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Mulher Makuxi na Maloca;

Vincent Carelli

jana rabelo

A questão indígena no Brasil contemporâneo 1


Aculturação, genocídio das populações,
disputa por terras diante do avanço do
agronegócio e ataques políticos perpetrados
pelo novo governo federal são alguns dos
obstáculos que barram a existência digna
das populações indígenas espalhadas por
todo o território brasileiro. Calcula-se que
há mais de 500 anos, quando os primeiros
portugueses aportaram em solo tupiniquim,
havia nessas terras cerca de 5 milhões de
indígenas. Hoje, segundo dados do censo
realizado pelo IBGE em 2010, a atual
população indígena brasileira não passa de
820 mil pessoas, divididas em pouco mais de
200 etnias que sobrevivem às intempéries
e ao genocídio praticado por grupos
ostensivamente contrários à existência dos
indígenas e a seus direitos garantidos por lei.

Desde o período eleitoral, o atual presidente


eleitor Jair Bolsonaro já sinalizava que,
se eleito, a relação do governo federal
com a população indígena brasileira não
seria muito amistosa. Eleito, Bolsonaro
declarou em 30 de novembro que não
pretende demarcar mais terras indígenas.
Não apenas, em sua primeira semana de
mandato, transferiu da Fundação Nacional
do Índio (Funai), vinculada ao ministério da
Justiça, para o Ministério da Agricultura a
demarcação de terras indígenas (*).

A medida repercutiu entre as lideranças do


movimento e a disputa entre governo, setor
agropecuário e populações indígenas torna
o tema cada vez mais popular, sendo muito
provável que a questão indígena no Brasil
contemporâneo seja tema de questões do
Enem ou até mesmo da própria redação.
Quando cobrado no vestibular é preciso ter
em mente uma série de questões que podem
aumentar a capacidade a sua capacidade
argumentativa para dissertar sobre o
assunto.
de
m foi tran sfer id a, do Instituto Nacional ra.
m arca çã o de te rras quilombolas també sa Ci vi l, pa ra o M inistério da Agricultu
A de ulada à Ca
a Agrária (Incra), vinc
Colonização e Reform

A questão indígena no Brasil contemporâneo 2


Logo que os primeiros portugueses
desembarcaram na costa brasileira, o
estranhamento entre os europeus e os
recente de violência povos indígenas foi registrado nas cartas
enviadas a Portugal e que davam conta do
encontro com “selvagens”. No primeiro
A violência praticada contra povos indígenas século de contato, mais da metade dos
é um capítulo à parte da história brasileira. índios foram dizimados pelas doenças
importadas pelos colonizadores, como a
gripe, o sarampo e a varíola. Nos séculos
seguintes, outros milhares tiveram suas
crenças desrespeitadas pelos processos
de doutrinação religiosa coordenados
por membros da Igreja Católica, muitos
morreram escravizados nas plantações de
cana-de-açúcar e borracha.

Ainda que o extermínio de populações


indígenas pareça distante da realidade dos
séculos XXI e XX, é preciso ter em mente
que a trajetória desses povos é marcada por
profunda resistência e luta pelo direito de
existir.

Algo que poucos brasileiros conhecem é a


história de como os indígenas continuaram
a ser dizimados e massacrados durante os
governos militares após o Golpe de 1964.
Documentos e relatos recolhidos durante
as investigações da Comissão Nacional
da Verdade apontam que indígenas foram
mortos em conflitos e em remoções
forçadas, sofreram crises de abastecimento
e foram afetados por epidemias inoculadas
propositalmente. Todos os documentos
referentes a esse período constam no
“Relatório Figueiredo”, resultado de uma
apuração das denúncias recebidas. O
relatório aponta ainda a existência de
inúmeras cadeiras clandestinas onde
indígenas foram mortos e torturados
e apresenta a realização de operações
perpetradas pelo Estado brasileiro e que
promoviam o extermínio de comunidades
para a tomada de suas terras, o roubo de
riquezas indígenas e o uso da mão de obra
desses cidadãos em condições análogas a
escravidão.

A questão indígena no Brasil contemporâneo 3


pelo
so bre es sa s hi stór ia s no site organizado
mais genas
Você pode conhecer m em or ia sd aditadura.org.br/indi
erzo g: ww w.
Instituto Vladimir H

No ano de 2016, um relatório realizado


pelo Conselho Indigenista Missionário
denunciou o aumento na quantidade de
indígenas assassinados, os dados divulgados
evidenciam uma crescente nos casos de
violência e de violação de direitos em
comparação com 2015. Confira algumas
informações coletadas pelo Conselho e que
são importantes para se ter em mente:

735 crianças indígenas menores de 5


anos vieram a óbito em 2016. A Secretaria
Especial de Saúde Indígena (Sesai)
reconhece que as mortes das crianças
costumam ocorrer por falta de assistência
e desnutrição grave;

No mesmo ano, foram registrados 106


casos de suicídio entre indígenas. 50 deles
aconteceram no estado do Amazonas;

O documento também dá conta de que


118 indígenas foram assassinados no país.
Acredita-se que há uma subnotificação
desses números.

Além desses casos, também houve a


denúncia de 23 tentativas de assassinato,
17 casos de racismo e 13 de violência
sexual;

59 casos de invasões possessórias,


exploração ilegal de recursos naturais
e danos diversos ao patrimônio foram
denunciados. Na maioria dos casos, a
invasão é feita para a retirada ilegal de
madeira.

A questão indígena no Brasil contemporâneo 4


mpleto em:
Confira o relatório co 2016/relatorio2016.p
df
rg .b r/pub/ Re la torio
www.cimi.o

O relatório ainda diagnostica possíveis motivos que teriam causado o aumento da violência
contra essas populações, entre eles estão:
1. Questões fundiárias e disputa por terras demarcadas;
2. Ampliação do poder político dos muralistas;
3. Adoção de políticas públicas pelo governo para desenvolvimento das populações indígenas;
4. Impunidade e omissão do poder público;

Lideranças dos movimentos indígenas lutam contra as iniciativas legislativas anti-indígenas


e a precarização de serviços básicos como saúde e educação. Ainda que a demarcação possa
evitar conflitos referentes a posse dos territórios, a presença de recursos naturais de relevância
econômica como minério e madeira motiva invasões.

O CACI – Cartografia de ataques Contra Indígenas registrou todos os ataques


perpetrados contra indígenas entre 1985 e 2015. A plataforma é interativa e,
curiosamente, “Caci”, em guarani, significa “dor”. Acesse: www.caci.cimi.org.br

Por que é importante

territórios indígenas?
Em sua página online, a Funai defende que a demarcação de terras indígenas significa respeitar
e garantir a diversidade cultural e étnica desses povos, bem como proteger a biodiversidade e o
patrimônio histórico e cultural brasileiro. Em um artigo chamado “Por que demarcar”, o órgão
defende quatro principais motivos para demarcar territórios indígenas, são eles:

1. Ordenamento fundiário: a demarcação reduz os conflitos pela terra e os estados e


municípios passam a ter melhores condições de cumprir suas atribuições em relação aos povos
indígenas. Isso se dá a partir de políticas específicas, incentivos fiscais e repasse de recursos
federais;

2. Garantia da diversidade étnica e cultural: demarcar garante a efetivação dos direitos


territoriais dos povos e contribui para a construção de uma sociedade pluriétnica e
multicultural. As áreas são fundamentais para a reprodução física e cultural dos povos
indígenas, com a manutenção de seus modos de vida tradicionais, saberes e expressões
culturais;

A questão indígena no Brasil contemporâneo 5


3. Conservação ambiental: a medida protetiva consolida e contribui para a proteção do
meio ambiente e da biodiversidade, visto que as terras indígenas representam as áreas mais
protegidas ambientalmente em todos os biomas brasileiros;

Desmatamento médio (2018 - 2012)

Terras Indígenas 288,5

UC Federal 291,9

UC Estadual 353,7
PPCDAM/Divugalção

4. Proteção de povos indígenas isolados: a demarcação é importante para proteger os povos


indígenas que optam por não manter contato permanente com a sociedade. Devido a essa
situação, são povos especialmente vulneráveis a doenças e epidemias. Ao proteger o território, o
Estado garante a sobrevivência dessas populações.

Quais são
os tipos de territórios
indígenas existentes?
1. Terras Indígenas Tradicionalmente Ocupadas: são as de ocupação tradicional de direito
originário dos povos indígenas;

2. Reservas Indígenas: são terras doadas ou adquiridas pela União e que se destinam à posse
dos povos;

3. Terras Dominais: ao contrário das Reservas Indígenas, essas terras não são apenas de
usufruto dos indígenas e, portanto, não pertencem à União;

4. Interditadas: são áreas destinadas à proteção de povos indígenas em isolamento voluntário


- aqueles que não mantêm contato com a sociedade. São proibidas por lei as tentativas de
contato com esses grupos. Cerca de 80 tribos vivem isoladas no Brasil.

Fonte: www.funai.gov.br

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Quais são os direitos
das populações indígenas
garantidos por lei?
Os direitos constitucionais dos povos indígenas estão expressos em um capítulo específico da
Constituição de 1988.

A carta é um marco no tratamento dos povos, uma vez que é o primeiro documento
nacional que abandona a perspectiva que entendia os índios como uma categoria fadada ao
desaparecimento. Além disso, a Constituição passa a entender os direitos dos índios sobre suas
terras como direitos originários, ou seja, anteriores à criação do Estado. O reconhecimento
parte do fato histórico de que esses povos foram os primeiros ocupantes do Brasil.

Algumas importantes questões trazidas pela Constituição de 1988:

1. Direito à diferença: o artigo 231 assegurou aos povos indígenas o respeito à sua organização
social, costumes, línguas, crenças e tradições; a Carta também garantiu a utilização de línguas
indígenas na educação escolar e a criação de processos próprios de aprendizagem no ensino
básico;

2. Direito à terra: com relação às Terras Indígenas, o documento estabeleceu que são
propriedades da União destinadas à posse permanente por parte dos índios; dessa forma, são
terras inalienáveis, indisponíveis e o direito sobre elas é imprescritível. É dado aos moradores
do território o direito de usufruir das riquezas dos bens naturais disponíveis;

3. É de responsabilidade do Ministério Público Federal a defesa dos direitos indígenas;

4. O Estado deve proteger as manifestações das culturas populares, inclusive indígenas;

5. É garantido o respeito à utilização de suas línguas maternas;

Fonte: www.pib.socioambiental.org

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Queima do

PPCDAM/Divugalção

Nacional
Na noite do dia 3 de setembro de 2018, as chamas tomaram conta do Museu Nacional no Rio
de Janeiro e destruíram inúmeros registros de povos indígenas extintos, entre eles arquivos
que datavam do século 16.

Em um relato no Facebook, a professora Gumercinda Gonda contou que todo o acervo de


línguas indígenas foi queimado, eram gravações feitas desde 1958, cantos em línguas sem
falantes vivos, papeis, fotos, negativos e o mapa étnico-histórico-linguístico original com a
localização de todas as etnias do Brasil.

Fonte: www.revistagalileu.globo.com

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de palavras-chave
O que é etnia?

O sentimento de pertencer a determinado grupo com o qual o indivíduo partilha a mesma


língua, tradições e território. São características marcantes para a construção identitária do
indivíduo.

É importante distinguir etnia de raça, uma vez que o conceito de raça está ligado a uma
concepção biológica, ou seja, as diferenças entre grupos étnicos não estão ligadas a qualquer
predisposição biologicamente inata. A construção de uma etnia é social.
Fonte: Brasil Escola

O que é Funai?

A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi criada em dezembro de 1967, vinculada ao Ministério
da Justiça e tem como objetivo principal proteger e promover os direitos dos povos indígenas no
Brasil.

Os estudos de identificação de terras e a demarcação de territórios indígenas era


responsabilidade do órgão até o começo do ano, quando o presidente Jair Bolsonaro atribuiu
a atividade ao Ministério da Agricultura (leia mais nos anexos). No entanto, a Funai ainda
tem como responsabilidade promover políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável
das populações indígenas com o intuito de valorizar os costumes, as línguas, as crenças e as
tradições desses povos.
Fonte: www.funai.org.br

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para se aprofundar no assunto
“Língua Pirahã – O Código do Amazonas”

Sinopse: O documentário acompanha a relação do linguista Daniel Everett com a tribo Pirahã e
o estudo da língua que pode mudar a história da linguagem humana, além da profunda mudança
de um fervoroso missionário em cientista ateu.

Disponível online em: www.youtube.com/watch?v=hUxkzMaqYQ8

“Martírio”

Sinopse: longa-metragem de Vincent Carelli em co-direção com Ernesto Carvalho e Tita. O


documentário acompanha a insurgência pacífica e obstinada dos povos Guarani-Kaiowá frente
o agronegócio.

Martírio/Divulgação

Disponível online em: www.facebook.com/MidiaNINJA/videos/1131603413664469/

O antropólogo Vincent Carelli, diretor de “Martírio”, é idealizador da organização


“Vídeo nas Aldeias”, um acervo online que disponibiliza produções feitas em
parceria com indígenas.

Confira mais informações no site: www.videonasaldeiras.org.br

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para conhecer mais sobre
“O Povo Brasileiro: a formação e o
sentido do Brasil”

Sinopse: Na obra, o antropólogo Darcy Ribeiro


mergulha na gênese da sociedade brasileira.
Entre as temáticas tratadas, o escritor joga luz
sobre a luta dos indígenas para manter viva
sua cultura e as agruras sofridas pelos povos
africanos escravizados.

“A queda do céu – Palavras de um


xamã yanomami”

Sinopse: Um grande xamã e porta-voz dos


Yanomami oferece no livro um testemunho
autobiográfico, manifesto xamânico e libelo
contra a destruição da floresta Amazônica. A
obra foi escrita pelo etnólogo francês Bruce
Albert, profundamente amigo do xamã-
narrador, Davi Kopenawa.

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Produzida ao longo dos anos 1970 e parte dos anos 1980, a obra de Claudia Andujar (1931)
mergulha na organização social do povo Yanomami. A artista viveu entre os anos 1971 e 1977
na aldeia até ser expulsa pela Funai e pelos militares. Os registros de Andujar lançam um olhar
poético sobre os indígenas e suas tradições. É possível conhecer boa parte do trabalho da
artista em uma galeria totalmente dedicada a ela no Instituto Inhotim.

Claudia Andujar

Galeria Claudia Andujar

Onde? Instituto Inhotim (rua B, 20, Fazenda Inhotim, Brumadinho).


Quando? Terça a sexta-feira: 8h30 às 16h30; sábado, domingo e feriado: 9h30 às 17h30
Quanto? R$ 44 (inteira às terças, quintas, sextas e aos sábados, domingos e feriados); às
quartas a entrada é gratuita;
Confira mais informações em: www.inhotim.org.br

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para aprender mais sobre a questão
indígena no Brasil contemporâneo
“Estes fatos mostram por que a questão indígena é um tema urgente”

www.nexojornal.com.br/expresso/2016/01/24/Estes-fatos-mostram-por-que-a-
quest%C3%A3o-ind%C3%ADgena-%C3%A9-um-tema-urgente

“Bolsonaro retira da Funai a demarcação de terras indígenas”

www1.folha.uol.com.br/poder/2019/01/bolsonaro-retira-da-funai-a-demarcacao-de-terras-
indigenas.shtml

“Quanto você sabe sobre os indígenas brasileiros? Faça o teste”

www.nexojornal.com.br/interativo/2017/04/19/Quanto-voc%C3%AA-sabe-sobre-os-
ind%C3%ADgenas-brasileiros-Fa%C3%A7a-o-teste

A revista Época produziu um especial


sobre a história de Lulu Kamayura, a
índia criada pela ministra Damares
Alves. A reportagem foi atrás
de contar a versão dos índios
do Xingu sobre a adoção da
menina.

Confira a matéria completa em:


www.epoca.globo.com/a-historia-de-
lulu-kamayura-india-criada-como-
filha-pela-ministra-damares-
o

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dito
Cré

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A questão

no Brasil contemporâneo
Sugestão de estrutura

Contextualização

Artigo 231 da Constituição de 1988: “São reconhecidos aos índios sua organização
social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que
tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os
seus bens.”

Destaque-se que o texto em vigor eleva também à categoria constitucional o próprio conceito
de terras indígenas, que assim se define, no parágrafo 1º desse mesmo artigo: “São terras
tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as
utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos
ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural,
segundo seus usos, costumes e tradições.”

Citar exemplos de desrespeito à população indígena: invasão de terras, discriminação, violência


Exemplificação: Em março de 2013, a polícia cercou o antigo Museu do Índio, no Rio de Janeiro,
em meio à polêmica “modernização” da região para a Copa do Mundo da Fifa, em 2014
Constituição Federal de 1988: assegurou aos povos indígenas o respeito à sua organização
social, costumes, línguas, crenças e tradições, e reconheceu o direito originário sobre as terras
que tradicionalmente ocupam.

PEC 215/2002: transfere do Executivo para o Legislativo a decisão sobre a demarcação de


terras indígenas.

Alusão histórica: contribuição indígena para a formação da identidade brasileira


Referência sociocultural: representação do indígena na Literatura Brasileira (Romantismo X
Modernismo)

Tese

As populações indígenas têm seus direitos sistematicamente desrespeitados no Brasil.


Contraste: APESAR do papel crucial dos indígenas na história e na cultura brasileira e da
garantia constitucional aos seus direitos, são alvo de indiferença e preconceito no Brasil.

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Responsabilização: Desconhecimento da relevância da cultura indígena e interesses do
agronegócio são responsáveis pelo problema.

Consequência: Indiferença quanto à questão indígena leva à perda da dignidade desses


cidadãos e à ameaça à memória/cultura brasileira.

Desenvolvimento 1

Visão de que os índios são um empecilho para o progresso é conservadora e preconceituosa,


além de refletir uma herança histórica de discriminação.

Desconhecimento da nossa história implica desrespeito às comunidades indígenas.


Necessidade de incorporar o índio como parte da cultura brasileira, aceitando suas
especificidades.

Lutar por uma visão respeitosa, amorosa e solidária para com os índios é essencial para a
pertinência da história brasileira no mundo contemporâneo.

Reconhecer o índio como parte integrante da sociedade é imprescindível para a transformação


do Brasil numa nação digna.

Desenvolvimento 2

Falta de acesso a direitos básicos, como saúde e educação (“índios são cidadãos de segunda
classe”).

Constituição de 1988 determinava cinco anos para demarcar todas as terras indígenas, o que
ainda não aconteceu.

Questão fundiária: massacre de índios e constantes invasões .

PEC 215/2002 representa interesses da bancada ruralista no Congresso.

Grandes obras infraestruturais (hidrelétricas, estradas, mineração) ameaçam terras indígenas,


além de causarem prejuízos à diversidade ecológica, biológica, social e cultural.

Propostas de intervenção

Políticas afirmativas: criação de cadeiras no Congresso para indígenas.

FUNAI: Estudo mais completo do território atual das populações indígenas, designando-lhes
uma porção suficiente para sua sobrevivência física e cultural.

Governo/MEC: incentivo a grupos de estudo dos grupos indígenas e efetivação da lei 11 645,
que obriga o estudo da história e cultura indígenas em todas as escolas nacionais de Ensino

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Fundamental e Médio, desde 2008.

Polícia: Repressão ostensiva à atuação de milícias de latifundiários no interior do Brasil.


Fiscalização mais severa e punição efetiva para indivíduos e instituições que desrespeitem os
direitos indígenas.

Validar as políticas indigenistas que já existem: demarcação de terras, garantia do direito ao


ensino bilíngue, o acesso à cultura e o conhecimento indígena, a possibilidade de desenharem
seus próprios currículos e rotinas escolares com gestão indígena e professores indígenas.
Formação e contratação de pessoal especializado e a operação do Sistema Único de Saúde
(SUS) para atender adequadamente os índios.

Escolas: abordagem da questão indígena fora do senso comum. Mostrar diversidade de culturas
e de contribuições.

A questão indígena no Brasil contemporâneo 16


e aí! vamos

(31) 99119.5885
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