Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
B222p Baptista, Lívia Márcia Tiba Rádis; Tonelli, Fernanda; Alexandre, Diego
(orgs.).
Pedagogias decoloniais e ensino plural de espanhol no Sul Global /
Organizadores: Lívia Márcia Tiba Rádis Baptista, Fernanda Tonelli e
Diego Alexandre.
1. ed. – Campinas, SP : Pontes Editores, 2023;
figs.; quadros.
E-book: 7Mb; PDF.
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-65-5637-866-4
CONSELHO EDITORIAL:
Angela B. Kleiman
(Unicamp – Campinas)
Clarissa Menezes Jordão
(UFPR – Curitiba)
Edleise Mendes
(UFBA – Salvador)
Eliana Merlin Deganutti de Barros
(UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná)
Eni Puccinelli Orlandi
(Unicamp – Campinas)
Glaís Sales Cordeiro
(Université de Genève – Suisse)
José Carlos Paes de Almeida Filho
(UNB – Brasília)
Maria Luisa Ortiz Alvarez
(UNB – Brasília)
Rogério Tilio
(UFRJ – Rio de Janeiro)
Suzete Silva
(UEL – Londrina)
Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva
(UFMG – Belo Horizonte)
PONTES EDITORES
Rua Dr. Miguel Penteado, 1038 – Jd. Chapadão
Campinas – SP – 13070-118
Fone 19 3252.6011
ponteseditores@ponteseditores.com.br
www.ponteseditores.com.br
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
Pedagogias decoloniais e pluralidade do espanhol: no caminho de
outras utopias possíveis 8
Lívia Márcia Tiba Rádis Baptista
Fernanda Tonelli
Diego Alexandre
APRESENTAÇÃO
8
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
uma outra ética de mundo, ser, saber e poder. Por isso, suas vozes des-
tacam de que modo compreendem a importância de seu capítulo–e,
concretamente, do tema nele abordado–para o aqui e o agora.
Dito isso, passamos para o capítulo de abertura de autoria
de Acassia dos Anjos Santos Rosa, Daiane Santos Rodrigues e Mariana
Augusta Conceição de Santana Fonseca, intitulado “A representação fe-
minina na produção audiovisual latino-americana: por uma educação
linguística decolonial”. O tema em foco se torna parte deste conjunto
de texto e escrita e segundo as autoras:
9
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
10
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
11
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
12
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
13
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
14
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
15
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
16
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
17
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Introdução
18
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
1 Utilizamos o termo minoritarizados para indicar que nem sempre tais grupos (negros, mu-
lheres, indígenas...) são minorias em números, mas passam por um processo de silencia-
mento, sofrendo a ação de serem minoritarizados.
19
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
20
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
21
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
2 Os termos “margem” e “centro” foram usados, em 1952, por bell hooks (2019), e, posterior-
mente, utilizados por Kilomba (2019), em Memórias da Plantação. Estar na margem é ser
parte do todo, mas fora do corpo principal. Os negros, afrodescendentes, indígenas, mesti-
ços, chicanos etc. fazem parte da margem.
22
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
23
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
24
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
25
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
26
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
27
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
28
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
a partir de outros olhares que não geográficos, e que fujam dos reducio-
nismos e estereótipos, muitas vezes atribuídos a este espaço”.
As mostras tiveram duração de cerca de duas horas cada, com no
mínimo quarenta minutos para debate. Os gêneros escolhidos para
exibição foram audiovisuais a fim de explorar as multimodalidades
presentes nos textos, auxiliando na compreensão das identidades fe-
mininas retratadas na América Latina que, vão além do texto escrito,
já que são representadas nos corpos, nas vozes e expressões femininas
frequentemente apagadas e renegadas.
Dessa forma, buscamos visibilizar as lutas feministas na América
Latina na contemporaneidade, como também os desafios gerados pelas
colonialidades que reiteradamete oprimem e matam essas mulheres.
Especificamente na mostra La periferia grita, nosotras(os) queremos es-
cucharla, que escolhemos para este trabalho, vemos a questão da raça
totalmente relacionada com as lutas e resistências dessas mulheres,
as quais estão descritas na próxima seção.
29
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
30
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
31
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
32
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
33
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
34
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
35
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
36
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Vamos mujer baila hasta abajo, menea con esa pollera de tajo
Ponte si quieres una tanga debajo, haz con tu cuerpo lo que
quieras qué carajos.
Vamos mujer baila hasta abajo, menea con esa pollera de tajo
Ponte si quieres una tanga debajo, haz con tu cuerpo lo que
quieras qué carajos. (Vídeo 2: música Ni una a menos,
Chocolate Remix)
37
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
38
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Considerações finais
39
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Referências
40
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
41
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
42
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
43
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
A pergunta que compõe esta seção tem relação com a própria pro-
posta decolonial com sua prática única de decolonizar o pensamento,
ao propor um formato diferente de se fazer pesquisa e também de divul-
gá-la. Em outras palavras, questionar-se sobre por onde começar o ca-
pítulo e explicitar esse questionamento para quem lê é antes de tudo
uma prática decolonial, que rompe com a estrutura do texto acadêmico
tradicional, bem como escrever sobre suas experiências em primeira
pessoa, especificando um sujeito decolonial, na medida em que her-
damos um formato universitário europeu, que propõe uma estrutura
rígida do trabalho acadêmico.
Escrever esse texto me traz muitas lembranças da época da minha
própria formação como estudante de Letras na Universidade Estadual
Paulista (UNESP), campus de Assis – SP e de como meus professores
e minhas professoras de Literaturas de Língua Espanhola foram im-
portantes para o sólido processo de leituras e formação didática, pre-
ocupando-se com as articulações entre literatura, história, sociedade,
44
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
45
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
46
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
47
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
48
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
49
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
50
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
51
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
52
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
53
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
54
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
55
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
56
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
57
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Conclusões
Referências
58
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
59
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
60
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
61
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Visto isso, este capítulo tem como objetivo traçar diálogos entre
a proposta de Itinerário Formativo de Língua Espanhola do currículo
do novo Ensino Médio sergipano e a perspectiva decolonial, fazendo
um relato autoetnográfico a partir da minha participação no processo
de redação do documento.
Com a revogação da lei nº 11.161/2005 (BRASIL, 2005), a chamada
lei do espanhol, a partir da promulgação da lei nº 13.415/2017 (BRASIL,
2017) da reforma do Ensino Médio, a presença da língua espanhola
no currículo da Educação Básica brasileira se tornou uma incerteza.
A primeira consequência da reforma foi a exclusão da língua espanho-
la da Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2018a) como
componente curricular obrigatório, a segunda exclusão ocorreu nos úl-
timos editais do Programa Nacional do Livro e do Material Didático
(PNLD) e a terceira, já anunciada, está prevista para ocorrer em 2024
no novo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
Apesar desses retrocessos, em Sergipe, a elaboração de um novo
currículo para o Ensino Médio, a partir de 2019, se deu por meio
do Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum
Curricular (ProBNCC) com a participação de redatores formadores
das quatro áreas do conhecimento, incluindo uma vaga para a língua
espanhola, garantindo sua presença no documento estadual.
A proposta do Itinerário Formativo de Língua Espanhola para
esse novo currículo é ofertada em três semestres do Ensino Médio, to-
talizando uma carga horária de 120 horas e com matrícula obrigatória
para os/as estudantes. Em sua composição, há três sugestões de uni-
dades curriculares denominadas atividades integradoras e intituladas
“Hispanismo en foco”, “Mosaico hispánico: identidades de clase, género,
raza y etnia” e “Entre palabras, colores y escenas hispánicos”. Os objetos
de conhecimento que constituem cada uma dessas atividades integra-
doras evidenciam seu caráter decolonial e a propositura de uma educa-
62
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
63
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
64
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
1 Texto original: Las fisuras y grietas se han convertido en parte de mi localización y lugar. Son
parte integral de cómo y dónde me posiciono. También son constitutivas de cómo concibo,
construyo y asumo mi praxis.
65
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
66
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
67
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
68
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
2 “Unidades curriculares são os elementos com carga horária pré-definida cujo objetivo é
desenvolver competências específicas, seja da Formação Geral Básica, seja dos Itinerários
Formativos. Além da tradicional organização por disciplinas, as redes e escolas podem es-
colher criar unidades que melhor respondam aos seus contextos e às suas condições, como
projetos, oficinas, atividades e práticas contextualizadas, entre outras situações de traba-
lho” (BRASIL, 2018b, p. 14).
69
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
70
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
71
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
72
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
73
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
74
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Classe:
Gênero e Sexualidade:
Raça e Etnia:
75
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
76
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
77
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
78
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
79
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Implicações da trajetória
80
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
81
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
82
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Referências
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. Trad. Goreti Araújo.
TEDGlobal, 2009. Disponível em: https://www.ted.com/talks/chimamanda_
adichie_the_danger_of_a_single_story/transcript?language=pt#t-12608. Acesso
em: 14 abr. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília,
2018a. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_
EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 12 mar. 2022.
BRASIL. Guia de Implementação do Novo Ensino Médio. Brasília, 2018b.
Disponível em: http://novoensinomedio.mec.gov.br/resources/downloads/
pdf/Guia.pdf. Acesso em: 08 abr. 2022.
BRASIL. Referenciais Curriculares para a Elaboração de Itinerários
Formativos. Brasília, 2018c. Disponível em: http://novoensinomedio.mec.
gov.br/resources/downloads/pdf/DCEIF.pdf. Acesso em: 08 abr. 2022.
BRASIL. Lei da Reforma do Ensino Médio. Lei nº 13.415, de 16 de
fevereiro de 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato20152018/2017/lei/L13415.htm. Acesso em: 12 mar. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação Básica. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI,
2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&view=download&alias=13677-diretrizes-educacao-basica-2013-
pdf&Itemid=30192. Acesso em: 09 abr. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Brasília: Ministério da
Educação, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/
book_volume_01_internet.pdf. Acesso em: 12 mar. 2022.
83
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
84
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
85
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Letras & Letras, [S. l.], v. 35, n. especial, p. 109–136, 2019. Disponível em:
https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/48988. Acesso em: 31
maio 2022.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder y clasificación social. In: QUIJANO,
Aníbal. Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estructural
a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLACSO, 2014a.
Disponível em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/se/20140506032333/
eje1-7.pdf. Acesso em: 12 maio 2022.
QUIJANO, Aníbal. “Raza”, “Etnia” y “Nación” en Mariátegui: Cuestiones
Abiertas. In: QUIJANO, Aníbal. Cuestiones y horizontes: de la dependencia
histórico-estructural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos
Aires: CLACSO, 2014b. Disponível em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/
se/20140507040653/eje3-7.pdf. Acesso em: 12 maio 2022.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina.
In: LANDER, Edgard. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências
sociais–perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p.
107-130.
SERGIPE. Secretaria de Estado de Educação do Esporte e da Cultura. SANTOS,
Isabella Silva dos; SOARES, Mariana Fátima Muniz (org.). Currículo de
Sergipe: integrar e construir: ensino médio. Aracaju, SE: Secretaria de Estado
da Educação do Esporte e da Cultura, 2022. Disponível em: https://siae.seduc.
se.gov.br/siae.servicefile/api/File/Downloads/22956487-cedb-4014-a1a1-
f8e706f40866. Acesso em: 12 mar. 2022.
SILVA JÚNIOR, Antônio Carlos. Sulear. In: MATOS, Doris Cristina Vicente da
Silva; SOUSA, Cristiane Maria Campelo Lopes Landulfo de (org.). Suleando
conceitos e linguagens: decolonialidades e epistemologias outras. Campinas,
SP: Pontes Editores, 2022.
SILVA JÚNIOR, Antônio Carlos; MATOS, Doris Cristina Vicente da Silva.
Linguística Aplicada e o SULear: práticas decoloniais na educação linguística
em espanhol. Revista Interdisciplinar Sulear, Dossiê Sulear, ano 2, n. 2,
set. 2019. Disponível em: http://revista.uemg.br/index.php/Sulear/article/
view/4154. Acesso em: 18 maio 2022.
86
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
87
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Introdução
88
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
89
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
90
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
91
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
92
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
93
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
94
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
que elas acabam por impor valores e ideologias que apagam as realida-
des e as identidades locais no contato e na aprendizagem da língua es-
trangeira. A seguir, inserimos o debate da abordagem translíngue como
uma maneira de promover o ensino crítico de espanhol e descolonizar
o conhecimento do idioma na escola.
2 Consideramos como fatores de cunho social, econômico, político e linguístico, alguns con-
teúdos como: a música, a gastronomia, futebol, as artes etc.
3 A educação multilíngue é uma das premissas para o fortalecimento de práticas pedagógicas
direcionadas para um ensino crítico de línguas. Segundo Siqueira (2022, p. 110), existe uma
efervescência de termos que se alternam no que o autor entende como “virada multilíngue”
nas políticas linguísticas. No âmbito educacional, a partir de uma perspectiva multi- ou
pluri- e/ou translíngue, deve-se acompanhar uma valorização dos indivíduos que empre-
gam várias línguas e com diferentes propósitos comunicativos na vida cotidiana em uma
sociedade marcada por muitas línguas. Ao priorizar uma educação multilíngue, os estudan-
tes podem adentrar “mundos (multi) (pluri) (inter)culturais plenamente constituídos por
diferentes cheiros, cores, sabores e afetos que só a diversidade tem o poder de nos propor-
cionar” (SIQUEIRA, 2022, p. 133).
95
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
96
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
97
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
98
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
99
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
100
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
101
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
102
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
103
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
6 É importante sinalizar que, por se tratar de um campo laboral bastante globalizado, os su-
jeitos retratados nos vídeos foram descritos como jogadores e treinador dos clubes que es-
tavam atuando na época da revisão final deste capítulo (maio de 2023). Portanto, na descri-
ção apresentada aos alunos informamos que o atleta Paulo Dybala atuava no clube italiano
Juventus, Marcelo estava no clube espanhol Real Madrid e, por fim, Jorge Jesus treinava no
Flamengo.
104
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
para que eles possam discutir, por meio das entrevistas em formato
de vídeo, temas tais como translinguismo, sujeitos translingues, re-
pertórios linguísticos, portunhol, diversidade linguística, preconceito
linguístico etc.
Após a exibição dos vídeos, propomos alguns questionamentos
sobre acontecimentos da entrevista: (1) ¿Sueles utilizar dos lenguas
al mismo tiempo? Si la respuesta es sí, ¿cuándo las utilizan? ¿Cómo crees
que ha sido tu desempeño en estas situaciones?; (2) ¿Qué opinas sobre
el desempeño lingüístico del jugador Vinícius Jr. en esta muestra de la en-
trevista? ¿Y del jugador argentino?; (3) ¿Qué te parece el título del primer
video: “Vinicius Jr. entrevista em espanhol “meteli goli”? ¿Y qué te parece
la descripción literal del video que consta en YouTube: “Vinicius Junior
o portunhol pós jogo do Real Madrid”?; (4) ¿Qué entiendes por portuñol?
¿Ves este concepto como positivo o negativo? ¿Por qué?; (5) ¿Qué te parece
el título del segundo video: “Dybala se arrisca no português e impressiona
repórter”? ¿Y la descripción: “Em entrevista exclusiva ao Esporte interati-
vo, Dybala se arriscou no português e impressionou nossa repórter Clara
Alburquerque”?; (6) ¿Crees que la comunicación de los videos fue eficaz?;
(7) En el video del jugador argentino, ¿qué te parece la actitud de la entre-
vistadora? ¿Por qué ella sigue hablando en español, si el jugador la con-
testa en portugués? ¿Harías lo mismo que esta entrevistadora?; (8) ¿Qué
te parecen las felicitaciones que atribuye la entrevistadora al jugador:
“Parabéns pelo português”? ¿Harías lo mismo?; ¿Y qué te parece la res-
puesta del jugador: “Próxima vez vou falar melhor”?; (9) En tu opinión,
¿hay muestras de contactos lingüísticos en los dos videos? Si sí, ¿cuáles?
As perguntas anteriores podem proporcionar uma proveitosa
conversa com relação ao termo portunhol, ao fato dele, prototipica-
mente, ser visto de forma negativa, mas a possibilidade de ser enten-
dido sob um outro ponto de vista, podendo ser interpretado como
um estágio integrante do processo de aquisição de uma língua. Outro
ponto a respeito do portunhol que podemos trabalhar é o fato desse
termo ser predominantemente empregado para representar a prática
105
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
106
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
107
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
108
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
109
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
110
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Considerações finais
111
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Referências
112
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
113
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
SILVA JÚNIOR, Antonio Ferreira da. Discursos sobre ensino crítico de língua
inglesa e sua contribuição para a área dos estudos hispânicos. In: SILVA JÚNIOR,
Antonio Ferreira da. Linguística Aplicada e Hispanismo. São Carlos: Pedro
& João Editores, 2022. p. 15-30. Disponível em: <https://pedroejoaoeditores.
com.br/2022/wp-content/uploads/2022/05/EBOOK_Linguistica-Aplicada-e-
Hispanismo-1.pdf>. Acesso em: 04 jan. 2023.
SIQUEIRA, Sávio. Por que oferecer o tapete vermelho ao inglês é um atalho
para a marginalização de outras línguas e uma ameaça à educação multilíngue
no Brasil. In: NETO, Maurício José de Souza; COUTO, Aldenice (org.). Língua,
linguagem e vida: homenagem a Maria Luísa Ortiz Alvarez. Campinas, SP:
Pontes Editores, 2022. p. 103-140.
TILIO, Rogério. Ensino crítico de língua: afinal, o que é ensinar criticamente?
In: JESUS, Dánie Marcelo de; ZOLIN-VESZ, Fernando; CARBONIERI, Divanize
(org.). Perspectivas críticas no ensino de línguas: novos sentidos para a
escola. Campinas, SP: Pontes Editores, 2017. p. 19-31.
ZOLIN-VESZ, Fernando. Por uma pedagogia translíngue para o ensino de
línguas. In: JESUS, Dánie Marcelo de; CARBONIERI, Divanize (org.). Práticas
de Multiletramentos e Letramento Crítico: outros sentidos para a sala de
aula de línguas. Campinas: Pontes, 2016. p. 143-155.
114
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Introdução
115
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
116
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
117
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
118
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
119
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Fundamentação teórica
Metodologias ativas
120
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
121
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Decolonialidade
122
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
123
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
124
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
125
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
9 Em uma perspectiva histórica, o termo sul global se refere às regiões do mundo cujo sa-
ber-poder viveu uma relação desigual em processos históricos de colonização (cf. GOMES,
2012).
126
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Interculturalidade
127
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
128
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
129
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Metodologia
Delineamento metodológico
Objeto de análise
130
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
131
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
132
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
133
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Referências
134
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Tolerância. In: FREIRE, Ana aria Araújo (org).
7. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Editora Paz e Terra, 2020.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2019.
GOMES, Fulvio de Morais. As epistemologias do Sul de Boaventura de Sousa
Santos: por um resgate do sul global. Revista Páginas de Filosofia, v. 4, n. 2,
p. 39-54, jul./dez. 2012.
KUBOTA, Ryuko. Critical multiculturalism and second language education.
In: NORTON, Bonny.; TOOHEY, Kelleen. (eds). Critical Pedagogies and
Language Learning. New York: Cambridge University Press, 2004. p. 30–52.
MAHER, Terezinha. Jesus. Machado. A educação do entorno para a
interculturalidade e o plurilinguismo. In: KLEIMAN, Ângela Bustos;
CAVALCANTI, Marilda Cavalcanti (org). Linguística aplicada: suas faces e
interfaces. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2007.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones
al desarrollo de un concepto. In: CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL,
Ramón (org.). El giro decolonial. Reflexiones para una diversidad epistémica
más allá del capitalismo global. Bogotá: Universidad Javeriana-Instituto
Pensar, Universidad Central-IESCO, Siglo del Hombre Editores, 2007. p.
127-167.
MIGNOLO, Walter. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista
Brasileira De Ciências Sociais, v. 32, n. 94, p. 1-18, 2017.
OLIVEIRA, Luiz Fernandes; CANDAU, Vera Maria Ferrão. Pedagogia decolonial
e educação antirracista e intercultural no Brasil. Educação em Revista, Belo
Horizonte, v. 26, n. 1, p. 15 – 40, abr. 2010
WALSH, Catherine. Interculturalidade Crítica e Pedagogia Decolonial:
in-surgir, re-existir e re-viver. In: CANDAU, Vera Maria (org.). Educação
Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio
de Janeiro: 7 Letras, 2009.
YIN, Robert. K. Pesquisa qualitativa do início ao fim. Trad. Daniel Bueno.
Porto Alegre: Penso, 2016.
135
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
136
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
137
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Figura 1 – “Va a pasar al siguiente año escolar sin haber recibido clases”.
138
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
2 Na esteira de Gonzalo Abio (2017, p. 23), optamos pela sigla TDICE, de Lacerda Santos
(2014).
139
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
140
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
6 Todas as discentes citadas neste capítulo autorizaram a reprodução dos materiais produzi-
dos por elas nas disciplinas de Estágio Supervisionado no período mencionado, (2021.1 a
2022.1), assim como a citação identificada de seus nomes. A autorização foi solicitada atra-
vés de Formulários Doc. do Google, nos quais elas sinalizam: “Manifesto ciência de e con-
cordância para que os materiais didáticos (planos de aula) assim como conteúdos presen-
tes nos projetos didáticos e relatórios finais de estágio produzidos nas disciplinas LETA77
Estágio Supervisionado I de Língua Espanhola (Semestre 2021.1 e 2022.1) e LETA78 Estágio
Supervisionado II de Língua Espanhola (Semestre 2021.2) sejam reproduzidos pela Profª.
Draª. Carla Dameane Pereira de Souza em artigos acadêmicos que venha a escrever a fim
de divulgar o trabalho de formação de professores de Língua Espanhola na Universidade
Federal da Bahia. Também a autorizo a citar-me nominalmente em seus artigos como auto-
ra ou coautora dos materiais que venha a reproduzir.”
7 No Semestre Letivo Suplementar (2020) e nos semestres 2021.1 e 2021.2 da UFBA os
Estágios Supervisionados foram realizados como atividades de extensão oferecidas à comu-
nidade externa. No Semestre Letivo Suplementar (2020) e no semestre 2021.1 estas ações
foram coordenadas, orientadas e supervisionadas por mim e pela Profª. Draª. Lívia Márcia
Tiba Rádis Baptista quando assumimos juntas o componente curricular LETA78 Estágio
Supervisionado II de Língua Espanhola. No semestre 2021.2 assumi este componente inte-
gralmente, ficando responsável pela coordenação, orientação e supervisão dos estágios.
141
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
8 No Semestre Letivo Suplementar 2020 e no Semestre 2021.1 a Profª Draª. Lívia Márcia Tiba
Rádis Baptista e eu dividimos a carga horária ministrando juntas o componente curricular
LETA78 Estágio Supervisionado II de Língua Espanhola.
142
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
143
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
144
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
145
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
146
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
147
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
148
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
15 CAMPAÑA VACÚNATE POR PARAGUAY. Todos los jóvenes de 12 años o más ya pueden vacu-
narse contra el #COVID19. Gobierno de Paraguay. Ministerio de Salud Paraguay. Youtube.
2021. (30s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pdxWb1tW-jg. Acesso em:
13 abr. 2022.
16 CAMPAÑA VACÚNATE POR PARAGUAY. “Es importante aplicarse la primera dosis de la va-
cuna contra COVID-19” (en nivaclé). Gobierno de Paraguay. Ministerio de Salud Paraguay.
Youtube. 2021. (42s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=93MBVNuV-
8NY. Acesso em: 13 de abr. 2022.
17 O leitor pode acessar o site através do link https://www.vacunate.gov.py/index.html. Acesso
em: 14 maio 2022.
149
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
18 No dia 14 de maio de 2022, quando eu escrevi este capítulo, o número acumulado de óbitos
pela COVID-19 no Brasil era de 664.872, segundo o site Coronavírus Brasil. Disponível em:
https://covid.saude.gov.br/. Acesso em: 14 maio 2022.
150
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
151
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Instituto de Letras
SEMESTRE 2021.1
152
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
153
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
154
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Instituto de Letras
SEMESTRE 2021.2
155
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Tiempo
Aclarar dudas acerca de la actividad asíncrona del día
previsto:
14.09.21 y presentar el tema del aula.
15 min.
Comenzar la clase presentando un video de publicidad
Institucional del Gobierno del Perú para que podamos
reflexionar acerca de los cuidados colectivos durante
la pandemia, a partir de las campañas publicitarias.
Orientar a los alumnos a que asistan al video po- T i e m p o
niendo la atención en sus elementos narrativos (dó- previsto:
nde se pasa la situación, quienes participan de la si- 20 min.
tuación, si hay un mensaje en la situación).
Transmitir el video una segunda vez y pedirles
que identifiquen cuáles son las palabras que no co-
nocen y apúntenlas en el chat.
Cuestionar a los alumnos sobre: ¿Qué es la pandemia
para ellos? ¿Creen que realmente existe un virus?
Tiempo
¿Cómo la pandemia ha afectado sus vidas? ¿Conocen
previsto:
los cuidados colectivos necesarios para evitar el con-
20 min.
tagio durante la pandemia? ¿Además de estos cuida-
dos, conocen otros?
SEQUÊNCIA
A continuación, leerán en la pantalla dos frases
DE ATIVIDADES que están en desorden, acerca de la pandemia, para
que puedan ordenarlas y decir lo piensan sobre ellas.
Presentar a los estudiantes los dos carteles que fue-
ron la fuente de las palabras desordenadas donde
muestran los cuidados individuales y colectivos,
observar los elementos que componen los carteles
como los mensajes, los colores, las imágenes. Tiempo
Preguntarles cuáles son los principales elementos previsto:
persuasivos que están presentes en las situaciones 60 min.
presentadas.
¿hay mucho o poco texto? ¿Las informaciones
son concisas o extensas? ¿Hay textos no verbales?
¿Símbolos? ¿Logotipos? ¿Cuál de ellos te parece
más atractivo? ¿Por qué?
Presentar las principales características de los carte-
les como género textual multimodal.
Tiempo
Cierre de la clase para informativos y aclaramiento
previsto:
de las dudas.
05 min.
156
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Referências
ABIO, Gonzalo. “Formación digital de profesores. Una revisión del tema con
énfasis en los modelos de competencias/ literacidades digitales”. In: BAPTISTA,
Lívia Márcia Tiba Rádis; MAYRINK, Mônica Ferreira. Dossiê: Tecnologias da
informação e comunicação no ensino de língua espanhola e na formação de
professores de espanhol. Revista Caracol, n. 13, p. 20-55, 2017. Disponível
em: https://www.revistas.usp.br/caracol/article/view/122901/124761. Acesso
em: 17 maio 2022.
BAPTISTA, Lívia Márcia Tiba Rádis. Traçando caminhos: letramento,
letramento crítico e ensino de espanhol. In: BARROS, Cristiano Silva de;
COSTA, Elzimar Goettenauer de Marins (org.). Espanhol: Ensino Médio,
col. Explorando o ensino. Espanhol, v. 16, p. 119-136, 2010. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/docman/abril-2011-pdf/7836-2011-espanhol-capa-
pdf/file. Acesso em: 09 mar. 2022.
JIMÉNEZ QUISPE, Edilberto. Nuevo coronavirus y buen gobierno. Memorias
de la pandemia de Covid-19 en Perú. 1. ed. Lima: IEP, 2021.
MOREIRA, José António; SCHLEMMER, Eliane. Por um novo conceito e
paradigma de educação digital onlife. Revista UFG, v. 20. p. 2-35, 2020.
Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/63438/36079.
Acesso em: 20 de abr. 2022.
157
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
158
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Considerações iniciais
159
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
160
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
1 Cuir e cuirizar são termos usados frequentemente em países hispano-falantes como algo
mais que uma simples maneira de “espanholizar” a palavra “queer”. No Brasil também se
tem acercado a essa nomenclatura, como Colling (2022) exemplifica em sua fala. Inclusive,
a antropóloga brasileira Larissa Pelúcio propõe uma “Teoria Cu” para problematizar “as for-
mas nas quais temos localmente absorvido, discutido, adaptado e ressignificado as Teorias
Queer do Norte” (LEWIS et al., 2017, p. 4) por meio de uma brincadeira com a ideia “de
que para o Norte, nós aqui do Sul (e nossas produções acadêmicas) frequentemente somos
vistxs como sendo o ‘cu do mundo’, um local geográfico desprezado, como o cu anatômico”
(LEWIS et al., 2017, p. 4).
161
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
162
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
163
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
164
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
165
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
166
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
167
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
168
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
169
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
170
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
171
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
172
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
173
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
174
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
III.
BEAUVOIR (2019)
175
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
176
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
177
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
fende sua relação com a identidade e o gênero; por fim, o Texto III é
a capa e contracapa do livro mais conhecido da filósofa francesa Simone
de Beauvoir, O segundo sexo.
Em 4a, pede-se que o/a aluno/a compreenda do Texto I que
a coerência que se espera dos sujeitos para que sejam compreendidos
nas sociedades ocidentais, principalmente, é que o comportamento
ou representação social (gênero) caminhe na mesma direção que o sexo
(corpo) e, consequentemente, também os desejos (sexualidade). Nesse
sentido, o muxe não seria um gênero coerente, porque apesar de serem
homens (corporalmente dizendo ou, como podemos inferir do frag-
mento de Butler, enquanto ao sexo), possuem características atribuídas
às mulheres, ou seja, são vistos como femininos.
Para os debates de 4b, deve-se observar que a denominação de ter-
ceiro gênero/sexo é típica da cultura ocidental-europeia, que se reflete
na hierarquização: primeiro, homem-masculino e, em segundo, mu-
lher-feminino–daí o binarismo ou a dicotomia. E, nessa esteira binária,
o terceiro gênero/sexo, no caso do artigo analisado os muxes, é definido,
por um lado, como tendo características de um e de outro e, por outro
lado, como exercendo papéis próprios. Nesse sentido, o uso dos ordi-
nais marca a hierarquia não apenas social, mas também do conheci-
mento, que fere a compreensão do mundo dentro da matriz heteros-
sexual, que é dicotômica: tudo pode (e deve) ser dividido em homem/
masculino ou mulher/feminino. Assim, determinadas roupas, profis-
sões e papéis exercidos na sociedade são, pelo menos no pensamento
hegemônico (ocidental, europeu, é sempre importante lembrar), divi-
didos nessas duas categorias.
Finalmente, em 4c discute-se como se constroem os gêneros.
Segundo o Texto II, são os discursos que, por repetição, dão a impres-
são de que os gêneros são naturais quando são, como a linguagem,
historicamente organizados e naturalizados. É o que o termo “matriz
heterossexual”, no Texto I, defende: gêneros e sexualidades se cons-
178
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
179
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Considerações finais
180
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Referências
181
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
182
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
183
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Considerações iniciais
184
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
185
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
186
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
2 Em Ceuta e Melilha existem barreiras fronteiriças, erguidas nos anos 90 pela Espanha, que
representam a primeira fronteira da Europa na África e demarcam o território sob domí-
nio político da monarquia espanhola. A princípio eram cercas, mas à medida que a imi-
gração, tida como ilegal, cresceu, a fronteira foi reforçada com muros. Após os reforços
de obstáculos, estruturais e militaristas, as imigrações diminuíram tornando o Governo de
Mariano Rajoy modelo de controle imigratório. Disponível em: https://brasil.elpais.com/
brasil/2017/02/27/album/1488207932_438823.html#foto_gal_11. Acesso em: 10 mai. 2022.
187
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
188
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
189
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
190
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
191
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
4 A sigla LGBTQIA+ refere-se às seguintes condições de ser e existir no mundo: lésbicas, gays,
bissexuais, transsexuais, queer, intersexuais, assexuais e + que representa outras possibili-
dades de identidades de gênero e ou orientações sexuais, tais como pansexuais, não-biná-
ries e outres.
192
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
193
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
194
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
195
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
196
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
197
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
198
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
199
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
200
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
201
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
202
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
203
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Considerações inconclusivas
204
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Referências
205
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
206
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
207
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
208
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Em perspectiva(s)
209
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Fonte: www.elperiodico.com/es/gente/20140322/boig-per-tu-shakira-incendia-
-red-3210090. Acesso em: 30 mar 2022.
210
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Fonte: www.elperiodico.com/es/gente/20140322/boig-per-tu-shakira-incendia-
-red-3210090. Acesso em: 30 mar 2022.
211
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
212
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
213
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
214
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
215
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
216
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Referências
217
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
218
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Primeiros acercamentos
219
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
220
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
não estavam seguras sobre como conduzir esse novo cenário diante
de tanta insegurança e indagações para dirimir os impactos de uma
pandemia sem precedentes no processo de ensino e aprendizagem.
Diante dessa conjuntura, foi instituída a modalidade remota para
a continuidade das atividades escolares, sendo nós, os professores, res-
ponsáveis pela escolha dos recursos tecnológicos a serem utilizados.
Essa modalidade impôs desafios ao nosso fazer pedagógico,
ao implicar um giro de 180° na nossa maneira de ensinar e de apren-
der. Pessoalmente, realizei cursos de aperfeiçoamento à distância para
aprender a utilizar as ferramentas virtuais e desenvolver materiais di-
dáticos para o ensino remoto.
A reconfiguração educacional e o ambiente criado pela covid-19
foram responsáveis por promover incertezas e intensificação infor-
mativa, os quais levaram muitos professores à exaustão profissional
e pessoal:
221
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
222
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
223
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
224
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
225
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
226
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
1 A TIC Domicílios é uma pesquisa realizada anualmente desde 2005 e tem como objetivo
fazer o mapeamento do acesso das residências urbanas e rurais do Brasil às tecnologias
de informação e comunicação – TIC, e contribuir para a análise da realidade de acesso e a
proposição de políticas de melhorias.
227
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
228
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
229
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
230
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
231
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
232
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
233
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
234
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Para uma estudante, foi importante deixar o tema livre, pois se-
gundo ela, isso permitiu uma visão ampla das perspectivas da turma.
Ela ainda indicou a relevância de tratar os fatos históricos, questioná-
-los e investigar o que há por trás deles.
Nesse contexto, foi perceptível ainda a compreensão das iniquida-
des e das desigualdades herdadas e amplificadas no nosso país, que se
dá através da compreensão da história e de suas narrativas, conforme
o constatado nas discussões em torno da Batalla de Acosta Ñu apresen-
tada por um dos grupos. Em termos gerais, a batalha designou um con-
flito armado entre Brasil, Argentina e Uruguai, formando a Tríplice
Aliança contra o Paraguai ocorrida no ano de 1869, após o exército pa-
raguaio atacar o Brasil e invadir o estado de Mato Grosso. Na batalha,
o exército paraguaio era formado por mais de três mil crianças e ado-
lescentes, razão pela qual o embate também é conhecido como Batalla
de Los Niños, já que resultou na morte de todos os infantes.
Por meio das investigações, o grupo dos estudantes relatou a par-
ticipação expressiva de crianças negras colocadas à frente do mas-
sacre assim como a presença massiva de adultos negros e indígenas
na Guerra do Paraguai. Mediante tais fatos iniciou-se uma discussão
sobre os enredos ocultos da eleição e do massacre desses povos. Assim,
reflito acerca da necessidade de se inquirir a história e suas narrativas
conforme aponta Belinga (2020):
235
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
os dizeres sob ótica dos colonizadores, sem que as vidas negras e indí-
genas, pudessem narrar sua própria história. Portanto, estamos diante
de uma indispensável reivindicação reflexiva sobre as narrativas que se
configuraram como verdades absolutas.
Nessa mesma direção, entendo ser esse o movimento realizado
pelos estudantes tendo em vista à descolonização do saber, do conhe-
cimento histórico que chegou até nós, cujo processo,
236
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
237
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Caminhos (in)conclusos
238
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Referências
239
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
240
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
241
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Introdução
242
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
243
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
244
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
245
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
5 A organização textual, que tem como resultado a aparente unidade do texto, é produzida
sob o efeito de um trabalho de autoria que confere, a uma dispersão de sentidos que re-
metem a diferentes posições e à dispersão de diversos discursos produzidos alhures, a um
efeito de unidade realizado por um trabalho de organização denominado por Orlandi (2008,
p.54) de função-autor. A partir da AD materialista, relativiza-se a função da intenção do
sujeito e questiona-se sua autonomia através da busca dos mecanismos discursivos que, em
sua relação com a ideologia, produzem tal autonomia (ORLANDI, 2008, p. 69-70). A Análise
do Discurso Materialista considera que o lugar de onde o sujeito fala como enunciador (a
função-autor de todo enunciado) funciona como regulador de sentidos, ao promover a apa-
rente unidade que a estrutura de um texto convoca, a unidade como efeito imaginário de
uma dispersão de discursos e sentidos produzidos ao longo da história. Por esse paradigma,
seria material de interpretação e de análise, por parte do analista do discurso, “o processo
de produção das evidências” (cf. ORLANDI, 2004, p. 44) dos sentidos, e não especificamente
as evidências em si mesmas, enquanto materialidade – mas o que dá base a elas e de quais
lugares são produzidas.
246
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
6 Ressalto a adaptação dos termos tratados por KLEIMAN (2010), dado que o trabalho da
autora se ocupa de temas escolares e da aquisição da escrita em contexto formal de apren-
dizagem.
247
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
7 Cabe considerar que o trabalho aqui realizado é um recorte pautado por um gesto de in-
terpretação realizado à luz de discussões propostas por autores dos Estudos Culturais,
Decoloniais e Discursivos, e que caberia analisar, em outro momento, os temas aqui mobi-
lizados a partir do enfoque teórico da Teoria Queer, não contemplado neste trabalho.
8 Aqui articulo esse conceito com o que Mignolo (2003) denomina de pensamento fronteiri-
ço. E o trago aqui pois o considero como produtivo, dada a impossibilidade de desarticular
saberes já cristalizados historicamente, numa memória discursiva que estrutura e dá base
aos diversos sentidos (PÊCHEUX, 1999), uma memória tomada pelo senso comum como
uma memória social. Assim, um método de reflexão que colocasse em relação, em terri-
torialidades que passaram por processos de colonização, a relação entre os conhecimen-
tos globais e os conhecimentos locais, necessário para refletir sobre os processos sociais e
históricos na América Latina. Para Mignolo (2003), são os conhecimentos globais aqueles
articulados desde o Norte, atravessados pela diferença imperial (a diferença entre os im-
périos hegemônicos e aqueles que entraram em decadência, como Portugal e Espanha) e
historicamente legitimados sob o imaginário da civilização ocidental, impossíveis de serem
silenciados, pois são legitimados institucionalmente pelo Estado e por demais instituições
(como a academia e o Judiciário). Os conhecimentos locais são historicamente silenciados e
atravessados pela diferença colonial (entre colonizador e colonizado), ademais de afetados
pela diferença imperial.
248
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
249
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
250
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
11 Num reforço de certos sentidos sobre cultura como modo de vida característico, e na refle-
xão que cada comunidade cultural realizou para refletir sobre os aspectos culturais que a
definiam, surge a noção de comunitarismo (cf. Bauman, 2012). Para esse autor, tal termo
atuou como uma coerção sobre o sujeito, na oposição construída entre os diferentes tipos
de cultura (Bauman, 2012, p. 63). Isso produziu um fechamento, decorrente do processo de
pluralização estabelecido na comparação e na oposição entre diferentes culturas, o que le-
vou cada uma delas a uma totalidade, fechada em si mesma, sem relação uma com as outras.
251
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
252
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
membros são chamados de ursos (osos), por valorizar elementos que re-
metem ao físico desse animal, deslocados do padrão considerado atra-
ente por outros grupos homossexuais: corpos gordos, peludos e toma-
dos como masculinos12. Ao mesmo tempo, o corpo ursino ali descrito
é também contraditório aos sentidos valorizados por essa comunidade,
por ser um corpo afeminado (com trejeitos lidos e interpretados como
femininos). Tais sentidos, propostos na atividade, mobilizam uma re-
flexão sobre o quanto podem ser contraditórios e heterogêneos grupos
que são tomados como homogêneos por outros, explicitando o quanto
há de diversidade neles (não só entre os homossexuais, mas também
entre os ursos).
Em tal atividade observam-se sentidos que expõem o que Mignolo
(2003) denomina de pensamento fronteiriço: saberes que são valoriza-
dos globalmente, como os padrões de beleza e de corpos valorizados
pela mídia comercial (e que também são apropriados pela comunidade
homossexual), confrontados por saberes específicos (e por que não di-
zer, minorizados), localmente valorizados por um subgrupo de um gru-
po, os ursos.
Nesse sentido, os padrões de beleza dos dois personagens são di-
ferentes entre si: Antonio comunga dos sentidos valorizados e tomados
como padrão (cujo funcionamento discursivo produz uma naturaliza-
ção deles, pela ação de saberes hegemônicos legitimados globalmente):
“alto, moreno, guapo, muy atlético. [...] Pero a mí me caen bien los chicos
que se visten a la moda, los que van de hombres”. Pablo, o outro perso-
nagem da atividade, apresenta gostos contrários ao de Antonio, o que
instala uma diferença não somente entre os dois, mas também entre
12 Diga-se, de passagem, que no reforço de tais sentidos enquanto elementos específicos desse
grupo, produz-se o que Bauman (2012) chama de comunitarismo: um fechamento identitá-
rio, quase estereotipado, que funciona como um índice de pertencimento a tal comunidade
e que, ao mesmo tempo, produz um afastamento com outras comunidades. Tais elementos
que se reconhecem como pertencentes à comunidade ursina são reforçados por membros
da própria comunidade, o que produz um funcionamento discursivo estereotipado deles; ao
mesmo tempo, talvez como reação a tal funcionamento, tais sentidos são interpretados de
modo quase caricatural por parte de membros de outros grupos homossexuais masculinos.
253
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
254
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
14 Que rementem à heterossexualidade e que são tomados como referência e norma sexual.
255
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
La vida de Ana
Ana es una chica venezolana, que vive en Maracaibo, ciudad al nores-
te del país. Su vida es muy tranquila, pues tiene una rutina sencilla.
A sus amigos les parecen interesantes algunos de los gustos que tiene.
¿Vamos a ver lo que le gusta a Ana?
Familia: Le gusta mucho su familia, pues Ana reconoce la importancia
que sus padres han tenido en su educación. Ellos se llaman Pablo y Carlos
(sí, sus padres son homosexuales). También tiene un perro, que se llama
Paco, y a todos los tres les encanta pasear con Paco los fines de semana.
A Paco no le gusta quedarse sin atención: es un perro muy juguetón.
256
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
257
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
À guisa de conclusão
258
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
259
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
260
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Referências
261
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
262
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
263
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Introdução
264
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
265
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
266
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
267
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
2 Uma crítica pertinente ao texto de Scott (1995) pode ser lido no trabalho de Gomes (2018).
Para buscá-lo, consultar a lista de referências deste capítulo.
268
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
269
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
270
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
271
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
272
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
3 Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/05/17/brasil-registra-uma-morte-
-por-homofobia-a-cada-23-horas-aponta-entidade-lgbt.ghtml. Acesso em: 13 jan. 2022.
273
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
4 A frase fora proferida publicamente por Damares Alves, ministra da Mulher, da Família
e dos Direitos Humanos no governo Jair Bolsonaro. Fonte: https://g1.globo.com/politica/
noticia/2019/01/03/em-video-damares-alves-diz-que-nova-era-comecou-no-brasil-meni-
nos-vestem-azul-e-meninas-vestem-rosa.ghtml . Acesso em: 18 jan. 2022.
274
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
275
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
276
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
277
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
278
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
279
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
6 A obra de Cháirez é apenas uma das muitas (e múltiplas) representações do feminino. Dito
isto, não se pode pensar que a feminilização é vivida, pensada e expressa de uma única
maneira, tal como propõe Cháirez.
7 No Brasil, a recepção de um quadro intitulado Criança Viada, de Bia Leite, exposto pelo
Banco Santander, no Rio Grande do Sul, obteve uma recepção parecida com a obra de Fabián
Cháirez no México. Uma análise do episódio pode ser lida em uma publicação nossa: COSTA
JUNIOR, J. V. L da; SILVA, R. R. da. Linn da Quebrada e Criança Viada: uma leitura das artes
do presente a partir da filosofia deleuze-guattariana. Revista Estação Literária, v. 20, p.
191-203, 2018. Disponível em: https://www.uel.br/revistas/uel/index.php/estacaoliteraria/
article/view/31036/23403. Acesso em: 21 abr. 2022.
8 Fonte: https://elpais.com/cultura/2019/12/18/actualidad/1576696416_401418.html. Acesso
em: 19 jan. 2022.
280
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
281
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Fonte: El País.
Disponível em: https://elpais.com/cultura/2019/12/18/actuali-
dad/1576696416_401418.html. Acesso em: 19 jan. 2022.
282
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
283
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Considerações finais
284
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Referências
285
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
COSTA JÚNIOR, José Veranildo Lopes da. Notas sobre o paradigma tradicional
e o emergente em contexto de formação docente. In: SOUZA, Fábio Marques
de; COSTA JUNIOR, José Veranildo Lopes da; TOLOMEI, Cristiane Navarrete
(org.). Culturas, tecnologias e ensino de línguas. Rio de Janeiro: Oficina da
Leitura, 2018. p. 101-118.
FREITAS, Luciana Maria Almeida de. Educação Linguística. Revista Sede
de Ler, v. 09, n. 01, p. 05-08, 2021. Disponível em: https://periodicos.uff.br/
sededeler/article/view/52044/30205. Acesso em: 21 abr. 2022.
GOMES, Camila de Magalhães. Gênero como categoria de análise decolonial.
Civitas, Porto Alegre, v. 18, n. 01, p. 65-82, 2018. Disponível em: https://
www.scielo.br/j/civitas/a/bRTKvzGxYTtDbtrFyLm5JNj/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 21 abr. 2022.
HACHÉN, Rodolfo. Arte, gênero e história: dialogismo trans-genérico na obra
de Fabián Cháirez. Open Minds International Journal, v. 01, n. 01, p. 08-
20, 2020. Disponível em: https://www.openmindsjournal.com/openminds/
article/view/12/8. Acesso em: 21 abr. 2022.
KUHN, Thomas Samuel. A estrutura das revoluções científicas. Trad. Beatriz
Vianna Boeira e Nelson Boeira. 13. ed. São Paulo: Perspectiva, 2017.
PARAQUETT, Márcia. Educação de saias coloridas: aprender espanhol
com mulheres da América Latina. Gragoatá, v. 26, n. 56, p. 962-984, 2021.
Disponível em: https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/48706/29983.
Acesso em: 21 abr. 2022.
PARAQUETT, Márcia; BEZERRA, Fábio Alexandre Silva. Epistemologias
transviadas da Linguística Aplicada na (desen)formação de professores(as) de
línguas estrangeiras. In: MUSSI, Marcus Vinicius Freitas (org.). Linguística
Aplicada: panorama de estudos teóricos e práticos no Nordeste. São Paulo:
Pimenta Cultural, 2021. p. 257-280.
PAREDES, Julieta. Hilando fino. Desde el feminismo comunitario. La Paz:
Comunidad mujeres creando comunidad, 2010.
QUIJANO. Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In:
LANDER, Edgard (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências
sociais. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 227-278.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação
& Realidade, v. 20, n. 02, p. 71-99, 1995. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/
286
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
287
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Introdução
288
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
289
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
(Do)minar a língua
2 O termo sentipensar, criado pelo filósofo Saturnino de la Torre, significa “o processo me-
diante o qual colocamos para trabalhar conjuntamente o pensamento e o sentimento [...],
é a fusão de duas formas de interpretar a realidade, a partir da reflexão e do impacto emo-
cional, até convergir num mesmo ato de conhecimento a ação de sentir e pensar” (TORRE
apud MORAES, 2002, p. 03).
3 Segundo a APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), a palavra arandu, em Guarani,
significa “ouvir o tempo, vivenciar, conhecer com a experiência de vida, na relação intrínse-
ca com o ambiente” (APIB, 2020, Online).
4 O termo cholita, na Bolívia, é utilizado para definir a mulher boliviana indígena com a ves-
timenta típica (geralmente as cholitas usam o cabelo preso em duas longas tranças, a típica
saia volumosa e às vezes o chapéu, que varia de acordo com a nação indígena à qual ela per-
tence). Antigamente esse termo era usado de forma depreciativa. Atualmente é sinônimo
de orgulho e empoderamento, além de incluir uma conotação carinhosa.
290
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
fletir sobre essa língua, que faz parte de mim e de minha profissão. Será
que quando buscamos falar com fluência uma língua adicional, a domi-
namos ou ela nos domina?
Desde quando eu era estudante de espanhol, o que mais me cau-
sava motivação nas aulas eram os conteúdos culturais. Estudei com um
livro produzido na Espanha, e justamente por isso os aspectos culturais
e linguísticos predominantes eram os do espanhol peninsular. Contudo,
minha professora era chilena e nos trazia muito do Chile nas aulas.
Apesar de sua partilha em suas vivências e elementos linguísticos, e de
nos levar a festas da comunidade chilena, ela nunca provocou verbal-
mente a reflexão sobre a invisibilidade da América Latina. Este foi o
seu arandu compartilhado comigo: a visibilidade e a representação,
sem a verbalização direta das questões que isso levanta, já têm muito
poder5.
Há visibilidades que mais apagam e/ou distorcem a realidade,
fruto de ideologias coloniais. Por isso é importante pensar e analisar
sobre o lugar que nos é imposto e sobre o lugar que deixa de ocupar
essa visibilidade. Quando algo era mostrado acerca da América Latina
no livro didático com o qual estudei espanhol, ora se referia aos estere-
ótipos ora se referia às curiosidades exóticas. Já a visibilidade dada pela
minha professora tomava um espaço diferente, pois partia de outra
perspectiva, ocupava um lugar de ressignificação. Causava-me afeto,
desejo e surpresa pelo novo, que até então me era distorcido e invisi-
bilizado. A América Latina para mim era invisível até aquele momento.
Foi a professora Nilza, por meio do ensino do espanhol, que semeou
em mim: a língua é a materialização dos aspectos culturais das comu-
nidades que a têm como língua materna.
Chego à minha graduação ainda motivado por todos os elementos
culturais apresentados. Quero entendê-los mais, principalmente sobre
5 Santa Clara e Ferreira (2018) em sua pesquisa sobre materiais didáticos de línguas estran-
geiras, afirmam que todas as linguagens utilizadas em sala de aula são carregadas de ideo-
logias que exercem influência na construção das identidades das e dos estudantes.
291
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
292
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
293
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
294
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
295
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
mais conhecida como “Lei do espanhol”, tomam uma posição com ca-
racterísticas decoloniais, colocando-se contra a hegemonia do espanhol
peninsular e o sistema colonial/moderno. Surgem políticas linguísticas
que visam a um ensino do ELA que contemple a diversidade cultural
latino-americana sob o viés da interculturalidade, para a integração e a
formação da(s) identidade(s) latino-americana(s). Essas ações políticas
mudam o rumo do ensino de ELA no Brasil, dando início à promoção
de práticas suleares7, possibilitando um processo de ensino e aprendi-
zagem decolonial. Tomo como ponto de partida a Lei 11.161 de 2005,
sobre a obrigatoriedade da oferta do ensino de ELA na educação bá-
sica. É a partir da criação dessa lei que surgem políticas linguísticas
com a finalidade contra-hegemônica de sulear um ensino do espanhol
no Brasil que atenda às necessidades e à realidade dos nossos apren-
dizes, rompendo com o monopólio do ensino do espanhol peninsular.
Algumas dessas políticas são as Orientações Curriculares para o Ensino
Médio (OCEM) e o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD).
As OCEM dedicam, no caderno de Linguagens e suas Tecnologias,
um capítulo exclusivo para o ensino de ELA. O capítulo intitulado
Conhecimentos de Espanhol (BRASIL, 2006, p. 127-164) evidencia que o
ensino de língua espanhola no Brasil tem por objetivo a integração
e identidade latino-americana. Aliás, o documento critica a hegemo-
nia do espanhol peninsular e orienta para um ensino indissociado
da diversidade cultural que contemple a língua espanhola, sob o viés
intercultural:
7 O termo sulear, utilizado por Freire (2015) em sua Pedagogia da esperança, representa uma
mudança ideológica em relação à palavra nortear. O uso do termo busca valorizar primeiro
as epistemes locais e do nosso Sul Global.
296
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
8 A última seleção de livros didáticos de ELA foi no ano de 2018. Apesar disso, o guia de sele-
ção de 2018 teve embasamento educacional e critérios diferentes dos anos de 2006, 2011 e
2015. Por isso, não citamos a última seletiva do PNLD para os manuais de espanhol.
297
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
298
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
9 O conceito de Améfrica Ladina (González, 1988) contempla uma América Latina não defi-
nida e determinada pela colonialidade, mas uma América Latina outra, africana e andina,
invisibilizada, marginalizada, subalterna, periférica, contra-hegemônica. Revela as cone-
xões entre as experiências de resistências e os saberes ancestrais dos povos originários e da
diáspora, dando visibilidade às histórias secularmente apagadas.
299
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Ataca+ama
300
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
301
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
mas, mas me parecem tão decoloniais, pois elas juntas unem uma força
que rompe com essa binaridade colonialista.
Consolado por esse arandu, me motivo a planejar práticas deco-
loniais em minhas aulas, as quais prefiro chamar de tentativas, e que
têm assumido como tema a Améfrica Ladina, que contemplam as mi-
norias e visões outras de mundo. Juntamente, essas tentativas buscam
desconstruir as visões e concepções hegemonicamente eurocêntricas
que invisibilizam, hierarquizam, racializam e desvalidam os temas pro-
postos. Assim, essas tentativas se inspiram nessa junção “ATACA+AMA”:
do ataque à opressão e hegemonia dominante, por meio da reflexão,
do diálogo, da criticidade e da visibilidade no processo de ensino
e aprendizagem, e do amor como uma das bases para uma educação
linguística que compartilha da visão de língua como ideologia e que
assim visa a uma sociedade mais igualitária, mais equitativa, mais hu-
mana, mais inclusiva.
Compartilho a seguir algumas das minhas sementes de Atacama.
Atividade 1
302
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Atividade 2
10 Os nove lugares da Venezuela apresentados nas imagens são: Los Roques (ilha localizada
no Caribe venezuelano), Salto Ángel (catarata mais alta do mundo), Medanos de Coro (o
único deserto da Venezuela), Pico Bolívar (pico nevado situado na Cordilheira dos Andes, o
mais alto da Venezuela), Colonia Tovar (cidade fundada por alemães, caracterizada por sua
arquitetura germânica), Isla de Margarita (ilha situada no Caribe venezuelano), Pico Espejo
(com acesso por teleférico, é um pico nevado localizado na Cordilheira dos Andes), Caracas
(a imagem retrata a parte moderna da capital venezuelana) e Valencia (conhecida como a
capital industrial venezuelana, é uma das cidades mais populosas do país).
303
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Atividade 3
Atividade 4
11 A tradução mais próxima para Pachamama seria Mãe Terra, divindade andina. O seu nome
é a junção das palavras da língua quéchua pacha, que significa terra, universo, tempo, lu-
gar; e mama, que significa mãe. Para as nossas mentes coloniais, Pachamama é a natureza.
Presente e viva até hoje na América Andina, Pachamama é o modo como os quéchuas e
aimarás “entendiam a relação humana com a vida, com a energia que engendra e mantém a
vida, hoje traduzida como mãe terra” (MIGNOLO, 2017, p. 6-7).
304
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Atividade 5
305
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
que ocupam em minhas aulas. Quando uso imagens para dar exem-
plos ou ilustrar, utilizo de pessoas ou personalidades negras e indí-
genas. Devido a isso, já fui questionado em aula, por exemplo, se as
pessoas brancas são minoria nos países latino-americanos. Os textos
e enunciados utilizados por mim para o aprendizado da língua espa-
nhola, partem, muitas vezes, de elementos socioculturais periféricos,
que tem despertado a curiosidade dos/as estudantes. Alguns me per-
guntam, outros/as pesquisam sobre, e eu tenho provocado o diálogo
para que todas/os participem, reflitam, desenvolvam sua consciência
crítica e compartilhem seus pensamentos e descobertas.
Para finalizar
Esta história, que aconteceu comigo quando fui para La Paz, capi-
tal da Bolívia, revelou-me o quão lento é o processo de desconstrução
e o quanto a colonialidade é enraizada. A necessidade de classificar so-
cialmente os espaços que eu avistava de cima, no bondinho; de ques-
306
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Referências
307
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
308
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
309
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
310
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Criada em 1974, em São José dos Campos (SP) por Mário Ottoboni,
a APAC é um modelo de unidade prisional gerida pelo Estado e pela so-
ciedade civil, que se voluntaria a participar, mobilizando e enfatizando
a volta do privado de liberdade ao convívio social. A Associação conta
1 Neste relato também usarei o termo reeducando, discentes, e alunos para me referir às
Pessoas Privadas de Liberdade.
311
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
312
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
313
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
7 Obrigatoriedade de permanecer todos os dias em uma unidade prisional, sem direito a saí-
das.
8 Disciplina do 8º período do curso, que obriga o aluno a cumprir horas práticas em um seg-
mento da educação.
314
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
9 Forma de me referir aos alunos do curso de Licenciatura em Língua Espanhola que eram
voluntários do projeto. Ao longo do texto, como sinônimo, também usarei extensionistas,
docentes e professores em pré-serviço.
315
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
316
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
317
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
318
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
319
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
320
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
321
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
322
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
323
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
324
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
325
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
326
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
327
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
328
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
329
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
330
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Imagem 2 – O Carpinteiro
331
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Não exigir a escrita em língua espanhola foi uma forma que en-
contramos no projeto de ganhar mais adesão nas atividades. Como pro-
pusemos um curso sem provas avaliativas, as atividades são realizadas
de maneira opcional. Acredito que limitar o uso da língua espanhola
é uma forma de contribuir para que menos recuperandos escrevam;
332
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Referências
333
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
334
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Introdução
335
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
336
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
1 Há outros questionamentos, aqui, a serem feitos, tais como: o porquê da exclusividade dos
Estados Unidos da América na discussão sobre identidades e interculturalidades, enquanto
para outros, notadamente nações do Sul Global, são postos em grupos, qual seja, a América
Espanhola e, ainda, um continente inteiro formado por cinquenta e quatro países, como é o
caso da África.
337
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
338
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
339
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
340
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
341
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
342
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
343
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
344
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
345
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
346
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
347
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
348
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
349
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
3 Há que se comentar que, historicamente, dentro da própria América Latina, há países com
maior hegemonia política e, por causa disso, suas variedades sociolinguísticas e culturais
são maiormente desenvolvidas e fomentadas em sala de aula, como é o caso do México e da
Argentina. Assim, pouco se vê, por exemplo, discussões relativas às práticas de linguagem
de países tais como Honduras, Nicarágua e El Salvador. Conforme salientado em outra parte
deste texto, somos, enquanto nações do Sul Global, muitas vezes, nossos próprios algozes
epistêmicos.
350
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Tö’a á batappa4,
Y también las sartas gestadas por mi ya alejada madre,
Tö’a í harityóbbo5;
En mi lengua vive mi memoria ya embozada,
Porque hoy hallo la razón de mi callado destierro,
Mi buscada partida.
Son huéspedes victoriosos y comensales gloriosos;
[…]
En mi lengua te hablé.
En ella te poseí y te busqué:
Ritos sutiles y mermados,
Apariencias veladas y gemidos de un alfabeto,
Mientras mi cabeza busca su reposo:
¿Y cuál fue mi lengua?
¿Cuál será cuando calle mi propia historia,
Mi propia vida,
O cuando nadie albergue mis ritos?
351
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
352
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
353
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Fonte: https://www.indexoncensorship.org/wp-content/uploads/2018/08/ramon-6.jpg
354
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Fonte: https://www.indexoncensorship.org/wp-content/uplo-
ads/2018/08/IMG_4690.png
355
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=7MleHYf4seI
356
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
Considerações finais
357
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
358
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
ticas de linguagem que levará para a sala de aula, sempre lutando pe-
dagogicamente para a formação cidadã em língua.
Referências
359
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
360
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
361
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
362
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
363
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
364
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
365
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
366
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
367
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
368
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
SOBRE A ORGANIZAÇÃO
369
PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E ENSINO PLURAL DE ESPANHOL NO SUL GLOBAL
370