ESTUDO DE UM MOVIMENTO

HARMÓNICO SIMPLES

Licenciatura em Engenharia Biomédica

Física Geral – Grupo 1

Membros:
Ana Rita Gonçalves Silva, 1221193
Mariana Santos Ramada, 1221310

Realizado a 23/03/2023
Objetivos

 Verificação da Lei de Hooke para uma mola:

determinação da constante elástica da mola;
 Verificação de que o movimento de um sistema massa-
mola é periódico;
 Verificação de que o período do movimento é
independente da sua amplitude;
 Verificação da relação entre a Massa e período de
oscilação do sistema

Membros:
Ana Rita Gonçalves Silva, 1221193
Mariana Santos Ramada, 1221310

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Introdução Teórica

O movimento harmónico simples é um movimento periódico, isto é, um

movimento que se repete em intervalos de tempo regulares.
Sob a ação de uma força todos os corpos sofrem uma deformação, deformação
essa que depende da força aplicada e das propriedades dos materiais. Quando a força
aplicada e a deformação são proporcionais estamos perante a
Lei de Hooke: Fapl. = k.x,
em que Fapl. corresponde à força aplicada, k à constante elástica da mola e x à
deformação sofrida pela mola. A aplicação da força implica uma deformação da mola,
entrando-se depois num estado de equilíbrio, o que significa que a mola também
exerce uma força no sentido contrário da aplicada (Felástica), o que lhe permite voltar
ao seu estado inicial.
Felástica = -k.x.
As equações referidas anteriormente são apenas válidas no regime elástico, quer
isto dizer que existe uma deformação máxima da mola a partir da qual esta relação
deixa de ser válida. Para valores de deformação superiores à deformação máxima, a
mola fica deformada permanentemente, entrando no regime plástico ou em rutura.
O movimento harmónico simples pode ser descrito pela equação
x(t) = A.sen(ωt+φ)
Onde A corresponde à amplitude do movimento, ω à frequência angular e φ à fase
inicial do movimento. Neste movimento a amplitude e a fase inicial dependem
unicamente das condições iniciais do movimento, enquanto que a frequência angular
e, consequentemente, o período dependem apenas das características do sistema, que
neste caso são a massa, m, e a constante elástica da mola, k.

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Material Necessário
 Conjunto de barras e ligações para montagem do suporte do sistema massa-
mola;
 Mola;
 Conjunto de massas e respetivo suporte;
 Cronómetro;
 Balança;
 Régua ou fita métrica;

Montagem Experimental

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Procedimento Experimental:
Parte 1—Caracterização da mola
1. Use a balança para determinar a massa do suporte
2. Suspenda o suporte da mola e determine o valor da elongação;
3. Acrescente uma massa ( entre 10 e 20 g ) ao suporte e volte a
determinar a massa total do conjunto;
4. Suspenda novamente o conjunto da mola e determine a nova
elongação;
5. Acrescente mais uma massa (entre 10 e 20 g – das que estiverem
disponíveis) ao conjunto anterior, repetindo os passos 3 e 4 mais
seis vezes.

Parte 2—Estudo do MHS

a. O período de oscilação e a amplitude
1. Escolha uma massa (80 a 200)g;
2. Usando a balança determine o valor da massa que irá usar
3. Suspenda a massa da mola de forma a que o sistema esteja em
equilíbrio;
4. Afaste a massa da sua posição de equilíbrio cerca de 5 cm e
liberte-a;
5. Meça o tempo que o sistema demora a realizar um número
propício de oscilações completas ( entre 20 a 30 oscilações –
escolhemos 25 oscilações);
6. Repita os passos 4 e 5 mais duas vezes;
7. Repita os passos 5 e 6 para amplitudes de oscilação de 8cm e
11cm;
b. O período de oscilação e a massa
1. Escolha uma massa (80 a 200)g diferente da escolhida em a)
2. Usando a balança determine o valor da massa;
3. Suspenda a massa da mola de forma a que o sistema esteja
em equilíbrio;
4. Afaste a massa da sua posição de equilíbrio e liberte-a;

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 5. Meça o
tempo que o sistema demora a completar um número
propicio de oscilações completas (entre 20 a 30 oscilações –
escolhemos 25 oscilações);
6. Repita os passos de 1 a 5 para mais 5 massas diferentes;

Dados obtidos e tratamento dos dados

Parte 1- Caracterização da mola

massa (g) comprimento inicial (cm) comprimento final (cm) massa (g) comprimento inicial (cm) comprimento final (cm)
10,010 11,500 16,100 10,010 9,200 10,100
19,680 11,500 21,300 19,680 9,200 11,900
29,490 11,500 24,100 29,490 9,200 14,400
39,290 11,500 27,500 39,290 9,200 16,100
MOLA 1 MOLA 2
49,260 11,500 30,400 49,260 9,200 18,800
59,020 11,500 33,300 52,020 9,200 21,300
57,690 9,200 23,300
57,690 11,500 36,400
67,660 9,200 25,700
67,660 11,500 39,800

Parte 2- Estudo doMHS

a)
massa (g) amplitude (cm) tempo de 25 oscilações 1 (s) tempo de 25 oscilações 2 (s) tempo de 25 oscilações 3 (s)
109,72 5,00 30,97 31,30 31,20
MOLA 1 109,72 8,00 31,67 32,01 31,82
109,72 11,00 32,16 32,23 32,21

massa (g) amplitude (cm) tempo de 25 oscilações 1 (s) tempo de 25 oscilações 2 (s) tempo de 25 oscilações 3 (s)
109,72 5,00 24,38 24,55 24,42
MOLA 2 109,72 8,00 24,58 24,77 25,05
109,72 11,00 25,19 25,21 25,33

b)
massa (kg) tempo de 25 oscilações (s) Periodo (s) T^2 (s)
0,119 32,150 1,286 1,654
0,129 33,510 1,340 1,797
MOLA 1 0,139 34,650 1,386 1,921
0,149 37,230 1,489 2,218
0,159 38,160 1,526 2,330
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 massa (kg) tempo de 25 oscilações (s) Período (s) T^2 (s)
0,119 27,010 1,080 1,167
0,129 27,200 1,088 1,184
MOLA 2 0,139 28,280 1,131 1,280
0,149 30,570 1,223 1,495
0,159 30,870 1,235 1,525

1.
Mola 1 Mola 2
elongação (m) peso (N) elongação (m) peso (N)
0,009 0,098
0,046 0,098 0,027 0,193
0,052 0,289
0,098 0,193
0,069 0,385
0,126 0,289 0,096 0,483
0,121 0,510
0,160 0,385 0,141 0,566
0,165 0,664
0,189 0,483

0,218 0,579

0,249 0,566

0,283 0,664

2.

3.
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 Sabendo que K=F/X (constante
elástica= força/deformação) conclui-se que o declive do gráfio obtido corresponde ao
valor da constante elástica. Deste modo:
Mola 1 – K=2,4934 N/m
Mola 2 – K=3,4567 N/m

4.
Quer para a mola 1 quer para a mola 2, as medições do período permaneceram
aproximadamente iguais apesar do aumento da amplitude de oscilação. O aumento da
amplitude iria provocar uma alteração no tempo necessário para a mola efetuar um mesmo
número de oscilações se o período de oscilação da mola dependesse da amplitude da
oscilação. Como tal não se verificou, ou seja, para diferentes amplitudes o tempo necessário
para a mola efetuar um mesmo número de oscilações (25 oscilações) foi aproximadamente
constante/igual, é possível concluir que o período não depende da amplitude de oscilação da
mola, mas sim da massa e, consequentemente, da constante elástica da mola.

5.

6.
Dado que frequência angular(w) depende de m (massa) e de k (constante
elástica), é possível afirmar que:

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Deste modo, verifica-se que a massa e o T^2 são diretamente proporcionais
(m=k4π2^2*T^2) uma vez que, ao aumentarmos a massa, o período aumenta também,
o que leva ao declive positivo verificado em ambos os gráficos obtidos. Isto comprova
a validade da expressão de w.

7.

valor experimental valor teórico desvio padrão

mola 1 2,493 2,132 0,255
mola 2 3,457 3,439 0,013

O cálculo do valor da constante de elasticidade (k) foi feito por dois processos, um
considerado experimental e outro considerado teórico. Após a análise desta tabela que
compara o valor obtido pelo método experimental (gráfico peso vs deformação) com o
valor obtido pelo método teórico (gráfico massa vs período ao quadrado), podemos
verificar que os desvios padrões são bastante baixos, o que nos sugere a veracidade e
precisão dos resultados obtidos.

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Conclusão:

Com a realização deste trabalho laboratorial foi possível testar e comprovar algumas
características do movimento harmónico simples.
Através da Lei de Hooke foi possível verificar que o cálculo da constante elástica, k, depende
apenas de duas variáveis, a força aplicada e a elongação/deformação da mola. Com a
construção de um gráfico força vs elongação concluímos que a constante elástica corresponde
ao declive deste mesmo gráfico.
Ao observarmos os valores do período calculados em função da amplitude, sendo que foram
realizadas 25 oscilações em cada registo para tentar minimizar qualquer erro, retiramos que

para diferentes valores de amplitude e para os mesmos valores de massa, o período não é
influenciado pela amplitude de oscilação da mola. Conclui-se, então, que o período do
movimento harmónico simples é independente da amplitude, sendo possível comprovar a
seguinte expressão 2π/T=√(k/m).
Para cada uma das molas o valor de k, constante elástica da mola, é idêntico, sendo que no
primeiro gráfico é possível retirá-lo diretamente, enquanto que no segundo é necessário
recorrer à seguinte equação para o obter: m=(k/4π^2) *T^2.

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