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3 – Introdução
4 – Testosterona
5 – Testosterona Gel
7 – Oxandrolona
9 – Estanazolol
10 – Estanazolol
11 – Boldenona
12 - CLORODEHIDROMETILTESTERONA (TURINABOL)
13 – Boldenona
14 – Metenolona (Primobolan)
16 – Drostanolona (Masteron/Masterol)
18 – Trembolona
20 – Oximetolona (Hemogenin)
21 – Nandrolona
22 – Efeitos Colaterais
24 – Exames Laboratoriais
25 – Tabela Prática
26 - Conclusão
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INTRODUÇÃO
O uso de hormônios vem crescendo de forma assustadora. Não é incomum
deparar com uma pessoa que esteja ou já fez uso de algum hormônio, seja para
estética ou reposição.
Este livro não tem por finalidade o incentivo ao uso de hormônios e sim o acesso a
informações acerca do assunto para que você possa decidir se o uso é válido ou
não. Em posse de conhecimentos básicos, é possível analisar se você está assistida
por bons profissionais e compreender um pouco de algo que proverá um
UPGRADE em sua performance. Porém, é necessário saber se você está disposta a
lidar com as consequências.
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TESTOSTERONA
Existem hormônios bioidênticos à testosterona que nós produzimos. Quando digo
nós, refiro-me a homens e mulheres. Testosterona não é um hormônio masculino,
ele apenas se apresenta em maiores níveis nos homens. Além dos bioidênticos, há
os derivados de testosterona, os quais sofrem mudanças moleculares mas
possuem a base de testosterona.
Em geral, mulheres devem evitar usar testosterona base, exceto quando se trata
de uso dérmico, como por exemplo, um gel aplicado na pele, o qual apresenta
níveis baixíssimos de testosterona. Quando digo “devem evitar” estou me
referindo a evitar efeitos androgênicos, ou masculinos. O hiperandrogenismo é o
surgimento exagerado de características masculinas. Baixas quantidades de
testosterona base já são suficientes para o surgimento de várias características
masculinas, tais como aumento de pelos, engrossamento da voz e outros os quais
serão expostos mais para frente neste livro.
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TESTOSTERONA
Suponhamos que tal procedimento seja seguro, uma mulher ainda continuará
injetando 70 a 80 vezes mais testosterona que sua produção endógena (natural).
Não precisa ser um especialista para afirmar que será um desastre, pensando em
características androgênicas. Em pouco tempo, essa menina se tornará um
menino. Por último, não existe nenhum amparo seguro, legal e higiênico de
fracionar uma ampola e armazenar o restante em outras seringas. Isso não passa
de pura invenção de amadores com título de Coach. Enfim, a ampola foi feita para
ser usada numa única vez.
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TESTOSTERONA GEL
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OXANDROLONA
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OXANDROLONA
PRÁTICA: Mulheres que realizam treinos regulares e intensos com dietas ajustadas,
conseguem bons resultados usando apenas 10mg por dia de Oxandrolona, seja no
pré- treino ou fracionada em duas vezes ao dia. Uma dosagem que é sustentável
por um longo período pensando em saúde e efeitos colaterais. Algumas suportam
bem os efeitos colaterais de até 20mg por dia. Nem sempre 20mg trará mais
anabolismo e/ou resultados, mas os efeitos colaterais serão sempre maiores com
doses mais elevadas. A Oxandrolona é um hormônio caro para os que produzem,
sendo uma das matérias-primas com maior custo financeiro de hormônios. Já
sabido que a Estanazolol possui resultados positivos semelhantes a Oxandrolona, o
mundo obscuro e desonesto vende gato por lebre, ou seja, vende Estanazolol
como se fosse Oxandrolona. Mas isso pode ser detectado em mulheres mais
facilmente. Em primeiro lugar, por meio de alguns efeitos colaterais os quais são
bem peculiares da Estanazolol (vide no capítulo abaixo); em segundo lugar, pelo
perfil lipídico mais agredido e por fim, por meio de testes reagentes químicos
(poucas pessoas têm acesso). Com grande surpresa, poucos meses antes da
produção desse e-book, tal desonestidade foi constata em uma farmácia de
manipulação (legalizada), em Belo Horizonte. Hoje, além de nos preocuparmos
com o mundo underground (às vezes tem coisa boa) ainda somos surpreendidos
com farmácias que geralmente possuem uma boa reputação. A grande questão é
que o profissional (médico) que prescreveu e o paciente, são os únicos
prejudicados. Essa desonestidade coloca em dúvida a competência de um
profissional e a saúde de pessoas em risco.
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ESTANAZOLOL
Hormônio usado por muitas mulheres e que possui a fama de “secar” muito.
Realmente a Estanazolol é um hormônio usado nos meses que antecede as
competições de fisiculturismo, por homens e mulheres. Apresenta uma
característica de ganhos bem secos e sem retenções hídricas. Meia vida curta,
aproximadamente 6 horas para os orais e 24 horas para a forma injetável. Possui
versão oleosa e aquosa. A mais comercializada é aquosa e oral, porém, por ser
aquosa e oral, ela é encontrada apenas no mercado underground (versão
injetável), é fácil de ser contaminada e de haver algumas inflamações nos locais de
aplicação. Por ser muito anabólica, logo é muito androgênica. Além dos efeitos
colaterais já citados pela Oxandrolona, podemos acrescentar dois bastantes
inconvenientes: engrossamento da voz e aumento do clitóris. Tais colaterais fazem
com que muitas mulheres abram mão desse hormônio. Estanazolol também
pertence ao grupo 17aa, trazendo grande hepatotoxicidade. Considerado um dos
hormônios que mais prejudica o perfil lipídico. Na versão oral, essa carga hepática
é aumentada, podendo a Estanazolol ter até 11 passagens pelo fígado. O uso de 4 a
12 semanas já é suficiente para uma piora significativa do perfil lipídico, visto em
exames laboratoriais. A versão oral pode ser manipulada e prescrita por um
médico. Mulheres costumam usar 10mg a 30mg por dia na versão oral ou 50mg
três vezes por semana na versão injetável. As dosagens citadas são suficientes para
apresentar todos os colaterais citados.
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ESTANAZOLOL
PRÁTICA: Com exceção das mulheres que não se preocupam com efeitos
virilizantes, ele não é uma boa escolha. Mesmo com dosagens de 10mg por dia, é
possível encontrar relatos de engrossamento da voz e aumento do clitóris. A piora
do perfil lipídico é bem rápida e acentuada. A carga hepática também é
considerável. Existem outras opções menos agressivas.
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BOLDENONA
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CLORODEHIDROMETILTESTERONA (TURINABOL)
Devido ao nome extenso, iremos chamar esse hormônio pelo seu nome comercial,
Turinabol. Ele já foi usado por atletas de várias modalidades e inserido no
fisiculturismo. Culturalmente, não é muito usado no Brasil. Turinabol é um
hormônio da família 17aa, ou seja, um pouco mais hepatotóxico que as demais
famílias. Mesmo assim, sua hepatotoxicidade é semelhante a da Oxandrolona,
relativamente baixa. Apresenta uma meia vida bem superior aos demais
hormônios orais, tendo 16 horas de meia vida. Mulheres utilizam na média de
10mg a 30mg por dia. Ele possui características anabólicas e androgênicas de
baixas a moderadas. Sendo assim, seus efeitos virilizantes são pequenos e os
colaterais já conhecidos: queda de cabelo, oleosidade da pele e acnes, além da
piora do perfil lipídico. Devido a sua meia vida estendida, geralmente é utilizado
uma ou duas vezes ao dia, não sendo necessário fracionar várias vezes. Turinabol é
encontrado atualmente apenas no mercado underground e na versão oral. Apesar
de sua molécula ser semelhante a outro hormônio, suas características são bem
parecidas com a Oxandrolona. Facilmente inserido em objetivos de ganhos secos,
mais volume ou até mesmo na perda de gordura e peso. A condução da dieta
precisa estar alinhada com os demais recursos. Semelhante a Oxandrolona, é um
hormônio sustentável se usado em um período mais longo, pelo motivo de ser
menos agressivo. Todavia, não há estudos sólidos dele como há da Oxandrolona.
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BOLDENONA
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METENOLONA (PRIMOBOLAN)
Muita fama, pouco resultado. A Metenolona já foi muito comercializada pela
indústria farmacêutica no Brasil e em vários outros países. Era usada para o
tratamento de diversas doenças, incluindo sarcopenia (envelhecimento), contudo
seu uso foi proibido na década de 90. Após a proibição, poucos países ainda
podem comercializá-la legalmente. Todavia, o mundo negro não para. Ela se
apresenta na versão injetável e oral, apenas a versão injetável foi proibida. No
Brasil, diversas farmácias de manipulação produz a versão oral com autorização.
Ela é derivada da Dihidroboldenona, pertencente a uma família distinta. Por essas
razões não é tão hepatotóxica como as da família 17aa. Entretanto, devido a sua
versão oral, pode haver uma sobrecarga no fígado. Com a promessa de ser
moderada anabolicamente e pouco androgênica, tornou-se bem vista aos olhos
das mulheres que se preocupam com características virilizantes. Fala-se de
dosagens de 100mg a 150mg como seguras e eficazes para mulheres. Com ganhos
secos e baixa ou nenhuma retenção, o hormônio fica bem atrativo aos olhos
femininos. Os efeitos colaterais podem ser baixos, mas inevitáveis em dosagens
eficazes. A queda de cabelo, oleosidade da pele e acnes são comuns. A versão
injetável é mais facilmente encontrada na forma de acetato (éster curto), o que lhe
faz ter uma meia vida curta, de 1 a 2 dias. A versão oral tem uma meia vida
curtíssima, em média 2 a 3 horas. Uma meia vida curta te obriga a fracionar e usar
mais vezes ao dia. Até agora a Metenolona apareceu como um excelente hormônio
e talvez você neste momento, esteja decidida em usá-lo. Uma vez que você
conseguir comprar a versão verdadeira no mercado negro ou na farmácia de
manipulação (prescrita por médico), perfeito! Esse e-book vai muito além do que
uma faculdade de medicina pode ensinar, ele traz a experiência no mundo prático.
Muitos estudiosos (os fodas com uso de hormônios), aqueles que realmente
dedicam o seu precioso tempo estudando e praticando sobre hormônio, defendem
que apenas os hormônios da família 17aa conseguem resistir a primeira passagem
no fígado. De forma simplista, qualquer outro hormônio que não seja da família
17aa, não conseguirá atingir níveis na corrente sanguínea, por não resistirem a
primeira passagem no fígado, ele será degradado. De forma legal e prescrita por
um médico, já é um pouco duvidoso o seu uso ser eficaz ou não, de acordo com os
estudos citados. Então vamos partir para o mundo underground. Novamente,
outro problema. 14
METENOLONA (PRIMOBOLAN)
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DROSTANOLONA (MASTERON/MASTEROL)
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DROSTANOLONA (MASTERON/MASTEROL)
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TREMBOLONA
Hormônio de uso veterinário inicialmente. Hoje, é possível encontrar em algumas
farmácias de manipulação (sob prescrição médica), na versão oral. Isso falaremos
mais para frente. A Trembolona é encontrada na versão injetável mais comum
como acetato, mas também é possível achar o enantato. O que muda basicamente
é a meia vida deles, acetato (1 a 2 dias) e enantato (5 a 8 dias). Há uma versão
intermediária, menos encontrada ainda. Conhecida informalmente no mundo do
fisiculturismo como “GH dos pobres”, tem uma função fantástica de muita síntese
proteica e pouca degradação. Acredite, isso é ótimo para a hipertrofia e para a
preservação dos seus músculos já conquistados. Infelizmente, pertence à família
19nor, aquela que tem o poder de mexer nos neurotransmissores, no sistema
nervoso central (SNC) e bagunçar dopamina e serotonina. Não é difícil encontrar
pessoas com aumento da agressividade, ansiedade e alterações de humor. Talvez
você esteja se perguntando porque o Trembolona se faz presente em um e-book
direcionado especialmente para as mulheres. Eu também faria essa pergunta há
um tempo, pois sempre soube que mulher não usa Trembolona. Mas por que
mulher não usa Trembolona? Eu busquei bastante tempo por essa resposta, mas a
única que eu encontrava era: Trembolona + TPM= Jesus! O companheiro (a) estará
“morto (a)”. Primeiramente, entendam uma coisa, nenhum hormônio terá poder
suficiente para mudar sua personalidade, um imbecil será sempre imbecil. Uma
pessoa sensata e controlada, será sempre essa mesma pessoa. Ou seja, a
Trembolona mudará algumas reações metabólicas e psicológicas em você, mas não
a sua essência. Pessoas com históricos e/ou em tratamentos
psiquiátricos/psicológicos devem evitar a família 19nor, principalmente a
Trembolona. Um hormônio com excelente característica lipolítica (usar gordura
como fonte de energia), não pode ser ignorado e descriminado tão facilmente.
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TREMBOLONA
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OXIMETOLONA (Hemogenin)
A Oximelotona foi muito popular na minha adolescência. Aos 17 anos, quando tive
meu primeiro contato com hormônios, por sinal a Durateston, havia a tão temida
Hemogenin nas drogarias. Ela aresentava-se numa cartela de 10 comprimidos de
50mg. Ouvia-se muito do seu alto grau de função hepática. A grande questão é que
a maioria das pessoas se torna replicadoras e poucas são pensadores. A
Oximetolona é o único hormônio que na prática para melhorar a performance,
utiliza-se em quantidade menor do que a recomendada pela bula em tratamentos.
Como a maioria dos hormônios, a Oximetolona foi desenvolvida para tratamentos
de perda de massa muscular, como HIV e anemia profunda, uma vez que aumenta
consideravelmente os níveis de glóbulos vermelhos. A bula recomenda de 1mg a
5mg por quilo corporal/ dia. Para um indivíduo de 100kg, recomenda-se de 100mg
a 500mg por dia. Quem usa essa dosagem para fins estéticos? Isso não significa
que seja seguro usar a dosagem da bula, mas os demais hormônios utilizados com
fins estéticos, são usados com uma quantidade 3x maior. Um exemplo é a
Durateston, a qual se recomenda 1 a cada 21 dias. Enfim, a Oximetolona é um
derivado de DHT e 17aa. Pode ocasionar ginecomastia pelo aumento da prolactina,
pois ela não se converte em estradiol. É hepatotóxica, pois pertence a família 17aa,
ainda sim, menos agressiva do que Halotestin, Dianobol e Estanozolol. Excelente
recurso em fases de ganho, devido a sua grande retenção hídrica e de glicogênio.
Todavia, também usada em carb-up na semana de finalização dos fisiculturistas.
Devido a sua versão ser apenas oral e com meia vida em torno de 8 horas,
atualmente, é muito usada como pré-treino. Essa estratégia, ajuda no
desempenho, já que acelera a recuperação de fosfocreatina e ATP, energias
primárias no treino resistido. Sempre associada com uma testosterona base, pode
ser usada todos os dias ou não. Requer atenção ao aumento dos glóbulos
vermelhos, o que pode aumentar o volume e a viscosidade do sangue.
O uso em mulheres tem ocorrido sob prescrição daqueles profissionais mais
atualizados e envolvidos na teoria associada com a prática. Com doses baixas,
porém eficazes, é possível bons resultados com pouca ou nenhuma virilização.
Usar de 50mg a 100mg por semana, traz boas respostas e poucos colaterais. Pode
ser usada todos os dias, ou apenas em alguns dias pontuais, ou seja, pontos de
melhoria. Não há necessidade e tampouco é interessante associar com outra droga
da família 17aa, ou seja, Estanozolol, Oxandrolona etc. Na verdade, dificilmente, eu
trago a união de mais uma droga da família 17aa, pois esta família tem uma 20
hepatotoxicidade mais acentuada.
NANDROLONA
A Nandrolona é mais conhecida pelo nome comercial Deca-durabolin. Esta é
encontrada nas drogarias, nas versões de 25 e 50mg. Pertencente à família 19-nor,
pode apresentar as mesmas alterações da Trembolona e Gestrinona. A Trembolona
carrega sozinha uma fama de possuir efeitos colaterais ligados a
neurotransmissores de dopamina e serotonina. Todavia, tais alterações são
desencadeadas por consequência da família 19-nor, e não do sal específico da
Trembolona. Muito utilizada nas fases de ganho de peso. Apresenta uma retenção
hídrica maior, o que favorece o ganho de peso. Entretanto, esse aumento de peso é
causa de uma pressão arterial mais elevada. Acredita-se que seja eficiente para
melhorar as lubrificações das articulações, mas não há evidências científicas. A
ideia parte que a Nandrolona faz parte dos esteroides glicocorticoides, isso pode
favorecer o alívio das articulações e explicar uma maior retenção hídrica. No
mundo underground é possível encontrar decanoato de nandrolona (éster longo) e
o fenilproprionato de nandrolona (éster curto). Novamente, aqui vale o mesmo
raciocínio da testosterona com a Nandrolona. Quanto menor o éster, menor a
retenção e ideal para fases que não deseja ganhar peso. Mais uma vez, isso é uma
teoria de boteco. Talvez amanhã não seja, mas hoje, ao escrever este livro, eu
defendo a ideia que não há sentido e tampouco comprovação cientifica. Sendo
assim, optar por usar o fenilproprionato, na minha opinião, é escolher gastar mais
dinheiro e fazer mais aplicações.
Atualmente, muitos profissionais prescrevem Nandrolona para mulheres.
Primeiramente, pela segurança de comprar em drogaria, o que traz excelente
procedência (lembrando que apenas com receita médica). A outra vantagem da
drogaria que apresentação em 25mg e 50mg facilita o manuseio em mulheres. Já
no mundo underground, não é possível encontrar menos de 100mg/ml. No
mercado negro ela ainda sofre muitas adulterações as quais podem ser perigosas
para as mulheres. Geralmente, a Nandrolona é substituída por Testosterona, o que
para os homens não é um grande problema. Todavia, para as mulheres isso pode
ser um pesadelo no que tange os efeitos colaterais. Enfim, 25mg a 50mg por
semana, é uma dosagem segura e eficaz. Devido a sua meia vida longa, até
aplicações a cada 15 dias são interessantes. Com aplicações a cada 15 dias, pode-
se usar até 100mg com efeitos colaterais controláveis. Não esqueça que quanto
maior a meia vida, mais lenta é a resposta para os resultados e os colaterais
permanecem mais tempo ao cessar o uso.
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EFEITOS COLATERAIS
Carrego comigo uma frase que parece um clichê, mas é a mais pura e sincera
verdade: “Não existe almoço de graça na farmacologia”. Trocando em miúdos, não
é possível receber todos os benefícios de usar hormônios sem adquirir os
malefícios (efeitos colaterais). De forma bem alinhada, inteligente e prudente, é
possível conseguir bons resultados com poucos prejuízos, mas sair totalmente ileso
é um sonho que muitos charlatões sem conhecimento vendem por aí. Há poucos
medicamentos que podem ajudar a amenizar os efeitos colaterais dos hormônios,
mas de forma bem frágil e pouco eficaz. No geral, os efeitos colaterais serão
proporcionais as dosagens usadas, o tipo de hormônio e o tempo de uso.
Espironolactona: medicamento com a finalidade de tratar hipertensão, logo, ele
tem uma ação diurética também. No mundo off label (no qual o medicamento é
usado com outra finalidade para qual foi criado), a Espironolactona tem uma
característica bastante interessante como bloqueador androgênico. Em outras
palavras, ele ajuda a reduzir uma ação androgênica (hirsutismo, acne, oleosidade
da pele). Realmente ele tem uma eficaz em mulheres que apresentam esses
colaterais indesejados, mas que não sejam advindos do uso de hormônios. Do
contrário, ele concorre com uma enzima chamada 5alfa redutase, a qual é usada
no uso da grande maioria dos hormônios e é neutralizado. O que vemos são
mulheres utilizando algum hormônio juntamente com a Espironolactona a fim de
combater os colaterais indesejáveis, mas nada é resolvido. Essa mulher somente
inseriu mais um medicamento na sua rotina, algo que cobra um preço a se pagar
literalmente.
Isotretinoína (Roacutan): é um medicamento para o tratamento de casos graves de
acne. Se você buscar a bula, verá que há necessidade de um controle dos
marcadores hepáticos, lipídicos e diversos outros, até os psicológicos. Já sabido por
todos, a grande maioria dos hormônios aqui elencados vai piorar um pouco o perfil
lipídico e trazer uma hepatotoxicidade para o fígado. Agora, você adiciona mais um
medicamento que aumentará toda essa sobrecarga. Para quê? Porque você precisa
diminuir as acnes surgidas devido ao uso dos hormônios. Ora! Agora você vai
inserir outro medicamento atenuar os danos do último medicamento? Onde vai
parar sua saúde física, mental e financeira? Não quer ter nenhuma acne? Não use
nenhum hormônio.
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EFEITOS COLATERAIS
Quer ter menos acne? Use doses mais baixas, porém eficazes e aprenda a lidar
com elas, minimizando um pouco com sabonetes tópicos, lavando mais a pele e
outros meios que não serão agressivos, mas que terão também uma pequena
melhora.
Hoje, deparamos com paciente com uma lista gigante de manipulados e que ao fim
do tratamento torna impossível avaliar o que funcionou ou não. O que fez mal?
Não sabemos, foram tantos medicamentos e fórmulas. Atualmente, os pacientes
da grande maioria dos profissionais são os famosos “poli farmácia”, pessoas que
tomam remédio para tudo. Enquanto isso, a indústria farmacêutica e os
profissionais que recebem comissões sob a venda (30% em média), engordam suas
contas bancárias.
É importante salientar que há um risco no sistema cardiovascular e que este deve
ser acompanhado através de exames, aferição da pressão arterial e exames de
imagem. Há ocorrências de morte súbita pelo uso abusivo de hormônios, no caso
de uso crônico e doses supra fisiológicas (acima dos níveis normais) por longos
períodos.
Esse e-book não teria fim caso eu decidisse descrever as dezenas de medicamentos
que são usados com a promessa de receber um “almoço de graça”, mas isso não
existe.
Os efeitos colaterais devem ser controlados com as dosagens. A regra é clara:
menos dosagem, menos efeitos colaterais. Maior a dosagem, mais os efeitos
colaterais e nesse caso, nem sempre mais os resultados. Quando você decide
hormonizar, precisa colocar numa balança os bônus e ônus, e assim decidir onde
pesa mais. Você já conhece os principais efeitos colaterais, mas baixo irei listar os
mais comuns e que fazem partes dos hormônios listados nesse e-book.
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Tabela Prática
FARMÁCIA DE MERCADO
HORMÔNIO ORAL INJETÁVEL TÓPICO DROGARIA
MANIPULAÇÃO NEGRO
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CONCLUSÃO
Tenho certeza de que após uma leitura ou várias desse grandioso conteúdo, você
percebeu que hormônios podem ser usados com prudência, mas sem terrorismo.
Compreendeu também que é uma decisão complexa de tomar e exige muita
responsabilidade para o uso. Desejo que você realmente avalie todas as
consequências boas e ruins de usar hormônios porque a única pessoa beneficiada
ou prejudicada, será você. Busque bastante informação sobre o assunto, ouça
pessoas com propriedade no tema e questione sempre. O uso de hormônios é algo
sério, mas não se pode demonizar algo que não se conhece. Quando você estiver
mais madura de informações será pertinente expor uma opinião e/ou decisão do
uso de hormônios. A questão hoje, é que, as pessoas deveriam conter um mínimo
de informação (como há nesse e-book) para abrir a boca e proferir alguma coisa.
Infelizmente, vemos profissionais ou não, afirmarem coisas absurdas sem ao
menos dominar o básico sobre hormônios.
Hoje, você adquiriu uma pequena parte desse iceberg (hormônios) para
argumentar contra ou a favor do uso de hormônios, em especial aqui, pelas
mulheres. Você pode até considerar uma comparação esdrúxula, mas faz um
tremendo sentido.
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