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CENTRO DE CULTURA BALLROOM

A PERSPECTIVA LGBTQIA+ NAS DISCUSSÕES DAS CIDADES COMTEMPORÂNEAS

A. Guilherme Taborda Correia | E-mail: guilhermetaborda.ac@gmail.com


Orientação: Karen Nency Ferreira | E-mail: karenferreira@gmail.com
CENTRO UNIVERSITÁRIO CURITIBA

Curitiba, 2021.
O MOVIMENTO E O QUE ELE MOVIMENTA

A luta LGBTQIA+ é ramificada e abrange discussões


extensas e complexas quanto ao reconhecimento de suas
demandas e direitos ao utilizar as cidades em todas as escalas. A
sigla representa lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, travestis,
transexuais, queers, intersexo, agêneros, assexuados e mais.
Simões e Facchini (2009) relatam que em toda a história da
civilização, houve espaços de sociabilidade para a comunidade
com a função de inclusão, compartilhamento de ideias e apoio
social, voltados a conscientização e politização.
De forma exploratória, por estudo em artigos científicos,
dissertações, teses, livros e mídias digitais, a pesquisa aborda
conceitos, marcos históricos e experiências urbanísticas que
localizam a comunidade na sua participação social e
contextualizam o projeto de Retrofit do Colégio Tiradentes, no
Centro de Curitiba.

• A partir da Cultura Ballroom, projetar um espaço de performance


artística, política e social de apoio social e cultural a população
LGBTQIA+;
• Propor discussões que ampliem a visão sobre a segregação de
determinados públicos e espaços;
• Ressignificar barreiras arquitetônicas geradas por conceitos de
gênero, abordando a problemática do uso dos banheiros públicos por
pessoas transexuais, transgêneros e travestis e aplicar a diversidade ao
se pensar nesses espaços.

Conforme Gravia
(2019), o turismo
No Brasil em 2015, o
LGBTQIA+
poder financeiro foi
representou 10% dos
Segundo a Out estimado em R$ 419
viajantes e 15% do
Leadership2 (2021), milhões, 10% do PIB
faturamento do
o poder de Para o IBGE em nacional, conforme
setor.
compra global 2010, existiam ao Scrivano e Neto
desse público é de menos 67,4 mil (2015).
US$ 3,7 trilhões. casais formados
por pessoas do
mesmo sexo.
01
São comuns os olhares suspeitos quando se propõe discutir as possíveis relações entre
pop e política. [...]. Talvez a dificuldade em cogitar as relações entre esses campos
esteja em ignorar a complexidade dos fenômenos defendida por Edgar Morin (2011).
[...]. [...] A dificuldade do pensamento complexo é que ele deve enfrentar o
emaranhado [...], a incerteza, a contradição” (MORIN, 2011, p. 13-14). O paradoxo é
inerente à própria condição humana, [...] Ou seja, resistir às possibilidades de um
“pop político” ou de uma “política pop”, pressupondo que são territórios
antagônicos, é resistir ao paradoxo da complexidade no qual somos forjados e,
como tal, está imbricado nos fenômenos que emergem das relações humanas.
(SCUDELLER; SANTOS, 2020).

A concepção de que todos nascem cisgêneros e heterossexuais fortalece um


discurso intolerante, ignorante e que gera desamparo familiar, psicológico e político aos
LGBTQIA+. Tal situação sempre gerou nos membros do grupo um alto índice de
migração aos centros urbanos, que como apontam Simões e Facchini (2009, p. 47),
construíram espaços representativos como a Castro Street, de São Francisco e a
Christopher Street, de Nova York. Para os autores, a ocupação desses territórios urbanos
rendeu a comunidade importância econômica e política.
Consequentemente, ao ocuparem as áreas urbanas, a população foi
direcionada a vários processos de marginalização, de localização, de acesso a saúde,
educação e trabalho, a tornando dependente, conforme apontam Simões e Facchini
(2009), de assistencialismo para conseguir políticas públicas de reconhecimento e
valorização. Em meio a esse contexto, a Cultura Ballroom, uma das expressões artísticas
da comunidade, se propõe como um espaço de ruptura de padrões, onde regras
sociais são quebradas e discussões de liberdade sexual e desmarginalização de corpos
se fazem presentes.

CULTURA BALLROOM

Os bailes de máscara e drag queens da década de 1920, movimentaram a cena


LGBTQIA+ em Nova York e foram alvos de políticas públicas de perseguição, porém,
seus membros apenas aumentaram, a revista Ebony, em 1953 reportou um baile com
três mil pessoas (SANTOS, 2018, apud LAWRENCE, 2011, apud EBONY, 1953). Apesar de
acolher a comunidade, frente ao preconceito racial, esses espaços não
proporcionavam visibilidade e reconhecimento aos participantes negros, que
dificilmente venciam as competições devido ao padrão de beleza eurocêntrico. Dessa
forma, no Harlem dos anos 1970, os Ballrooms surgem como espaços de sociabilidade e
politização através de performances, competições e estruturas de apoio social e
emocional. Inseridos em contextos de marginalização de pessoas latinas, negras e
periféricas, esses locais acolheram a comunidade e foram vitais para a conscientização
do HIV/AIDS. O Ballroom é um ato político, que projeta uma realidade onde grupos que
não tem acesso a determinados espaços e profissões, possam mostram sua
capacidade e habilidade de viver todas as experiências que a cidade lhes nega.

De acordo com o site Acesso Cultural (2021), no Ballroom ocorrem os Balls,


competições dividias em categorias, como sensualidade, dança e moda. Os
concorrentes devem apresentar uma performance digna do tema proposto para
conseguir da bancada, composta por 5 jurados, a nota 10, ou na linguagem Ballroom:
“ten, ten, ten across the board”, que significa que a participante irá seguir para as
próximas categorias, ou levar um “chop”, sendo eliminada. A Runway é umas dessas
categorias, onde em um desfile temático de interpretação, se deve servir a “realness”,
passando o máximo de credibilidade ao viver a fantasia proposta. Outra, é a Latex Ball,
que visava a conscientização quanto ao uso do preservativo em meio ao HIV/AIDS.
Os vencedores das competições passam a ganhar alcunhas,
como legendary e icon, tornando-se referência nos Balls. A representação mais comum
da Cultura se dá para o público geral a partir do voguing, dança surgida a partir da
prática de throwing shade, que é uma atitude de insultar o rival de forma sutil, com
ironia ou movimentos corporais. A cena Ballroom é construída pelas Houses, ou casas,
em português, grupos que organizam e apresentam os eventos, sendo
a House of LaBeija a primeira a promover o Ballroom para a comunidade latina, negra
e periférica. Uma história por trás do surgimento relata que: tudo começou em um clube
chamado Footsteps:
(...) Paris Dupree estava lá e um monte dessas queens negras estavam
jogando shade umas nas outras. Paris tinha uma revista Vogue em sua bolsa e enquanto
estava dançando, ela tirou da bolsa, abriu em uma página onde tinha uma modelo
posando e parou naquela pose junto com a batida da música. Então ela virou para a
próxima página e parou em uma nova pose, novamente junto com a batida. (...) outra
queen veio e fez uma outra pose na frente de Paris, e então Paris 14 foi na frente dela e
fez outra pose. (...). Isso tudo era shade (...) e logo começou a ser feito nos balls. Primeiro
eles chamaram de posing e depois, por ter começado por conta da revista Vogue,
chamaram de voguing” (SANTOS, 2018, apud, LAWRENCE, 2011).

CIDADE E GÊNERO

As discussões propostas pela Cultura Ballroom, demonstram-se presentes nos dias


de hoje, frente a dados como o da ONG Transgender Europe, em 2020, que conforme
Oliveira (2021), apontam o Brasil como o país que mais mata pessoas transexuais, sendo
2021 o 13º ano consecutivo desse dado. A letra “T” da sigla, comumente se encontra
na linha de frente das dificuldades cotidianas do grupo, porém são negadas até mesmo
dentro da comunidade, representando os piores índices de qualidade de vida, com
expectativa de vida de apenas 35 anos. No ambiente escolar, Cruz (2008), relata que
as dificuldades surgem desde a chamada até o uso do banheiro, sendo o uso desse
espaço, um dos principais tabus na vida dessa parcela da sociedade.

Neste texto trago algumas reflexões e problematizações que fiz junto as (e aos)
diretoras(es) e que se pautam principalmente em perguntas de inspiração foucaltiana:
Por que o lugar no qual a travesti "faz xixi" se tornou uma questão para nós? Como
lidamos com as diferenças no cotidiano da escola? Que sujeitos produzimos com estes
dispositivos que vigoram no cotidiano? O que ensinamos/produzimos no cotidiano da
escola quando a travesti não tem lugar para "fazer xixi"? (CRUZ, 2008).

Banheiros são ambientes comuns no projeto arquitetônico e possuem diversas


normativas que permeiam sua elaboração e execução, porém são espaços
geralmente escondidos e esquecidos nos projetos. Segundo o Archdaily Brasil (2020),
esses espaços sempre foram um tabu para a sociedade, frente a dilemas morais, de
higiene e aflorando questões de gênero. Para Mesquita (2016), esses espaços sempre
foram segregados, já tendo sido negados as mulheres, que após anos de luta
conseguiram a inauguração do primeiro banheiro público feminino, na Londres de 1905.
Posteriormente, principalmente durante o período de segregação racial nos EUA, foi
restringido a pessoas negras. No contexto LGBTQIA+, ainda e negado a pessoas,
transexuais, transgêneros e travestis. Tal tabu se baseia na desvalorização de corpos que
não seguem o modelo homem cisgênero, heterossexual, branco e sem restrições físicas.

A empresa comprometeu-se a construir e ampliar novas instalações para os banheiros


e vestiários. Uma planta foi elaborada de modo que os armários dos vestiários fossem
divididos em blocos. Embora não houvesse um acordo formal, a intenção por trás da
distribuição era atribuir armários para brancos próximos entre si e para negros, também
próximos entre si. Embora não houvesse uma segregação como regra explícita no uso
dos banheiros, era evidente que cada grupo iria usar os banheiros próximos aos seus
armários, o que resultaria numa espécie de segregação tácita (MESQUITA, 2016,
tradução livre, apud OHLY, 1946, p.2).

Segundo Melo e Sobreira (2018), ao tratar de sexualidade humana, é necessário


diferenciar três termos essenciais: gênero, orientação sexual e sexo biológico. Gênero é
defendido por Stoller, 1968 e Oakley, 1972 como um termo com conotação psicologia
e cultural. Judith Butler, em seus estudos a partir de 1988, o entende como uma
performance social, ou seja, é a forma como uma pessoa se comporta, tendo atitudes
socialmente consideradas masculinas ou femininas. Existem vários gêneros, como
cisgênero, transgênero e não binário, por exemplo. A orientação sexual se refere ao
desejo sexual, sendo definidas as expressões bissexual, heterossexual e homossexual. E o
sexo biológico está ligado a características físicas, como cromossomos. Para o
Departamento de Direitos Humanos e Cidadania - DEDIHC (2016), são possíveis infinitas
formas de vivência e de expressão da sexualidade.
A dificuldade ao acessar esses espaços também se estende a pais que
precisavam utilizar o banheiro com filhos de sexo biológico diferente do seu e por
pessoas com necessidades de acessibilidade diferenciadas, sendo que tais
necessidades vêm sendo atendidas lentamente durante a história urbana. Segundo
Preciado (2010), existe uma limitação de pensamento e evolução na forma como se
projeta um banheiro, onde o feminino é uma reconstrução do espaço doméstico, sendo
privado e controlado por regras e o masculino, uma reiteração das leis de visibilidade e
da posição ereta, tradicionais definições da masculinidade.

Na porta de cada banheiro, como único signo, uma interpelação de gênero: masculino
ou feminino, damas ou cavalheiros, guarda-chuva ou chapéu, bigode ou florzinha,
como se tivéssemos que entrar no banheiro para refazer o gênero mais do que se
desfazer da urina e da merda. (PRECIADO, 2010).

CENTROS CULTURAIS E RETROFIT

Para Daudén (2021), o termo retrofit remete às atualizações tecnológicas em


edifícios existentes, atendendo as adequações legislativas, funcionais e
correspondentes as demandas contemporâneas, sendo primeiramente necessário
entender o que será mantido, demolido e quais os futuros usos. A prática surge na
Europa e Estados Unidos na década de 1990, frente a necessidade de revitalizar edifícios
antigos. A origem da palavra vem de “retro”, do latim, que significa movimentar-se para
trás, e do sufixo “fit”, do inglês, que significa adaptação, ajuste.

- Aproveitamento de estrutura;
- Impacto na paisagem urbana e
- Preservação do patrimônio histórico e cultural;
- Déficit habitacional e a sustentabilidade ambiental;
- Mais econômica e eficiente que demolição seguida de reconstrução.

Conforme Silva (1995), os centros culturais ganharam destaque na metade do século


XX, ao se perceber que a cultura é produzida no cotidiano. Segundo a autora: “de 1955-
1965, a cultura na França caracterizou-se por uma diversidade de gêneros e níveis culturais
de lazer nas diferentes classes e categorias sociais”. A partir de tais pensamentos, em 1975
é inaugurado em Paris, o primeiro centro cultural moderno na Europa, o Centre National
d’Art et Culture Georges Pompidou, conhecido também como Beaubourg. De acordo
com a autora, para o sociólogo Dumazedier, a reivindicação tempo de lazer é
característica da sociedade industrial, sendo esse espaço construído para a classe
operária Francesa. É também um espaço voltado a estimular a reflexão e o espírito crítico.
De acordo com Ramos (2007), no Brasil, os primeiros surgiram em São Paulo na década de
1980, sendo eles o Centro Cultural do Jabaquara e o Centro Cultural 33 São Paulo, ambos
financiados pelo Estado. A origem desses espaços remonta as bibliotecas e museus da
história:
“Provavelmente, discutia-se Cultura na Biblioteca de Alexandria. Sempre houve um espaço
para armazenar as idéias, quer registradas em argila, apiro, pergaminho, papel ou cd-rom.
Da mesma forma, o homem nunca deixou de reservar áreas para trocar idéias. Por uma
convergência de fácil explicação, área para armazenar documentos e para discutir,
inclusive discutí-los, passou a ser a mesma. Por isso, a Biblioteca de Alexandria pode ser
caracterizada como o mais nítido e antigo centro de Cultura”. (RAMOS, 2007, apud
MILANESI, 1997, p.77).

ESTUDO DE CASO - BANHEIRO PÚBLICO EM CHUANCANG

Local e ano de construção: Lu’na – China | 2018

Cliente e área: Governo de Sun Town | 80 m²

Escritório Responsável e conceito: Fuyingbin Studio | Arquitetura junto a paisagem.

Materiais: Tijolos vermelhos, concreto e madeira.

A construção foi implantada na praça central do vilarejo Vila do Sol, nas Montanhas
Dabie, sudoeste da província de Huashan. O projeto é do arquiteto Yingbin Fu e propõe
uma reflexão sobre como os chineses se relacionam com o tema banheiro, sendo esse, um
tabu que passou de luxo a necessidade básica. Na arquitetura vernecular chinesa, tais
espaços sempre estiveram à margem do esquecimento durante a elaboração de projetos.
O Palácio Imperial da Cidade Proibida, por exemplo, não possuía nenhuma instalação
sanitária, conforme relatado pelo Archdaily Brasil (2020).

Devido a topografia acidentada do terreno, a concepção se valeu da ideia de um


mirante incorporado a floresta de bambu, sendo um espaço aberto em todas as direções,
rompendo as barreiras entre interior e exterior e remetendo aos banheiros mais tradicionais
do Sul da China, que costumavam ser abertos ao público e a natureza. Seu desenho do
espaço faz um convite de entrada ao usuário, que compartilha o lavatório sem distinções
de gênero. A obra opta por materiais facilmente encontrados na região e não agressivos
ao ambiente, uma dificuldade frente ao processo de urbanização das áreas rurais
chinesas, que inviabiliza a construção conforme métodos antigos e locais.
ESTUDO DE CASO – CENTRO MAX FEFFER

Localizado em uma praça pública de Pardinho, em São Paulo, o projeto foi concebido
pela arquiteta Leiko Hama Motomura no escritório Amima, com conclusão em 2008.
Segundo o Amima (2021), o espaço surgiu para abrigar as atividades culturais do “Projeto
Pardinho” do Instituto Jatobás, seu diferencial está na utilização do bambu em grande porte
e soluções de conforto ambiental de baixa tecnologia. É o primeiro espaço cultural brasileiro
a receber a Certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED Gold) no ano
de 2008, em 2009 recebeu menção honrosa na 8º Bienal Internacional de Arquitetura de São
Paulo e em 2011, venceu o Prêmio Greenvana Greenbest, na categoria Projetos de
Arquitetura e Construção. Sendo o objetivo do projeto transformar a cidade em uma
referência mundial em sustentabilidade. São 1.651m² de área construída em 2 pavimentos,
que ocupam 15% da área total do terreno, de 7.130m².

Conforme Trigo (2011), são várias as vantagens da construção, entre elas, estão o
reuso de água cinza para descargas sanitárias, implantação de mictórios secos, metais
hidrossanitários econômicos, sensores de presença nos banheiros, células fotoelétricas na
iluminação externa, células fotovoltaicas na iluminação com LEDs, 63% da área do terreno
foi vegetada com espécies nativas e adaptadas, redução de 25,6% de consumo de
energia, comparado a construções convencionais e 79,52% da iluminação é feita por luz
natural.

DIRETRIZES DE PROJETO

A proposta projetual do Centro de Cultura Ballroom, tem como objetivo a


requalificação do tecido urbano da região Central da cidade de Curitiba, através de um
processo de retrofit do edifício que atualmente abriga o Colégio Tiradentes, uma
edificação modernista construída em 1952 e assinada por Rubens Meister, que sofreu
grandes alterações de plástica e função devido a um erro técnico de execução que gerou
a demolição, em 1954, do auditório que era ponto principal do projeto. A técnica oferece
diversas vantagens construtivas e urbanísticas e se conecta a história do movimento
Ballroom, que sempre reapropriou espaços para acontecer.

Conceitualmente, a ideia é propor a reconstrução do auditório, para que ele se


torne um palco Ballroom, respeitando suas características projetuais originais e criando
uma proposta contemporânea, sem grandes impactos ao edifício.

O programa contempla dar-lhe um novo uso, tendo em vista sua subutilização e


possui pouca manutenção predial atual, sendo o objetivo mantê-lo na área de educação,
transformando o em um ambiente de apoio social e cultural a cidadãos LGBTQIA+, voltado
a expressão da Cultura Ballroom. Tal escolha se justifica por seu contexto de localização,
devido a região central historicamente ser um ponto de encontro para a comunidade. Em
específico, a Praça 19 de Dezembro e a Avenida Cândido de Abreu, ambas em frente ao
edifício, abrigam todos os anos a Parada da Diversidade, notória por já ter reunido mais de
3 milhões de pessoas.

PROGRAMA DE NECESSIDADES

O programa de necessidades se embasa nas constatações adquiridas ao longo da


pesquisa e se divide nos seguintes setores: Setor de acolhimento, voltado a assistência
social de moradia, saúde e trabalho aos membros; Setor educacional, abrigando ateliês
de costura, dança, sapataria, cabelo e peruca, todos itens essenciais para os eventos
Ballrooms; Setor público com recepção, banheiros, cowoorking e loja, sendo os dois últimos
responsáveis pela manutenção financeira do Centro; Setor administrativo, responsável
pela gestão de todo o Centro educacional e de acolhimento; Setor Ballroom, onde
acontecerão os principais eventos, como competições e aulas, por exemplo; Setor de
serviço e técnico, o último setor abriga as áreas de serviços prediais do edifício e área de
apoio e estar aos funcionários de todo o edifício.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SIMÕES, Júlio A.; FACCHINI, Regina. Na trilha do arco-íris: do homossexual ao movimento LGBT. São Paulo:
Editora Fundação Perseu Abramo, 2009.

PRECIADO, Paul B. “Lixo e Gênero, Mijar/Cagar, Masculino/Feminino”. Trad. de Davi Giordano e Helder Thiago
Maia. eRevista Performatus, Inhumas, ano 7, n. 20, abr. 2019.

CRUZ, Elizabete Franco. 2008. A identidade no banheiro: travestis, relações de gênero e diferenças no
cotidiano da escola. Fazendo Gênero 8 – Corpo, Violência Poder. UNICAMP, 2005.

MESQUITA, Caio Cipriano. 2016. 70 f. Monografia. O acesso ao banheiro por transexuais como condição
básica para o apoderamento do espaço público: a utilização da teoria do desacordo moral razoável no RE
845.779/SC. Curso De Direito da Universidade Federal do Ceará, 2016.

BRASIL, ArchDaily, 2020. "Banheiro público em Chuancang / Fuyingbin Studio.


https://www.archdaily.com.br/br/931286/banheiro-publico-em-chuancang-fuyingbin-studio. Acesso em 29
de abril 2021.

SOUZA, Cristiano, et al. 2016. O avanço no reconhecimento legal dos direitos LGBT. DEDICH – Departamento
de Direitos Humanos e Cidadania. Disponível em:
<http://www.dedihc.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=3988&tit=O-avanco-no-
reconhecimento-legal-dos-direitos-LGBT>. Acesso em 28 de abril de 2021.

GGB. 2020. Relatório de mortes violentas em 2019. Grupo Gay da Bahia. Disponível em: <
https://grupogaydabahia.com.br/relatorios-anuais-de-morte-de-lgbti/>. Acesso em 02 de abril 2021.

CULTURAL, Acesso. 2020. Casa Natura Musical lança conteúdo sobre Vogue e Cultura Ballroom. Disponível
em: <https://acessocultural.com.br/tag/cultura-ballroom/>. Acesso em 02 de abril de 2021.

DAUDÉN, Julia. 2020. ArchDaily Brasil. O que são e quais as diferenças entre retrofit, reabilitação e restauro?.
Disponivel em: <https://www.archdaily.com.br/br/937253/o-que-sao-e-quais-as-diferencas-entre-retrofit-
reabilitacao-e-restauro>. Acesso em 09 de maio 2021.

CULTURAL, Acesso. 2020. Casa Natura Musical lança conteúdo sobre Vogue e Cultura Ballroom. Disponível
em: <https://acessocultural.com.br/tag/cultura-ballroom/>. Acesso em 02 de abril de 2021.

LABVERDE, Revista. 2011. Centro Max Feffer: um centro de referência em cultura e sustentabilidade no Polo
Cuesta, Pardinho, SP. Revista USP. nº 02. São Paulo. 2011. Disponível em:
<https://www.revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/61399/64312%20-
%20Acesso%20em%2019/05/2021>. Acesso em 19 de maio 2021.

AMIMA, 2021. Centro de Cultura Max Feffer. Disponível em: <http://amima-


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TRIGO, Paulo. 2011. Centro Cultural MAX FEFFER é referência em arquitetura sustentável. Disponível em:
<https://teto2r.com/2011/09/16/centro-cultural-max-feffer-e-referencia-em-arquitetura-sustentavel/>. Aceso
em 19 de maio 2021.

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