Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-65-5637-515-1.
CONSELHO EDITORIAL:
Angela B. Kleiman
(Unicamp – Campinas)
Clarissa Menezes Jordão
(UFPR – Curitiba)
Edleise Mendes
(UFBA – Salvador)
Eliana Merlin Deganutti de Barros
(UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná)
Eni Puccinelli Orlandi
(Unicamp – Campinas)
Glaís Sales Cordeiro
(Université de Genève – Suisse)
José Carlos Paes de Almeida Filho
(UNB – Brasília)
Maria Luisa Ortiz Alvarez
(UNB – Brasília)
Rogério Tilio
(UFRJ – Rio de Janeiro)
Suzete Silva
(UEL – Londrina)
Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva
(UFMG – Belo Horizonte)
PONTES EDITORES
Rua Dr. Miguel Penteado, 1038 – Jd. Chapadão
Campinas – SP – 13070-118
Fone 19 3252.6011
ponteseditores@ponteseditores.com.br
www.ponteseditores.com.br
PREÂMBULO 7
Leda Bisol
PREFÁCIO 9
Ana Paula Mello Alencastro Moreno
Vergília Spiering Damé
APRESENTAÇÃO 13
Susiele Machry da Silva
Ana Paula Correa da Silva Biasibetti
Raquel Gomes Chaves
VARIAÇÃO SONORA EM L1
SOCIOFONÉTICA
FONÉTICA FORENSE
PREÂMBULO
Leda Bisol
7
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
8
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
PREFÁCIO
Cláudia Brescancini: pelo outro
elo de uma dicotomia
9
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
10
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
11
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
APRESENTAÇÃO
13
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
14
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
15
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
16
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
1 INTRODUÇÃO
17
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
18
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
3 Segundo Brescancini (1996, p. 60), o /S/ pós-vocálico em final de sílaba e de palavra pode
realizar-se como: a) alveolar surda (fe[s]ta); b) alveolar sonora (me[z]mo); c) palatal sur-
da (fe[ʃ]ta); d) palatal sonora (me[ʒ]mo); e) fricativa laríngea (me[h]mo); f) zero fonético
(meØmo).O foco de interesse da autora é a palatalização.
19
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
20
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
21
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
22
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
23
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
24
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
25
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
26
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
27
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
28
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
29
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
30
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
munidade, de sua relação com ela e das categorias locais que podem
estar atuando como condicionadores extralinguísticos para os fenô-
menos em análise. Tal posicionamento é coerente com a compreensão
de Mishler (1986; 1999) que, sob uma perspectiva interacionista, enten-
de a entrevista como um evento social em que discursos são cooperati-
vamente construídos. Como ressalta Rollemberg (2013), o que há duran-
te a entrevista é um processo de construção de subjetividades em que
se estabelecem processos discursivos de pertencimento a diversas ca-
tegorias identitárias e, nessa perspectiva, “o entrevistador não é mais
tido como alguém que extrai informações de uma “vasilha”. A entrevista
como um todo é uma coconstrução da qual o entrevistador e entrevista-
do participam ativamente” (p. 41).
Ressalta-se, portanto, o caráter atualizado das entrevistas proje-
tadas por Brescancini para as coletas empreendidas no Ribeirão da Ilha
e na Barra da Lagoa, que, para além de fornecerem os dados linguísticos
necessários à análise de seu objeto de estudo, também foram pensadas
para a obtenção de todo o conteúdo possível sobre a realidade local e so-
bre os aspectos históricos, culturais e identitários que poderiam estar
influenciando os usos linguísticos, podendo ser utilizadas para outras
pesquisas sobre fenômenos relevantes na região.
9 A consoante oclusiva alveolar apresenta três tipos de realização (diante de [i]), consideran-
do-se o par surda e sonora: a) não africada ([t] [d]); b) africada não palatal ([ts] [dz]); e c)
africada palatal [tʃ] [dʒ].
31
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
32
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
12 O rótulo “variável complexa” abriga um conjunto de variáveis independentes que são agru-
padas em fatores gradientes.
33
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
1. F: Como o ano passado teve- foi proposta pra mim e pra uma outra
menina que trabalhava comigo, inclusive ela foi e eu assim “não eu
vou preferir ficar aqui” (hes) eu ganhava passagem de ônibus, eu...
sabe? ganhava tudo... pra- a minha patroa ia pagar, só porque::
pra mim passar pelo colé- Coração de Jesus e pegar o menino dela.
E: [Ah, tá]
13 Maior detalhamento sobre a caracterização e o controle das variáveis pode ser conferido em
Valle (2014).
34
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
14 O código identifica o local seguido do número do informante, sexo (F: feminino e M: mas-
culino), faixa etária (J: jovem, A: Adultos e B: mais velhos) e anos de escolarização.
35
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
4. F: Olha, tem aquelas assim que:: pensam que tão no lugar delas,
que tão onde nasceram, entendeu?... algumas até:: tratam mal
o pessoal daqui porque::... “ah, porque é pescador vive fedendo a
pei::xe e::”, sabe?... são coisas assim absurdas que eles falam, uma
coisa que não devia de acontecer porque se eles vem pro no::sso
lugar eles tem que respeitar primeiramente nós:: e não a gente
respeitar eles... no ca- eu acho... que:: o respeito deve ser igual, en-
tendeu?... mas no caso- o respeito vem primeiro pra nós, não pra
eles porque se eles tão fora do lugar onde eles nasceram, eles quem
devem de... ficar mais quietos, entendeu? (est)... (BARRA04FJ9)
5. É:: a maioria é de:: vamos dizer:: aqui perto, Porto Alegre, São
Paulo, que vem pra cá, né? gostam daqui... compram casa... aí
tem:: tem:: vamos dizer:: assim:: da minha idade gente assim, eu
faço amizade, sabe? eu conhe::ço, (est)... “onde é que tu mora?” e
ele fala, pô eu já faço amizade, entendeu?... eu meio- não gosto de
ser assim:: todo- todo amigo que eu vejo eu faço amizade, sabe? eu
não gosto de::... quando tem aluno novo aqui mesmo eu faço ami-
zade assim só anda comigo, aí vou apresentando e eles vão fazen-
do amizade, (eu acho que) já tem gente com- parece que é da Barra,
né?... morava aqui, já é manezinho já (risos F). (BARRA12MJ9)
Como já mencionado, objetivando promover uma análise mul-
tidimensional relacionada a aspectos identitários, foi realizada a jun-
ção das variáveis A, B e C para a composição da variável complexa Grau
de identificação com o local – artefato metodológico capaz de fornecer
uma visão ampla da identificação dos informantes com a localidade
da Barra da Lagoa. Vejamos os resultados na Tabela 1.
36
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
37
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
entre os mais jovens. Ainda assim, o fato de que os RADs que são marcas
de identidade sejam usados por indivíduos que alcançam índices altos
na variável complexa – manifestando explicitamente sua afetividade
pelo bairro e pelas tradições locais ao mesmo tempo em que rejeitam
o contato com os moradores não nativos – indica uma postura de per-
tencimento e identificação com o local, que só foi possível perceber gra-
ças à forma como a constituição da amostra foi projetada, consideran-
do aspectos da história, cultura e identidade locais para a organização
das entrevistas.
38
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
39
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
40
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
41
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
REFERÊNCIAS
42
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
43
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
44
VARIAÇÃO SONORA EM L1
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
A DEGEMINAÇÃO DE CLÍTICOS
PORTADORES DE VOGAL MÉDIA FINAL
/e/ E /o/ EM PORTO ALEGRE
1 INTRODUÇÃO
47
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
2 BASE TEÓRICA
2.1 A Teoria da Variação Linguística
48
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
49
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
festações da língua sem usar a fala, nem pesquisar a fala sem considerar
o contexto social em que a língua está presente.
A fala real utilizada pelos indivíduos em situações naturais é o
principal objeto da metodologia variacionista. Desse modo, propõe-se
a coleta do vernáculo, ou seja, sugere-se a coleta da língua na práti-
ca, na sua realização concreta. Labov ressalta a necessidade de criação
de mecanismos que desviem a atenção do ato da fala, bem como o cui-
dado que se deve ter no planejamento descritivo dos critérios de seleção
dos informantes, cuja língua tem-se a pretensão de descrever. Tais infor-
mantes fornecem os elementos linguísticos que farão parte da amostra.
O registro do vernáculo não pode causar constrangimento ou lesar
princípios éticos com a presença do instrumento de gravação ou do en-
trevistador (LABOV, 1982, p. 37). As falas devem ser cuidadas e/ou casu-
ais; há de se conduzir as entrevistas quando se inicia a gravação. Nas fa-
las cuidadas, dirige-se a entrevista por meio da leitura de um texto ou de
situações especificamente criadas. Já nas falas casuais, perguntas rela-
tivas ao cotidiano ou à vida pessoal do informante suscitam a utilização
do vernáculo. Busca-se, portanto, envolver o entrevistado, deixando-o
à vontade para revelar, de forma emocional, fatos da sua vida.
A Teoria da Variação oferece ao pesquisador os dados para estu-
dar a língua como estrutura heterogênea e ordenada. Através da análise
de elementos linguísticos e extralinguísticos, podemos descrever as re-
gularidades de uma língua. A Sociolinguística Quantitativa estabeleceu
um conceito extremamente importante para a análise dessas descrições,
o de regra variável. Sua introdução na teoria linguística tem por objetivo
mostrar que todos os tipos de variação são condicionados por fatores
linguísticos e/ou fatores sociais. A Sociolinguística é capaz de transcen-
der todos os níveis de análise linguística, lexical, discursivo, fonológico
e sintático.
A metodologia variacionista será apresentada na próxima seção,
quando da exposição dos procedimentos adotados na condução deste
trabalho.
50
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
3 METODOLOGIA
51
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Degeminação
Então ela se iniciou [sini′syow]. [17, 0699]1
[Sei lá] do outro [′dotRu] lado o Marinha do Brasil ou a Redenção
[15, 0668]
Ditongação
Eu chegava no hotel [nwo′tEw], ficava lá. [07, 1060]
Hiato
Ninguém tem maior amor do que este [ki ′estSi]. [17, 0397]
1 As ocorrências examinadas nesta pesquisa serão identificadas da seguinte forma: [17, 0699],
por exemplo, informante 17 e ocorrência obtida na linha 699.
52
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
QUE
Eu gosto muito de fazer tricô, então é a hora que eu [kew] sento
pra botar a cabeça [em]–em dia, digo, em ordem. [22, 0709]
DE
Então é uma experiência, né? Troca de experiência [dZispeRi′ẽsya],
né? [22, 0278]
SE
Porque em São Paulo, por exemplo, se eu [sew] pegar o jornal,
eu tenho opções ali de teatro ou cinema. [15, 0297]
53
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
DO
Não que eles não sejam [o do]–de um ou do outro [′dotRu] partido.
[22, 0934]
NO
Reprisando [na] – na televisão, né? é, nessa época (hes) de praias
[de] – de férias, né? então a gente tem bastante opção, não tem
filme bom num canal, tem no outro [′notRu]. [04, 0693]
54
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
55
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
não houve dados que contemplassem esse fator, a variável foi mantida
com o intuito de analisar os demais fatores constituintes. Portanto, esta
variável fica estabelecida da seguinte forma:
Clítico + Palavra Funcional com Acento
Não sei se isso [′siso] aí é da minha cabeça ou. [05, 1148]
Clítico + Palavra Lexical
E assim mesmo tem que esperar [kispe′Ra] férias. [24, 0201]
56
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
25 – 40 anos
41 – 60 anos
Acima de 60 anos
3.2.2.2.2 Sexo
Masculino
Feminino
3.2.2.2.3 Escolaridade
Fundamental
Médio
3.2.2.2.4 Informantes
57
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
vel verificar, por meio do pacote de programas VARBRUL 2S, cada variá-
vel social de maneira mais detalhada.
3.3 A codificação
Eu fui conhecer televisão com seis, sete anos de idade. [15, 0081]
Eu fui conhecer televisão com seis, sete anos d[Zi]dade.
58
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
59
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Vogal 2
Tipo de clítico
[e] [i] [o]
QUE 905 69 0
DE 46 35 0
SE 113 7 0
NO 0 0 33
DO 0 0 17
Fonte: autor (2022)
60
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
61
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
62
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Tabela 1 – Degeminação dos Clíticos Portadores de Vogal Média Final /e/ e /o/
em Porto Alegre e Tipo de Clítico
NO 2/34 6% 0,09
2 O cálculo foi realizado da seguinte forma: 739.458 (log likelihood da rodada onde que, de e se
estão amalgamados) − 739.082 (log likelihood da rodada onde que e de estão amalgamados)=
0,376. A multiplicação desse valor por 2 resulta em 0,752. Grau de liberdade = 5 − 3 = 2.
Portanto, a porcentagem de chance de que os fatores possam ser amalgamados é conside-
rável. (50<p<95)
63
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
64
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
65
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
66
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Tabela 4 – Degeminação dos Clíticos Portadores de Vogal Média Final /e/ e /o/
em Porto Alegre e cruzamento entre Tipo de Clítico e Qualidade da Vogal 2
QUALIDADE DA VOGAL 2
[i] [e] [o]
TIPO
T % PR T % PR T % PR
DE CLÍTICO
67
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
68
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
69
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
ACENTO DA VOGAL 2
ÁTONA TÔNICA
CLASSE
MORFOSSINTÁTICA T % PR T % PR
DO VOCÁBULO SEGUINTE
70
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
QUALIDADE DA VOGAL 2
[i] [e] [o]
CLASSE
MORFOSSINTÁTICA T % PR T % PR T % PR
DO VOCÁBULO SEGUINTE
VERBO 70 37% 0,53 103 74% 0,85 __ __ __
NOME 12 83% 0,91 23 48% 0,62 __ __ __
PRONOME 29 72% 0,84 937 30% 0,45 41 10% 0,17
INPUT: 0,34
SIGNIFICÂNCIA: 0,269
71
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
72
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Tabela 8 – Degeminação dos Clíticos Portadores de Vogal Média Final /e/ e /o/
em Porto Alegre e Faixa Etária
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
73
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
REFERÊNCIAS
74
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
75
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
1 INTRODUÇÃO
77
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
2 TEORIA DA VARIAÇÃO
1 O projeto VARSUL (Variação Linguística na Região Sul do Brasil) tem por objetivo geral a
descrição do português falado e escrito de áreas socioculturalmente representativas do Sul
do Brasil. Conta com a parceria de quatro universidades brasileiras: Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Universidade
Federal de Santa Catarina e Universidade Federal do Paraná. http://www.varsul.org.br
78
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
79
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
80
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
3 METODOLOGIA
81
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Variáveis linguísticas
Fatores
e extralinguísticas
82
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
de 18 a 35 anos
Idade de 36 a 50 anos
51 anos ou mais
Fonte: o autor (2022)
4 RESULTADOS
83
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Gráfico 1–Elevação de /e/ e /o/ para as amostras 1988 - 1989 e 2007 - 2009–
frequência global
84
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
85
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
86
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
87
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
4.1.6 Nasalidade
88
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
89
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
/o/, o que resulta em 54% das ocorrências elevadas para a vogal /e/ e 78%
das ocorrências elevadas para a vogal /o/ no fator sílaba leve, indican-
do que a frequência desses itens também exerce influência no resultado
para a variável Tipo de Sílaba.
4.1.9 Idade
90
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Variáveis linguísticas
vogal /e/ vogal /o/
e sociais
Altura da Vogal
média média
Seguinte
91
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Altura da Vogal
alta baixa
Precedente
substantivo, adjetivo
Classe Gramatical verbo
numeral e advérbio
92
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
lexical futibol (47). Ao que tudo indica, os resultados para esses fatores
apresentam influência da concentração de determinados vocábulos.
Os resultados para a vogal /o/ indicam que os fatores palatal e co-
ronal, aqui amalgamados devido ao fato de ambos serem coronais, indi-
cam favorecimento ao processo de alçamento, assim como o fator labial
que também demonstra papel favorecedor. Para os fatores que possuem
papel na aplicação da regra, também ocorre concentração de determi-
nados radicais, a saber: conhec- (55), acontec- (30), pod- (8) e conseg-
(14) para os fatores palatal e coronal; e começ- (60), com- (5), convers-
(32) e govern- (3) para o fator labial. Portanto, pode-se sugerir, assim
como o realizado para o resultado referente à amostra 1988 - 1989, que a
frequência de determinados itens lexicais e determinados paradigmas
flexionais e derivacionais estejam comprometendo os resultados refe-
rentes aos segmentos envolvidos no processo de alçamento das vogais
médias pretônicas.
Nos resultados apresentados para a variável Contexto Seguinte,
percebe-se que os fatores favorecedores registram concentração de de-
terminados itens lexicais. Por outro lado, os itens citados anteriormente
possuem segmentos fonéticos que se mostram recorrentes, indicando
o papel favorecedor de segmentos como /ɲ/, /n/, /k/, /g/, /m/ e /b/ na po-
sição seguinte às vogais médias pretônicas.
93
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
94
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
95
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
riável para a vogal /e/, na amostra 2007 - 2009, a análise não registra
favorecimento para a aplicação da regra.
4.2.5 Nasalidade
96
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
97
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
4.2.8 Gênero
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
98
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
REFERÊNCIAS
99
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
100
FONÉTICA: IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Letícia Pereyron
Universidade de Sydney
leticiapereyron@gmail.com
1 INTRODUÇÃO
103
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
1 Os termos ‘Língua Adicional’ (LA), ‘Segunda Língua’ (L2) e ‘Terceira Língua’ (L3), não serão
tratados como termos distintos, de modo que tais termos e suas siglas venham a ser empre-
gados de forma intercambiável. A única distinção feita será entre L2 e L3 a fim de indicar
ordem de aquisição.
2 Zimmer e Alves (2006) citam Albano (2001) para explicar o termo ‘fonético-fonológico’, que
diz respeito à existência de uma gradiência e continuidade entre o fone físico e o fonema,
em que o fonema é “ativado de forma distribuída e em paralelo por unidades neuroniais no
cérebro” (p. 101).
3 Do inglês, Complex-Adaptive System.
104
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
105
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
106
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
107
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
3 METODOLOGIA
5 “Cognition and time. Cognitive behaviors are not atemporal; they exist and unfold over
time. Dynamical models take as their goal the specification of how and a system’s states
changes occur. Thus, any useful account of cognitive behavior must necessarily explain
such temporal changes; and this is precisely what dynamical models take as their goal”
(ELMAN, 1998, p. 28).
108
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
3.1 O participante
6 Ambos os cursos são oferecidos na internet, gratuitamente. Sua metodologia insere jogos e
outras atividades interativas.
109
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
110
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
7 Um critério tomado na escolha das palavras em português foi o fato de essas palavras não
serem cognatas com a língua espanhola. Além disso, precedeu-se a uma busca das palavras
que respeitassem o número de sílabas estipulado e cujos contextos antecedentes e seguin-
tes da vogal alvo fossem surdos. Satisfeitos tais critérios, procedeu-se à verificação da fre-
quência das palavras escolhidas, de modo a serem selecionadas as que mais se mostraram
frequentes na língua. A frequência das palavras, que desempenha um papel muito impor-
tante na aquisição de uma língua adicional, segundo Bybee (2010), foi verificada através do
banco de dados corpus brasileiro do LAEL (Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem) da
PUCSP.
8 Houve apenas uma exceção com referência ao vozeamento. Trata-se da palavra ‘beco’ (por-
tuguês) que apresenta contexto antecedente vozeado, pois não foi encontrada uma palavra
dissilábica com a vogal [e] e contexto antecedente surdo que não fosse cognata.
111
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
3.4 As coletas
9 As frases-veículos foram, primeiramente, formadas por “Diga ______, por favor”. No entanto,
os instrumentos de leitura tornaram-se muito extensos (conforme verificado com três par-
ticipantes argentinos, que realizaram a tarefa como piloto), e foi decidido encurtar a frase
para apenas “Diga ______”. Cabe mencionar que não foram encontrados efeitos de lista nas
produções dos participantes, tais como entonação descendente ou ascendente ao final da
frase.
10 Devido ao extenso número de palavras-alvo a serem lidas e ao fato de que o instrumento
havia ficado muito longo, conforme mencionado na nota-de-rodapé anterior, decidiu-se
inserir uma palavra distratora para cada 8 palavras-alvo, em ambos os instrumentos. Dois
distratores também foram inseridos no início do instrumento, a fim de evitar que o partici-
pante começasse a leitura com as palavras que iriam sofrer análise acústica.
11 Reconhece-se que a coleta de cada língua deveria ocorrer em dias distintos. Entretanto, isso
não se mostrou viável em termos de logística e deslocamento do participante. Dessa forma,
respeitou-se, pelo menos, um intervalo de tempo entre cada coleta.
112
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
3.5 A instrução
113
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
4 RESULTADOS
4.1 O português
4.1.1 Alterações formânticas
114
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
115
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
13 A discussão completa acerca da produção das vogais médias posteriores bem como todos os
valores formânticos vocálicos encontra-se em Pereyron (2017) e Pereyron e Alves (2018).
116
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
[ɛ] indica que o informante utiliza a mesma altura para produzir a vogal
média baixa e a vogal média alta anteriores do português em seu espaço
acústico.
Com referência às vogais médias posteriores, assim como no pe-
ríodo de instrução, o participante continua realizando [o] e [ɔ] de forma
sobreposta. Os valores das médias de F1 em 2020 são bastante próximos,
com 513Hz para [o] e 520Hz para [ɔ]. A produção das vogais médias pos-
teriores, no entanto, se mostra mais alçada em 2020, conforme é mos-
trado na Figura 2 anterior, em contraste à produção de 2015 (mostrada
na Figura 1 anterior), em que os valores formânticos de [o] e [ɔ] ocupa-
vam uma faixa de altura aproximadamente de 580HZ, conforme já des-
crito. Fato esse indica que o informante não emprega a faixa mais baixa
do espaço acústico que empregava cinco anos antes para a realização
das médias posteriores.
A Tabela 1 a seguir apresenta as médias, em Hertz, de F1 e de F2 do
sistema vocálico do português do informante em 2020, cinco anos pas-
sados da instrução.
117
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
118
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
cada para evitar que fatores prosódicos, como velocidade de fala, possam
enviesar os resultados” (p.15). A seguir, a Tabela 2 apresenta os valores
de duração relativa14 do sistema vocálico do português do participante
em 2020.
14 Para a obtenção dos valores de duração relativa, procedeu-se à medição da duração de toda
a frase-veículo, desde o pré-vozeamento da primeira consoante da frase até o último pico
de vozeamento da palavra-alvo. Após, através de uma regra de três, os dados de duração
absoluta do evento acústico foram multiplicados por 100 e divididos pelo valor da duração
absoluta da frase, para que se obtivesse, como resultado, o percentual ocupado pela vogal
no interior da frase-veículo.
15 Os valores de durações dos dissílabos com a vogal [e] possivelmente sofreram um aumento
devido à presença da consoante vozeada [b] em beco, que tende a alongar a vogal seguinte.
Essa palavra foi mantida em função da alta frequência na LA, mesmo quando todas as ou-
tras palavras dos instrumentos apresentavam consoantes surdas antecedendo e sucedendo
a vogal. Ademais, as vogais dos demais dissílabos, ‘eta’ e ‘epa’, também devem ter sofrido
uma maior duração na frase “diga epa/eta”, já que o informante uniu a vogal da palavra
anterior à vogal [e].
119
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
chegou realizar a vogal [ε] com o valor de 18,55%, nas palavras dissílabas
e 17,57% nas palavras trissílabas, durações quase tão altas quanto às du-
rações dos nativos porto-alegrenses. (PEREYRON, 2017; PEREYRON;
ALVES, 2019). Essa realização de vogais alongadas não foi retida, con-
forme mostram os resultados do presente estudo.
Quanto à vogal [e], com 15,61% de duração vocálica no caso
dos dissílabos e 10,33% no caso dos trissílabos na coleta de 2020, confor-
me mostra a Tabela 2 anterior, a duração atual assemelha-se à duração
da primeira coleta do informante em 2015, com 16,09% para os dissí-
labos e 11,61% para os trissílabos. Cabe ressaltar que a primeira coleta
se refere ao período pré-instrução, em que o informante ainda mantinha
pouco contato com a língua alvo. A partir da terceira coleta de 2015, con-
forme mostrado em Pereyron (2017) e Pereyron e Alves (2019), o período
foi marcado por uma desestabilização do sistema linguístico, e o infor-
mante empregou 20,30% de duração de [e] para os dissílabos e 14,62%
para os trissílabos. Esse resultado novamente revela que o participante
chegou a realizar durações semelhantes às dos nativos porto-alegrenses
em 2015 (PEREYRON, 2017; PEREYRON; ALVES, 2019), mas não as rete-
ve, de acordo com os valores apresentados na Tabela 2, anterior.
Similarmente, a vogal média baixa posterior também apresentou
durações ainda mais curtas na coleta de 2020, em que [ͻ] exibiu 12,8%
nos dissílabos e apenas 9,27% nos trissílabos, em contraste a 15,10%
no caso dos dissílabos e 12,85% no caso dos trissílabos referentes à pri-
meira coleta do informante em 2015, período pré-instrução16. A par-
tir da terceira coleta em 2015, a referida vogal obteve durações como
18,19% nas palavras dissílabas e 14,7% nas palavras trissílabas, de modo
a revelar que o informante alongava a vogal média baixa posterior da LA,
assim como os falantes monolíngues do português, conforme é contem-
plado em Pereyron (2017) e Pereyron e Alves (2019).
Quanto à vogal média alta [o], os valores 12,17% para os dissílabos
e 9,68% para os trissílabos, de acordo com a Tabela 2 anterior, chegam
a ser mais baixos do que os valores da primeira coleta de 2015, quando
16 Essas e as demais vogais, que a partir da terceira coleta em 2015, durante a instrução, apre-
sentam valores bastante elevados, semelhantes aos valores apresentados pelos nativos por-
to-alegrenses, são encontrados em Pereyron (2017) e Pereyron e Alves (2019).
120
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
121
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
4.2 O espanhol
4.2.1 Alterações formânticas
122
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
123
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
124
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
125
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
126
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
127
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
128
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
129
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
130
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
131
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
1 INTRODUÇÃO
133
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
2 BASE TEÓRICA
134
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
135
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
namento específico, mas uma “expansão pelo léxico por onde se estende
via grupo de palavras com uma base comum” (BISOL, 210, p. 78). Esse
processo está mais adiantado, consoante a pesquisadora com a vogal /o/,
o que leva ao aumento de palavras isoladas com vogais alçadas.
O primeiro trabalho de caráter variacionista sobre alternância
das vogais pretônicas da região Sul foi realizado por Bisol (1981), a qual
estudou a variação entre as vogais médias altas e as vogais altas no Rio
Grande do Sul, tendo, como objetivo principal, investigar os contextos
favoráveis para a elevação da vogal pretônica. Em seu estudo, realizado
em quatro comunidades (região metropolitana, de italianos, de alemães
e fronteiriça) e em dois níveis de fala (popular e culta), Bisol (1981) in-
vestigou as variantes e ~ i e o ~ u em posição pretônica, considerando
os fatores linguísticos nasalidade, tonicidade, sufixação, contexto fono-
lógico precedente, contexto fonológico seguinte e fatores extralinguísti-
cos etnia, sexo, situação e idade.
A partir desse estudo, muitos outros foram realizados, como o de
Aguiar e Castro (2007), o de Carmo e Tenani (2013) e o de Monaretto
(2013). Aguiar e Castro (2007) discorrem a respeito da ocorrência
do alçamento vocálico na fala de indivíduos da zona rural de Balsas (Sul
do Maranhão), com idades acima de 65 anos. O objetivo das autoras
foi analisar preliminarmente os aspectos fonético-fonológicos favorá-
veis para a harmonização vocálica em palavras em que a vogal “o” esti-
vesse em posição pretônica. Como resultado, verificaram que o alçamen-
to se mostrou mais favorável em palavras em que o contexto anterior
da vogal “o” fosse fonemas bilabiais e alveolares e, também, nas quais
o contexto posterior fosse fonemas alveolares e nasais.
Carmo e Tenani (2013) buscaram, em sua pesquisa, verificar a ocor-
rência do fenômeno em nomes e verbos, além de verificar a influência
dos fatores sociais na produção do alçamento vocálico. Os informantes,
com idades entre 7 e 65 anos, moradores do noroeste paulista, produ-
ziram oralmente palavras com a vogal “e” e “o” em posição pretônica,
e alçaram a vogal “o” em 16,6%. Como conclusão, as autoras verificaram
136
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
que a vogal “o”, em posição anterior à sílaba tônica, foi relevante para
a ocorrência do fenômeno. Outro fato apresentado pelas pesquisadoras
foi que os fatores sociais não mostraram influência significativa para
a ocorrência do alçamento vocálico, mas identificaram que os homens
se mostraram mais favoráveis ao alçamento, com peso relativo 0,543,
enquanto as mulheres se mostraram menos favoráveis, com peso relati-
vo de 0,459.
Já Monaretto (2013), buscou analisar a ocorrência de alçamento vo-
cálico na fala dos mesmos indivíduos em tempos distintos, 1970 e 2000.
Os informantes, moradores de Porto Alegre/RS, possuíam, no momento
da primeira coleta de dados, idades entre 26 e 58 anos, e, no ano 2000,
idades entre 53 e 85 anos. De maneira geral, como resultado da pes-
quisa, o alçamento ocorreu, em 1970, em 15,4% dos dados e, em 2000,
em 12,8%; o contexto fonológico mostrou-se relevante para a ocorrên-
cia do fenômeno nas vogais “e” e “o”; e o contexto fonológico anterior,
principalmente em palavras com consoantes palatais, com peso relati-
vo de 0,78. Entretanto, a autora ressaltou que o número de aplicações
não foi relevante a ponto de ser possível fazer generalizações acerca
do assunto. Ela também afirmou que o contexto fonológico posterior
se mostrou irrelevante para a produção de alçamento; e verificou que,
em 2000, os homens alçaram mais a vogal “o” do que as mulheres, resul-
tado oposto ao de 1970. Por fim, Monaretto (2013) afirmou que o fenô-
meno de alçamento vocálico em palavras com as vogais “o” e “e” em po-
sição pretônica é um fenômeno estável no Português Brasileiro.
Em relação aos reflexos do fenômeno de alçamento na escrita,
Reis e Tenani (2011) analisaram a grafia não convencional de palavras
com vogais em posição pretônica. Os dados foram obtidos no “Banco
de Produções Escritas do Ensino Fundamental II”, coletados por meio
de textos produzidos por alunos de 6º ano de uma escola localizada no no-
roeste paulista. A análise dos dados indicou que houve uma baixa inci-
dência de ocorrências de alçamento nas palavras analisadas (261/16296,
o que equivale a 1,6%), porém, nas palavras que sofreram alçamento,
o contexto fonológico que se mostrou relevante foi o posterior, princi-
137
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
palmente em casos em que as vogais “e” e “o” eram seguidas por vogais,
formando, assim, hiatos, como na palavra “moeda”. A pesquisa também
revelou, consoante as pesquisadoras, que “a heterogeneidade da escrita
nega a possibilidade de interferência da fala na escrita, na medida em que
se caracteriza a partir do encontro entre as práticas sociais do oral/fala-
do e do letrado/escrito” (REIS; TENANI, 2011, p.41). Assim sendo,
138
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
3 METODOLOGIA
139
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
140
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
4 RESULTADOS
141
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Postônica
0,882 58,7% 206/351
(ex.: pérola)
41,2%
TOTAL
376/1067
Input: 0.285 Significance: 0.022
Fonte: construído pelas autoras (2022)
142
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
143
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Postônica
0,633 9,5% 32/337
(ex.: pérola)
TOTAL 6,4% 67/1040
Input: 0.043 Significance: 0.021
Fonte: construído pelas autoras (2022)
144
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
145
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
146
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
147
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
148
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
REFERÊNCIAS
AGUIAR, M. Suelí de; CASTRO, M.C. Dias de. O alçamento e abaixamento vocálico
no dialeto da região de Gerais de Balsas. Dissertação (Mestrado em Letras e
Linguística)–Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 2007.
BATTISTI, E. Elevação da vogais médias pré-tônicas em sílaba inicial de vocábulo
na fala gaúcha. (Dissertação Mestrado em Letras). Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Porto Alegre – RS, 1993.
BISOL, L. A harmonização vocálica como indício de uma mudança histórica.
DELTA. São Paulo: SP. V. 31-1, p. 185-205, 2015.
BISOL, L. O alçamento da pretônica sem motivação aparente. In: BISOL, Leda;
COLLISCHONN, G. Português do Sul do Brasil: variação fonológica. Porto
Alegre, EDIPUCRS, 2010, p.63-78.
BISOL, L. Harmonização vocálica: uma regra variável. (tese Doutorado em
Letras). Universidade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre – RS, 1981.
CARMO, M. C. do; TENANI, L. E. As vogais médias pretônicas na variedade do
noroeste paulista: uma análise sociolinguística. Alfa: São Paulo, SP. V. 57, nº 2,
p.607-637, 2013.
CARMO, M. C. As vogais médias pretônicas dos verbos na fala culta do interior
paulista. 2009. 119 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) – Instituto
de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, São
José do Rio Preto, 2009.
149
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
150
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
APÊNDICE A – FIGURAS
151
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
PRETÔNICO POSTÔNICO
PLOSIVA BONÉ DEDO
FRICATIVA SORVETE ÁRVORE
LATERAL MARTELO
RÓTICA ENROLADINHO
NASAL MOCHILA CADERNO
PRETÔNICO POSTÔNICO
PLOSIVA FOGÃO CÔMODA
FRICATIVA MOCHILA
LATERAL BORBOLETA PÉROLA
RÓTICA BORBOLETA FÓSFORO
NASAL SABONETE ÁTOMO
VOGAL COELHO
______________________________________________
______________________________________________
152
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
______________________________________________
______________________________________________
153
SOCIOFONÉTICA
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
A CONTRIBUIÇÃO DA SOCIOFONÉTICA
PARA OS ESTUDOS SOBRE A VARIAÇÃO
SONORA EM L1, L2 E LÍNGUAS EM CONTATO
1 INTRODUÇÃO
157
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
158
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
2 A SOCIOFONÉTICA
159
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
1 “(...) Esse estudo aplica as técnicas e achados de fonética acústica aos problemas de linguís-
tica teórica. Ao fazer isso, afirmamos que os dados de fala são relevantes para a linguística
teórica e continuamos o programa de desenvolvimento de uma base empírica para tal teo-
ria na fala da vida cotidiana”. (tradução das autoras)
160
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
161
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
3 “As variantes fonéticas percebidas podem afetar que características são atribuídas ao falan-
te, e as características atribuídas ao falante podem influenciar com os sons são percebidos”
(tradução das autoras).
162
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
3 METODOLOGIA
163
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
164
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
165
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
5 A referida amostra faz parte do banco de dados do Projeto VARSUL (Variação Linguística
Urbana na Região Sul do Brasil).
166
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
167
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
nológica obteve um valor médio de 361Hz. Isso indica que a vogal pretô-
nica [u] alçada é mais alta do que a fonológica. Para F2, quando seguida
pela vogal tônica [i], a vogal pretônica [u] apresentou 866Hz quando al-
çada e 1150Hz quando fonológica. Neste caso, a pretônica /u/ fonológica
é mais anteriorizada do que a vogal alçada.
A análise realizada por Almeida (2019) sobre as vogais pretônicas
do açoriano-catarinense partiu da descrição acústica das vogais reali-
zada por Pereira (2001) e da investigação sobre o processo de harmoni-
zação vocálica realizada por Schwindt (1995), avançando ao identificar
diferenças acústicas entre as vogais pretônicas [i] e [u] fonológicas e al-
çadas. A contribuição da Sociofonética no referido estudo reside no fato
de que o detalhe fonético fino tem potencial de indexicalização social.
Assim sendo, as vogais pretônicas [i] e [u] fonológicas e alçadas devem
ser futuramente investigadas através de um estudo que contemple
um maior número de dados e aspectos sociais relevantes dentro da co-
munidade de fala investigada.
168
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
169
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
4.2 Variação em L2
170
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
171
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
172
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
173
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
rano, por sua vez, as oclusivas são diferenciadas pela aspiração, sendo
que as sonoras apresentam retardo curto e as surdas, longo.
Sob a perspectiva metodológica da Sociofonética, a pesquisadora
aplicou três instrumentos de coleta de dados, a saber: a leitura de listas
de palavras e frases que continham os contextos linguísticos relevantes
para a pesquisa (dados de fala controlada), a entrevista de experiência
pessoal (dados de fala espontânea), e a aplicação de questionários volta-
dos para o delineamento da relação de cada participante com a cultura
e língua pomerana.
A análise acústica do VOT considerou 4619 ocorrências extraídas
de duas amostras-controle (uma amostra com 10 monolíngues portu-
guês e uma amostra com 10 monolíngues pomerano) e uma amostra-
-experimental de bilíngues português-pomerano com 30 falantes. Todos
os participantes eram mulheres com idades entre 48 e 74 anos.
As durações absoluta e relativa dos dados coletados foram extraí-
das através do programa Praat e submetidas ao modelamento estatístico
no programa SPSS, a partir dos seguintes preditores linguísticos e so-
ciais: Contexto Vocálico Seguinte, Idade, Zona de Moradia, Tipo de Rede
Social e Cluster.
Os resultados indicaram que o VOT produzido pelas falantes bilín-
gues tende (i) a aproximar-se daquele falado pelas monolíngues de por-
tuguês em relação às oclusivas surdas investigadas; (ii) a apresentar
duração superior, em especial para as surdas, quanto mais jovens as par-
ticipantes; (iii) é influenciado pelo contexto vocálico, pois a presença
de vogais altas torna o VOT mais longo e a vogal baixa torna o VOT mais
curto, e (iv) apresentar valores superiores na zona rural, em especial
em relação às oclusivas [p] e [t].
O estudo sugere que a zona rural parece ser o ambiente mais pro-
pício à transferência de características de VOT do pomerano para o por-
tuguês devido a uma rede de falantes densa e multiplex, além de clusters,
verificados na localidade: ainda que o VOT dos bilíngues seja semelhan-
te àquele produzido pelos monolíngues de português, o VOT significati-
174
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
175
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
176
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
177
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
REFERÊNCIAS
178
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
179
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
HAY; J.; NOLAN, A.; DRAGER, K. From Fush to Feesh: Exemplar Priming in
Speech Perception. The Linguistic Review 23, 351–379, 2006.
MILROY, Lesley. Language and social networks. 2nd ed. Oxford: Basil Blackwell,
1987.
180
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
VILLARREAL, D.; CLARK, L.; HAY, J.; WATSON, K. From categories to gradience:
Auto-coding sociophonetic variation with random forests. Laboratory
Phonology: Journal of the Association for Laboratory Phonology, 11(1), 6, 2020.
181
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
1 INTRODUÇÃO
183
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
184
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
dos investigados. Além disso, essa palavra foi apontada como altamente
favorecedora do processo de monotongação. A autora inclusive questio-
na se o fenômeno seria de fato uma regra variável ou estaria relaciona-
do apenas a um grupo restrito de palavras, como no caso o item lexical
mais, no falar açoriano-catarinense (BRESCANCINI, 2009).
Haupt e Seara (2012), por seu turno, ao investigarem a gradiên-
cia acústica dos ditongos decrescentes [aj], [ej] e [oj], situados em síla-
bas abertas e fechadas na fala de Florianópolis (Amostra Base do Banco
VARSUL), também apontaram o item mais como o de maior prevalência
no corpus: isto é, seu percentual de ocorrência foi de 68% nos dados exa-
minados pelas autoras.
Diante do exposto, nosso objetivo, neste capítulo, é retratar
um exercício de análise acústico-perceptual do ditongo [aj] presente
na palavra mais, a partir da perspectiva teórica da Sociofonética, com vis-
tas a responder às seguintes questões de pesquisa:
a. Como características acústicas (formantes e transição formântica)
estão conectadas a informações linguísticas do fenômeno de mo-
notongação do ditongo [aj] e como são percebidas pelos ouvintes
brasileiros?
b. Como características acústicas (formantes e transição formântica)
estão conectadas às características sociais e/ou identitárias dos
informantes em exame e como informantes de diferentes regiões
brasileiras percebem o fenômeno de monotongação do ditongo
[aj]?
Assim, com vistas à caracterização acústica de ditongos produzidos
por informantes brasileiros florianopolitanos e à investigação de como
esses dados são percebidos por falantes brasileiros, o presente estudo
traz dois tipos de experimentos: um de produção e outro de percepção.
Como dissemos, este texto vai trazer um detalhamento dos dados, apre-
sentando principalmente as etapas de construção de uma análise socio-
fonética do fenômeno da monotongação do ditongo [aj].
Para dar conta de nosso objetivo e responder às questões de pes-
quisa, organizamos o texto da seguinte forma: na Seção 2, exploramos
185
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
186
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
187
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
188
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
189
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
190
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
191
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
192
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
5 RESULTADOS
193
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Valores de F1 Valores de F2
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5
Inf. 1 838 822 735 565 188 1655 1323 1532 1950 2045
Inf. 2 415 688 608 497 373 1002 964 1497 1671 1674
Inf. 3 690 709 430 266 203 926 1226 1560 1663 1694
Inf. 4 - - - - - - - - - -
Figura 6. Gráfico que ilustra a trajetória formântica (F1 e F2) do ditongo [aj]
produzida por três informantes da amostra
194
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
5.1.2 Monotongos
195
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Valores de F1 Valores de F2
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5
Inf. 1 719 691 667 627 787 1288 1360 1458 1486 1513
Inf. 2 706 533 568 502 525 1940 1124 1356 1640 1744
Inf. 4 462 585 636 637 580 892 1012 1208 1205 1573
196
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Valores de F1 Valores de F2
Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5
Inf. 3 397 685 665 631 551 855 1097 1301 1510 1651
Inf. 4 459 319 772 733 592 772 782 1258 1353 1384
197
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Figura 9. Gráfico que ilustra a trajetória formântica (F1 e F2) dos segmentos-
alvo produzidos por dois informantes da amostra com uma configuração
intermediária entre o que se considera ditongo ou monotongo
198
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
199
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
200
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Figura 10. Gráfico que ilustra a trajetória formântica (F1 e F2) do segmentos-
alvo produzidos pelo Informante 4 da amostra com uma configuração
identificada como ditongo por todos os sujeitos no teste de percepção
201
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Figura 11. Gráfico de Transição Formântica Figura 12. Gráfico de Transição Formântica
– Estímulo ai22 (Informante 4) – Estímulo ai27 (Informante 4)
202
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
a19|ai|a 100 0 75 25 75 25
a20|ai|a 100 0 75 25 75 25
a26|ai|a 100 0 75 25 88 13
a27|ai|a 100 0 75 25 88 13
a10|ai|a 86 14 50 50 50 50
a18|ai|a 86 14 100 0 63 38
a28|ai|a 86 14 100 0 75 25
a31|ai|a 86 14 75 25 75 25
a9|ai|a 71 29 25 75 50 50
a23|ai|a 71 29 25 75 63 38
a24|ai|a 71 29 75 25 88 13
a1|ai|a 57 43 75 25 50 50
a2|ai|a 57 43 25 75 75 25
a5|ai|a 57 43 50 50 13 88
a17|ai|a 57 43 50 50 38 63
a21|ai|a 57 43 0 100 38 63
203
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
a33|ai|a 57 43 0 100 38 63
a35|ai|a 57 43 25 75 38 63
a16|ai|a 43 57 0 100 38 63
a25|ai|a 43 57 25 75 50 50
a29|ai|a 43 57 50 50 13 88
a4|ai|a 29 71 75 25 38 63
a8|ai|a 29 71 75 25 50 50
a14|ai|a 29 71 75 25 50 50
a30|ai|a 29 71 0 100 38 63
a7|ai|a 14 86 0 100 25 75
a12|ai|a 14 86 0 100 25 75
a13|ai|a 14 86 75 25 38 63
a6|ai|a 0 100 25 75 25 75
204
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
a17, por exemplo); (ii) casos de divergência na escolha que parecem estar
correlacionados a características dialetais da amostra (estímulos a5 e
a14, por exemplo), dentre outras situações em um primeiro momento
poderiam ser avaliadas como aparente falta de coerência na interpreta-
ção dos sons avaliados.
A seguir, verificamos com mais detalhamento alguns desses casos,
considerando a gradiência verificada na trajetória dos formantes dos es-
tímulos em análise. Nas Figuras 13 e 14, em um primeiro momento, ex-
pomos a configuração de casos que apresentaram concordância entre
os sujeitos superior a 70%.
205
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
206
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
207
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
REFERÊNCIAS
208
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
HAUPT, C. O fenômeno da monotongação nos ditongos [ai, ei, oi, ui] na fala dos
floriapolitanos: uma abordagem a partir da fonologia de uso e da teoria dos
exemplares. 212 f. 2011. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade
Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2011.
209
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
210
FONÉTICA FORENSE
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
A ANÁLISE INSTRUMENTAL NA
COMPARAÇÃO FORENSE DE LOCUTOR
213
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
214
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
215
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
216
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
217
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
218
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
peito do texto que será falado. Tal sistema é desejável especialmente na-
quelas situações em que o locutor questionado (cuja identidade se pre-
tende revelar) é um indivíduo que está sendo investigado e que não quer
ser reconhecido. Como as propriedades analisadas são, em tese, não afe-
tadas pelo conteúdo do que é enunciado, mesmo que o locutor se mostre
não colaborativo, simulando a aplicação de processos/comportamentos
linguísticos, os resultados, desde que amparados em procedimentos pre-
liminares de técnicas cuidadas, tendem a ser fidedignos.
A comparação automática é uma tarefa na qual se tem apenas duas
opções: aceita ou rejeita. Na primeira (aceite), o sistema detecta que a
enunciação desconhecida pertence ao locutor de identidade sabida indi-
cada, enquanto na segunda (recusa), o locutor é descartado como autor
da enunciação.
Este método pressupõe duas fases distintas (BIMBOT et al., 2004):
a fase de treino e a fase de teste. Na primeira fase, de treino, o siste-
ma procede à modelagem dos locutores, com o objetivo de identificar
os parâmetros específicos de cada falante, sendo os dados armazenados
no banco de dados do sistema. Conforme exibido na Figura 1, a partir
da amostra de fala de cada locutor é feita a extração de características,
ou seja, a busca dos coeficientes que melhor distinguem o indivíduo,
gerando assim um vetor característico. Esses coeficientes, por sua vez,
servirão para o modelamento estatístico do falante. O modelo do back-
ground também é determinado através do mesmo método. O background
é a junção de falas de vários locutores, para a criação de um modelo úni-
co e universal (TOGNERI; PULLELLA, 2011).
219
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
220
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
221
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
222
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
223
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
224
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Fonte: https://sites.google.com/site/phoneticolindh/home/scripts-and-audio/
scripts/ collect_F0_data_incl_altbase.praat. Acessado em: 19/11/2020
225
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
226
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
4 DISCUSSÃO
227
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
228
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
REFERÊNCIAS
229
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
230
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
SOBRE OS AUTORES
231
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Izabel Seara
232
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
Letícia Pereyron
Lovani Volmer
233
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
234
VARIAÇÃO SONORA E SUAS INTERFACES:
ESTUDOS EM HOMENAGEM À PROFESSORA CLÁUDIA BRESCANCINI
PARECERISTAS
Aline Lorandi
Ana Paula Biasibetti
Felipe Kupske
Izabel Christine Seara
Luciene Brisolara
Luiz Carlos Schwindt
Marisa Porto do Amaral
Raquel Gomes Chaves
Reiner Perozzo
Susie Enke
Susiele Machry da Silva
Taíse Simioni
Tatiana Keller
Ubiratã Kickhöfel Alves
235