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próton é composto por dois quarks up (u) e um quark down (d)

Próton = (2) uud


Pósitron = (5) antipartícula do elétron
Charm = (4) Quark - O quark charm é um férmion com spin 1/2, carga elétrica 2/3, número bariônico 1/3 e número
charm 1.
+ = (3) méson
Elétron = (1) Lépton com carga elétrica negativa.[8] Pertence à primeira geração da família dos léptons,[9] e considera-se que são partículas
[1
elementares porque não possuem componentes conhecidos.
Glúon = (7) partícula Mediadora da força forte
Carga Cor = (6) Interação forte

Na física de partículas, carga de cor é uma propriedade de quarks e glúons que está relacionada com a força forte existente
entre eles, no contexto da cromodinâmica quântica. Existem muitas analogias entre a carga de cor e a carga elétrica, contudo
existem algumas importantes diferenças e complicações adicionais. A cor de um quark um glúon em nada tem que ver com o
conceito tradicional de cor, tratando-se apenas de uma analogia. Pode-se
convencionar que as três cores existentes são o vermelho, o azul e o verde. Da
mesma maneira, cada cor tem sua anticor; antivermelho, antiazul e antiverde (ou, e
respectivamente, ciano, amarelo e magenta).[1][2]

Os quarks possuem três cores: vermelho, azul e verde. Os antiquarks, antivermelho,


antiazul e antiverde. As cores podem ser representadas como vetores em um plano,
conforme a figura. A adição das três (anti)cores ou de uma cor e sua anticor gera a
cor branca, ou seja, a neutralidade de cor.

A força forte é uma das forças fundamentais da Natureza. Ela atua nos quarks, os
constituintes dos prótons, neutrons e outras partículas elementares. Da mesma forma
que a força eletromagnética atua nas partículas que possuem carga elétrica, podemos atribuir uma carga aos quarks e imaginar
que a força forte atua nas partículas que possuem essa carga. Convencionou-se chamar a carga das interações fortes de COR;
isso, porém, não tem relação alguma com o conceito usual de cor (que é consequência da luz poder ter várias frequências e o
nosso olho distinguir essas diferentes frequências como diferentes cores). A carga elétrica do elétron é -1 enquanto a carga
elétrica de sua antipartícula, o pósitron, é +1. Já a carga de cor assume tres valores: cada quark pode ter uma carga de cor azul,
vermelho ou amarela, enquanto os antiquarks possuem cargas anti-azul, anti-vermelho ou anti-amarela. Se juntarmos uma
partícula com carga elétrica -1 com outra de carga elétrica +1 obtemos uma partícula sem carga. O análogo no caso dos quarks
é que se juntarmos um quark com um antiquark, qualquer que seja a cor, a partícula resultante terá carga de cor nula, isto é,
será incolor. Outra possibilidade de obter uma partícula sem cor é associarmos três quarks, um de cada cor; a soma das três
cores produz uma partícula incolor. O que é mais interessante, entretanto, é que todas as partículas elementares encontradas na
Natureza, incluindo o próton e o neutron, são incolores!

A partícula que transporta a força eletromagnética é o fóton, o quantum do campo eletromagnético, e o comportamento do
fóton e das partículas com carga elétrica é descrita pela eletrodinâmica quântica. No caso das forças fortes, o quantum dessa
força é chamado de glúon, e a teoria que descreve a interação dos glúons com os quarks é a cromodinâmica quântica.
Diferentemente do fóton, que não carrega carga elétrica, os glúons carregam cor, isto é, são coloridos. Mais do que isso eles
sempre carregam duas cargas, uma carga de cor e uma de anticor. Como consequência, um glúon pode interagir consigo
mesmo, e também entre eles, criando fenômenos novos que não existem na eletrodinâmica quântica.

No caso das partículas com carga elétrica sabemos que a interação entre elas depende da distância. Para partículas em repouso,
a força elétrica varia com o inverso do quadrado da distância, a famosa Lei de Coulomb. Cargas afastadas sentem uma força
pequena enquanto cargas próximas sentem uma força intensa. Quando levamos em conta os efeitos da mecânica quântica a
melhor maneira de descrever a interação entre partículas carregadas e fótons é através de uma constante de acoplamento que
mede a intensidade da força entre partículas carregadas. No caso da eletrodinâmica quântica a constante de acoplamento é a
constante de estrutura fina que é proporcional ao quadrado da carga elétrica. Nas vizinhanças de uma partícula carregada o
campo elétrico é muito intenso e a mecânica quântica faz com que pares elétron-pósitron sejam criados. Se a partícula
carregada em questão for um elétron, os pósitrons criados tendem a se aproximar do elétron enquanto os elétrons criados
tendem a se afastar. Isso produz um efeito de blindagem sobre o elétron e a constante de estrutura fina parece ter um valor
menor do que aquele na ausência dos efeitos quânticos. Quando nos aproximamos da partícula carregada o efeito de blindagem
diminui e a constante de estrutura fina parece aumentar. Podemos descrever esse efeito através de uma constante de estrutra
fina efetiva que depende da distância em que é medida. Portanto, na eletrodinâmica quântica, a medida que as partículas
carregadas se aproximam a constante de acoplamento efetiva aumenta e a interação entre elas é mais intensa.

Poderíamos imaginar que o mesmo sucede com os quarks quando consideramos a carga de cor. Entretanto, experiências no
final da década de 60 mostravam que os quarks pareciam mover-se livremente dentro dos prótons. Isso era bastante enigmático
pois imaginava-se que o efeito de blindagem também atuasse entre os quarks. O trabalho de Gross, Politzer e Wilczek, em
1973, foi exatamente o de explicar esse fenômeno. Na cromodinâmica quântica pares quark-antiquark também são criados,
levando ao efeito de blindagem como na eletrodinâmica quântica. Porém, diferente do que acontece da eletrodinâmica
quântica, onde os fótons não carregam carga elétrica, devemos agora levar em conta o efeito dos glúons, pois eles carregam
cor. O efeito dos glúons, entretanto, não é o de blindagem, mas exatamente o oposto: a constante de acoplamento efetiva é tal
que a interação entre os quarks diminuiu à medida que eles se aproximam. Esse efeito é chamado de anti-blindagem. Qual dos
dois efeitos predomina, o de blindagem ou de anti-blindagem, depende do número de espécies de quarks. Na cromodinâmica
quântica prevalece o efeito de anti-blindagem: a medida que a distância entre os quarks diminui a constante de acoplamento
efetiva diminui e os quarks movem-se como se estivessem livres. Esse é o fenômeno conhecido como liberdade assintótica,
que Gross, Politzer e Wilczek derivaram à partir da cromodiâmica quântica, e por esse feito ganharam o prêmio Nobel.

Poderíamos perguntar o que acontece quando a distância entre os quarks aumenta. Sabe-se, das experiências, que não existem
quarks livres e porisso foi criada a hipótese do confinamento para explicar esse fenômeno. À medida que a distância entre os
quarks aumenta são criados pares quark-antiquark que formam novas partículas elementares e nunca um quark isolado. Isso é
semelhante ao que acontece quando tentamos dividir um imã ao meio para obtermos um pólo Norte e um pólo Sul isolados. No
final sempre acabamos criando um par de imãs ao invés de dois pólos separados. Enquanto podemos compreender porque isso
acontece com imãs, o efeito do confinamento permanece inexplicado na cromodiâmica quântica. A anti-blindagem mostra que
a constante de acoplamento efetiva cresce à medida que os quarks se separam, sugerindo o confinamento. Entretanto, nenhum
cálculo seguro pode ser efetuado, uma vez que tais cálculos só são válidos se a a constante de acoplamento for pequena e a
teoria de perturbações puder ser aplicada. Se a constante de acoplamento não for pequena, não é possivel aplicar a teoria de
perturbações, e os cálculos tornam-se difíceis devido à complexidade das equações da cromodinâmica quântica. Simulações
numéricas, por outro lado, podem ser feitas e apesar de limitadas sugerem a existência do confinamento. Há um prêmio de um
milhão de dolares, oferecido pelo Clay Mathematics Institute, para quem resolver esse problema de forma controlada.

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