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Félix Évora EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA NO

Nº202002823
ESPAÇO
José Silveiro
Nº202201044
João Milicio
Nº202100912
Manuel Jaleca
Nº202001338

Trabalho Laboratorial nº1,


UC de Mecânica

Docente:

Renato Luís
Março, 2023 2
Índice
1. Introdução....................................................................................................................3
2. Objetivos......................................................................................................................4
3. Procedimento Experimental........................................................................................4
4. Resultados....................................................................................................................5
5. Análise de Resultados..................................................................................................7
6. Conclusão.....................................................................................................................7
7. Referências Bibliográficas............................................................................................7

Índice de Figuras

Figura 1 - 1ª Lei de Newton, [referência]...............................................................................3


Figura 2 - Representação da montagem experimental [3]....................................................4

Índice de tabelas

Tabela 1 - Coordenadas dos pontos na montagem...............................................................5


Tabela 2 – Valores de força medidos.....................................................................................5
Tabela 3 – Componentes dos vetores distância e respetivo módulo....................................5
Tabela 4 - Versores.................................................................................................................6
Tabela 5 - Forças experimentais e calculadas analiticamente...............................................6

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1. Introdução
Define-se por uma partícula um corpo infinitesimal que ocupa uma posição no espaço, ou
seja, é definida segundo o eixo do x,y e z.
Uma partícula, não se define apenas por um pequeno corpo. Significa que o tamanho e o
formato dos corpos em estudo não afetam o mesmo estudo, e que todas as forças que
atuam sobre um determinado corpo, têm exatamente o mesmo ponto de aplicação, [1].
A mesma partícula pode ser sujeita à ação de diversas forças, todas essas forças formam
força equivalente denominada força resultante. Assim, podemos afirmar que o efeito
resultante das forças dadas é nulo, e chegamos ao conceito de equilíbrio de uma partícula,
[1].

Dizemos que uma partícula está em equilíbrio se a resultante de todas as forças que nela
atuam é igual a zero.

 Pela Primeira Lei de Newton temos que:


“Se a força resultante que atua sobre uma partícula é nula, esta permanecerá em repouso
(se estiver inicialmente em repouso) ou mover-se-á com velocidade constante e em linha
reta (se estiver inicialmente em movimento), conforme é apresentado na Fig. 1.

Figura 1 - 1ª Lei de Newton, [referência].

Seja R a resultante do sistema de forças que atua numa partícula no espaço (definida em
x, y e z), temos as seguintes condições:
R=∑ Fi=0 (1)
Sendo F as forças e i=1,2,…, n, sendo n o número de forças que atuam sobre a partícula.

Decompondo cada uma das forças nas suas componentes cartesianas, temos que
(solução algébrica):
∑ F ix =0
∑ F iy =0 (2)
∑ F iz =0
A direção de uma força F é definida pelas coordenadas de pois pontos A (x 1,y1 e z1) e
B (x2, y2 e z2), localizados na linha de ação da força F. Consideramos assim o vetor AB …

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2. Objetivos
Tendo por base instruções presentes no guia desta atividade laboratorial, [3], pretende-
se:

1. Determinar analiticamente a força em cada um dos cabos que suportam o bloco.


2. Testar experimentalmente a teoria de equilíbrio de uma partícula, comparando
com os valores calculados analiticamente
3. Referir-se equilibro de uma partícula está em equilíbrio

Para tal é necessário fazer uma montagem experimental que permita obter os valores das
forças e das coordenadas, de forma a se possam calcular o valor das forças e comparar os
valores obtidos.

3. Procedimento Experimental

Realizou-se uma montagem experimental, conforme apresentado na Fig. 3

Fig. 3

Tendo-se usado os respetivos instrumentos de medição: 3 dinamómetros (onde 2 têm


um alcance de medida de 20N com uma incerteza de 0.125N e 1 com um alcance de medida
de 10N com uma incerteza de 0.1N) representados na Fig. 3.1; uma fita métrica com um
alcance de medida de 3M com uma incerteza de 0.05 cm; uma régua com um alcance de
medida de 51 cm com uma incerteza de 0.05cm e 2 pêndulos representados na Fig. 3.2.

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Fig3.1 Fig.3.2

Usaram-se três cabos para fixar … três dinamómetros … de forma a medir as forças em
cada cabo. Após aplicação de uma massa em O registaram-se os valores nos obtidos nos
dinamómetros.

Figura 2 - Representação da montagem experimental [2].

Para verificar o equilíbrio de uma partícula é necessário comparar os valores analíticos da


força em cada cabo para esta montagem, com os valores obtidos nos dinamómetros. Para
calcular os valores analíticos foi usado um referencial, conforme apresentado na Fig. 2.1 e
2.2 de forma a obter as coordenadas dos diversos pontos, para em seguida se efetuarem os
cálculos.

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Fig.2.1 Fig.2.2

Na Tab. 1 são apresentadas as coordenadas medidas para cada ponto:

Tabela 1 - Coordenadas dos pontos na montagem.

Pontos Localização [mm]


x y z
O 0 0 0
A -8,20 49,50 -2,50
B -8,70 50,60 8,00
C 10,00 49,40 1,00

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4. Resultados
Após aplicação de uma massa de 0.406 Kg no ponto O, registaram-se os valores obtidos
nos dinamómetros, conforme apresentado na Tab. 2.

Tabela 2 – Valores de força medidos.

Cabo Força [N]

OA 1,90

OB 2,50

OC 3,60

Tabela 3 – Componentes dos vetores distância e respetivo módulo.

Vetores dx dy dz Módulo d

OA -8,20 49,50 -2,90 50,23

OB -8,70 50,60 6,00 51,69

OC 10,00 49,40 1,00 50,41

Na tab. 4 são apresentados os cosenos diretores (vetor unitário) associados a cada vetor.

Tabela 4 - Versores

Versores i j k

λOA 0,16 0,99 -0,05

λOB -0,17 0,98 0,15

λOC 0,19 0,98 0,02

Estabelecendo -se o equilíbrio na partícula, neste caso em O, obtiveram-se as seguintes


equações:
0,16 T OA + 0,17T OB+ 0,19T OC=0
8
0,99TOA + 0,98TOB + 0,98TOC = 4,08
−0,05 T OA +0,15 T OB +O , 018T OC=0

Na Tab. 5 são apresentados os valores experimentais o os calculados, assim como o erro


relativo.

Tabela 5 - Forças experimentais e calculadas analiticamente.

Forças [N]
Erro Relativo (%)
Cabo Experimental Calculado
OA 1,9 18.45 89.70
OB 2,5 8.87 71.85
OC 3,6 23.4 84.61
Massa M 0.406 kg

Nota: O erro relativo é foi calculado tendo em conta a seguinte expressão:

|Valor experimental−Valor Calculado|


Erro Relativo= ∗100
Valor Calculado

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5. Análise de Resultados

0,16 T OA + 0,17T OB+ 0,19T OC=0


0,99TOA + 0,98TOB + 0,98TOC = 4,08
−0,05 T OA +0,15 T OB +O , 018T OC=0

−0.17 0.19
TOA= TOB− TOC
0.16 0.16
0,99TOA + 0,98TOB + 0,98TOC = 4,08
−0,05 T OA +0,15 T OB +O , 018T OC=0

TOA=-1.06TOB-1.19TOC
0,99TOA + 0,98TOB + 0,98TOC = 4,08
(-0.05)X(-1.06TOB)+(-0.05)X(-1.19TOC)+0.15TOB+0.018TOC=0

TOA=-1.06TOB-1.19TOC
0,99TOA + 0,98TOB + 0,98TOC = 4,08
0.053TOB + 0.059TOC + 0.15TOB + 0.018TOC=0

TOA=-1.06TOB-1.19TOC
0,99TOA + 0,98TOB + 0,98TOC = 4,08
0.203TOB + 0.077TOC=0

TOA=-1.06TOB-1.19TOC
0,99TOA + 0,98TOB + 0,98TOC = 4,08
−0.203
TOC= TOB
0.077

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TOA=-1.06TOB-1.19TOC
0,99TOA + 0,98TOB + 0,98TOC = 4,08
TOC=-2.64TOB

TOA=-1.06TOB-1.19TOC
0,99TOA(-1.06TOB-1.19(-2.64)TOB + 0,98TOB + 0,98(-2.64) = 4,08
TOC=-2.64TOB

TOA=-1.06TOB-1.19TOC
0,99TOA(-1.06TOB-1.19(-2.64)TOB + 0,98TOB + 0,98(-2.64) = 4,08
TOC=-2.64TOB

TOA=-1.06TOB-1.19TOC
-0.99X1.06TOB+0.99X1.19X2.64TOB+0.98TOB-0.98X2.64TOB=4.08
TOC=-2.64TOB

TOA=-1.06TOB-1.19TOC
-1.05TOB+3.11TOB+0.98TOB-2.59TOB=4.08
TOC=-2.64TOB

TOA=-1.06TOB-1.19TOC
4.1TOB-3.64TOB=4.08
TOC=-2.64TOB

TOA=-1.06TOB-1.19TOC
0.46TOB=4.08
TOC=-2.64TOB

TOA=-1.06TOB-1.19TOC
0.46TOB=4.08
TOC=-2.64TOB

TOA=-1.06TOB-1.19TOC
4.08
TOB=
0.46
TOC=-2.64TOB

TOA=-1.06TOB-1.19TOC
TOB=8.87
TOC=-2.64(8.87)
11
TOA=-1.06(8.87)-1.19(-23.4)
TOB=8.87
TOC=-23.4

TOA=18.45
TOB=8.87
TOC=-23.4

Vemos então, que existe um erro bastante considerável dos valores obtidos
experimentalmente, o que reforça que a exatidão e a precisão no valor medido estão
sempre dependentes do equipamento utilizado (precisão dos equipamentos) e da
capacidade do individuo de utilizar o mesmo com precisão, no nosso caso o alta
percentagem de erro poderá ser atribuída ao facto de a nossa experiencia ter sido realizada
com instrumentos de baixa precisão como uma régua e uma fita métrica que teriam
tolerâncias demasiado altas para o nível de precisão que esta experiencia requeria, sendo
também que a maneira como determinamos os pontos em si não é propriamente a mais
fácil uma vez que foi utilizado um pendulo para o qual seria preciso ter mais experiência e
mesmo com experiencia e um pulso firme o nível de precisão de um pendulo é sempre
bastante reduzido quando comparado com outros dispositivos de medição da área de
metrologia. Em alternativa podíamos utilizar um laser com nível incluído para garantir a
precisão da experiencia .

6. Conclusão
Consideramos a resultante das forças de tração aplicadas na partícula como nula pois a
partícula está em repouso, aí utilizamos essa informação para calcular essas mesmas forcas
de tração.
Em termos práticos é raro haver um erro relativo mínimo devido às condições de
adquirimento dos dados. Temos um erro relativo alto (indicando que praticamente a
experiência teve algumas discrepâncias relativamente a teórica) por várias razoes,
coordenadas não precisas no espaço, instrumentos de medidas mal calibrados, utilização de
um pendulo que não é preciso para determinar a posição no plano, erros humanos ao tirar
medidas e utilização desses mesmos instrumentos.
A abordagem experimental permite comparar o que acontece na teoria para o que
acontece na vida real, ajudando na abordagem realística da teórica percebendo algumas
discrepâncias e facilitando a compreensão dos conceitos experimentais.
A adquirição dos dados é a parte mais importante na parte experimental pois a falha nas
medidas leva a que haja um erro maior relativamente a teoria que por vezes pode levar a
erro e a confusão.

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7. Referências Bibliográficas
https://libraryguides.vu.edu.au/ieeereferencing/gettingstarted

[1] Beer, F. P. Johnston, E. R. Mecânica Vetorial para Engenheiros, - Estática. 9ª ed,


McGraw Hill, 2012.
[2] UC de Mecânica, Guia de Laboratorial nº.1 – Equilíbrio de uma Partícula no Espaço, IPS,
2022.

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