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INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

RELATÓRIO DE AUDITORIA
Auditoria na Qualidade dos Benefícios Concedidos Automaticamente

15 de setembro de 2020.
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

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AUDITORIA-GERAL DO INSS

RELATÓRIO FINAL

Área Auditada: DIRBEN – Diretoria de Benefícios


Ação nº 04/2019 – Qualidade dos Benefícios Concedidos Automaticamente
Exercício: 2019
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QUAL FOI O TRABALHO REALIZADO PELA QUAIS AS CONCLUSÕES ALCANÇADAS


AUDITORIA? PELA AUDITORIA?

Avaliar a eficiência e a eficácia dos Com a instituição do reconhecimento


controles internos instituídos em relação automático de direito ocorrida a partir de
aos benefícios de Aposentadoria por Idade 2017, em conjunto com a implementação
Urbana (B41) e Salário−Maternidade do requerimento eletrônico de benefícios,
Urbano (B80) processados no período de esse novo fluxo se apresenta como uma
maio de 2018 até setembro de 2019 alternativa relevante para o atendimento
concedidos automaticamente quanto aos de requerimento de benefícios pelo INSS.
fluxos, normas e sistemas. Na análise desse processo, esta ação de
Auditoria evidenciou a concessão e
manutenção de benefícios com PBC
incorreto, inconsistências dos vínculos
POR QUE A AUDITORIA REALIZOU ESSE utilizados na concessão automática, falta
TRABALHO? de parâmetros que definam a extração dos
benefícios concedidos automaticamente,
O processo de concessão automática de
ausência de supervisão técnica bem como
benefícios está inserido no Mapa
Estratégico do INSS 2016-2019, Objetivo de indicadores de desempenho que
Estratégico: Garantir acesso aos serviços auxiliem a gestão na aferição dos
de forma transparente e tempestiva e resultados e tomada de decisões. Essas
constou do PAINT 2019. evidências apontam para riscos financeiros
e de imagem.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CEAB – Central de Análise de Benefícios para Reconhecimento de Direitos

CNIS – Cadastro Nacional de Informações Sociais

DER – Data da Entrada do Requerimento

DIRAT – Diretoria de Atendimento

DIRBEN – Diretoria de Benefícios

GET – Gerenciador de Tarefas OL – Órgão Local

PAINT – Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna

PBC – Período Básico de Cálculo

PPA - Plano Plurianual

PRES/INSS – Presidência do Instituto Nacional do Seguro Social

SUIBE – Sistema Único de Informações de Benefícios

SUPERTEC - Programa de Supervisão Técnica de Benefícios


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO....................................................................................................5

CONSOLIDAÇÃO DOS RESULTADOS.............................................................6

2.1 Concessão e manutenção incorreta de benefícios, no que se refere aos

vínculos na formação do PBC............................................................................6

2.2 Dificuldade na detecção de erro administrativo e/ou falta de ateste das

informações........................................................................................................7

2.3 Inexistência de metodologia de busca para identificação e extração dos

benefícios concedidos automaticamente...........................................................7

2.4 Inexistência de controles relacionados à qualidade e às metas das

concessões realizadas automaticamente..........................................................7

RECOMENDAÇÕES..........................................................................................8

CONCLUSÃO.....................................................................................................9

ANEXO I – MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE AUDITADA.................................10

ANEXO II - ANÁLISE DA EQUIPE DE AUDITORIA.........................................13


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INTRODUÇÃO

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma autarquia federal vinculada ao Mi-
nistério da Economia, conforme Decreto nº 9.746, de 08.04.2019, e tem como missão pro-
mover o reconhecimento de direito ao recebimento de benefícios administrados pela Previ-
dência Social.

Esta ação de auditoria foi originada no Plano Anual de Auditoria Interna, PAINT/2019,
cujo objetivo foi verificar a eficiência e a eficácia dos controles internos instituídos relativos
aos benefícios concedidos automaticamente.

Com este propósito, identificaram-se critérios relevantes para implementação do re-


conhecimento automático, os riscos inerentes e respectivos controles internos necessários
para mitigá-los.

Foram analisados benefícios das espécies Aposentadoria por Idade Urbana (B41) e
Salário-Maternidade Urbano (B80) que são objeto desta ação, atos normativos, informações
e documentos técnicos que regulam a gestão e operacionalização da ação do reconhecimen-
to automático.

Como resultado do planejamento do trabalho foram elaboradas a Matriz de Planeja-


mento e questões de auditoria, que nortearam a aplicação dos testes de controle e dos pro-
cedimentos substantivos. São elas:

Questão 1: A especificação das regras de negócios inerentes ao Reconhecimento


Automático, requisitos, casos de uso e fluxos de Aposentadoria por Idade (B41) e
Salário Maternidade (B80) urbanos estão de acordo com a legislação de benefí-
cios?

Questão 2: Durante o requerimento de benefício pelos canais remotos é oportu-


nizado ao interessado a certificação de todos os períodos provenientes do CNIS?

Questão 3: Os sistemas disponibilizados para identificação e extração dos benefí-


cios abrangidos por esta ação acompanham as atualizações decorrentes da trans-
formação digital?

Questão 4: Os indicadores previstos no Mapa Estratégico referentes à concessão


automática dos benefícios abrangidos por esta ação estão sendo atualizados peri-
odicamente?

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CONSOLIDAÇÃO DOS RESULTADOS

2.1 Concessão e manutenção incorreta de benefícios, no que se refere aos vínculos na


formação do PBC.

Na delimitação amostral foram analisados 60 benefícios, sendo 36 da espécie


Aposentadoria por Idade (B41) e 24 da espécie Salário-Maternidade (B80). As seguintes
irregularidades nos benefícios concedidos foram evidenciadas:

 A composição do PBC não considerou salários de contribuição informados pelo em-


pregador durante período de afastamento por outro Salário-Maternidade pago direta-
mente pela empresa, contabilizando somente 08 competências para concessão de Salá-
rio-Maternidade (e dividido por 12).

 A composição do PBC não contabilizou salários de contribuição oriundos de valores


recebidos em outro benefício previdenciário.

 Concessão com vínculos extemporâneos e sem data fim são considerados encerra-
dos no sistema PRISMA no dia 30 da última competência da remuneração, o que en-
sejou categoria e filiação incorretas, além de casos em que as remunerações do vín-
culo extemporâneo não foram incluídas, acarretando composição incorreta do PBC e
incorreção no percentual final aplicado ao benefício.

 Concessão sem inclusão de períodos de contribuição registrados em microfichas, ge-


rando somatório de tempo de contribuição inferior ao real, acarretando composição
incorreta do percentual final aplicado ao benefício.

 Concessão sem a análise de documentos anexados pelos segurados, (exemplo: perí-


odo de serviço militar).

 Não foi oportunizada ao segurado a complementação de contribuições abaixo do sa-


lário-mínimo para consideração do período e melhoria do percentual da aposenta-
doria.

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2.2 Dificuldade na detecção de erro administrativo e/ou falta de ateste das


informações.

A certificação dos períodos utilizados para conceder automaticamente as espécies


dos benefícios analisados baseou-se nas datas existentes no CNIS nos períodos que serviram
para o reconhecimento do direito de maneira automática.

Diante disso, solicitou-se à DIRAT confirmação de que os canais remotos disponíveis


ensejam ao requerente a certificação dos vínculos que são utilizados na concessão do
benefício e em quais desses canais ela é oportunizada. Restou atestado que somente é
oferecida a opção quando a entrada do requerimento é realizada pela Central 135. Dessa
forma, o requerimento realizado pela internet (site) poderá resultar na concessão
automática de benefícios com inconsistências, ante os erros de cadastro no CNIS, os quais,
possivelmente desconhecidos pelo segurado no momento do requerimento.

2.3 Inexistência de metodologia de busca para identificação e extração dos benefícios


concedidos automaticamente.

Durante a execução dos trabalhos, não se constatou, de forma segura, ferramenta ou


parâmetro para identificação dos benefícios concedidos automaticamente. Para extraí-los, a
equipe de Auditoria se valeu, no sistema SUIBE, do OL 23001240 (Agência da Previdência
Social de Automatização de Processos) que seria utilizado especificamente para os benefícios
automáticos. No entanto, em meio a análise da amostra, detectou-se benefícios concedidos
com intervenção de servidor. Conclui-se, portanto, que os parâmetros disponíveis não são
confiáveis para a Gestão realizar a triagem de benefícios automáticos.

2.4 Inexistência de controles relacionados à qualidade e às metas das concessões


realizadas automaticamente.

Com relação à realização de supervisões técnicas para aferir a qualidade do processo


de concessão automática, constatou-se inexistir controles que supervisionam tecnicamente
os benefícios desta modalidade, diferentemente do que foi instituído para o Programa
Especial para Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade (Portaria nº 36
/DIRBEN/INSS, de 30 de agosto de 2019, diretrizes para sistematização do Programa de
Supervisão Técnica de Benefícios - SUPERTEC).

No que se refere à rejeição de benefícios elegíveis à nova modalidade de concessão, o


Memorando-Circular Conjunto nº 4 /DIRAT/DIRBEN/INSS, de 15/05/2018 definiu, conforme
anexos I e II, os critérios para as espécies contempladas pela concessão automática. O fato
de inexistir extração específica para a modalidade de concessão automática prejudicou a
identificação do quantitativo de benefícios rejeitados e suas causas.
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Em consulta ao Plano Plurianual - PPA e Mapa Estratégico do INSS aprovado pela


Resolução nº 554/PRES/INSS, de 20/10/2016 para o quadriênio 2016 – 2019 e ao Plano de
Ação 2019 aprovado pela Resolução nº 682/INSS, de 13/06/2019, constatou-se que não
houve alimentação do indicador referente à concessão automática no Painel de
Desempenho. Considerando a relevância da transparência na gestão pública e a importância
das informações prestadas à sociedade, a ausência dos dados provenientes da
automatização do reconhecimento poderá resultar em um distanciamento sobre a realidade
dos números do Instituto, bem como prejuízo na tomada de decisões.

RECOMENDAÇÕES

Com vistas ao tratamento dos achados de auditoria, recomenda-se à DIRBEN,


à DIRAT e à CGPEI a adoção das seguintes medidas:

1. Instituir mecanismos no processo do reconhecimento automático que garantam que se-


jam considerados, conforme constatações do item 2.1:

a) Salários de contribuição informados pelo empregador durante período de afas-


tamento por outro Salário-Maternidade pago diretamente pela empresa.

b) Salários de contribuição oriundos de valores recebidos em outro benefício pre-


videnciário.

c) Os vínculos extemporâneos e com data fim em aberto.

d) Os períodos de contribuição registrados em microfichas.

e) Os documentos anexados pelos segurados.

f) A oportunidade do segurado complementar as contribuições abaixo do salário míni-


mo.

2. Adotar mecanismos que contemplem a certificação dos períodos utilizados para


conceder o benefício, quando solicitados pela internet ou pelo aplicativo Meu INSS.
Achado 2.2.

3. Implementar metodologia de busca para pesquisa e extração de dados dos benefícios


concedidos automaticamente.
Achado 2.3.
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4. Implementar processo de trabalho que verifique e ateste a qualidade dos processos de


concessão automática.
Achado 2.4.

5. Alimentar e atualizar as informações estatísticas dos indicadores de desempenho


referentes à concessão automática no PPA e Mapa Estratégico.
Achado 2.4.

6. Revisar, à vista das inconsistências detectadas, os benefícios constantes nas


planilhas SEI 1407007 e 1711619, bem como todos os benefícios concedidos
automaticamente e para os quais constem as mesmas inconsistências.

CONCLUSÃO

Este trabalho de Auditoria focou na avaliação dos controles do processo da concessão


automática de benefícios, identificando fragilidades que podem resultar em prejuízos de
natureza financeira e de imagem à Instituição e ao segurado, quanto à eventual incorreção
do benefício concedido, conforme elencadas abaixo:

Concessão e manutenção incorreta de benefícios, no que se refere aos vínculos na


formação do PBC.

Fragilidade do cadastro que possibilita a concessão automática de benefícios com


inconsistências.

Inexistência de metodologia de busca para pesquisa e extração de dados dos


benefícios concedidos automaticamente.

Inexistência de controles relacionados à qualidade e às metas das concessões


realizadas automaticamente.

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ANEXO I – MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE AUDITADA

A manifestação da Unidade Auditada foi remetida à AUDGER por meio dos Despachos SEI nº
1513598 e 1523006, de 24.08.2020, encaminhando as informações integralmente
reproduzidas em sequência.

Despacho SEI nº 1513598 - “Trata-se do Relatório Preliminar da ação de auditoria na


qualidade dos benefícios concedidos automaticamente (SEI Nº 1363946).” [...]

“Em relação ao item 1 da recomendação, tem-se a esclarecer que:

1. Na medida em que os recolhimentos efetuados em período de salário-maternidade


pago diretamente pela empresa compõem o conjunto de informações da extrato
CNIS, o apontamento do item “a” já se encontra regularmente atendido pela diretriz
do art. 19 do Decreto 3.048/99 que determina que:

Art. 19. Os dados constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS


relativos a vínculos, remunerações e contribuições valem como prova de filiação à
previdência social, tempo de contribuição e salários-de-contribuição.

2. Em relação ao item “b”, em que pese não ter sido identificada na amostra
encaminhada a hipótese que originou a recomendação, informa-se que os valores
recebidos em benefícios previdenciários integram o PBC nos termos fixados pelo art.
32 e seguintes do mesmo Decreto 3.048/99. Trata-se de definição do sistema PRISMA
que apenas não alcança o auxílio-acidente.

3. No que respeita ao item “c”, conforme apontado no item 3.1 deste despacho, são
consideradas as informações contemporâneas no CNIS para efeito de
reconhecimento automático, com fundamento no art. 19 do Decreto 3.048/99. Com
relação aos vínculos sem informação de data fim, adota-se o entendimento da
mesma regra do art. 19 do Decreto 3.048/1999, onde os dados extemporâneos não
podem ser considerados sem a devida comprovação (§§ 2º e 3º do art 19 e o art. 19-
B ambos do Decreto 3.048/1999), utilizando como fechamento a última competência
contemporânea paga pela empresa, atendendo estritamente do contido no decreto.

4. A observação contida no item “d” não pode ser adotada no âmbito do


reconhecimento automático, uma vez que, atualmente, não há meios técnicos que
possibilitem a utilização dos períodos oriundos de microfichas, tendo em vista não
integrarem a extrato CNIS de maneira individualizada.
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5. A mesma observação do item anterior se faz em relação aos itens “e” e “f” das
recomendações, uma vez que, por natureza, representam o abandono da modalidade
automática de reconhecimento com base nas informações constantes do CNIS.

A solução pretendida pela recomendação número 2 foi atendida por versão do sistema de
requerimentos, contudo, considerando que o sistema está sob gestão da Diretoria de
Atendimento sugere-se que maiores detalhes quanto ao seu funcionamento sejam colhidos
junto àquela Diretoria.

Quanto à recomendação 3, já há meios instituídos que atendem ao pretendido tanto por


meio do sistema BG_INSS, em relação aos dados do GET, quanto por meio do SUIBE, tendo
em vista que desde a publicação da Portaria Conjunta INSS/DIRBEN/DIRAT Nº 6 DE
27/07/2017 que instituiu a rotina automatizada, é utilizada sempre a matrícula 9797979 para
os benefícios despachados e há marca de elegibilidade no Gerenciador de Tarefas - GET, bem
como são registradas todas as divergências que são calculadas e geram as inabilitações ao
processamento automatizado. Portanto, é possível identificar facilmente os requerimentos
elegíveis (ou não elegíveis) e os benefícios despachados no SUIBE.

Em relação ao item 4, informa-se que o processo de supervisão das regras de concessão


automática se faz pela validação dessas regras em relação às normas, bem como em relação
aos processos individualmente considerados, conforme informação já encaminhada à
Auditoria Geral.

Finalmente, em relação à recomendação 5, entende-se que a mesma foi contemplada pelo


disposto na Resolução nº 7/CEGOV/INSS, de 10 de junho de 2020, que altera a Resolução nº
2/CEGOV/INSS, de 31 de dezembro de 2019, que dispôs sobre as metas e indicadores
institucionais no âmbito do INSS, inclusive em relação ao reconhecimento automático.
Salienta-se que, em caso de necessidade de dados adicionais, os mesmos devem ser
solicitados à Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico e Inovação - CGPEI, unidade
responsável pelo tema.

Em relação a amostra de benefícios encaminhada à DIRBEN, verifica-se que a mesma


continha vinte e sete benefícios dos quais seis estavam fora do escopo da ação, isto é, não
foram processados automaticamente, mas por servidor, conforme procedimento usual. Além
desses, outros sete foram considerados regulares pela auditoria, restando portando quatorze
benefícios que comporiam a avaliação de qualidade do reconhecimento automático.

Os quatorze benefícios cujos critérios de “irregularidade” foram pontuados pela ação


decorrem das regras apontadas no item 3 do presente. Assim, cabe apontar que não foram
localizadas irregularidades e, por tanto, os procedimentos previstos pelas normas
anteriormente citadas foram atendidos.
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Por fim, cumpre-nos salientar que entre os benefícios efetivamente concedidos pelo
processamento automático, não houve nenhuma solicitação de revisão requerida, bem como
nenhum caso em que o benefício tenha sido concedido a segurado que não possuía os
requisitos mínimos ao benefício implantado.”

Despacho SEI nº 1523006 – “Trata-se de Relatório Preliminar da Auditoria versando sobre a


Qualidade do Reconhecimento Automático.

Ciente do Despacho CGPGSP SEI 1513598.

No que se refere ao item 49 do despacho em epígrafe, qual seja:

"A solução pretendida pela recomendação número 2 foi atendida por versão do sistema de
requerimentos, contudo, considerando que o sistema está sob gestão da Diretoria de
Atendimento sugere-se que maiores detalhes quanto ao seu funcionamento sejam colhidos
junto àquela Diretoria. "

A recomendação 2 consiste em adotar mecanismos que contemplem a certificação dos


períodos utilizados para conceder o benefício, quando solicitados pela internet ou pelo
aplicativo Meu INSS;

Temos a esclarecer que esta recomendação foi atendida com a publicação dos ofícios: Ofício-
Circular-Conjunto nº 09/DIRAT/DIRBEN/INSS, de 31 de julho de 2019; Ofício-Circular nº
11/DIRAT/INSS, de 27 de junho de 2019; e Ofício-Circular nº 24/DIRAT/INSS , de 19 de
setembro de 2019; anexados a este processo com os SEI 1523112, 1523132, 1523148;
respectivamente.”

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ANEXO II – ANÁLISE DA EQUIPE DE AUDITORIA

A manifestação apresentada pela Unidade Auditada contempla as percepções acerca


das recomendações geradas por esta Ação de Auditoria.

Com relação à recomendação nº 1, os esclarecimentos foram amparados pela


previsão legal da utilização de vínculos e remuneração constantes no CNIS, limitações do
sistema PRISMA, inconsistências nos vínculos extemporâneos e impossibilidade da utilização
de microfichas devido à indisponibilidade de meios técnicos para tal. Foi ressaltado que
permitir a inserção de documentos pelo segurado e oportunizar a complementação de
salários abaixo do mínimo caracterizariam “o abandono da modalidade automática de
reconhecimento.”

A despeito do apontado, observa-se que a rotina adotada para o processo se opõe ao


normatizado nos artigos 680 e 682 da Instrução Normativa nº 77/PRES/INSS, de 21 de
janeiro de 2015.

Em relação à recomendação nº 2, a manifestação da Diretoria de Atendimento não


acrescentou informações que ensejassem qualquer modificação.

Quanto à recomendação nº 3, no que se refere à existência de mecanismos de extra-


ção de benefícios concedidos automaticamente, já instituídos pelo INSS, cabe registrar que
durante o curso da ação foram realizadas extrações pela ferramenta SUIBE e que o filtro utili-
zado foi o OL 23001240, único parâmetro previsto no ato normativo citado na resposta do
Auditado. Em que pese a utilização da matrícula 9797979, como filtro, não ter amparo nor-
mativo, também foi utilizada nos testes de Auditoria. Porém, em ambas as situações, foram
constatados benefícios concedidos com intervenção do servidor.

Quanto à recomendação nº 4, a Unidade Auditada argumentou que a validação das


regras em relação às normas é o bastante como processo de supervisão. Porém os testes
realizados durante a execução dos trabalhos identificaram inconsistências e irregularidades
na formação do PBC.

Quanto à manifestação relacionada à recomendação nº 5, a Unidade Auditada


afirmou que tal situação já foi contemplada pela Resolução nº 7/CEGOV/INSS, de 10 de junho
de 2020, que altera a Resolução nº 2/CEGOV/INSS, de 31 de dezembro de 2019. Porém, em
consulta ao Plano Plurianual - PPA e Mapa Estratégico do INSS, verifica-se que o indicador
referente à concessão automática permanece desabilitado.

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Notou-se ainda que, nas justificativas apresentadas no despacho SEI 1513598, a área
auditada se valeu de trabalho acadêmico personificado, publicado em site da internet
(https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/34188/1/2018_AlessandroRooseveltSilvaRibeir
o.pdf) traduzindo-o como institucional.

Por fim, destacamos que a amostra utilizada nesta ação foi dividida em duas
planilhas, uma elaborada durante a fase de planejamento e a outra na fase da execução,
porém somente uma delas foi disponibilizada à Unidade Auditada, lapso que será reparado
por meio de encaminhamento da planilha complementar pelo sistema SEI, o que não
modifica o teor das recomendações.

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