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característica da encosta úmida da Serra do Mar e da floresta ombrófila densa da encosta atlântica
dos estados do Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Ocorre quase exclusivamente
em matas secundárias, onde chega a ser a espécie dominante. É encontrada também
em restingas em todo o litoral de São Paulo, e na floresta ombrófila de sudeste do mesmo estado.
Etimologia
O nome da espécie desta Tibouchina, mutabilis, vem do latim e significa mutável, escolhido pelo
fato de suas flores mudarem de cor. Outra planta muito popular com a rara condição é a Rosa-
louca, um Hibiscus que também foi nomeado como mutabilis.
No Brasil, a planta é conhecida popularmente como Manacá da Serra. A primeira palavra tem
origem tupi e significa linda flor.[1] Já o "da Serra", vem de Serra do Mar, o local no país onde a
espécie tem maior ocorrência.[2] Outros nomes conhecidos são: Cuipeúna, Jacatirão, Flor-de-maio,
Flor-de-quaresma, Pau-de-flor.
Características
Pode atingir até 12 metros de altura e o diâmetro de seu tronco, 30 centímetros. Suas folhas são
rijas, lanceoladas, pilosas, verde-escuras e com nervuras longitudinais paralelas.
A sua copa apresenta flores que mudam de coloração: nascem brancas, depois ficam com
tonalidades de lilás-claro e por fim lilás-escuro, mas dependendo da luminosidade podem parecer
rosas. Costuma florir entre os meses de novembro e fevereiro; a frutificação costuma a ocorrer
em fevereiro-março.
As flores são diclamídeas (com cálice e corola). O cálice é pentâmero (dialissépalo), a corola é
pentâmera (dialipétala), com simetria actinomorfa. São flores hermafroditas, possuem o dobro de
estames em relação ao número de pétalas, por isso são diplostêmones. Os estames são
heterodínamos e possuem anteras falciformes.
Sua madeira é usada para a construção civil, porém não possui uma boa qualidade.
Paisagismo
Inicialmente cultivada como planta ornamental nas regiões sul (Paraná e Santa Catarina) e sudeste
(Rio de Janeiro e São Paulo) onde tem ocorrência natural, rapidamente tornou-se popular
no paisagismo em todo o Brasil. Por suas características, sempre aparece em listas de árvores
recomendadas para áreas urbanas, pois suas raízes não são agressivas e não destroem calçadas
e muros, além de seu porte pequeno ou médio não afetarem as redes elétricas.[3]
SERRA