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INSTITUTO POLITÉCNICO MÉDIO DE MOÇAMBIQUE

( Técnico de Medicina Geral )

3⸰ Semestre

Nampula, 04 de Março

2024
INSTITUTO POLITÉCNICO MÉDIO DE MOÇAMBIQUE

Cadeira: Manejo de HIV

Tópico: Profilaxia Pós-Exposição (HIV)

Discentes: Docente:

Fernando Gilberto Mário Dionísia Manuel

Paulino João N, Botão


Trabalho de carácter investigativos
Sulaia Augusto Manuel recomendado pela docente Dionisia
Manuel, com fins avaliativo.
Suamith Samuel

Tânia Macuta

Tayara Couto

Telma José Bonifácio

Teerim Muktar

Victorina Armando Rafael

Wilson Picaro

Zacarias Marcelino

Nampula, Março

2024
Índice
Introdução .................................................................................................................................. 4
CONCEITO ............................................................................................................................... 5
OBJECTIVOS DA PPE ............................................................................................................. 5
IMPORTÂNCIA DA PPE ......................................................................................................... 5
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ............................................................................................... 5
RISCO DE TRANSMISSÃO .................................................................................................... 6
ELEMENTOS DA PPE PARA O HIV EM MOÇAMBIQUE .................................................. 6
1 Tratamento imediato da ferida ................................................................................................ 7
Registo e notificação do acidente .............................................................................................. 8
Inicio da profilaxia ..................................................................................................................... 8
Recomendações para o Início do Tratamento (1) ..................................................................... 9
Seguimento do Tratamento Profilático .................................................................................... 10
PROFILAXIA POS EXPOSICAO NÃO OCUPACIONAL ................................................... 11
Profilaxia pós-exposição ao HIV com fármacos ARVs em adultos ........................................ 12
Regimes de ARV’s para Profilaxia pós Exposição em Criança: ............................................. 12
Contracepção de emergência após um episódio de Violência Sexual (para mulheres e ......... 12
Conclusão................................................................................................................................. 13
Referencias Bibliográficas ....................................................................................................... 14
Introdução

Este presente trabalho, tem como objectivo a descrição sobre Profilaxia pos
exposição (PPE), que têm como importância a preservação dos seres humanos .

O presente trabalho é fruto de pesquisa em função do previsto na cadeira de avaliação e


Manejo de HIV.

O trabalho tem como tema Profilaxia Pós-Exposição , dissemos que a Profilaxia Pós-
exposição é uma das estratégias de prevenção do HIV. Uma vez identificado que a
pessoa potencialmente se expos ao HIV dentro das ultimas 72 horas, deve-se recomentar
o inicio imediato DA PPE, de acordo com as normas nacionais. Considera-se o uso de
profilaxia pós exposição (PPE) em todos os seguintes casos ; Exposição ocupacional, e
exposição não ocupacional , pós a exposição o paciente deve iniciar com o tratamento
ARVs por 3 meses.
CONCEITO
A Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PPE) é uma das estratégias de prevenção do HIV. Uma
vez identificado que a pessoa potencialmente se expôs ao HIV dentro das últimas 72 horas,
deve-se recomendar o início imediato da PPE, de acordo com as normas nacionais.

OBJECTIVOS DA PPE
• Reduzir o risco de uma infecção depois de uma exposição ocupacional e/ou acidental ao
HIV (tem uma eficácia de aproximadamente

81% se for implementada correctamente)

• Aumentar a motivação/confiança dos Trabalhadores de Saúde (TS) para trabalhar com


pessoas infectadas pelo HIV

• Ajudar a retenção dos TS

• Reduzir o risco depois duma exposição por violação ou agressão sexua

IMPORTÂNCIA DA PPE
• Actualmente, mais de 40 milhões de pessoas estão infectadas pelo HIV em todo o mundo
(estimativas da UNAIDS/OMS).

• A prevalência do HIV em adultos em Moçambique é cerca de 11,5% (2009) 51 .

• Em países com uma prevalência elevada de HIV, como é o caso de Moçambique e outros
países da África Sub-Sahariana, os doentes HIV positivos ocupam mais da metade das
camasnos hospitais.

• O risco médio de transmissão ocupacional pós-exposição a uma fonte infectada é de


aproximadamenteː

HIV – 0,3%

VHC – 1,8%

VHB – 23% a 37%

EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL

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É aquela que acontece quando as lesões percutâneas (por exemplo, picadas de agulha, corte
com objectos perfurantes/cortantes, etc.) ou as membranas mucosas ou pele não intacta (por
exemplo, feridas, queimaduras, eczemas, dermatites, etc), entram em contacto com o sangue,
tecidos ou outros fluidos corporais potencialmente infectados ou profissional de saúde, que
sofre acidente no âmbito do trabalho, a partir de paciente fonte HIV+ ou com seroestado
desconhecido;

RISCO DE TRANSMISSÃO
O risco médio de transmissão pode ser:

• Risco mais alto: Exposição ao sangue de um doente seropositivo com carga viral muito
elevada (exemplo: doente em estadio IV sem TARV); exposição a uma quantidade grande de
sangue contaminado (exemplo: injecção acidental de 2cc de sangue HIV+)

• Risco mais baixo: Exposição ao sangue de um doente seropositivo com carga viral muito
baixa (exemplo: doente com 6 meses de adesão perfeita ao TARV); exposição a quantidades
muito pequenas de sangue (ou outro fluido)

ELEMENTOS DA PPE PARA O HIV EM MOÇAMBIQUE


• Prevenção das exposições ocupacionais

• Prevenção do contágio pós-violação sexual

• Manejo da exposição

• Tratamento (se indicado)

Prevenção das exposições ocupacional

• Orientação e educação dos TS

• Conjunto de actividades educativas para prevenir os riscos de exposição

• Uso de precauções básicas

• Garantir a implementação de práticas seguras para o manejo e descarte de objectos


perfurantes ou cortantes

Uso de Precauções Básicas

Para prevenir, as Unidades Sanitárias (US) deverão:

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• Garantir a implementação de práticas seguras para o manejo e descarte de objectos
perfurantes/cortantes, incluindo:

• Não voltar a tapar as agulhas, ou fazê-lo com a técnica apropriada, utilizando apenas uma
mão.

• Uso de cuvetes ou outros recipientes para passar os instrumentos perfurantes/cortantes


durante os procedimentos cirúrgicos

• Uso de caixas incineradoras para o descarte de agulhas e seringas e outros objectos


perfurantes/cortantes no lugar de uso

• Fornecer e promover activamente o uso de EPI como luvas, máscaras, óculos e sapatos
fechados aos TS dos diversos sectores da US, de acordo com o tipo de actividade
desempenhada pelo TS

Manejo da Exposição

Depois de ocorrida a exposição, gerir imediatamente a situação fazendo:

• Tratamento imediato da ferida ou lesões

• Avaliação do risco de infecção sobre a necessidade ou não da PPE

• Registo e notificação do acidente

• Redução do risco de futuros acidentes

1 Tratamento imediato da ferida


Se for uma exposição percutânea Limpar a ferida logo após o acidente com
água e sabão
Se for uma exposição mucosa Realizar a lavagem prolongada da mucosa
com soro fisiológico ou água

Avaliação do risco de infecção para a tomada de decisão sobre a necessidade da PPE

Na avaliação inicial, após a exposição ao HIV, o profissional de saúde deve avaliar o risco
pós-exposição com base em quatro critérios:

• O tipo de exposição é de risco para transmissão do HIV?

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• O tipo de material biológico é de risco para a transmissão do HIV?

• O tempo transcorrido entre a exposição e o atendimento é menor que 72 horas?

• A pessoa exposta é seronegativa para o HIV no momento do atendimento?

Se todas as respostas forem SIM, a profilaxia para o HIV está indicada.

Exposição COM risco de transmissão do Exposição SEM risco de transmissão do HIV


HIV
• Sangue • Suor
• Sêmen • Lágrimas
• Fluidos vaginais • Fezes
• Líquidos seroso (peritoneal, pleural, • Urina
pericárdico) • Vômitos
• Líquido amniótico • Saliva
• LCR • Secreções nasais
• Líquido articular
• Leite materno

Registo e notificação do acidente


É recomendado registar e notificar o acidente à autoridade competente. A ficha de registo
deve conter pelo menos a seguinte informação:

• Identificação da pessoa exposta

• Data e hora da exposição

• Data e hora da avaliação da ferida

• Detalhes do acidente: o quê, onde, como, com que instrumento

• Detalhes da exposição: tipo e severidade da exposição

• Informação sobre o doente “fonte” e a pessoa exposta: estado serológico e/ou clínico

• Detalhes do manejo da exposição

Inicio da profilaxia

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A PPE deve ser indicada como resultado de uma avaliação do risco da exposição

As situações de exposição ao HIV, constituem atendimento de urgência, devido à


necessidade de início atempado da profilaxia para maior eficácia da intervenção.

Quando indicada a PPE, deve ser iniciada o mais rápido possível após o acidente,
preferencialmente dentro das primeiras 4 horas, mas podendo ser iniciada até 72 horas após a
exposição. Não há benefício da profilaxia com ARV após 72 horas da exposição.

Define-se um único esquema de PPE com 3 medicamentos:

Tenofovir 300mg + Lamivudina 300mg + Dolutegravir 50mg (TDF/3TC/DTG) 1 comp/dia


durante 28 dias

Um esquema alternativo pode ser usado na falta do regime para início imediato da profilaxia,
ou em caso de intolerãncia conhecida ao DTG. Neste caso, o seguinte pode ser um regime
alternativo de PPE:

• TDF/3TC+ATV/r

Se Insuficiência renal ou Taxa de Depuração de Creatinina < 60 ml/min, substituir o TDF


pelo ABC.

O DTG não está recomendado em pessoas em uso de fenitoína, fenobarbital e carbamazepina.


Nesses casos, o ATV/r é a medicação alternativa.

Recomendações para o Início do Tratamento (1)


• Orientar o TS sobre o risco de adquirir o HIV numa exposição ocupacional

• Verificar contra-indicações aos ARVs e possíveis interacções medicamentosas

• Manejar os casos de interacções medicamentosas

•Investigar outras necessidades associadas a esta situação como a necessidade de


contracepção e/ou uso de preservativo durante 6 meses

• Suspender o aleitamento materno durante o tratamento

• Explicar detalhadamente como tomar os medicamentos

• Explicar possíveis efeitos secundários e manejo

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• Explicar a importância da adesão ao tratamento e o risco de resistências

• Explicar como será o seguimento do tratamento

• Confirmar que o TS compreende a informação e quer iniciar o tratamento

• Explicar onde ir em caso de dúvidas ou complicações

• Completar a ficha de registo para a PPE

Seguimento do Tratamento Profilático


Para aqueles que iniciam a PPE deverão ser acompanhados da seguinte formaː

• Depois da serologia inicial, repetir a serologia para o HIV na 6ª semana, e no 3º e 6º mês


após o acidente;

• Hemograma completo,creatinina e transaminases ao dia 0, 2ª e 4ª semana de tratamento;

• Serologia inicial das hepatites (Hepatite B e Hepatite C) e conforme o risco do acidente, ao


1º, 3º, 6º e 9º mês;

• Rastreio de sinais e sintomas de infecção aguda pelo HIV;

• Rastreio dos efeitos adversos dos ARV’s (avaliação da toxicidade);

• Aconselhamento adicional, de acordo com a necessidade;

Para os que não receberam a PPE por qualquer motivo, deverão ser acompanhados da
seguinte forma:

• Após a serologia inicial para o HIV, repitir na 6ª semana e no 3º e 6º mês;

• Transaminases e serologia inicial das hepatites e conforme o risco, ao 1º, 3º, 6º e 9º mês;

• Aconselhamento adicional, de acordo com a necessidade.

Durante o seguimento, deve ser orientado/a manter medidas de prevenção à infecção pelo
HIV, como o uso de preservativos em todas as relações sexuais, a não compartilha de
seringas e agulhas nos casos de uso de drogas injetáveis, a não doação de sangue e da
importância de evitar a gravidez.

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Sinais e sintomas de Infecção aguda pelo HIV
• Febre • Mialgias
• Linfadenopatias • Artralgias
• Faringite • Fadiga
• Exantema • Hepatoesplenomegalia
• Ulcerações mucocutâneas

Na presença de sinais e sintomas de infecção aguda pelo HIV, é recomendado investigação


laboratorial para HIV (teste rápidos seriados e PCR ou Carga Viral)

PROFILAXIA POS EXPOSICAO NÃO OCUPACIONAL


A exposição sexual com indicação para profilaxia da infecção por HIV pode ser de 2 tipos:

• Situações de violência sexual (de caso fonte HIV+ ou de seroestado desconhecido)

• Sexo consentido (com parceiro com seroestado conhecido HIV+)

Posologia de fármacos para prevenção de ITS após um caso de violência sexual

Adulto Criança
• Penicilina Benzatínica 2.4 milhões UI IM • Penicilina Benzatínica IM em Dose
em Dose Única * Única*:
• Ciprofloxacina 500 mg em Dose Única – < 10kg: 300.000UI
• Metronidazol 2g VO em Dose Única – 10 – 27kg: 600.000UI
• Azitromicina 1G VO em Dose Única – 27kg-50 kg 1.2 milhões UI
– 50 kg : 2.4 milhões UI
Nota: Ciprofoxacina é contra-indicada no 1º
trimestre de gravidez, deve-se substituir pela • Ceftriaxona: 80 mg|kg EV/IM Dose Única
Ceftriaxona 1 gr IM em Dose Única ou Ciprofloxacina VO Dose Únicaː
– <15 kg: 20 – 30mg/kg;
– ≥15 kg: 500 mg

• Metronidazol:
– criança ≤45kg 15mg/kg de 12/12h por 7
dias ou 30 mg/kg VO Dose Única

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– crianças ≥45 kg 2g VO dose única

Azitromicina:
– criança ≤45kg 20mg/kg VO Dose Única
– criança ≥45 1g VO dose única

*Em caso de alergia à Penicilina, use Doxiciclina 100 mg 12/12 h durante 14 dias (Adultos)
ou Eritromicina 500mg, 4 vezes por dia durante 4 semanas (Mulher Grávida e Criança).

Profilaxia pós-exposição ao HIV com fármacos ARVs em adultos


Regime preferencial TDF/3TC/DTG 1 comp/dia durante 28 dias
Regime alternativo TDF/3TC+ATVr 2 comp/dia durante 28 dias

Regimes de ARV’s para Profilaxia pós Exposição em Criança:


Peso Regime preferencial Regime alternativo
3-19.9Kg ABC/3TC+pDTG (10mg)* AZT/3TC+LPVr
20-29.9Kg ABC/3TC+DTG 50mg ABC/3TC/LPVr ou ATVr
≥30Kg TDF/3TC/DTG TDF/3TC+ATVr
*Actualmente existem no sistema frascos de pDTG de 90 comprimidos, contudo as crianças
devem fazer o tratamento apenas durante 28 dias. Neste caso, recomenda-se para prescrever o
frasco inteiro de medicamentos mas, orientar para tomar a dosagem recomendada durante 28
dias e após este período, descartar o saldo de medicamentos remanescentes.

Contracepção de emergência após um episódio de Violência Sexual (para mulheres e


raparigas após a menarca)
Microgynon 4 comp 12/12h, 1 só dia ou Lo-feminal 4 comp 12/12h, 1 só dia

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Conclusão
Neste presente trabalho de investigação aborda sobre o envolvimento das actividades
realizadas pela equipe de Técnico de Medicina Geral (TMG), que tem extrema
importância na vida dos seres humanos.

O presente trabalho, conclui que a Profilaxia Pós-Exposição e uma estratégia de prevenção


de HIV.

Apresentando-se muitas vezes como problemas em manter a saúde publica pela doença que
assola toda a população em geral em todo mundo e frequente em todas faixas etárias ;crianças
,jovens, adultos, e idosos.

Desde já, agradecemos a Docente pela forma sabia que fomos confiados a este tema em
analise, esperamos que se repita cada vez mais de mandar o trabalho, Assim porque
aprendemos ainda mais em relação a este trabalho. Dizer que estamos cientes de que estamos
em boas mãos, temos uma das melhores profissionais que é a Docente.

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Referencias Bibliográficas
MINISTERIO DA SAUDE, Manual de Avaliação e Manejo dos doentes com HIV/SIDA
2013,

GUIÃO de cuidados do HIV do adulto, adolescente grávida, lactante e criança 2023.

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