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Universidade Federal do Ceará – UFC

Centro de Ciências
Departamento de Física
Disciplina de Física Experimental para Engenharia
Semestre 2019.1

PRÁTICA 05
EQUILIBRIO

Aluno: Maurício Júnior Rodrigues da Silva


Curso: Engenharia Civil
Matricula: 478145
Turma: 06A
Professor: Matheus Nilthon
Data de realização da prática: 28/05/2019
Horário de realização da prática: 8:00

11 de Junho de 2019
1. OBJETIVOS
- Determinar o peso de um corpo através da resolução de um sistema de forças.
- Medir as reações nos poios de uma viga bi apoiada quando uma carga móvel é
deslocada sobre a mesma.
- Verificar as condições de equilíbrio.
2. MATERIAL
(1ª Parte)
- Massa aferida 100g.
- Estrutura de madeira.
- Massa desconhecida.
-Balança digital.
-Transferidor montado em suporte.
-Material para desenho (papel, régua, esquadro e transferidor).
(2° parte)
- Massa aferida de 50g.
- Dinamômetros de 2N (dois).
- Estrutura de suporte.
- Barra de 100cm de comprimento.
3. INTRODUÇÃO
EQUILÍBRIO DE UMA PÁRTICULA (1ºParte)
A situação de uma partícula em equilíbrio para a física é quando ela mantém seu
estado inercial. O estado inercial ocorre quando um corpo está parado em relação ao
um referencial ou quando um corpo mantém um movimento com velocidade
constante. Para que essa situação ocorra, é necessário que a resultante das forças que
atuam sobre esse corpo seja nula.

Figura 1: representação de uma situação de equilíbrio de uma partícula. Disponível


em:< http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAghjAAC-3.jpg >.
Na figura observa-se o corpo P1 em equilíbrio, no qual podemos afirmar: P1 =
T1(módulo). No nó A agem as forças 3 forças de módulo T1, T2 e T3, pelo fato do
nó esta em repouso, pode-se dizer que nele há equilíbrio. Assim, a força resultante
ente T2 e T3 é em módulo igual a T1 (pois tem a mesma direção, mas o sentido é
oposto). Se o valor de P1 for conhecido (como é o caso, pois sua massa é de 100g),
pode-se determinar as trações T2 e T3.

Figura 2: forças que atuam no nó A e no nó B. Disponível em: < http://s3.amazonaw


s.com/magoo/ABAAAghjAAC-4.jpg >.
Para determinar os módulos de T2 e T3 deve-se determinar a resultante entre elas
que será chamada de T1’, formando um paralelogramo como na figura 2, nó A.
Estabelecendo uma escala para a representação de T1, os módulos de T2 e T3 podem
ser determinados com a medição dos segmentos que os representam.
Sobre o corpo 2 atuam 2 forças de módulo P2 e T6, por agir no mesmo corpo na
mesma direção e com sentido contrário, pode-se afirmar que P2 é igual a T6. Sobre o
nó B agem 3 forças de módulo T4, T5 e T6, como o nó está em repouso, pode-se dizer
que nele há equilíbrio. Assim, a resultante entre T4 e T5 é em módulo igual a T6.
Como o valor de T3 é conhecido e ele está na mesma direção e em sentido contrário
a T4, o módulo de T3 é igual ao de T4. Dessa forma, pode-se calcular os módulos de
T5 e T6. Para determinar os módulos de T5 e T6 deve-se determinar a resultante entre
elas que será chamada de T4’, formando um paralelogramo como na figura 3.
Medindo os segmentos que representam T5 e T6 e conhecendo a escala estabelecida,
obteremos os módulos de T5 e de T6. Como P2 é igual a T6 em módulo, ao determinar
T6 estará determinando P2.
EQUILÍBRIO DE UM CORPO RÍGIDO (2ºparte)
Para que um corpo rígido esteja em equilíbrio, precisa satisfazer duas condições:
a) A soma vetorial de todas as forças externas que atuam sobre ele seja nula.
b) A soma vetorial de todos os torques externos que atuam sobre ele seja nula.
Para uma barra uniforme de peso P2, e comprimento L(figura 3), em equilíbrio
sobre os apoios A e B, e com uma carga P1, que pode mover-se sobre a barra, sendo
x sua posição em relação a extremidade esquerda, podemos escrever:
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 − 𝑃1 − 𝑃2 = 0 (1)
𝑃2𝐿
𝑃1𝑋 + − 𝑅𝑎𝑋𝑎 − 𝑅𝑏𝑋𝑏 = 0 (2)
2

Figura 3: situação de equilíbrio em um corpo rígido que foi estudado na prática.


Disponível em:< http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAghjAAC-14.jpg >.
4. PROCEDIMENTO
1ª PARTE
4.1 - Certifique-se de que o peso P1 = 100g no nó A está à esquerda e o peso
desconhecido, Pd, no nó B à direita.
4.2 - Meça os ângulos descritos e reproduza abaixo a geometria pra cada nó (use 5,0
cm para representar 100gf).
4.3 Aplicamos o método descrito na (1° parte)- Equilíbrio de uma partícula e
determinamos o peso desconhecido, Pd. → Obs: unidade g/f
Nó A:
Eixo x:
T2x – T3x = 0 T2x = cos 50° T2
T2x = T3x T2x = 0,643T2
0,643T2 = 0,978T3 T3x = cos 12°T3
T2 = 1,52T3 T3x = 0,978T3
Eixo y:
T2y + T3y – P1 = 0 T2y = sen 50ºT2
T2y + T3y = P1 T2y = 0,766T2
0,766T2 + 0,208T3 = 100 T3y = sen 12ºT3
0,766(1,52T3) + 0,208T3 = 100 T3y = 0,208T3
T3 = 73,0
Nó B: obs: T3 = T4
Eixo x:
T4x – T5x = 0 T4x = cos 10ºT4
T4x = T5x T4x = 0,985T4
0,985T4 = 0,695T5 T5x = cos 46ºT5
0,985(73,0) = 0,695T5 T5x = 0,695T5
T5 = 103
Eixo y:
T6 – T5y = 0
T6 = T5y T5y = sen 46º T5
T6 = 0,719T5 T5y = 0,719T5
T6 = 0,719(103)
T6 = 74,0
4.4 Informamos ao professor o peso Pd determinado e em seguida verificamos, utilizando
uma balança digital, se o mesmo foi obtido com uma margem de erro menor do que 10%.
(72,0 − 74,0)
𝐸𝑟𝑟𝑜 = 𝑥 100%
74,0
𝐸𝑟𝑟𝑜 = 2,70%
2ª PARTE
4.5 Faça a montagem da figura 5 (imagem logo abaixo). O dinamômetro A devera estar
a 20 cm da extremidade esquerda da barra e o dinamômetro B a 20 cm da extremidade
direita.

Figura 4: Viga bi-apoiada com um peso sobre a mesma. Disponível em: < http://s3.amaz
onaws.com/magoo/ABAAAghjAAC-15.jpg >.
4.6 Determine o peso da barra a partir das leituras do dinamômetros. P2 = 1,96 N.
4.7 Faça a massa de 50 g percorrer a barra (régua) de acordo com as posições indicadas
na Tabela 5.1, a partir do zero (extremidade), anotando os valores das reações RA e RB
(leituras dos dinamômetros).

X (cm) RA (N) RB (N) RA + RB (N)


0 1.62 0.82 2.44
20 1.48 0.95 2.43
40 1.32 1.14 2.46
50 1.22 1.22 2.44
60 1.14 1.32 2.46
80 0.96 1.42 2.38
100 0.92 1.44 2.36

4.8 Trace, abaixo, em um mesmo gráfico, as reações RA e RB em função da posição X


(cm).
4.9 No mesmo gráfico, trace os valores de RA + RB em função de x.
3

2,5

2
RA
Massa(g)

1,5 RB
RA+RB
1

0,5

0
0 20 40 60 80 100 120
X(cm)

5. QUESTIONÁRIO
5.1 Qual o peso desconhecido obtido com a balança? Qual o valor obtido pelo método
descrito na 1ª Parte desta prática? Qual o erro percentual do valor experimental
em relação ao obtido com a balança?
R: peso na balança: 0,072 Kg ; 0,70N
Valor obtido na pratica = 0,0740,80 Kg ; 0,725 N
Erro percentual = 2,70%

5.2 Some graficamente T1, T2 e T3 (use 5,0cm para representar 100gf).

5.3 Qual o peso da régua (barra) utilizada na 2ª parte? Em N e em gf.


R: 1,96 N ;
1,96 N = m x 9,8 m/s² = 200 gf
5.4 Verifique, para os dados obtidos com o pesa na posição 80 cm sobre a régua, se
as condições de equilíbrio são satisfeitas (equações 5.1 e 5.2) Comente os
resultados.
RA*20 + RB*80 = 50*P2 + 80*P1
RA = (30*1,96) / 60 = 0,98 N
0,98*20 + RB*80 = 50*1,96 + 80*0,50
RB*80 = 98 + 40 – 19,6
RB = 118,4 / 80 = 1,48.
6. CONCLUSÃO
Portanto, com a prática realizada, pode-se constatar as duas principais situações de
equilíbrio, que são Equilíbrio em uma Partícula e Equilíbrio em um Corpo Rígido.
E sempre nesses dois casos a partícula estará em repouso ou seja a somatória das
suas forças será nula, ou seja zero. Dessa forma, podemos determinar massas
desconhecidas, como na 1º Parte do procedimento, a partir da resolução de um
sistema de forças, como é explicado na primeira parte. Ademais, pode-se medir as
reações em apoios de uma viga bi-apoiada, como foi realizado na 2º Parte do
procedimento.
7. BIBLIOGRAFIA
1. DIAS, N. L. Roteiro de aulas Práticas de Física. Fortaleza: UFC, 2019.
2. LIRA.J.C.L. Equilíbrio Estático. InfoEscola. Disponível em: < http://www.infoes
cola.com/fisica/equilibrio-estatico/ >. Acesso em: 10 de Junho de 2019.
3. Autor desconhecido. Estática de um Corpo Rígido. Só Física. Disponível em: <
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/EstaticaeHidrostatica/estdecorp
o.php >. Acesso em: 10 de Junho de 2019.

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