagem das
cestas, identificados com uma numeração a qual, por sua vez, é referenciada nas fichas de
cadastro. Deste modo, no momento da montagem são verificadas as informações referentes à
cada família, sendo este número também utilizado para posterior identificação no momento da
entrega das cestas aos beneficiados. Com base na composição na família, são variadas as
quantidades de cada insumo para suprir a respectiva necessidade alimentar, representados por
m1 e m2 conforme é apresentado na Tabela 1.

TABELA 1 - Composição essencial das cestas básicas.


Produto (m) Família
Até 4 pessoas (m1) Mais de 4 pessoas (m2)
Açúcar 2 4
Arroz 1 2
Café 2 ou 3 2 ou 3
Farinha de milho, de mandioca ou de rosca 1 1
Feijão 2 ou 3 2 ou 3
Leite 2 3 ou 4
Macarrão 3 3
Molho de tomate 3 3
Óleo 2 4
Tempero pronto 1 1
Sal 1 1
Fonte: Autoria própria (2022).

Itens como farinha de trigo e enlatados não são essenciais para a montagem das cestas,
sendo adicionados somente quando há doação. Em relação à proteína, a entrega é realizada

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em algumas datas comemorativas, como o Natal, destinando 1 ou 2 frangos por família.


A disposição dos itens nas prateleiras ocorre sem um padrão definido e de acordo com
a data em que são recebidos, agrupando os alimentos similares, separando os mais antigos e,
quando encontrados alimentos vencidos, estes são descartados no lixo comum. Produtos de
limpeza geral e higiene pessoal também são arrecadados na instituição, formando um kit
entregue mensalmente às famílias. Contudo, as doações destes itens são esporádicas e
insuficientes para atender a todos, sendo necessário utilizar o dinheiro arrecadado para
compra desses itens. Após a distribuição das cestas, os produtos em excesso ou que não
atingiram quantidade suficiente para comporem uma cesta são estocados no mesmo local.
Além das cestas, as famílias podem solicitar outros auxílios, como a aquisição de
remédios, procura por empregos e pagamento de conta de gás, cuja aprovação é determinada
pela análise de suas respectivas Conferências. Outros itens não alimentícios arrecadados são
brinquedos, móveis e eletrodomésticos, destinados às famílias após verificar suas condições, e
roupas, que antes da pandemia eram disponibilizadas na sede do Conselho, atualmente são
encaminhadas a instituições que realizam a lavagem, costura e doação das peças.
Como dificuldades no processo, o entrevistado destacou a falta de doações, que pode
ter relação com a divulgação limitada de informações à sociedade em conjunto com os altos
preços verificados dos alimentos, o que também dificulta as compras com o dinheiro
arrecadado, empregando em média R$250,00 a R$350,00 por mês para a aquisição de
produtos faltantes. A locomoção até as casas dos cadastrados, assim como a busca por novas
famílias para serem registradas também são dificuldades apontadas. Melhorias sugeridas pelo
próprio membro da instituição, incluem o aumento da quantidade de caixas para arrecadação
dos alimentos e a retirada das doações nas casas por motoqueiros, facilitando a locomoção.
Em relação a Obra São Lucas, a arrecadação de alimentos é realizada por meio de
doações e convênio com a Prefeitura. As famílias cadastradas recebem a cesta básica uma vez
por mês e são acompanhadas por um ano ou, em alguns casos, até se estabilizarem
financeiramente. Antes da pandemia, o atendimento mensal compreendia 60 a 70 famílias,
variando de acordo com o recebimento de doações; atualmente, cerca de 200 são beneficiadas.
Ademais, o Conselho e a Obra possuem uma relação de cooperação entre si,
informando quais famílias são cadastradas para que não sejam beneficiadas nas duas
instituições, ocupando o lugar de outra possível família. Além disso, quando um tipo de
alimento está em falta para a montagem das cestas em um projeto e está em estoque no
projeto parceiro, ocorre a concessão dos elementos de uma instituição para a outra.
Ao considerar a permanência de alguns itens em estoque após a doação para as

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famílias cadastradas, aspecto observado nas visitas ao local, é sugerido a montagem de cestas
extras com os insumos remanescentes. Para isto, um modelo de gestão foi proposto
considerando os dois tipos de cestas básicas já montadas pela instituição, conforme a
quantidade de integrantes das famílias cadastradas (Tabela 1). Inicialmente, são indicados os
itens totais para cada cesta de acordo com a composição atual das cestas, os respectivos custos
e quantidades arrecadadas (Figura 1), que devem ser atualizados frequentemente para
acompanhar a situação real do estoque e subsidiar a automatização da documentação de
informações, que auxilia na proposta de melhor controle do estoque.

FIGURA 1 - Planilha para controle de suprimentos para cestas básicas.

Fonte: Autoria própria (2022).

Em seguida, a partir do número de famílias cadastradas, seguindo a separação por


quantidade de integrantes, a planilha determina se os suprimentos presentes no estoque
atendem à demanda. O sistema é instruído para retornar quando o armazenamento de
alimentos é superior, igual ou insuficiente para todas as cestas básicas necessárias, indicando
por texto e cor (Figura 2). Ademais, em casos de falta no estoque, é dada a quantidade
requerida e seu custo, informando a prioridade de compra, com base em sua obrigatoriedade,
já que sua falta pode ou não impedir a produção de cestas.

FIGURA 2 - Análise dos suprimentos em estoque.

Fonte: Autoria própria (2022).

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A modelagem, com uso da ferramenta Solver, busca maximizar as cestas básicas


adicionais que podem ser montadas, função objetivo (1), abrangendo apenas os suprimentos
essenciais, com as variáveis: x1, cestas menores e x2, cestas maiores. As restrições impostas
são: soluções inteiras e positivas (2); as cestas possuírem todos os itens obrigatórios, sendo im1
e im2, respectivamente, quantidade de cada item (m) para cestas menores e maiores, e Qm,
quantidade disponível do item correspondente após a primeira montagem das cestas (3); e o
número de cestas maiores deve ser superior às menores (4), considerando que famílias
maiores apresentam difícil acesso à suprimentos para todos os familiares, gerando uma
insegurança alimentar mais grave (SALLES-COSTA et al., 2008).
Max M = x1 + x2 (1)
x1 ≥ 0 e x2 ≥ 0 (2)
im1 . x1+ im2 . x2 ≤ Qm Ɐ m (3)
x2 ≥ x1 (4)
Tendo em vista que a variação de doações é um problema já relatado pela instituição,
foi adicionado um campo opcional, visto na Figura 3, para que uma parcela do estoque seja
reservada para garantir uma margem de segurança de insumos para distribuição no mês
seguinte, sendo informado em forma de porcentagem antes da execução do Solver, caso
contrário o mesmo funciona normalmente. Ao final, os resultados mostram, para cada mês
avaliado, o número de cestas básicas para as famílias cadastradas e as adicionais que podem
ser montadas, mensurando a capacidade de doação do estoque e automatizando informações
como a necessidade de reposição de itens específicos.

FIGURA 3 - Aplicação da ferramenta Solver para maximização de cestas básicas extras.

Fonte: Autoria própria (2022).

5. DISCUSSÃO
O trabalho voluntário realizado pelo Conselho e suas Conferências no que tange a
identificação, verificação de necessidade e tempo de apoio às famílias vai ao encontro do que
é explicitado nos estudos de Santos (2015). Existe a preocupação, além de confirmar a real

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demanda dos solicitantes, em limitar o tempo de auxílio visando sua emancipação e


independência do recebimento das cestas de alimentos. Todavia, é sabido pelos membros da
instituição, e descrito por Santos (2015), que as doações de forma isolada não contribuem
para a autonomia dos beneficiários, então realizam atividades de divulgação de oportunidades
de empregos e a doação esporádica de bens duráveis, como móveis e eletrodomésticos.
Nesse aspecto, as fichas de cadastro conseguem desempenhar suas funções de registro
e identificação das famílias auxiliadas e apresentam certo detalhamento. Todavia, como são
confeccionadas em papel e fixadas em um quadro com tachas, existe a possibilidade de rasgo
ou perda dessas informações. A fim de diminuir esse risco, aumentando a segurança dos
dados, pode-se realizar os registros de forma digital, como no software Excel.
A despeito da compra de itens, esta não segue padrões de aquisição, os quais podem
ter subdivisões, como a avaliação do desempenho dos fornecedores posterior à sua seleção,
comparação de preços e negociação de contratos definidos por Ballou (2006). A pesquisa de
preço pelo tesoureiro das Conferências auxiliaria na diminuição do valor gasto e na
consolidação de parcerias com produtores e mercados locais, o que contribuiria para as
finanças da instituição, uma vez que os preços em minimercados são menores se comparados
a supermercados (BIONDO; BERTOLINI, 2016), e para a evolução da economia local.
A organização do estoque em prateleiras realizada de acordo com a chegada do
produto, na qual os arrecadados a mais tempo são colocados à frente, é um processo a ser
otimizado, uma vez que a data de validade apenas é verificada no momento de montagem da
cesta. Conforme a Instrução Normativa para Instalações e Equipamentos na Produção de
Cestas de Alimentos (Portaria Inmetro Nº 391/ 2014), os alimentos com menor prazo de
validade devem ser posicionados de forma a facilitar seu acesso (INMETRO, 2014), alterando
a logística de armazenamento e triagem da instituição. Ademais, os produtos vencidos devem
ter sua descaracterização somada ao descarte que é realizado.
Ainda no armazém, a rotulagem das prateleiras, embora confeccionado de material
frágil como é o papel, desempenha bem sua função de identificação e cumpre as
especificações do tópico 5.4.1.7. do INMETRO (2014), ainda que seja necessário estabelecer
um sistema de distribuição de modo a facilitar os fluxos de produtos, uma vez que essa tarefa
não possui um padrão definido. O modelo de estoque adotado corresponde, em alguns pontos,
às indicações da Instrução Normativa, como a alocação dos produtos em prateleiras, ao invés
do chão, e a presença de janela para a iluminação natural. Todavia melhorias podem ser
implementadas, como o distanciamento dos itens em relação à parede, a fim de evitar pragas e
facilitar a limpeza e o distanciamento dos produtos de limpeza em relação aos alimentícios.

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A composição das cestas indicadas da Tabela 1 pode valer-se de Cartilhas e estudos de


modo a criar uma “cesta básica ótima”, considerando a quantidade que uma pessoa consome e
calcular, assim, a demanda daquela família por cada classe de alimento. Um exemplo é a
Carta Humanitária (ASSOCIAÇÃO ESFERA, 2018) que define quantidades de produtos de
limpeza e higiene e a demanda alimentícia individual diária, não indicando a quantidade de
alimentos específicos, pois varia de acordo com as tradições da população a ser atendida.
O estudo realizado por Melo (2016) apresenta a estimativa de uma cesta básica ótima,
gerando tabelas que apresentam a quantidade necessária de alimento por pessoa por dia com
alimentos tradicionalmente brasileiros, o que pode facilitar sua aplicação no cálculo a ser
realizado pelo Conselho. Nesse mesmo trabalho, bem como na Carta Humanitária, é
apresentada a importância da proteína para cumprir as necessidades nutricionais da
população, sendo este um item faltante nas cestas da distribuição, exceto em datas
comemorativas. Neste sentido, poderiam ser arrecadados alimentos proteicos em campanhas
específicas, divulgadas durante as atividades religiosas, em casos de compra, utilizar o valor
economizado na compra em mercados locais e com a pesquisa de cotação.
Após a análise das operações de cadastro das famílias, arrecadação, triagem,
armazenamento e montagem das cestas pela ação voluntária Conselho Particular Nossa
Senhora de Lourdes, pôde-se compará-la a uma instituição vizinha, a Obra São Lucas. No
período de pandemia COVID-19, as cestas mensais distribuídas pelo Conselho caíram 80%
enquanto na Obra, aumentaram aproximadamente 70%, o número de famílias atendidas
diminuiu 60% e aumentou 70%, respectivamente. Isto pode ser explicado pela parceria da
obra social com a Prefeitura Municipal, recebendo uma verba que, possivelmente, assegurou a
continuidade do trabalho. Além disso, as campanhas de arrecadação foram intensificadas
nesse período na Obra, com divulgações específicas com apelo ao tema, explicitando o
aumento da demanda por cestas, encorajando a doação e o engajamento (GIANNINI, 2017).
A aplicação do software Microsoft Excel com a ferramenta Solver, cujo objetivo era
maximizar o número de famílias beneficiadas a partir do aumento da quantidade de cestas
alimentícias, bem como a otimização do controle do estoque, mostrou-se satisfatória. Uma
vez elaborada a modelagem, prosseguiu-se para sua validação. Com este intuito, para fins de
simulação, foram adotados valores para as variáveis preço e quantidade dos itens em estoque,
sendo considerado ainda o número atual das famílias atendidas pelo Conselho, as quais foram
categorizadas de acordo com o número de integrantes expressos nas fichas.
Destarte, com a aplicação do Solver, buscou-se averiguar o atendimento às restrições
impostas, para tal, analisou-se os resultados apresentados em duas simulações distintas. Na

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primeira inseriu-se valores de estoque suficientes para atender à demanda fixa das famílias,
como retorno da planilha de que não haveria necessidade de compra de itens, havendo ainda a
possibilidade da montagem de cestas extras. Ademais, com o uso da restrição visando a
priorização de famílias com mais integrantes verificou-se que, como intencionado, a resolução
indicou a montagem superior para cestas destinadas às famílias maiores (Figura 4). A outra
simulação considerou valores insuficientes para a montagem das cestas das famílias
cadastradas, não atendendo às restrições impostas ao modelo. Assim, em consonância com o
previsto, o Solver não retornou uma solução viável, o que corrobora para sua validação.
Ressalta-se ainda que a análise do estoque, especialmente sua classificação da
quantidade de seus itens por cores facilita a visualização dos itens escassos. Nesses casos,
identifica-se a necessidade de campanhas específicas dedicadas à arrecadação desses
produtos, a fim de tornar mais assertivo os produtos a serem doados. A estratégia de
campanha pode ser mantida, realizada após as atividades religiosas para pessoas que já
conhecem o trabalho realizado, se somada à divulgação digital. Giannini (2017) descreve o
potencial de angariação online, possíveis estratégias de utilização dessa ferramenta, como as
mídias digitais e a vantagem de desenvolver campanhas motivadoras, criando maior
envolvimento à causa e garantindo doações mais frequentes.
Além da arrecadação de doações, as campanhas podem ser aplicadas visando o
aumento do número de voluntários. A documentação do número de doações, categorias de
produtos com maiores e menores porcentagens de doações e quantidade de famílias atendidas
ao longo do tempo operando para a geração de informações arquivísticas (RODRIGUES,
2006), podem ser utilizadas para previsões e análise da operação. O software Microsoft Excel
pode ser um aliado nessa tarefa, sendo recomendada a admissão de voluntários com
conhecimento prévio, a fim de que os resultados gerados possam de fato serem aplicados para
a otimização dos processos vinculados a esta organização.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como um de seus objetivos, o presente trabalho visou elucidar, conforme Camps e
Corso (2022), a relevante contribuição das ciências exatas com técnicas de otimização
direcionadas às demandas sociais. Destarte, a caracterização inicial da logística de operação
da organização de estudo fundamentou a compreensão de seus processos, possibilitando a
proposição de possíveis melhorias, objetivando otimizar suas etapas de execução e ainda
elevar o número de pessoas atendidas pelo Conselho Particular Nossa Senhora de Lourdes.
Dentre as alternativas apontadas, a modelagem matemática demonstrou resultados

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adequados ao contexto da organização, auxiliando na gestão do estoque a partir dos


apontamentos de itens faltantes ou indicando a possibilidade de montagem de cestas extras
para o atendimento de famílias não cadastradas. Contudo, deve-se apontar que para sua
implementação e obtenção de uma performance satisfatória, tem-se a necessidade de
capacitação dos membros para a operação do programa e ajuste contínuo de seus parâmetros.
Quanto às demais propostas, que englobam a disposição dos alimentos, composição
das cestas, aquisição de produtos e a divulgação, estas necessitam também de um processo de
conscientização dos membros sobre seu potencial de otimização. Por fim, pontua-se que
novas análises dos procedimentos adotados na organização, como a verificação da
metodologia de montagem das cestas básicas e a avaliação do processo de compra dos itens
faltantes, podem auxiliar na proposição de novos aperfeiçoamentos da logística do Conselho.

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