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CARTA AO LEITOR
Querido Leitor
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Comecei a fazer uma apostila para uso próprio, para facilitar a consulta
durante a confecção da tese. A cada livro consultado, novas visões e
novos apontamentos acabavam sendo incorporados. Conforme os
testes eram aplicados e avaliados a minha apostila ia crescendo e
ficando cada vez mais encorpada. As minhas idéias sobre o tema foram
amadurecendo.
Um abraço
Flor.
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Sumário
INTRODUÇÃO. 15
2.1 Material 19
2.2 Instruções 20
3. INQUÉRITO 21
4. ANÁLISE QUALITATIVA 27
4.1, Resistências 27
5. CASA 37
5.1. Introdução 38
5.5. Paredes 41
5.6. Porta 42
5.7. Janela 43
7
5.8. Telha ou telhado 45
5.10. Fumaça 48
6. ARVORE 51
6.1. Introdução 52
6.6. Simetria 57
6.7. Raiz 57
6.9. Tronco 60
6.18. Copa 69
6.21. Folhas 72
8
6.22. Flores 74
6.23. Frutos 74
7. FIGURA HUMANA 77
7.1. Introdução 78
7.11. Cabeça 90
712. Rosto 91
7.13. Cabelo 92
7.14. Chapéu 93
7.16. Olhos 94
7.17. Sobrancelhas 96
7.18. Nariz 96
7.19. Boca 97
7.20. Orelhas 98
7.21. Queixo 99
7.22. Pescoço 99
9
7.23. Colarinho e gravata 100
10
8.6. Omissões 127
11
11.16. Transtorno de Despersonalização 177
1.
INTRODUÇÃO
12
ambiente (pessoas, outros organismos ou coisas). O conteúdo da
projeção pode ou não ser conhecido pelo sujeito como parte de si
p óp io .
Seu criador John N. Buck (1948) percebeu por meio de sua experiência
clínica que o tema Casa-Arvore-Pessoa são conceitos familiares mesmo
para as crianças bem pequenas; portanto, mais facilmente aceitos para
serem desenhados por sujeitos de todas as idades. Estimulam
verbalizações mais francas e abertas do que outros temas. Descobriu-se
que apesar de casas, árvores e pessoas poderem ser desenhadas em
quase uma infinita variedade de modos, um sistema de avaliação
quantitativa e qualitativa pode ser esquematizado para extrair
informações úteis relativas ao nível da função intelectual e emocional
do sujeito.
13
Atualmente, os desenhos das crianças são considerados um meio
privilegiado para a descoberta do seu mundo interno e da sua
psicodinâmica, além de constituírem um modo natural de expressão
para as mesmas. Sendo um meio de expressão e de comunicação, revela
muito do inconsciente daquele que desenha. O desenho projetivo, hoje
em dia, é considerado uma fonte frutífera de informação e
compreensão da personalidade, além de econômica e profunda.
14
representa o ambiente e o desenho, o próprio sujeito, e é a partir dessa
interação simbolizada que são realizadas as interpretações.
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global. Um paralelo pode ser feito com o que ocorre no corpo humano:
quando uma parte está doente ou danificada, o corpo é afetado
globalmente. Porém, o grau desse comprometimento é determinado
pelo corpo, considerando- o um organismo que funciona como um todo
(Dileo, 1987).
2.
16
Caso o examinando peça permissão para usar ou tenta usar qualquer
auxílio mecânico (como, por exemplo, uma régua), é necessário instruí-
lo que o desenho deve ser feito à mão livre.
2.1 — Material
3. Lápis, de preferência o n° 2.
4. Borracha macia.
2.2 — Instruções
17
Depoisà ueàaà ate iaàa o ática estiver pronta, inicia-se a bateria
o ti a:à‘ágo a,àpo àfavo ,àdese heàu aà asaà olo ida .àEàassi àdeveà
proceder-se com os demais desenhos.
3.
INQUÉRITO
( ) Serenidade ( ) Confiança
18
É importante observar a sequencia em que o examinando faz seus
desenhos. O examinador deve ficar alerta quando a sequencia é
alterada e anotar enquanto o desenho está sendo produzido; caso
contrário, esses detalhes ficam perdidos em um global terminado. O
global pode parecer muito bom, mas a dificuldade em produzi-lo de
uma maneira convencional pode ser o primeiro sinal de problema
psicológico.
Deve-se lembrar sempre que um sinal isolado não quer dizer muita
coisa. É apenas um indicador de problemas e somente quando temos
uma gama de sinais apontados em uma mesma direção é que podemos
pensar em uma patologia.
Nome----------------------------------------------------------------------------------------
----------------
1 — Casa
01. Muito bem, vejamos agora se inventamos uma história sobre essa
casa como se fosse uma novela ou uma peça de teatro. Por exemplo, de
quem é essa casa?-----------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------
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05. Você gostaria de morar nela?----------------------------------------------------
--------
06. Se você fosse dono (a) dessa casa e pudesse fazer com ela o que
bem quisesse, qual o cômodo que você escolheria para você? Por quê?
------------------------------------------------------------------------------------------------
-
07. Quando você olha para a casa, ela parece estar perto ou longe de
você?----
------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------
08. Se você estivesse olhando essa casa, como você a estaria vendo?
( )Na altura dos seus olhos ( ) Abaixo ( ) Acima dos seus olhos
------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------
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14. Desenhe um sol. Vamos imaginar que esse sol seja alguma coisa ou
pessoa que você conhece. Quem seria?--------------------------------------------
-----------------------------------
2— Árvore
Viva ( ) Por que você acha que ela está viva? ______ _______________
Morta ( ) Existe alguma parte morta nessa árvore? Por que você acha
que morreu?
Há quanto tempo
morreu?_____________________________________________
07. Essa árvore para você parece mais um homem ou uma mulher? Por
quê? ____
09. Olhando para a árvore, você tem a impressão de que ela está:
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12. Em que essa árvore faz você lembrar ou pensar?
___________________ - -
14. Por que você acha que ela está sadia? ___________
3—Pessoa
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13. Tem muitos amigos? ___________________ ______—
24. Imagine que o sol seja uma pessoa que você conhece. Quem seria?
Só Para Adultos
23
4—
Família de Origem
06. Quem é a pessoa com quem você melhor se relaciona nessa família?
Por quê?------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------
24
5—
Família Ideal
4.
ANÁLISE QUALITATIVA
25
Uma série de itens faz parte da coleta de dados referentes à maneira
como o indivíduo desenhou, na análise qualitativa, devemos considerar
todos os desenhos (CASA, ÁRVORE,HUMANA, FIGURA HUMANA DO
SEXO OPOSTO AO DA DESENHADA, FAMÍLIA DE ORIGEM e FAMÍLIA
IDEAL).
4.1 — Resistências
São casos de rejeição à tarefa proposta em graus diferentes de
intensidade, podendo ocorrer, em um extremo, a negação para
desenhar e, no outro, a execução adequada dos desenhos.
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inicialmente aceitam a tarefa de desenhar sem muito protesto,
produzem um desenho razoavelmente bom na primeira tentativa, mas
demonstram fadiga óbvia no desenho seguinte. Por exemplo:
a a do a àaàta efaàlogoàapósàte e àp oduzidoàape asàaà a eça àdoà
desenho da FIGURA HUMANA.
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Traços apagados — dissimulação da agressividade, medo de revelar os
problemas, de se expor ou debilidade física, inibição, timidez,
sentimento de insignificância, sensação de ser desprovido de valor e
sensação de ser incapaz de ser reconhecido como pessoa (sugere
Transtorno Depressivo).
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Recobrir uma linha já traçada com riscos mais intensos — ansiedade,
insegurança, falta de autoconfiança ao se defrontar com situações novas
ou sentimento de perda afetiva e de acobertamento da angústia ou da
agressividade (comum em pessoas imaturas sexualmente e em alguns
Homossexuais).
Fazendo uma analogia com a figura humana, podemos intuir que os pés
simbolizam o contato direto com o chão, com a realidade e com a terra
e a cabeça como sendo a fonte das idéias, das fantasias e do intelecto.
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Metade superior — quanto mais para cima o desenho, maior a
tendência de buscar satisfação na fantasia, e não na realidade. Alguns
pacientes deprimidos fazem seus desenhos bem no alto, como que
enfatizando o sentimento de que estão se empenhando bastante para
não mostrar a depressão. Adultos inseguros em relação à própria
apa idade,à ueàvive à o oà flutua doà oàa ,àse à uitoà o tatoà o à
a realidade também costumam fazer seu desenho no alto da página. A
metade superior pode simbolizar a vida espiritual, a tendência mística e
oà u doàdoà g a deàpai .
31
Figuras presas à margem do papel — falta de confiança, medo de ações
independentes e necessidade de apoio (a interpretação é a mesma de
janelas presas à margem das paredes).
32
valorização de si mesmo, Crianças inseguras tendem a desenhar figuras
pequenas, em contraste com as figuras grandes e ousadas das crianças
seguras.
33
Relação das partes do desenho em relação ao todo — quanto maior a
disparidade, maior a possibilidade de desajuste.
34
Detalhes não essenciais — geralmente tendem a enriquecer o desenho,
como, por exemplo na CASA, a colocação de cortinas na janela ou
material de parede, indicado por desenho minucioso ou sombreado,
etc. Na ARVORE, uma folhagem desenhada detalhadamente ou
sombreada; na FIGURA HUMANA, cabelo ou roupa extremamente
elaborados.
Normal — autocrítica.
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5.1 — Introdução
36
Provoca associações referentes à vida doméstica no passado, presente
ou como gostaria que fosse no futuro ou, ainda, uma combinação
desses estágios. A CASA também pode simbolizar um autorretrato,
fornecendo ao examinador ricas informações sobre as relações do
sujeito com a realidade e a fantasia, sobre os contatos que faz com o
meio e também sobre a maturidade e o ajustamento psicossexual.
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simbólico ligado a cada detalhe. É importante observar a habilidade com
que o sujeito organiza seus detalhes em um todo significativo. O
telhado, a parede, a porta e a(s) janela(s) são detalhes considerados
essenciais no desenho da Casa. Habitualmente as pessoas desenham na
seguinte sequencia: Telhado, parede, porta e janela(s) ou uma linha de
base, parede, telhado, porta e janela.
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Casa do tipo pe fil a soluto ou desenho em que a porta ou a entrada
não são visíveis — retraimento, isolamento, inibição, dificuldade nos
contatos sociais, tendência à fuga e oposição ou máscara social (comum
em pacientes com Transtorno de Personalidade Paranóide e sugere
também Fobia Social).
Casa desenhada de modo que uma das margens laterais do papel sirva
como parede — insegurança extrema (sugere Transtorno do Pânico).
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Prisão — culpa necessidade de liberdade e conflitos (comum em
pessoas que se veem aprisionadas em uma situação doméstica).
O chão simboliza o contato com a realidade. O solo pode ser firme, claro
ou tênue, adquirindo aspecto importante para o diagnóstico.
40
Chão tipo arco, com a maior elevação no centro da página — suspeita
de sentimentos de dependência (sugere Transtorno de Personalidade
Dependente).
5.5- Paredes
41
linhas da parede, estes apresentam uma atitude mais passiva de
submissão às forças desintegradoras que os ameaçam e sugere
Transtorno Depressivo).
5.6 — Porta
A porta indica o local de passagem entre dois estados, entre dois
mundos, entre o conhecido e o desconhecido, entre o interior e o
exterior e simboliza o contato, o relacionamento a interação com o
meio ambiente.
42
Porta fechada — autodefesa e/ou defesa para com o mundo.
Porta bem acima da linha que representa o chão da casa, sem que
apareçam degraus — isolamento do meio e tentativa de se conservar
inacessível nas relações interpessoais; os contatos são unicamente
segundo as próprias conveniências (sugere Transtorno de Personalidade
Esquizoide).
5.7 —Janela
43
Janela com florzinhas — otimismo, interesse pela aparência,
preocupação com o exterior, vaidade (sugere Transtorno de
Personalidade Narcisista).
44
masturbação excessiva (comum em Transtorno de Personalidade
Obsessivo Compulsivo).
45
O material do telhado é indicado por traços que variam desde o
desenho meticuloso de cada telha até riscos esparsos ou o vazio.
Telhado reforçado por uma linha forte e grossa (quando isso não
ocorre nas outras áreas do desenho da casa) — tentativa de defesa da
ameaça de perda do controle pela fantasia, temor que os impulsos
atualmente expressos pela fantasia se expandam para o
comportamento manifesto ou distorçam a percepção da realidade,
receio de perder o controle sobre a vida imaginativa (comum em
Transtorno de Ansiedade Generalizada e sugere também Transtorno de
Personalidade Esquizotípica).
46
Telhado terminado em pontas — simbolismo sexual (comum na
puberdade e adolescência).
5.9 — Chaminé
Em pessoas bem ajustadas, a chaminé via de regra representa apenas
um detalhe à representação da casa. Detalhe este que atualmente não é
essencial no nosso meio devido à propagação do aquecimento elétrico,
ao clima tropical e de poucas casas possuírem lareira.
47
respeito das questões sexuais com necessidade de demonstrar
virilidade, tendências exibicionistas e sentimentos compensatórios para
inadequação fálica (comum em Transtorno de Personalidade
Antissocial).
5.10 — Fumaça
Simboliza a respiração e, portanto a expressão da vida dentro da casa.
Fumaça dirigida para um lado como sob efeito de forte vento -(a força
da pressão do vento é indicada pelo grau de desvio da fumaça, e o
48
sentimento é revelado pela quantidade de fumaça) — sentimento de
forte pressão ambiental (comum em crianças com dificuldade escolar
e/ou pressionadas pelos pais e em adolescentes constritos pela
realização acadêmica).
49
Calçada reta na frente ou caminho que acaba em montanha — falta de
energia para vencer os problemas ou dificuldade no contato com as
pessoas (sugere Transtorno depressivo).
50
(Sol—(na maioria das vezes simboliza a figura de maior autoridade ou
de maior valência emocional (positiva ou negativa) no ambiente do
sujeito tomo Depressivo)
6.1 — Introdução
51
O fato de a árvore ter vida e crescer continuamente é que torna possível
a representação simbólica do psiquismo humano.
52
A experiência clínica sugere que é mais fácil perceber atitudes
conflitantes ou emocionalmente perturbadoras no desenho da ARVORE
do que no da FIGURA HUMANA, porque esta se parece mais com um
autorretrato. Por exemplo, o examinando pode projetar com maior
facilidade sua vivência de um trauma emocional fazendo cicatrizes no
tronco da árvore, em lugar de cicatrizes na FIGURA HUMANA
desenhada.
53
Arvore média vigorosa e bem enraizada- integração intacta da
personalidade.
Árvore sobre a qual paira uma ave de rapina ou sob a qual urina um
cão — sentimentos de culpa, sensação de destruição, degradação,
profunda desvalorização e baixa autoestima (sugere Transtorno do
Pânico e/ou Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
54
Árvore em que um homem ameaça destruí-la a golpes de machado —
sentimento de iminente mutilação física, terror e pânico; na maioria das
vezes o homem simboliza a figura paterna ou a de maior autoridade
(sugere Transtorno do Pânico e/ou Transtorno de Estresse Pós-
Traumático).
55
Estereotipias — rigidez, dificuldade ou falta de capacidade de
expressão, falta de independência no julgar, horizonte limitado (comum
em crianças até mais ou menos 7 anos de idade e, em adultos sugere
apego a esquemas infantis ou Transtorno de Personalidade Obsessivo-
Compulsivo).
56
implica em uma perda de controle e poder para o alcance do bem-
estar.
A árvore pode ser desenhada desde uma forma natural, ereta, até
totalmente inclinada, recurvada e destituída de qualquer força.
57
Árvore recurvada, voltada para a terra, sacudida pelo vento ou
quebrada por tempestades — sensação de forte pressão ambiental,
falta de apoio, inibição, bloqueios ou sentimento de prisão ao passado,
de ser impedido pelas circunstâncias (comum em Transtorno de
Personalidade Obsessivo Compulsivo e sugere também Hipocondria).
6.6 Simetria
Moderada-capacidade de organização, equilíbrio e habilidade para
obter satisfação do ambiente.
6.7-Raiz
São inúmeras as funções da raiz, dentre elas, as mais fundamentais é
que retiram o ali- da terra, apoiam e seguram a árvore. São
frequentemente ocultas ou parcialmente visíveis, mas firmam a sua
existência, mostrando ser a parte mais durável e essencial para o
desenvolvimento da planta.
58
Ênfase no desenho da raiz — imaturidade, primitivismo e predomínio
maior da vida instintiva ou medo de perder a objetividade, preocupação
em desligar-se da realidade, já que a raiz simboliza a ligação à terra
(sugere Transtorno de Personalidade Esquizotípica e/ou Transtorno de
Despersonalização).
Raiz por meio de solo transparente (que aparecem sob a linha do solo)
— falha na capacidade de perceber a realidade, imaturidade cognitiva e
dependência. Comum em crianças até mais ou menos 7 anos de idade.
Em adolescentes e/ou adultos, indica uni prejuízo na capacidade de
perceber a realidade (sugere Transtorno de Personalidade
Esquizotípica).
59
temor, pânico de perder o contato com a mesma; é como se tivesse que
agarrar para não perder o contato com a objetividade (encontrado em
pessoas agressivas com Transtorno de Personalidade Paranóide ou
Transtorno do Pânico).
60
Linha convexa-(árvore colocada em uma colina ou montanha) —
isolamento aliado à necessidade de autonomia, solidão e reserva; pode
ser também indício de vaidade, posse, necessidade de colocado em um
pedestal,àdeàse àad i ado,àse ti e tosàdeàg a deza,à oàtodo-pode oso à
ou sugere dependência maternal.
Linha borrada — ansiedade com relação ao sentir a terra sob seus pés,
o saber onde pisa e como se situa no mundo (sugere Fobia Social).
6.9 — Tronco
O tronco é o suporte da copa, a parte mais estável e durável da árvore.
Simboliza a força interior, o sentimento de poder e de sustentação do
ego, o equilíbrio, e fornece também dados sobre o desenvolvimento
emocional e sobre a integração da personalidade.
61
Tronco solto no espaço, sem raiz, sem base, longe da linha da terra —
falta de apoio, desorientação, falta de firmeza e insegurança.
62
com a realidade menor que o desejável, ambição, autopreocupação,
entusiasmo, idealismo, arrogância, superficialidade, equilíbrio precário
da personalidade por efeito da frustração em não conseguir satisfazer as
necessidades básicas, desenvolvimento retardado e regressão a estados
primitivos (comum em desenhos de crianças pequenas, pacientes com
Transtorno de Somatização e em adultos regredidos).
63
Tronco muito fino ou pequeno, com uma grande estrutura de galhos —
equilíbrio precário da personalidade, necessidade de maior satisfação,
mas com pouca sustentação.
64
Contorno do tronco irregular à direta — contato ativo com a realidade
ou traumas psíquicos e dificuldade de adaptação (sugere Transtorno e
Estresse Pós-Traumático e de Personalidade Histriônico)
65
— suscetibilidade, vulnerabilidade, sensibilidade exacerbada,
emotividade, irritabilidade, propensão à violência e cólera, aspereza e
falta de tato ou capacidade de observação (comum em pessoas com
espírito crítico e que reagem facilmente).
66
Os galhos representam os braços da árvore e simbolizam a capacidade
para obter satisfação no meio. Representam os recursos subjetivos do
indivíduo para aproximar-se dos outros, expandir-se e realizar-se.
Formam a zona de contato com o ambiente, permitindo o intercâmbio
entre o que é interior e o que é exterior.
67
Galhos ou ramos e tronco com traços simples e não duplos —
sentimentos de impotência falta de força do ego para busca de
satisfação e sentimentos de inadequação (comum em casos orgânicos e
sugere também Hipocondria).
68
Galhos ou ramos secundários como se fossem espetos encravados no
corpo dos ramos primários — tendência masoquista.
69
dificuldade em expressar agressividade, reserva, timidez diante da
realidade e discrição (a dura expressão dos galhos é ocultada pela
almofada de algodão, comum em pessoas impenetráveis que poupam a
si mesmas).
70
Galhos ou ramos muito longos, sem direção certa, para preencher um
vazio — tendência a fugir ao que é estabelecido, a sonhar, indisciplina,
medo e excitação.
6.18— Copa
72
A é o campo de expressão e beleza da árvore. É a sua parte mais
delicada e perecível, é a sede das folhas, flores e frutos, sendo a
manifestação da plenitude de sua existência.
74
Copa achatada na parte superior — inibição, forte pressão ambiental,
obediência não desejada, resignação, dificuldade para tomar decisões,
sentimento de inferioridade, a imobilizada que não pode escapar de um
estado emocional e falta de agressividade (sugere Transtorno
Depressivo).
75
Copa grande — fantasia, vaidade, entusiasmo, exibição ou instabilidade,
falta de concentração e agitação.
76
contato com a realidade (quando os ramos não são do tipo espinho, a
agressividade não é tão forte).
6.21 — Folhas
São as folhas que nos dão os primeiros sinais de germinação, fertilidade
e crescimento da árvore. Apresentam uma função vital (respiração da
planta), além de contribuírem para aparência e beleza da árvore. São o
símbolo da vida, servem para enfeitar e decorar o esqueleto da arvore e
simbolicamente para indicar como o sujeito realiza contato com o
ambiente.
77
Folhas em galho seco — sinal de renascimento.
6.22 — Flores
As flores são a produção mais delicada da árvore, nos falam da
aparência, da estética, do enfeite, da graciosidade e da beleza.
6.23 — Frutos
Só aparecem depois da flor fecundada e são o resultado de um lento e
longo processo de maturação, o qual viabiliza a perpetuação da espécie.
78
geralmente ligados por uma haste, e depois dos 14 anos de idade a
presença de frutos é vista como uma indicação de infantilidade.
79
Ninhos— desejo de proteção, imaturidade, dependência, imersão na
fantasia e concepção infantil do mundo (normal em crianças até 12 anos
de idade). Mais tarde sugere Transtorno de Personalidade Dependente
80
Na idade pré-escolar (5 a 6 anos de idade), a maioria dos desenhos já
apresenta as mãos e os dedos. A mão é desenhada como um círculo e os
dedos, como linhas retas. Os pés só aparecem um pouco mais tarde.
Nesta fase as crianças param de desenhar o umbigo, porque o conceito
de self independente já não é novo, e no lugar do umbigo geralmente
surge uma fileira de botões, o que é comum até mais ou menos os 8
anos de idade (a criança ainda não se encontra totalmente
81
independente da mãe). Depois dessa idade tende a desaparecer
também a fileira de botões, o que ocorre quando a criança resolve de
maneira satisfatória as questões de dependência e independência.
7.1 — Introdução
82
Aos 5 anos de idade, o umbigo é salientado, e os braços são desenhados
como extensão da cabeça em lugar do corpo. As crianças nesta fase já
têm alguma consciência das diferenças entre os sexos, que é expressada
pela ausência ou presença de uma saia ou pelo comprimento do cabelo.
84
E importante observar quais as partes do corpo feminino que são
enfatizadas. Quando os seios são desenhados muito grandes ou com
muito cuidado, pode indicar desde fortes necessidades de dependência
oral até atração pelos mesmos. Se os braços e mãos são colocados e
proeminentes, pode estar indicando tanto a necessidade de figura
materna pro como dificuldades de interação com o ambiente. Ombros e
outros indicadores de masculinidade desenhados de forma exagerada
na figura masculina denotam expressão de insegurança com respeito à
masculinidade, sentimentos de inadequação e inferioridade.
85
Juntamente com sua projeção de sentimentos relativos a seus defeitos
físicos, o examinando também pode projetar suas qualidades: ombros
largos, desenvolvimento muscular, cintura fina, pernas longas, rosto
atrativo, etc.
86
E também comum desenhar pessoas significativas (professores, tios,
etc.) do meio social contemporâneo ou passado, devido à forte valência
positiva ou negativa que estas pessoas têm para a criança.
87
Partes omissas — censura da parte omitida (comum em imaturos que
não querem tomar conhecimento dos problemas do mundo, pessoas
com Transtorno de Somatização e Transtorno de Ansiedade
Generalizado).
88
Começo pelo cabelo — problema de virilidade (comum em pessoas com
distúrbios na área da sexualidade e sugere também Impulso Sexual
Excessivo).
89
7.4 — Ordem das figuras
O esperado do ponto de vista de identificação sexual é que as pessoas
desenhem o próprio sexo em primeiro lugar. Quando o desenho não
representa o autorretrato do autor, outras variáveis podem estar
influenciando a escolha, como fantasias românticas, preocupações
momentâneas, grande relação afetiva, conflitos com o progenitor do
sexo oposto, identificação com o sexo oposto, conflitos frente a
identidade sexual ou outras condições temporárias do sujeito.
92
Figura ereta — normal boa energia e vitalidade.
93
agressividade, dificuldade escolar, imaturidade, coordenação pobre,
excesso de espontaneidade, descuido, falta de controle, impulsividade,
hiperatividade ou insegurança, instabilidade, falta de defesas, perda de
equilíbrio da produção gráfica e desorganização mental. Quando as
diferenças são muito acentuadas, demonstra desarmonia na
personalidade e no comportamento (comum em Transtorno de
Personalidade Histriônico).
94
Figura rígida, estática — (cabeça bem ereta, pernas presas uma a outra
ou braços estendidos lateralmente) - controle rigoroso sobre a vida
impulsiva, inadequação das defesas do ego, conflitos profundos,
dificuldade para relaxar, medo de relações espontâneas, repressão dos
estímulos interiores, necessidade de segurar em algo mais, face a uma
ameaça de desorganização e medo de que os impulsos proibitivos se
rompam (comum em casos orgânicos e Transtorno de Personalidade
Obsessivo-Compulsivo, Transtorno Depressivo ou Esquizofrênicos).
95
Figura nua em desenho do próprio sexo — narcisismo, supervalorização
do corpo necessidade de exibição ou contato (comum em indivíduos
infantis e egocêntricos e também sugere Voyeurismo e Exibicionismo).
Figura nua sob um robe ou uma roupa, mas sem mostrar a parte
genital — conflitos sexuais, exibicionismo e dificuldade de adaptação.
Figura com transparência e/ou com contorno dos seios, desenhada por
homem — sentimentos de culpa, apego ou fixação à figura materna.
96
Paranoide, Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo e
Hipocondríacos).
7.11 - Cabeça
Geralmente é desenhada em primeiro lugar. É a parte do corpo mais
exposta e considerada o centro do poder intelectual, racional, social e
do controle dos impulsos corporais. Representa também a autoridade
de governar, ordenar, intuir, etc.
97
Cabeça desenhada com muitas clareza em contraste com o corpo
vagamente esboçado ou pouco claro — supervalorização do intelecto,
apego à fantasia como mecanismo de compensação, sentimentos de
inferioridade e/ou vergonha a respeito das partes do corpo e suas
funções.
7.12 Rosto
98
que vivem em seu próprio mundo e não se comunicam, e sugere
Transtorno de Personalidade Esquizóide).
7.13 CABELO
99
Cabelo em escova - reação agressiva a algo não aceito.
100
7.14 — Chapéu
É mais frequente na figura masculina e pode tanto simbolizar proteção
ou status social, sensação de impotência e/ou aspectos fálicos.
7.16 — Olhos
101
A criança ao fazer o circulo representativo da figura humana desenha
em primeiro lugar os olhos. Simbolizam o contato com o mundo
exterior, a percepção da realidade, a discriminação perceptiva do
ambiente e o controle. Grande parte da comunicação social concentra-
seà osàolhos;à osàolhosàs oàoàespelhoàdaàal a àeàpode àta toàexp essa à
amor e compaixão como hostilidade e desprezo.
102
Olhos sem pupila ou cegos — percepção vaga e não diferenciada do
mundo, acentuada relutância em aceitar estímulos do ambiente, recusa
a enfrentar a realidade das coisas, inibição, dificuldade de
discriminação, imaturidade, egocentrismo ou agressividade, hostilidade,
culpa e vergonha (comum em Transtorno de Personalidade Histriônico e
em Voyeristas)
7.17 — Sobrancelhas
As sobrancelhas sugerem atitudes tanto de arrogância, dúvida como de
autoritarismo. A simbologia deste detalhe deve ser analisada de acordo
com o global.
103
Sobrancelhas bem cuidadas com traços finos e delicados —
sensibilidade e refinamento pessoal.
7.18 — Nariz
São inúmeros os simbolismos ligados ao nariz, principalmente porque é
oàó g oàdoà fa o à ueàde u iaàosàse ti e tosàdeàsi patiaàeàdeà
antipatia, orientando muitas vezes os desejos e as palavras. As
expressões populares conferem vários sentidos, como: bisbilhotar,
bufar, agredir, ser metido, intromissão — ete àoà a izào deà oà à
ha ado ,à ge teàdeà a izàe pi ado ,àdes o fia çaà— l àte à oisaà
ueà oà hei aà e ,àsi olis oàsexualà est à aàli haà diaàdoà o poàeà
sobressalente como o pênis) -
104
Nariz com deformações — sentimento de menos valia e desvio sexual
(sugere impulso Sexual Excessivo).
7.19—Boca
A boca é o órgão receptor das mais primitivas sensações de prazer ou
desprazer e é a de fixações precoces com efeito pela vida afora.
Representa a assimilação de no- idéias e a nutrição, permite a
comunicação, o intercâmbio social, dar e receber os, agredir, maltratar,
ferir, etc.
106
Esquizofrênicos, Transtorno de Personalidade Anti-Social, Transtorno de
Personalidade Histriônico e Transtorno de Somatização).
7.20 — Orelhas
Raramente são desenhadas com detalhes, frequentemente são ocultas
pelo cabelo e simbolizam a sensibilidade às críticas. As distorções nos
desenhos representam desde uma suave sensibilidade à crítica social
até uma paranoia.
107
7.21 —Queixo
Simboliza força, autoridade, autoafirmação e determinação - pessoaàdeà
ueixoàdu o .
7.22 — Pescoço
O pescoço simboliza a comunicação da alma com o corpo, a área de
controle das emoções, dos sentimentos e dos impulsos corporais.
Constitui a conexão entre o corpo (impulsos e sentimentos) e a cabeça
(pensamento e controle). Controla a organização corporal e ser como
ligação entre os impulsos instintivos do corpo e o controle exercido pelo
cérebro.
108
Pescoço fino e longo —dificuldade em controlar e dirigir impulsos
instintivos (pessoas severas e moralistas), aguda consciência de
impulsos corporais com grande esforço para contê-los, supercontrole
repressivo, afastamento da vida emocional ou ansiedade (comum em
pessoas com Transtorno de Somatização).
109
Gravata desenhada com muita ênfase por homem — preocupação
fálica com suspeita de sentimentos de impotência e em alguns casos
Homossexualismo.
7.24— Ombros
Simboliza a força, poder físico, autoridade, autoafirmação, autonomia e
domínio sobre o ambiente.
110
Ombros estreitos em relação ao corpo — sentimento de menos valia,
de inferioridade e/ou inadequação (comum em Deprimidos c em
Transtorno de Somatização).
7.25 — Tórax
É a sede dos órgãos vitais, da vida instintiva e emocional.
111
Tórax como uma caixa quadrada com ângulos — símbolo masculino,
maior agressividade, propensão à crítica ou extroversão (comum em
pessoas regredidas, primitivas ou desorganizadas e sugere Transtorno
da Conduta e Transtorno da Personalidade Antissocial).
7.26—Seios
112
Seios com ênfase na figura masculina — ambivalência sexual (comum
em Homossexuais).
113
7.28 — Cintura
Simboliza a área de controle do impulso sexual, da feminilidade, da
sedução e da possibilidade de atração.
114
7.30 — Zona genital
O sombreamento ou o desenho dos órgãos sexuais não são comuns e
quando aparecem conflitos e expressam distúrbios.
7.31 — Braços
O comprimento dos braços, sua robustez e a direção com que eles
partem do corpo para o ambiente oferecem dados adicionais sobre a
natureza da interação do indivíduo com o mundo (os braços equivalem
aos galhos da árvore e a porta da casa). Simbolizam o contato com
objetos e pessoas, o desenvolvimento do eu, a adaptação social, a inter-
relação com o ambiente, a força, o poder de fazei; o socorro concedido
e a proteção.
115
Braços longos e finos — (que alcançam abaixo dos joelhos) - debilidade
física ou psíquica, sentimento de inadequação e insuficiência, amplos
horizontes mas sem capacidade de manipulação ou realização,
insegurança e impotência, são braços que não podem realizar nada e
que não reagem aos estímulos interiores.
116
Braços na horizontal de forma mecânica, em ângulo reto com a linha
do corpo — contato superficial e não afetivo com o meio (comum em
desenhos de pessoas regredidas).
7.32 — Mãos
Simbolizam o instrumento mais refinado para ação ofensiva ou
defensiva do ego. São os membros de contato e manipulação do corpo,
são comprometidas com a atividade de agarrar, manipular, tocar
objetos ou pessoas ou mesmo a si mesmo. Revelam o nível de aspiração
do examinando, sua confiança, agressividade, eficiência e muito
frequentemente sua culpa ou conflito a respeito das relações
117
interpessoais, além das realizações pessoais, como pintar, realizar
trabalhos manuais, etc. Por meio das mãos podemos compreender
comportamentos que traduzem medo, timidez, hostilidade ou agressão.
7.33— Dedos
Dedos representam os pormenores da vida. O polegar simboliza o
intelecto e a preocupação o indicador - o ego e o medo, o médio - a
raiva e a sexualidade, o anular - as uniões e o e o mínimo representa a
família e a honestidade.
119
Dedos apagados — sentimentos de culpa de inadequação, impotência,
de menos valia, conflitos ou agressividade reprimida ou impulsividade e
ansiedade de autoafirmação.
7.34 — Unhas
Representam as próprias armas (arranham e ferem) e ao mesmo tempo
podem simbolizar autoproteção e sedução.
120
Desenhados por homem — conflito no casamento (aliança),
ambivalência sexual ou afirmação econômica (anéis vistosos).
7.36— Pernas
Membro facilitador da marcha permite as aproximações, facilita os
contatos, suprime as distancias. Reveste-se, portanto, de importância
social. As pernas também simbolizam a estabilidade do corpo,
representam contato com o ambiente (compartilham com os braços), e
equilibram o corpo, tomam possível a locomoção, compartilham com a
região do tronco na esfera sexual, simbolizando atitudes do examinando
frente à vida.
121
Pernas juntas e rígidas, sem sinal de movimento — self fechado para o
mundo, estagnação entre a fantasia e a capacidade de realização e os
impulsos internos mantidos sob um rígido controle.
122
Omissão das pernas — é bastante raro, sugerindo patológicos
sentimentos de constrição e de castração ambiental, deterioração
(comum em Esquizofrênicos e Transtorno de Ansiedade Generalizada).
Saia comprida cortada com uma linha no meio para dar idéia de calça
em adultos — imaturidade afetiva e sexual.
Tocam o chão e por isso podem ser envolvidos em idéias de fobias por
germes e/ou sujeira, frequentemente são associados com sexualidade e
sentimentos de culpa (são órgãos extensivos e proeminentes no corpo),
dão passos, ato de afirmação que envolve os movimentos de todo o
corpo (sentimento de mobilidade fisiológica e/ou psicológica na esfera
pessoal), dão chutes (implicações agressivas), são extremidades e
pontos de contato )(equilíbrio), representam o se posicionar no mundo
(autonomia e adaptabilidade).
123
Pés de tamanho adequado — segurança e equilíbrio para caminhar no
ambiente.
7.39-Sapatos e meias
124
Representam o símbolo da afirmação social, num extremo está o
contato com a realidade e no outro a sexualidade e o desejo de chamar
a atenção.
125
Roupas em ambas as figuras bem detalhadas e elaboradas —
sentimento de inferioridade e necessidade de proteção, couraça,
importância atribuída ao prestígio social e as posses dentro do sistema
de valores (comum em Transtorno de Personalidade Obsessivo -
Compulsivo e sugere Transtorno de Personalidade Narcisista).
7.41 — Complementos
Quando aparecem devem ser analisados.
126
Objetos na mão (livros, jornais, pacotes, flores, bolsa, pasta, etc.) —
insegurança, necessidade de contato com algo e de apoio (no caso de
livros, é comum em pessoas com problemas escolares, sugere
Transtorno de Aprendizagem).
127
Reflete as atitudes do paciente para com os dois sexos. Um exemplo
seria a criança que desenha a figura masculina menor e menos móvel
que a feminina, podendo indicar que vê o homem como mais passivo,
inativo e introvertido que a mulher, que é vista como mais ativa,
extrovertida ou agressiva.
128
8.1 — Introdução
Segundo Hammer (1981), a técnica de desenho da família apareceu
repentinamente e obteve uma popularidade tão rápida entre os
psicólogos, por intermédio da informação oral, que a sua autoria é
indeterminada. Foi dado crédito a várias pessoas em diferentes regiões
doà u do,à asàoàseuà iado àai daà oàfoià e o he ido.à Talvez,à o oà
muitas invenções importantes, ela tenha surgido simultaneamente na
mente de diferentes profissionais (Hammer- ,
129
Os desenhos das FAMÍLIAS (DE ORIGEM E IDEAL) têm- se mostrado
extremamente úteis para conhecer a situação do examinado dentro do
seio familiar. Juntamente com o HTP, vem a contribuir para a
observação de determinados aspectos inconscientes e conscientes da
personalidade, mais especificamente para uma abordagem da estrutura
e da dinâmica da família em que o examinando está inserido.
130
É na família que ocorre o processo de diferenciação e de aquisição da
identidade por meio da separação/individualização. Durante esse
estágio, passa-se por momentos de desorganização, que podem ser
transitórios e passageiros, desde que a família seja capaz de tolerar a
diferenciação do indivíduo dentro do grupo. Se, ao contrário, a família
não puder conter essa mudança, sua ação será sobre o próprio
indivíduo.
131
A maioria dos examinandos responde adequadamente à solicitação para
os desenhos das famílias (ORIGEM E IDEAL). As resistências e/ou
negação têm sido notadas em crianças cuja vida no lar é caracterizada
por tumulto e violência e que adquiriram uma imagem intensamente
negativa da família, mas mesmo entre essas crianças a recusa absoluta é
rara. Usualmente estas desenham o grupo familial no qual incluem
todos os irmãos e a si mesmas, mas omitem seus pais (Di Leo, 1987).
132
1. Posições das figuras - simboliza a forma que o examinando apresenta
a sua família, o espaço ocupado, o grau de envolvimento
(aproximação/distanciamento) do examinado com o próprio eu e com
os membros da família.
133
voltar, numa reavaliação. Os desenhos na maioria das vezes favorecem
insights, que podem promover mudanças.
134
Figuras de costas — família dissimulada, conflituosa, hostilidade entre
os membros e, às vezes, agressão (sugere Transtorno de Conduta ou
Transtorno de Personalidade Antissocial)
135
Família sentada em frente a uma mesa grande e vazia — distância
emocional entre os membros e intensos sentimentos de afastamento da
interação familiar (sugere transtorno de Personalidade Esquizoide)
136
Fornece um paralelo das atitudes do examinado para com os membros
da família.
Pai desenhado menor que a mãe — a mãe é vista como uma figura
mais te e/ou mais atenciosa.
137
8.6 Omissões
Refletem os sentimentos de proximidade, ciúmes, rejeições e conflitos
entre os familiares.
Quando um dos pais vive com a família, mas a criança não o desenha
— ressentimentos e mágoas para com o membro ausente.
138
Pequena diferenciação entre a mãe e o pai — fracasso em reconhecer
características diferentes entre os pais, desinteresse ou medo frente aos
progenitores.
Pai e/ou mãe como uma figura assustadora, com mãos grandes, dedos
longos pontiagudos — a criança vê o pai ou a mãe como rígido(a) e
punitivo(a), evidente rejeição e crueldade física e mental,
frequentemente racionalizada como disciplina treinamento para o
melhoramento da criança.
Pai e/ou mãe fazendo trabalhos domésticos - sensação de não ser tão
importante quanto a ordem e limpeza, que o cuidado com a casa é mais
importante do que a criança.
139
controlada, racionalizada e sem emoção (comum em crianças que vivem
sob condições deterioradas no lar).
9. HTP-F CROMÁTICO
140
à tarefa cromática (as crianças na maioria das vezes mostram imenso
prazer), utilizam cores mais cálidas, aplicam uma pressão firme e segura,
refletindo assim maior autoafirmação e confiança nas áreas emocionais
que as cores representam.
Cor usada para sombrear - sombreado leve indica na maioria das vezes
sensibilidade Sombreado forte geralmente implica ansiedade.
141
Número de cores empregadas para cada desenho — O esperado é de
três a cinco cores para a CASA, de duas a três para a ARVORE e de três a
cinco para a FIGURA HUMANA.
142
Cores entrelaçada, mescladas — menor controle emocional.
143
superestima de si mesmo ou projeção de problemas e afetos no
exterior; já nas crianças, desejo de conseguir algo e se valorizar.
144
CASA, ÁRVORE, FIGURA HUMANA, FIGURA HUMANA DO SEXO OPOSTO
AO DA PRIMEIRA DESENHADA, FAMÍLIA DE ORIGEM E FAMÍLIA IDEAL.
HTP-F
Seus desenhos são apagados, com o traço muito leve, com ‘li hasà
quebradas, indecisas e trêmulas, sugerindo um baixo nível de energia,
inibição, insegurança, ansiedade, medo, conflitos, aguda necessidade de
autocontrole e repressão da agressividade.
145
necessidade de apoio, medo de ações independentes e falta de
autoconfiança).
146
Quando observamos a sua CASA percebemos que além de distante ela
está inclinada e solta no ar (LINHA REPRESENTATIVA DO SOLO OU
CHAO), mostrando uma vez a sua insegurança, o afastamento afetivo, a
sua reserva, a sua instabilidade desamparo frente às pressões do
ambiente.
147
desencorajamento, retraimento, necessidade de proteção e forte
pressão ambiental.
Vamos observar mais uma vez a árvore de A.: ela não apresenta RAIZ
(está solta no ar) O TRONCO é feito de linhas tremidas, alargado e com
contorno irregular para a esquerda aberto na parte superior e na
inferior; esses detalhes apontam para traumas durante o
desenvolvimento, insegurança, indecisão, conflitos, falta de apoio,
desorientação, inibição timidez e fixação ao passado (A. tem pânico).
148
Em relação à FIGURA FEMININA, A. comenta que é a mãe, tem 20 anos,
está bem, mas que tem muito medo de ficar só (há certa confusão nos
papéis de filha e mãe).
149
Vamos observar as figuras: a CABEÇA apresenta contornos mais claros
que o corpo sendo isso comum em pessoas que recorrem à fantasia
como mecanismo de compensação, com sentimentos de inferioridade
ou vergonha a respeito das partes do corpo e suas funções (A. nunca
namorou).
150
é uma figura ausente na família), sugerindo sensação de incapacidade e
dependência, contato superficial e não afetivo com as pessoas,
dificuldade de contato tanto pessoal como sexual, e mesmo rigidez e
culpa.
151
A. Desenhou todos os membros da sua família (FAMÍLIA DE
ORIGEM) de forma automática quando chegou ao final, percebeu que
não se incluiu. Espantou-se e representou-se como a ultima da fila a
menor, a menos significativa. Deixou claro seus sentimentos de rejeição
dolorosa ser um a mais no grupo e de não sentir-se significativa ou
amada pelos demais.
Quando solicito para fazer uma FAMILIA IDEAL, A, desenha pai, mãe e
filha, indicando a sua fantasia de que apenas em uma família pequena
poderia ser vista ou percebida de forma afetiva e amorosa.
152
A paciente B. é uma menina, de 8 anos, estudante da segunda série,
pertencente à classe econômica alta e é filha de pais universitários. O
casal tem duas filhas, sendo que B. é a primeira, e a irmã tem 6 anos.
Uma outra coisa que me incomoda é que ela não tem amiguinhas, nunca
convida ninguém para vir em casa. Quando vamos à alguma festa, ela
fica do meu lado e não brinca com as outras crianças. A irmã é
totalmente diferente; é extrovertida e tem muitas amiguinhas. Quando
B. ão te o age de faze algu a oisa, a da a i ã faze .
HTP-F
B. não apresentou RESISTÊNCIA para desenhar e fez todos os desenhos
em apenas uma sessão. Seu TRAÇADO é firme e em alguns desenhos
usou muita PRESSAO (vestido da figura feminina e blusa na figura
masculina), sugerindo conflitos com o corpo, tensão, ansiedade, falta de
autoconfiança ou ainda agressividade e hostilidade para com o
ambiente.
Casa
B. a enxerga como se fosse vista de cima e distante (PERSPECTIVAS
OU POSIÇÃO da Casa), o que é comum em pessoas que rejeitam a
situação familiar e os valores pertinentes e que em geral exibem
compensatoriamente sentimentos de superioridade frente ao
isolamento afetivo.
153
Quando observamos a TELHA OU TELHADO (área ocupada pela fantasia)
constatamos que é, em ponta, muito elaborado e bastante reforçado
com linhas fortes e grossas, o é característico de indivíduos que estão
tentando se defender da ameaça de perda do controle pela fantasia.
Representam uma preocupação aumentada com o temor de impulsos
atualmente expressos pela fantasia se expandam para o
comportamento manifesto ou distorçam a percepção da realidade.
Árvore
B. começou sua ÁRVORE pelo TRONCO. Ela o fez rígido, ligeiramente
tremido e bem mais longo que a copa, sugerindo predomínio da vida
instintiva, certa inquietação e vivacidade de fundo emocional.
154
Quando pergunto quantos anos sua árvore tem (IDADE ATRIBUIDA À
ãRVORE ,àdiz:à é bem velhinha, 40 ou 30 anos ,ài di a doàviv iasà
depressivas e inadequadas para a idade. Falou que quem plantou foi o
tio que já morreu, Que é uma árvore só, cheia de flores, mas que
ninguém tem acesso a ela por causa das abelhas. Está ferida e necessita
de água, pois está com doença no tronco.
Figura Humana
156
Os OLHOS da menina são representados por um ponto, e o esquerdo
parece vazado; os do menino são maiores, porém são estrábicos,
mostrando a dificuldade em olhar e entender a vida.
Põe luvas na menina indicando mais uma vez vaidade, seu desejo de
crescer e de ser bem-sucedida.
Outro detalhe que nos chama a atenção e que reforça a hipótese de que
B. se sente excluída da família é que todos os membros estão de olhos
fechados (fechados para eb Interessante também é que estão sorrindo,
como que felizes, mas parece que B. não participa dessa alegria; sente-
se isolada, deprimida e não ajustada).
159
Desta vez se representou em primeiro lugar, exclamando a sua
importância, seu sentimento de pertinência e de fazer parte da família.
1°HTP-F
Apesar de bastante estimulado, C. negou a desenhar a CASA, a FAMÍLIA
DE ORIGEM E A FAMILIA IDEAL. Mas mesmo assim vamos à análise dos
três desenhos.
160
Qualitativamente ficam evidentes certas dificuldades de C. quando
constatamos a sua RESISTENCIA para desenhar, o DECRESCIMO
PSICOMOTOR, as PAUSAS DURANTE A EXECUÇAO, a PRESSAO
EXAGERADA de seus traços, o TAMANHO DAS FIGURAS e os DETALHES
de seus desenhos.
Árvore
161
C. faz a sua ÁRVORE pequena (pressão ambiental), depressivas e
inadequadas para a idade), porém ERETA e SIMETRICA
Começou o seu desenho pelo TRONCO - longo com grande estrutura de
galhos e uma pequena saliência no lado direito, indicando certa rigidez,
predomínio da vida instintiva com desejo de expansão sentimento
obscuro dos limites da personalidade, oposição aos outros, ia,
ocasionalmente ressentimento, desconfiança e medo de figuras
autoritárias. Quanto a pequena saliência, podemos pensar em traumas
psíquicos, dificuldade de adaptação, congestionamento de afetos,
impulsividade, vulnerabilidade ou talvez excitabilidade.
Suas RAÍZES são visíveis (predomínio da vida instintiva) com traço duplo
e em forma de garra sob a linha da terra, sugerindo uma ligação
hipervigilante e com pobre contato com a realidade, temor e pânico de
perder o contato com a mesma (é como se tivesse de agarrar não
perder o contato com a realidade).
Figura Humana
Tanto a FIGURA FEMININA como a MASCULINA C. nega-se a desenhá-las
de corpo inteiro. Faz primeiro a FIGURA FEMININA. O desenho só do
busto nos leva a pensar em várias hipóteses como: não gostar do
próprio corpo, censura da área genital ou forte preocupação sexual
misturada com desajustamento.
163
Estes dados nos chamam a atenção, justamente pelo fato de C.
desenhar primeiro a mulher. Crianças e adolescentes costumam
desenhar primeiro o sexo oposto quando têm maior estima por este,
quando apresentam sentimentos negativos para consigo mesmo,
quando são mais dependentes faltando-lhe segurança quanto à própria
imagem ou quando não têm plena consciência do próprio sexo do ponto
de vista das características sexuais já conhecidas.
164
Os ROSTOS de ambos estão de frente, como que preparados para
encarar o mundo, há uma acentuação dos caracteres faciais e contorno
reforçado (principalmente homem), indicando certa timidez.
165
Após esta avaliação foi feito novo contato com os pais. Desta vez ambos
compareceram o pai de C. mostrou-se uma pessoa passiva, apagada e
sem muita energia; a mãe, por sua vez praticamente falou o tempo
todo sugerindo muita ansiedade e verbalizou com frequência a falta de
entendimento e afeto pelo marido.
Após este contato, C. foi encaminhado para psicoterapia, duas vezes por
semana.
Casa
166
Quando observamos o TELHADO, percebemos que está proporcional ao
tamanho da casa (equilíbrio entre a fantasia e a realidade) e terminado
em ponta (simbolismo sexual).
Desta vez fez um sol, mas não conseguiu imaginar ninguém que pudesse
representar o calor.
Árvore
C, desenhou a sua ÁRVORE centrada, ereta e bem grande, ocupando
quase toda a folha, nos clarificando que está reagindo às pressões
ambientais com sentimentos de expansão. Mas continua preso ao
mundo da fantasia.
Diz que apesar de saudável, é uma árvore bem velha (IDADE ATRIBUÍDA
À ÁRVORE) mais ou menos cinquenta anos, sugerindo vivências
depressivas e inadequadas para a idade.
167
Figurara humana
168
CABEÇA do menino está com tamanho normal, mas a da menina é um
pouco maior, denotando que ainda valoriza de forma mais consistente a
figura feminina.
169
Família de origem
C. aceita desenhar apenas a sua FAMÍLIA DE ORIGEM. Uma detalhe
interessante que o pai (figura sentida como ausente pelo paciente)
desta vez foi desenhado em primeiro lugar e de forma saliente (cabeça
maior).
170
11.
O SIGNIFICADO DE ALGUMAS
171
início na adolescência ou começo da idade adulta, é estável ao longo do
tempo e provoca sofrimento ou prejuízo (DSM-IV).
173
É também chamado de Personalidade Amoral, Dissocial, Associal,
Psicopática ou Sociopática, é caracterizado por atos antissociais e
criminais contínuos, mas não é sinônimo de criminalidade. Em vez disso,
trata-se de uma incapacidade para conformar-se às normas sociais. Para
receber este diagnóstico o indivíduo deve ter pelo menos 18 anos e ter
tido uma história de alguns sintomas do Transtorno de Conduta antes
dos 15 anos.
174
Frequentemente impressionam os observadores por terem uma boa
inteligência verbal.
175
São pacientes que se situam no limite entre a neurose e a psicose e se
caracterizam por humor, comportamento, relações objetais e
autoimagem extraordinariamente instáveis.
177
Pessimismo, insegurança, passividade e temores de expressar
sentimentos sexuais e agressivos caracterizam o comportamento da
personalidade dependente. Um cônjuge abusivo, infiel ou alcoólico
pode ser tolerado por longos períodos de tempo para que a vinculação
seja rompida. São pessoas que se sentem tão incapazes de funcionar
sozinhas, preferindo concordar com coisas que consideram erradas, a se
arriscarem à perda da ajuda daqueles em quem buscam orientação.
178
Na maioria das vezes são pessoas tímidas, quietas, inibidas, que passam
i visíveis ,àpeloà edoàde que qualquer atenção possa trazer
degradação ou rejeição. Demonstram inibição em novas situações
interpessoais, devido a seus sentimentos de inadequação e baixa
autoestima. Ao falarem com alguém, expressam incerteza e falta de
autoconfiança, podendo falar de maneira autodepreciativa. Têm medo
de falar em público ou fazer pedidos a outras pessoas, pois são
hipervigilantes quanto à rejeição. Tendem a interpretar mal os
comentários feitos por outras pessoas, considerando-os ridicularizantes
ou depreciativos. A recusa a qualquer pedido que façam leva-as ao
retraimento e a se sentirem magoadas. Elas são descritas pelos outros
o oà tí idas ,à a a hadas ,à solit ias àeà isoladas .
179
O transtorno de personalidade esquizoide é diagnosticado em pacientes
que exibem um padrão vitalício de retraimento social. Seu desconforto
com a interação humana, sua introversão e afeto brando e constrito são
dignos de nota. As pessoas com esse transtorno parecem não possuir
desejo de intimidade, mostram-se indiferentes as oportunidades de
desenvolver relacionamentos íntimos e parecem não obter satisfação
do fato de fazerem parte de uma família ou de algum grupo social.
Preferem passar seu tempo sozinhas a estarem com outras pessoas,
escolhendo passatempos solitários que não evolvam a interação com
outras pessoas. As crianças com esta tendência na maioria das vezes
passam horas desenhando; os adultos com o transtorno preferem o
computador a qualquer interação pessoal, podem apresentar pouco
interesse sexual, preferindo a fantasia a uma sexualidade madura,
apresentam dificuldade em fazer algum amigo íntimo ou participar de
uma turma.
180
Transtorno de Personalidade Esquizotípica
Neste manual existem 9 interpretações indicativas de Personalidade
Esquizotípica.
Na maioria das vezes eles não são capazes de lidar com toda a faixa de
afetos e indicadores interpessoais necessários para relacionamentos
bem-sucedidos, de modo que muitas vezes parecem interagir com os
outros de maneira inadequada, rígida ou constrita.
181
Neste manual existem 9 interpretações indicativas de Transtorno de
Personalidade histriônica,
182
Os indivíduos com Transtorno de Personalidade Histriônica têm um alto
grau de sugestibilidade, e suas opiniões e sentimentos são facilmente
influenciados pelos outros e pelas tendências do momento. Nos
relacionamentos íntimos apresentam dificuldade em adquirirem
intimidade emocional, com frequência representam papéis, sem se dar
conta disto. Os relacionamentos a longo prazo podem ser deixados de
lado para dar lugar a relacionamentos novos e excitantes.
Outros agem de acordo com seus desejos sexuais masoquistas por conta
própria (por exemplo: atando a si mesmos, picando-se com alfinetes ou
agulhas, auto-administrando choques elétricos ou automutilando-.se)
ou com um parceiro.
183
As fantasias masoquistas tendem a ter estado presentes na infância. A
idade na qual iniciam as atividades masoquistas com parceiros é
variável, mas geralmente se situa nos primeiros anos da vida adulta.
184
Lidam pobremente com as críticas devido à vulnerabilidade de sua
autoestima, e reação pode ser de desdém, raiva ou contra-ataque
afrontoso.
186
As habilidades interpessoais das pessoas obsessivo-compulsivas são
extremamente limita- Afastam as pessoas, são incapazes de
comprometer-se e insistem em que os outros se submetam às suas
necessidades e, por outro lado são ávidas por agradar aos que veem
mais poderosos do que elas próprias.
187
nenhuma evidência, se preocupam com dúvidas infundadas quanto à
lealdade e confiabilidade de seus amigos ou colegas, cujas ações são
minuciosamente examinadas em busca de evidências de intenções
hostis.
188
sente prazer pelo sofrimento psicológico ou físico da vítima (Kaplan,
1993).
189
De acordo com a teoria psicanalítica, o sadismo é uma defesa contra
medos de castração os sádicos fazem a outros o que temem que lhes
aconteça. O prazer é extraído da expressão do instinto agressivo.
Transtorno da Aprendizagem
Neste manual existem 14 interpretações indicativas de Transtorno da
Aprendizagem.
190
Para um diagnóstico consistente de Transtorno de Aprendizagem o
profissional deve assegurar-se de que os procedimentos de testagem da
inteligência refletem uma atenção adequada à bagagem étnica ou
cultural do indivíduo. Os transtornos da Aprendizagem devem ser
diferenciados das variações normais na realização acadêmica e das
dificuldades escolares devido à falta de oportunidades, ensino fraco ou
fatores culturais. A escolarização inadequada pode resultar em fraco
desempenho em testes estandartizados de rendimento escolar. Crianças
de bagagens étnicas ou culturais diferentes daquelas dominantes na
cultura da escola ou cuja língua materna não é língua do país, bem como
crianças que frequentam escolas de ensino inadequado, podem ter
fraca pontuação nesses testes. As crianças, com essas mesmas bagagens
também podem estar em maior risco para faltas injustificadas à escola,
em virtude de doenças mais frequentes ou ambientes domésticos
empobrecidos ou caóticos.
191
Como em outros transtornos ansiosos, os sintomas dominantes são
altamente variáveis, mas queixas de sentimentos contínuos de
nervosismo, tremores, tensão muscular, sudorese, sensação de cabeça
leve, palpitações, fôlego curto, boca seca, tonturas, resposta de
sobressalto exagerada e desconforto epigástrico são comuns. Medos de
que o paciente ou um parente vai brevemente adoecer ou sofrer um
acidente são frequentemente expressados, junto com uma variedade de
outras preocupações e pressentimentos.
Transtorno de Conduta
Neste manual existem 16 interpretações indicativas de Transtorno de
Conduta.
192
A característica essencial do Transtorno da Conduta é um padrão
repetitivo e persistente de comportamento no qual são violados os
direitos básicos dos outros ou normas ou regras sociais importantes
apropriadas à idade (DSM-IV).
193
tarde da noite, apesar de proibições dos pais, como também pode haver
fugas de casa durante a noite.
Transtorno de Despersonalização
Neste manual existem 3 interpretações indicativas de Transtorno de
Despersonalização.
194
Os indivíduos com Transtorno de Despersonalização mantêm um teste
de realidade intacto, isto é, apresentam consciência de que isto é
apenas uma sensação e de que não são realmente um autômato.
Muitos deles frequentemente podem ter dificuldade em descrever seus
sintomas por temer que essas experiências signifiquem que estão
lou os .
195
Os sintomas em geral iniciam nos três primeiros meses após o trauma,
embora possa haver um lapso de meses ou mesmo anos antes do seu
aparecimento, surgindo como uma resposta tardia a um evento ou
situação estressante.
Transtorno de Somatização
196
A maioria dos pacientes tem longa e complicada história de contato com
serviços médicos tanto primários quanto especializados, durante a qual
muitas investigações negativas ou operações infrutíferas podem ser
realizadas. Podem ser referidos sintomas relacionados a qualquer parte
ou sistema do corpo, mas sensações gastrintestinais (dor, eructação,
regurgitação, vômito, náusea, etc.) e sensações cutâneas anormais
(coceiras, queimação, formigamento, dormência, sensibilidade, etc.) e
erupções ou manchas estão entre as mais comuns. Queixas sexuais e
menstruais são também comuns. O curso do transtorno é crônico e
flutuante e com frequência está associado a rompimento duradouro do
comportamento social, interpessoal ou familiar.
Transtorno Depressivo
Neste manual encontram-se 56 interpretações indicativas para o
Transtorno Depressivo.
197
desânimo, desesperança e sentimento de inutilidade. Os pacientes
frequentemente descrevem os sintomas da depressão como uma dor
emocional agonizante.
198
Quase todos os pacientes deprimidos (97%) queixam-se de energia
reduzida, resultando em dificuldades para terminar tarefas, prejuízo
escolar e profissional, e motivação para pôr em prática novos projetos.
Transtorno do Pânico
Neste manual existem 8 interpretações indicativas de Transtorno do
Pânico.
199
Os aspectos essenciais são ataques recorrentes dc ansiedade grave
(pânico), os quais não são restritos a qualquer situação ou conjunto de
circunstâncias em particular e que são, portanto, imprevisíveis. Os
sintomas dominantes variam de pessoa para pessoa, porém, início
súbito de palpitações, dor no peito, sensações de choque, tontura e
sentimentos de irrealidade (despersonalização) são comuns.
Geralmente há um medo secundário de morrer, perder o controle ou
ficar louco. Os ataques individuais usualmente duram apenas minutos,
ainda que às vezes sejam mais prolongados; sua frequência e curso são
muito variáveis. Um paciente em um ataque de pânico, em geral,
experimenta um medo muito súbito e sintomas autômatos, os quais
resultam em uma saída, usualmente apressada, de onde quer que ele
esteja. Os ataques de pânico constantes produzem medo de ficar
sozinho ou ir a lugares públicos e geralmente é seguido de um medo
persistente de ter outro ataque (CID-1O).
200
pode ser perturbador tanto do ponto de vista emocional como
financeiro.
Esquizofrenia
De acordo com as pesquisas de Hammer (1981), Laurenção Van Kolck
(1984), Souza Campos (1989), neste manual existem 31 interpretações
indicativas de Esquizofrenia.
201
uma perda de controle sobre a mente ou o corpo e geralmente são
considerados bizarros.
Exibicionismo
Neste manual existem 13 interpretações indicativas para o
comportamento exibicionista.
203
um relacionamento duradouro, embora seus ímpetos possam tomar-se
mais aguçados frente a um conflito no relacionamento.
O início em geral ocorre antes dos 18, anos embora possa começar mais
tarde. Poucos indivíduos de grupos etários mais velhos são detidos, o
que pode sugerir que a condição se torna menos severa após os 40 anos
de idade (CID- 10).
Fobia Social
Neste manual existem 16 interpretações referentes à Fobia Social.
204
Eles podem ter medo de falar em público em virtude da preocupação de
que os outros percebam a sua ansiedade pelo calor ou gelo das mãos,
voz indecisa ou dificuldade em se expressar. Também podem esquivar-
se de comer, beber ou escrever em público, pelo medo de sentirem
embaraço se os outros perceberem sua fobia.
Hipocondria
Esse manual apresenta 14 interpretações indicativas de Hipocondria.
205
idéias inadequadas persistem apesar das garantias ao contrário.
Entretanto, a crença não tem intensidade delirante, a pessoa é capaz de
reconhecer a possibilidade de estar exagerando a extensão da doença
temida ou de não existir absolutamente qualquer patologia.
206
quando o estresse é resolvido, mas podem tornar-se crônicas, se
reforçadas por pessoas no sistema social do paciente ou por
profissionais da saúde.
Homossexualidade
Este manual contém 19 interpretações sugestivas de homossexualidade.
207
A maioria dos homossexuais masculinos e femininos recorda o
aparecimento de atrações românticas e eróticas por parceiros do
mesmo sexo durante o início da adolescência. Entretanto, o claro
reconhecimento da preferência por um(a) parceiro(a) do mesmo sexo
tipicamente ocorre do meio ao final da adolescência ou após a idade
adulta jovem.
208
Tanto os homens com as mulheres podem ocasionalmente queixarem-
se de impulso sexual excessivo como um problema por si só,
usualmente durante o final da adolescência ou início da idade adulta
(CID- 10).
Roubo patológico
Neste manual existem 8 interpretações indicativas para Roubo
Patológico.
209
períodos de estresse significativo, como perdas, separações ou término
de relacionamentos importantes.
Voyeurismo
Neste manual existem 8 respostas indicativas de voyeurismo.
12.
REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS
210
Alves, 1. C. B. - O Desenho da Casa: Evolução e Possibilidades
Diagnósticas. São Paulo, 1986, Tese de doutorado apresentada ao
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
211
Lourenção Van Kolck,O. .- Correlações entre Índices de Ansiedade e de
Perturbações Emocionais nos desenhos da Figura Humana de Crianças -
B, de Psicologia, 25 (66): 7-12, 1974.
212