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Universidade Federal do Ceará – UFC

Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Mecânica e de Produção

Semestre 2017.1

Relatório de Física Experimental Para Engenharia


Prática 05: Equilíbrio

Aluno(a): Sidney Roberto Ferreira Vasconcelos Matrícula: 400936

Curso: Engenharia Mecânica Turma: 18A

Professor: Gabriel Oliveira

Disciplina: Física Experimental Para Engenharia

Data da prática: 05/06/2017

Horário da realização da prática: 10:00 – 12:00

Fortaleza, Ceará

2017
Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3
1.1. EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA ...................................................................................... 3
1.2. EQUILÍBRIO DE UM CORPO RÍGIDO .................................................................................. 4
2. OBJETIVOS ................................................................................................................................. 5
3. MATERIAL .................................................................................................................................. 5
4. PROCEDIMENTO ........................................................................................................................ 5
4.1. PROCEDIMENTO (1ª PARTE).............................................................................................. 5
4.2. PROCEDIMENTO (2ª PARTE).............................................................................................. 7
5. QUESTIONÁRIO ......................................................................................................................... 8
6. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 9
7. BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................................... 10
1. INTRODUÇÃO
Podemos afirmar que um corpo está em equilíbrio quando a resultante de todas as
forças que atuam sobre ele é zero. Deste modo, podemos separar o estudo do equilíbrio em
duas partes, em função do tipo de corpo estudado, sendo elas: equilíbrio de uma partícula e
equilíbrio de um corpo rígido.

1.1. EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA


A única condição para que uma partícula esteja em equilíbrio é que a soma das forças
resultantes que atuam sobre ela seja nula, conforme mostra a equação 1.

∑ 𝐹⃗ = 0 (Equação 1)

A figura 1 mostra um sistema de em equilíbrio, junto da representação de todas as forças


atuantes no sistema e, ao se aplicar a Segunda Lei de Newton neste sistema, é possível, a partir
de uma força conhecida, determinar as trações que agem sobre as partículas ou nós daquele.
Em tais sistemas, é preferível trabalhar com as partículas separadamente, de modo a facilitar
tanto o entendimento do sistema quanto os cálculos, conforme mostra a figura 2.

Figura 1

Em tais sistemas, é preferível trabalhar com as partículas separadamente, de modo a


facilitar tanto o entendimento do sistema quanto os cálculos, conforme mostram as figuras 2
(nó A, lado esquerdo) e 3 (nó B, lado direito).
1.2. EQUILÍBRIO DE UM CORPO RÍGIDO
Para que um corpo rígido esteja em equilíbrio, além de a resultante de todas as forças
sobre o corpo serem nulas, é necessária uma nova condição: deve ser nula a soma dos torques
de todas as forças externas que atuam sobre o corpo em relação a qualquer ponto, conforme a
equação 2.

∑𝜏 = 0 (Equação 2)

Peguemos, por exemplo, uma barra uniforme de comprimento L e peso P2 em equilíbrio


sobre dois apoios A e B com uma carga P1 que pode se deslocar sobre a barra. Sendo X sua
posição relativa sobre a barra, conforme a figura 4, temos que:

𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 – 𝑃1 – 𝑃2 = 0 (Equação 3)
2𝐿
𝑃1𝑥 + 𝑃 – 𝑅𝐴 𝑥𝐴 – 𝑅𝐵 𝑥𝐵 = 0 (Equação 4)
2

Figura 4
2. OBJETIVOS
 Determinar o peso de um corpo através da resolução de um sistema de forças
 Medir as reações nos apoios de uma viga bi-apoiada, quando uma carga móvel é
deslocada sobre a mesma
 Verificar as condições de equilíbrio

3. MATERIAL
(1ª Parte)

 Massa aferida 100 g;


 Estrutura de madeira;
 Massa desconhecida;
 Balança digital;
 Transferidor montado em suporte;
 Material para desenho (papel, régua, esquadro e transferidor).

(2ª Parte)

 Massa aferida de 50 g;
 Dinamômetro de 2 N (dois);
 Estrutura de suporte;
 Barra de 100 cm de comprimento.

4. PROCEDIMENTO
Primeiramente, foi ministrada uma aula teórica acerca do assunto em questão, a qual
abordou os diferentes tipos de equilíbrio, bem como suas condições. Ademais, essa passou o
conhecimento necessário para a realização da prática, bem como técnicas corretas para a
obtenção correta dos diversos dados. Em seguida, deu-se início à prática em si, a qual foi dividida
em duas partes.

4.1. PROCEDIMENTO (1ª PARTE)


Na primeira parte do procedimento, nos certificamos que a massa de 100 g estava à
esquerda e o peso desconhecido à direita e, em seguida, com um transferidor, medimos os
ângulos descritos e desenhamos a geometria de cada nó separadamente. A escala adotada foi
de 5 cm para cada 100gf.

As figuras 5 e 6 representam, respectivamente, os nós A e B. Os cálculos para obtenção


da tração em cada fio também estão representados, sendo que, para obter tais valores, utilizou-
se um artifício através da construção de paralelogramos (a partir de propriedades de soma
vetorial). Em seguida, utilizamos a escala adotada para obter os valores das respectivas trações
(OBSERVAÇÃO: AS FIGURAS ESTÃO FORA DA ESCALA REAL).
Após tais cálculos, retirou-se o objeto pendurado no Nó B (representado pelo Peso 2,
com Tração T6) e, por meio de uma balança digital, foi obtida a sua massa, sendo esta cerca de
72,1 g, logo sendo seu peso aproximadamente 72,1 gf. O valor obtido pelo procedimento 1 foi
T6=68 gf, a qual apresenta uma margem de erro de aproximadamente 5,69%.

4.2. PROCEDIMENTO (2ª PARTE)


Na segunda parte do procedimento, suspendeu-se a barra de 100 cm utilizando-se os
dois dinamômetros colocados a uma distância de 20 cm das extremidades da barra. Em seguida,
a partir da leitura das forças obtidas pelos dinamômetros e sua soma, determinamos que o peso
da barra é de, aproximadamente, 2,00 N.

Após isso, movemos um peso de 50 g ao longo da barra e obtivemos as medidas de cada


dinamômetro conforme as instruções presentas na apostila de práticas. Os dados obtidos
encontram-se na tabela 1.

x (cm) RA (N) RB (N) RA + RB (N)


0 1,62 0,86 2,48
10 1,54 0,96 2,50
20 1,46 1,04 2,50
30 1,38 1,12 2,50
40 1,30 1,20 2,50
50 1,22 1,30 2,52
60 1,14 1,38 2,52
70 1,04 1,46 2,50
80 0,96 1,54 2,50
90 0,88 1,62 2,50
100 0,80 1,72 2,52
Tabela 1: Reações dos dinamômetros conforme a posição do peso aferido.

Em seguida, traçou-se o Gráfico 1 com as reações RA e RB e os valores de RA+RB, no


mesmo gráfico. O Gráfico 1 encontra-se a seguir:

Gráfico 1: Reações em função do tempo


3
2.8
2.6
2.4
2.2
2
Reação (N)

1.8
1.6
1.4
1.2
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Posição x (cm)

Ra Rb Ra + Rb
5. QUESTIONÁRIO
1- Qual o peso desconhecido obtido com a balança? Qual o valor obtido pelo método descrito
na 1ª Parte desta prática? Qual o erro percentual do valor experimental em relação ao obtido
com a balança?

Resposta: Peso desconhecido obtido com a balança: 72,1 gf; Valor obtido pelo método
descrito na 1ª parte: 68 gf;
(𝑽𝑹 − 𝑽𝑬 ) (𝟕𝟐, 𝟏 – 𝟔𝟖)
𝑬𝒓𝒓𝒐 = = = 𝟎, 𝟎𝟓𝟔𝟖𝟔 = 𝟓, 𝟔𝟗%.
𝑽𝑹 𝟕𝟐, 𝟏

2 – Some graficamente T1, T2 e T3 (use 5,0 cm para representar 100 gf).

Resposta: T1’

3 – Qual o peso da régua (barra) utilizada na 2ª Parte? Em N e em gf.

Resposta: 2 N ou 204 gf

4 – Verifique, para os dados obtidos com o peso na posição 70 cm sobre a régua, se as condições
de equilíbrio são satisfeitas. Comente os resultados.

Resposta: Pela equação (3), temos:

𝑹𝑨 + 𝑹𝑩 – 𝑷𝟏 – 𝑷𝟐 = 0

𝟏, 𝟎𝟒 + 𝟏, 𝟒𝟔 – 𝟎, 𝟒𝟗 – 𝟐, 𝟎𝟎 = 𝟎, 𝟎𝟏 ≈ 𝟎
Pela equação (4), temos:
𝑳
𝑷𝟏 𝒙 + 𝑷𝟐 – 𝑹𝑨 𝒙𝑨 – 𝑹𝑩 𝒙𝑩 = 𝟎
𝟐
𝟎, 𝟒𝟗 𝒙 𝟎. 𝟕 + 𝟐, 𝟎𝟎 𝒙 𝟎, 𝟓 – 𝟏, 𝟎𝟒 𝒙 𝟎, 𝟐 – 𝟏, 𝟒𝟔 𝒙 𝟎, 𝟖 = −𝟎, 𝟎𝟑𝟑 ≈ 𝟎
Com tais resultados, pode-se observar que tanto a soma das forças resultantes quanto as
somas dos torques atuantes no sistema aproximam-se muito de zero. Podemos atribuir as
pequenas diferenças à erros experimentais e, portanto, afirmar que o sistema está em
equilíbrio.
5 – Calculo os valores esperados para as reações RA e RB (em gf) medidas nos dinamômetros,
para uma régua de 80 cm e 60 gf e um peso de 40 gf colocado sobre a régua na posição x = 50
cm. Considere que um dos dinamômetros foi colocado na posição 10 cm e o outro na posição
60 cm.

Dados: L = 0,80 m; P2 = 60 gf; P1 = 40 gf; x = 50 cm; XA = 10 cm; XB = 60 cm

1 – Considerando o sistema em equilíbrio, temos que:

𝑹𝑨 + 𝑹𝑩 – 𝑷𝟏 – 𝑷𝟐 = 0

𝑹𝑨 + 𝑹𝑩 – 𝟒𝟎 – 𝟔𝟎 = 𝟎
𝑹𝑨 + 𝑹𝑩 = 𝟏𝟎𝟎 𝒈𝒇 (1)

E que:
𝑷𝟐 𝑳
𝑷𝟏 𝒙 + – 𝑹𝑨 𝒙𝑨 – 𝑹𝑩 𝒙𝑩 = 𝟎
𝟐
𝟒𝟎 𝒙 𝟎, 𝟓𝟎 + 𝟔𝟎 𝒙 𝟎, 𝟒𝟎 − 𝑹𝑨 𝒙 𝟎, 𝟏 − 𝑹𝑩 𝒙 𝟎, 𝟔 = 𝟎
𝟎, 𝟏𝑹𝑨 + 𝟎, 𝟔𝑹𝑩 = 𝟒𝟒 𝒈𝒇 (2)
Deste modo, formamos um sistema de equações:

𝑹𝑨 + 𝑹𝑩 = 𝟏𝟎𝟎 𝐠𝐟 (𝟏)
{
𝟎, 𝟏𝑹𝑨 + 𝟎, 𝟔𝑹𝑩 = 𝟒𝟒 𝒈𝒇 (𝟐)

Resolvendo tal sistema, temos que:

𝑹𝑨 = 𝟑𝟐 𝒈𝒇 𝒆 𝑹𝑩 = 𝟔𝟖 𝒈𝒇

6. CONCLUSÃO
A partir dos dados obtidos através dos procedimentos e dos cálculos realizados a partir
destes, pudemos observar a presença das condições necessárias para a obtenção de um sistema
em equilíbrio. Desse modo, vimos que para ocorrer o equilíbrio em um ponto material, a
resultante das forças que atuam sobre esse deve ser nula e, em um objeto rígido, constatamos
que tanto a resultante das forças quanto a resultante dos torques devem ser nulos.

Com os dados obtidos pela prática, pudemos observar a presença de erros


experimentais devido à diversos fatores, como a oscilação dos fios, a não uniformidade das
massas e erros humanos. No entanto, tais desvios não causaram uma diferença significativa nos
dados, o que comprova que a prática foi realizada de forma satisfatória e que seus objetivos
foram alcançados.
7. BIBLIOGRAFIA
http://brasilescola.uol.com.br/fisica/equilibrio-um-ponto-material.htm

https://www.colegioweb.com.br/estatica/equilibrio-de-um-ponto-material.html

http://www2.anhembi.br/html/ead01/fisica/lu13/lo1/index.htm

http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/equilibrio-um-ponto-material.htm

http://brasilescola.uol.com.br/fisica/equilibrio-corpo-extenso.htm

http://www2.anhembi.br/html/ead01/fisica/lu14/lo2/index.htm

http://soumaisenem.com.br/fisica/o-movimento-o-equilibrio-e-descoberta-de-leis-
fisicas/equilibrio-corpo-extenso

https://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_de_Newton

DIAS, Nildo Loiola. Roteiros de aulas práticas de Física. UFC. Fortaleza, 2017;

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