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Universidade Federal do Maranhão

Campus: Cidade Universitária


CCET (Centro de Ciências Exatas e Tecnologias)

RELATÓRIO 07

Lei de Hooke.

Disciplina: Física 1
Curso: Engenharia Química
Prof. João Victor Barbosa Moura

EDUARDO SANTOS FIGUEIREDO (2022005482).

11/2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3

2 OBJETIVOS...............................................................................................................4

3 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................5

3.1 Materiais..............................................................................................................5

3.2 Métodos...............................................................................................................5

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...............................................................................6

5 CONCLUSÃO...........................................................................................................10
1 INTRODUÇÃO
A analise das causas do movimento é estudada na parte da física chamada
de dinâmica (movimento juntamente com as forças que o produzem, e suas
consequências para o sistema). Seus princípios foram estabelecidos formalmente
pelo físico Isaac Newton, e por isso são conhecidos hoje como Leis de Newton, seus
três postulados regem o fundamento da mecânica clássica (ALMEIDA, 2014).
Dentre as várias forças presentes na natureza, está a força elástica. O
comportamento elástico é complexo e ocorre devido a forças interatômicas, e a lei
de Hooke estuda um caso particular desse comportamento. Se um objeto
permanece deformado após sofrer ação de uma força, ele é chamado de plástico; se
ele toma sua forma inicial após a aplicação de uma força, ele é chamado de elástico.
A lei de Hooke estabelece que a deformação de uma mola ideal é proporcional à
força aplicada à mesma, vale ressaltar que existe um limite para o estudo dessa lei,
uma vez que para um valor muito grande de força a mola pode ser partida. Observar
a equação abaixo (HUGH; ROGER, 2008).
Lei de Hooke

Ao realizar uma análise gráfica da ação de uma força x deslocamento


causado em uma mola será demonstrada uma função do primeiro grau, e a área
obtida da função deste gráfico, será o igual ao trabalho total realizado pela ação da
força. A lei de Hooke vale tanto para quando a mola é esticada, como para quando é
comprimida. Outra observação constatada é que o trabalho realizado sobre a mola,
e o trabalho realizado pela mola são numericamente iguais (pela terceira lei de
Newton), mas atuam em sentidos diferentes. Observar o Gráfico 1 abaixo (HUGH;
ROGER, 2008).

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2 OBJETIVOS
Essa prática experimental tem por objetivo observar o comportamento de
molas quando estão sujeitas a ação de uma força.
Construir os gráficos dos deslocamentos causados nas molas em função das
forças, e descobrir através deste gráfico as constantes elásticas das molas.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais
Suporte de molas com ganchos;
Suporte para pesos;
Molas;
Pesos;
Régua;
Barbante.

3.2 Métodos
Primeiro, a mola foi pendurada no suporte, e a posição inicial dela foi anotada
(o deslocamento causado pelo peso da mola será desconsiderado). Foram
colocados oito pesos de 10g um por um, e os valores dos deslocamentos produzidos
por cada um foi observado e registrado.
Após esta etapa, as molas foram associadas em série, e o procedimento foi
repetido com os mesmos pesos, da mesma forma. E por fim, as molas foram
associadas em paralelo, com o auxilio de um fio (barbante), e o procedimento foi
repetido também, mas com sete pesos de 50g dessa vez. O comportamento da mola
e de seus sistemas foi observado e registrado em uma tabela, apresentada no tópico
de Resultados e Discussões, juntamente com o gráfico: Força versus Deslocamento.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após a realização dos procedimentos experimentais apresentados foi
observado que de fato a deformação que acontece nas molas é do tipo elástica,
porque quando a força peso exercida pelos objetos era retirada da mola, ela voltava
ao seu estado original.
Os valores de deslocamento provocados por acréscimo de massa foram
anotados e estão apresentados nas tabelas a seguir, juntamente com os gráficos de
cada sistema observado. Vale ressaltar que os valores utilizados como força elástica
no gráfico, são os valores das massas multiplicados pela aceleração da gravidade
(9,8 m/s2), isso pode ser feito, uma vez que, quando a mola entra em equilíbrio
estático, o valor da força peso e da força elástica são numericamente iguais.

Tabela 1. Deformação causada na mola isolada.


Massa (g) Posição Final Xf (cm) Deslocamento∆ x (cm)
0 21 0
10 22 1
20 22,5 1,5
30 23,2 2,2
40 23,6 2,6
50 24,4 3,4
60 25 4
70 25,6 4,6
80 26,3 5,3

Tabela 2. Deformação causada associação em série das molas.


Massa (g) Posição Final Xf (cm) Deslocamento∆ x (cm)
0 40,5 0
10 41,7 1,2
20 42,9 2,4
30 44,3 3,8
40 45,5 5
50 46,7 6,2
60 48 7,5

6
70 49 8,5
80 50,3 9,8

Tabela 3. Deformação causada associação em paralelo das molas.


Massa (g) Posição Final Xf (cm) Deslocamento∆ x (cm)
0 24,6 0
50 26,1 1,5
100 27,7 3,1
150 29,2 4,6
200 30,7 6,1
250 32,2 7,6
300 33,8 9,2
350 34,6 10

Gráfico 1. Força elástica em função do deslocamento observado na mola.

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Gráfico 2. Força elástica em função do deslocamento observado na
associação em série das molas.

Gráfico 3. Força elástica em função do deslocamento observado na


associação em paralelo das molas.

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Conforme os dados apresentados foi possível perceber que a constante
elástica da primeira mola que estava isolada é de 158,48 N/cm, este valor é dado na
tabela do gráfico 1, representado por Slope (ou coeficiente angular), e representa a
medida da inclinação da reta em relação ao eixo X. Outra observação feita é que na
associação em série o deslocamento foi maior considerando a mesma quantidade
de força da mola isolada. Enquanto que na associação em paralelo, a deformação
(ou seja, o deslocamento) provocado no sistema foi menor se for considerado a
mesma quantidade de peso. Esse fenômeno pode ser explicado porque a constante
elástica da “mola resultante” dos dois tipos de associação é dado da seguinte forma:

Portanto, se na associação em série, a constante elástica obtida das duas


molas é menor que na primeira mola, significa que ela necessita de uma força menor
para deslocar a distância, ou ainda, que com a mesma força aplicada, ela deslocará
uma quantidade maior de distância; analogamente, na associação em paralelo
ocorre o contrario, por isso foram necessários pesos maiores para observar a
deformação da mola. Sabendo dessas observações, e conhecendo as equações
demonstradas acima, pode-se concluir que as constantes elásticas da 2º mola
utilizadas na associação em paralelo e em série é respectivamente:

1 1 1
Kp= K1 + K2 = +
Ks K 1 k2
1 1 1
335,57 = 158,48 + K2 =
79,85 158,48
+ k2
K2= 177,09 N/cm K2= 160,93 N/cm

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5 CONCLUSÃO
Portanto conclui-se que de fato a lei de Hooke é obtida experimentalmente, e
é valida uma vez que a deformação em molas é do tipo elástica, considerando
sempre o limite de aplicação de força na mola, e considerando uma mola ideal. Os
resultados obtidos foram de acordo com o esperado, já que o valor da constante da
associação em serie foi menor que o da mola sozinha, e o valor da constante na
associação em paralelo foi maior que o da mola sozinha.

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REFERENCIAS

Almeida, Gerson. Mecânica Teórica I. 2014, 2º ed, n. 1 [Acessado 02 de outubro de 2022], pp. 9-10.
Editora da Universidade Estadual do Ceará. Disponível em: <l1nq.com/7vZmy>.

Young, Hugh; Freedman, Roger - Física I-Mecânica. 12ª Edição. Pearson Education Limited, 2008.
[Acessado em 16 de outubro de 2022]

Tipler, Paul; Mosca, Gene - Física (Volume 1)-Mecânica, Oscilações e Ondas, Termodinâmica. Livros
Técnicos e Científicos, 2009. [Acessado em 16 de outubro de 2022]

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