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Ano XX

Nº 1244
Ano XXIV - nº. 1244 – 17 de março de 2024
2024

Colecionáveis, Bolsas mundiais e o fluxo dos investidores na BM&FBOVESPA 04 – 05


Raio X das tendências que compõem o mercado 06 – 06
Estatísticas e o Índice da Força do Mercado 07 – 08
Conclusão 09 – 11
Olha Elas Aí! 12 – 12
Estudos numéricos das Bolsas NYSE e NASDAQ 13 – 13
Mercado Em Números por Nilson Marcelo 14 – 24
Curso Ponto e Figura 25 – 32
Nossos Colunistas / Como entender e tirar o melhor proveito da Revista Timing 33 – 35

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COLECIONÁVEIS

COLECIONÁVEIS – ATUALIZAÇÃO 09/02/24


ATIVO ÚLTIMA OBJ LP NOTA ATIVO ÚLTIMA OBJ LP NOTA

AERI3 0,77 13,85 3 AZEV4 1,56 12,83 3


AMAR3 2,56 129,53 3 BBRK3 0,80 54,41 3
AMER3 0,65 124,70 2 COGN3 2,40 20,52 4
ATMP3 3,05 16936,61 2 MGLU3 2,08 28,09 4
ATOM3 2,07 153,73 2 OIBR3 0,99 2571,92 3

NOVAS INCLUSÕES 16/02/2024

CASH3 7,05 128,08 3 DMMO3 1,76 591,92 1


CVCB3 3,15 54,75 3

NOVAS INCLUSÕES 23/02/2024

ENEV3 12,20 191,93 4 ESPA3 1,00 22,46 4


ENJU3 1,67 21,74 4
L3
NOVAS INCLUSÕES 08/03/24

FRTA3 1,37 321,69 2 GOLL4 2,21 44,62 3


GFSA3 8,72 817,33 4 GSHP3 14,00 216,00 1

NOVAS INCLUSÕES 15/03/24

HETA4 6,52 126,00 3 IRBR3 39,04 1229,77 4

Nesta seção, estou colocando uma série de ações que caíram muito, cuja simetria sugere que poderão voltar ao ponto de partida. Por se
tratar de verdadeiras zebras, estou colocando o preço corrente e o alvo caso cumpra o desdobramento sugerido pela simetria. Na coluna
NOTA, atribuo uma nota que varia de 1 a 5 para definir o potencial de que a simetria possa ser cumprida em algum momento. Caso
esteja disposto a separar uma pequena parte do seu capital para colecionar algumas delas, sugiro que o saldo acumulado não ultrapasse
a 10% do capital que pretende alocar nas ações. É para comprar e esquecer! Se uma delas vingar, certamente cobrirá as despesas feitas
com as demais.

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FUTURO CONTÍNUO

NA BATALHA SEMANAL DO TOURO CONTRA O URSO, SEGUE ABAIXO A IMAGEM DA TENDÊNCIA SECUNDÁ-
RIA DO ÍNDICE BOVESPA NO FECHAMENTO DA SEMANA TERMINADA EM 15/03/2024:

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RAIO X DA EVOLUÇÃO DAS TENDÊNCIAS QUE COMPÕEM O MERCADO

O cálculo é feito sobre as cotações nominais (coluna esquerda) e sobre as cotações dos mesmos gráficos dolarizados (coluna direita). Se a leitura mostrar que a maioria das
ações está em tendência primária e secundária de alta, as probabilidades de que o mercado prossiga subindo são maiores. Enfim, adicionando-se a combinação dessas
contagens a outros indicadores técnicos aumentará muito a probabilidade do que poderá acontecer no futuro próximo.

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PRINCIPAIS TENDÊNCIAS DO MERCADO: ESTATÍSTICAS

BOVESPA

Variações (%R$) (%U$)


Semanal (0,25) (0,66)
Mensal (1,76) (1,97)
Anual (5,54) (8,43)
Suporte e Resistências
Sup 125875 25264
Res 134391 27784

IBX- BRASIL

Variações (%U$)
Semanal (0,63)
Mensal (2,11)
Anual (8,31)
Suportes e Resistências (U$)
As tendências Primárias seguem em alta. As Secundárias e as Terciárias seguem em baixa. Sup 9332
Res 11689

SCAPS
Variações (%U$)
Semanal (0,06)
Mensal 0,02
Anual (8,61)
Suportes e Resistências (U$)
Sup: 425
Res: 497

MLCAPS

Variações (%U$)
Semanal (0,68)
Mensal (2,21)
Anual (8,19)
Suportes e Resistências (U$)
Sup:
442
Res:
563

As tendências Secundárias dolarizadas, sintonizadas, seguem em baixa.

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ÍNDICE DA FORÇA DO MERCADO (IFM)
As forças descendentes: 01..............................................................................................29

01-Setor de Telecomunicações sinalizando baixa


04-Setor de Energia sinalizando baixa
05-Setor de Mineração sinalizando baixa 30..............................................................49
06-Setor de Alimentos sinalizando baixa
07-Setor de Brinquedos sinalizando baixa
08-Setor de Comércio sinalizando baixa
11-Setor de Construção sinalizando baixa
12-Setor de Fertilizantes sinalizando baixa
13-Setor de Ind. Mecânica sinalizando baixa
14-Setor Textil e Vestuário sinalizando baixa
15-Setor de Transporte Aéreo sinalizando baixa
25-MM200 da LAM descendente
26-Razão descendente das tendências Terciárias
BOVESPA
31-Razão descendente das tendências Secundárias
36-Saldo agregado dos gringos em tendência de baixa
Tendência Primária de Baixa – Índices Nominais
37-ISM 01..............................................................................................................35
Tendência Secundária de Baixa – Índ. Nominais
42-IBOV/IBX50/IBX/MLCX
Tendência Terciária de Baixa – Índ. Nominais
43-IBOV/IBX50/IBX/IGC/MLCX
Tendência Primária de Baixa – Ind. Indexados U$ 36...................................................48
Tendência Secundária de Baixa – Ind. Index. U$
48-IBOV/IBX50/IBX/IGC/SMLL/MLCX
Tendência Terciária de Baixa – Índ. Index.U$
49-IBOV/IBX50/IBX/IGC/SMLL
As forças ascendentes:

03-Setor de Bancos sinalizando alta


04-Setor de Autopeças sinalizando alta
05-Setor de Fumo e Bebidas sinalizando alta
06-Setor Eletroeletrônico sinalizando alta
07-Setor de Material de Transporte sinalizando alta
08-Setor de Papel e Celulose sinalizando alta
18-Razão ascendente das tendências Primárias
28-MM200 do IBOVESPA ascendente
Tendência Primária de Alta – Índices Nominal
38-IBOV/IBX50/IBX/IGC/IVBX/MLCX
Tendência Secundária de Alta – Índices Nominais
38-IVBX
Tendência Terciária de Alta - Índices Nominais
38-IVBX
Tendência Primária de Alta – Ind. Indexados U$
48-IBOV/IBX50/IBX/IGC/IVBX/MLCX
Tendência Secundária de Alta – Ind. Indexados U$
48-IVBX
Tendência Terciária de Alta – Ind. Indexados U$
48-SMLL

Com o objetivo de melhor expressar o estado geral do mercado, decidi fazer algumas alterações na metodologia de avaliação das forças que atuam no seu direcionamento. Não faz sentido,
por exemplo, que uma tendência primária de baixa tenha o mesmo peso que uma tendência terciária de baixa. Ou, que os setores de Bancos, Energia e Construções, que são formados por mais de
40 ações cada, tenham o mesmo peso que os setores de Brinquedos, Eletroeletrônico etc., compostos por um reduzido número de a tivos.

Sem grandes preocupações matemático-estatísticas, apenas usando um pouco de sensibilidade, passei a atribuir pesos diferenciados para algumas das forças. Assim, se a maioria dos
índices se encontra numa primária de alta ou de baixa passam a ter o valor de 10 unidades; se a maioria dos índices se encontra numa secundária de alta ou de baixa valem 5 unidades; se a maioria
dos índices se encontra numa terciária de alta ou de baixa continuam valendo 1 ponto. Indicadores primários, como a direção d as médias móveis de 200 dias, a razão entre as tendências primárias.
passam a ter um valor de 10 unidades. Enfim, tudo que se referir ao primário, passa a valer 10 pontos, ao secundário 5 pontos e ao terciário 1 ponto.

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CENÁRIO INTERNO: CONCLUSÃO

O índice Bovespa segue numa tendência Secundária de Baixa, agora sob um ligeiro
predomínio das forças baixistas, praticamente em equilíbrio, e continua vindo testar o
suporte de 124.839 pontos, de onde poderá voltar a subir ou penetrá-lo e seguir caindo
rumo ao suporte proporcionado pela linha de tendência de alta de longo prazo, nesta
semana em torno de 120.600.

A quantidade de ações em tendência Primária de Alta segue superando por ampla


margem as que estão em Tendência de Baixa, enquanto a quantidade das ações que
estão em Secundária e Terciária de Baixa seguem superarando as que estão em Alta.
O fluxo dos investidores estrangeiros segue em tendência de baixa. Enfim, apesar de
enroscado, o cenário do mercado mostra uma visão mais baixista do que na semana
passada.

As projeções mais plausíveis dependerão das penetrações dos próximos níveis de su-
portes e resistências, a saber:

Resistências: 131.696 – 134991

Suportes: 124.839 – 120.600 (LTA) /119.780/111.600

Na minha opinião o movimento mais provável é que o índice continue numa movimen-
tação lateral antes de tomar um rumo definitivo.

Marcio Noronha

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BOVESPA EM PONTO & FIGURA
Ponto e Figura (Hi/Lo) – Box de 500 pontos

Ponto e Figura (Hi/Lo) – Box de 1.000 pontos

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BOVESPA EM PONTO & FIGURA
Ponto e Figura (Close) – Box de 500 pontos

Ponto e Figura (Close) – Box de 1.000 pontos

Rodrigo Barbera Martini


digomartini@hotmail.com

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OLHA ELAS AÍ!
 Petrobrás pn em Real (PETR4) – PESO NO BOVESPA: 8,642%)
Tendências
PRIMÁRIA: ALTA
SECUNDÁRIA: INDEFINIDA
TERCIÁRIA: INDEFINIDA
Suportes
MP: 26,03
CP: 39,61/35,1/32,72/31,16

Resistências
MP: 42,94
CP: 37,74

Objetivo: alta 43,70; baixa 29,34

Estratégias

Se seguiu as estratégias da revista 1243 segue


fora do mercado. Continuarei aguardando o des-
dobramento para a montagem de uma estratégia
operacional.

 Vale do Rio Doce on em Real (VALE3 – PESO NO BOVESPA: 12,792%)


Tendências
PRIMÁRIA: INDEFINIDA
SECUNDÁRIA: BAIXA
TERCIÁRIA: BAIXA
Suportes
MP:
CP:
Resistências
MP:
CP:

Objetivo: alta: baixa

Estratégias

Se seguiu as estratégias da revista 1243 segue


fora do mercado. Continuarei aguardando mais
desdobramento para a montagem de novas es-
tratégias operacionais.

Todavia, ocorreu um erro no ajuste do dividendo


no gráfico da Vale que até o momento não foi so-
lucionado pelo Quotebr, meu provedor de dados.
Nem tenho segurança para afirmar se este gap
no gráfico diário está certo. De qualquer forma
não iria sugerir nenhuma operação.

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2024
ESTUDOS NUMÉRICOS DAS BOLSAS NYSE (NEW YORK STOCK EXCHANGE) E NASDAQ
A MÉDIA MÓVEL DE 40 SE-
MANAS APLICADA NO
GRÁFICO SEMANAL E A DE
200 DIAS NO GRÁFICO SE-
GUEM EM ALTA.

AS MESMAS MÉDIAS APLI-


CADAS NAS LADS DOS
MESMOS ÍNDICES SEGUEM
EM ALTA.

A MÉDIA MÓVEL DE 40 SE-


MANAS APLICADA NO
GRÁFICO SEMANAL E A DE
200 DIAS NO GRÁFICO SE-
GUEM EM ALTA

AS MESMAS MÉDIAS APLI-


CADAS NAS LADS DOS
MESMOS ÍNDICES SEGUEM
EM BAIXA.

Rodrigo Barbera Martini


digomartini@hotmail.com

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MERCADO EM NÚMEROS POR NILSON MARCELO

Visão Global
Em um cenário onde as moedas desempenham um papel crucial nas decisões de investimento, saber o preço
dos papéis e seu histórico em dólares americanos emerge como um indicador-chave para traders que buscam
insights além das fronteiras locais.

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MERCADO EM NÚMEROS POR NILSON MARCELO

Inclinação da curva de juros dos títulos do tesouro americano

Esses títulos fazem parte da curva de rendimento do Tesouro dos EUA e estão sujeitos a interações complexas
no mercado de títulos. Geralmente, os Treasuries de 30 anos tendem a ter rendimentos mais altos do que de 5
anos, devido ao prêmio de maturidade mais longa e ao risco de duração associado.

A relação entre esses títulos pode ser observada através da chamada inclinação da curva de rendimento, que
é a diferença entre os rendimentos dos Treasuries de 5 e 30 anos. Uma curva de rendimento inclinada para
cima indica que os rendimentos de 30 anos estão mais altos em relação aos de 5 anos, enquanto uma curva
plana ou invertida indica o oposto.

Essa relação pode ser influenciada por uma série de fatores, incluindo expectativas de inflação, política mone-
tária do Federal Reserve, condições econômicas e sentimento do mercado. Por exemplo, uma inclinação cres-
cente da curva de rendimento pode sinalizar expectativas de crescimento econômico futuro, enquanto uma
inclinação decrescente ou invertida pode indicar preocupações com desaceleração econômica ou expectativas
de redução da taxa de juros.

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MERCADO EM NÚMEROS POR NILSON MARCELO

Tendências de médio e longo prazo


Uma perspectiva abrangente sobre a dinâmica do IBOVESPA, focalizando o percentual de ações que se en-
contram acima da média móvel de 200 dias. A média móvel de longo prazo, reconhecida por suavizar as flutu-
ações do mercado em um horizonte temporal mais extenso, proporciona insights valiosos sobre as tendências
duradouras e possíveis pontos de inflexão.

É crucial observar atentamente os períodos em que o percentual de ações acima da média móvel de 200 dias
experimenta mudanças significativas. Esses pontos podem indicar potenciais reversões de tendência, ofere-
cendo oportunidades para antecipar movimentos do mercado em um contexto mais amplo.

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MERCADO EM NÚMEROS POR NILSON MARCELO

Retornos mensais desde 1993 – IBOVESPA

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MERCADO EM NÚMEROS POR NILSON MARCELO

Correlação dos principais índices em diversas janelas temporais

A correlação entre diversos índices da bolsa brasileira em


diferentes janelas temporais é um fator crucial para os in-
vestidores. Esses índices podem exibir diferentes níveis
de correlação ao longo do tempo, influenciados por uma
variedade de fatores econômicos, políticos e globais.
Compreender essas correlações em várias janelas tem-
porais permite aos investidores avaliar a diversificação de
suas carteiras de forma mais precisa. Por exemplo, du-
rante períodos de alta correlação, pode ser mais difícil en-
contrar oportunidades de diversificação eficaz, enquanto
em períodos de baixa correlação, pode ser mais fácil
identificar ativos com comportamentos independentes.
Portanto, ao analisar a correlação entre os índices em di-
ferentes períodos, os investidores podem ajustar suas es-
tratégias de alocação de ativos para otimizar o equilíbrio
entre risco e retorno, adaptando-se às condições de mer-
cado em constante mudança. Em resumo, compreender
a correlação entre os índices da bolsa brasileira em diver-
sas janelas temporais é essencial para uma gestão de
portfólio eficaz e uma tomada de decisão informada no
mercado de capitais.

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Correlação índice futuro x dólar futuro em diversas janelas temporais

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MERCADO EM NÚMEROS POR NILSON MARCELO

Ações, FII, BDR e ETF na máxima histórica

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MERCADO EM NÚMEROS POR NILSON MARCELO

Mapa das opções

O Mapa das Opções é um instrumento de interesse para investidores que desejam compreender o comporta-
mento do mercado de opções de compra (calls) e de venda (puts). Ao analisar os volumes negociados dessas
opções, os investidores podem obter insights valiosos sobre as expectativas do mercado em relação a um ativo
específico.

Por meio do Mapa das Opções, é possível identificar padrões de negociação e distorções nos volumes que
podem indicar movimentos atípicos ou estratégias incomuns por parte dos investidores. Essas informações são
essenciais para tomar decisões de investimento mais informadas e estratégicas.

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Ano XXIV - nº. 1244 – 17 de março de 2024
2024
MERCADO EM NÚMEROS POR NILSON MARCELO

Top 50
criptomoedas

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Ano XXIV - nº. 1244 – 17 de março de 2024
2024
MERCADO EM NÚMEROS POR NILSON MARCELO

Screening semanal (1/2)

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Ano XXIV - nº. 1244 – 17 de março de 2024
2024
MERCADO EM NÚMEROS POR NILSON MARCELO

Screening semanal (2/2)

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2024
CURSO BÁSICO SOBRE A METODOLOGIA DOS GRÁFICOS PONTO & FIGURA

Aula 2

PADRÕES GRÁFICOS:

A premissa básica do gráfico ponto-figura é que a Lei da Oferta e da Procura, e nada mais, governa o
preço de uma ação. Quando a Procura excede a Oferta, o preço de uma ação sobe; quando a oferta
excede a procura, o preço de uma ação cai. Quando a oferta e a procura estão equilibradas, o preço
de uma ação move-se lateralmente.

Cada gráfico ponto-figura, construído da maneira que acabamos de ver, consiste dos seguintes ele-
mentos: (1) uma coluna de “Xs” indo direto para cima (a Procura superou a Oferta); (2) uma coluna
vertical de “Os” indo direto para baixo (a Oferta superou a Procura); e (3) uma interrupção nestas
colunas verticais por pequenas colunas alternadas de “Xs” e “Os” (a Oferta e a Procura lutando pela
supremacia). O gráfico ponto-figura é, portanto, um registro pictórico da batalha entre as forças da
Oferta e da Procura.

Em qualquer gráfico do movimento do preço de uma ação, são as pequenas lacunas alternadas de
“Xs” e “Os” – os movimentos laterais – que têm a maior importância e significado. São esses movi-
mentos laterais que nos fornecerão as pistas de quando uma ação em particular deveria ser comprada
ou vendida. Os movimentos laterais – o quadro da batalha entre as forças da Oferta e da Procura –
sempre assumem um padrão definido, fora do qual emergirá um movimento para cima ou para baixo.

Esses padrões gráficos não são encobertos pelo mistério nem são configurações meramente aleató-
rias. Não são nenhum nem outro, porque se repetem 99% do tempo, A atividade dos compradores e
vendedores, sejam eles profissionais ou leigos, deve ser necessariamente refletida em mudança nos
preços. Cada compra e venda de uma ação é feita a um certo preço, afeta o preço e, no final das
contas, muda o preço. O método que usamos para registrar essas mudanças é que causa o apareci-
mento de padrões recorrentes de “Xs” e “Os”. Uma vez aprendido a reconhecer e interpretar esses
padrões, saberemos que posição devemos assumir diante deles. Algumas dessas formações são sim-
ples e outras mais complexas. Vamos examiná-las:

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OS PRINCIPAIS PADRÕES

TOPO E FUNDO DUPLO SIMPLES:

O diagrama ao lado exibe os dois padrões. No


exemplo A, vemos o padrão Topo Duplo. É o pa-
drão básico num mercado de alta. O gráfico mostra
o primeiro topo a 30. Ele é seguido por uma queda
para 23, seguida de uma nova subida para 30. Os
dois topos em 30 formam o topo duplo. Uma per-
furação acima desse topo duplo para 31 registrará
um sinal de compra. Este ponto está indicado no
gráfico pela letra C.

No exemplo B, vemos o padrão Fundo Duplo. É o


padrão básico num mercado de baixa. O gráfico
mostra o primeiro fundo a 30. Ele é seguido por
uma subida para 37, seguida por uma nova queda
para 30. Os dois fundos em 30 formam o fundo du-
plo. Uma perfuração abaixo deste fundo duplo para
29 registrará um sinal de venda. Este ponto está
Este é o padrão mais simples dos indicado no gráfico pela letra V.
gráficos ponto-figura. Estas duas
formações básicas consistem de Desde que todas as demais formações são deriva-
três colunas. É impossível ter um das desses dois padrões básicos, elas poderão
padrão gráfico que tenha menos conter formações de topos duplos ou fundos du-
do que três colunas. Todos os plos como parte dos seus padrões gráficos. Assim,
outros padrões são derivações e você poderá escolher o momento de atuar: ou so-
combinações destes dois pa- bre a perfuração original ou sobre aquelas que
drões básicos. Portanto, todos os ocorrerão posteriormente nas formações mais
padrões, à exceção destes dois, complexas.
requerem mais de três colunas
para se definirem.

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EXEMPLOS REAIS:

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TOPO E FUNDO DUPLO COMPOSTO:

O diagrama ao lado exibe os dois padrões. No


exemplo A, temos um topo duplo composto, no
qual a perfuração a 28 ocorre após dois fundos
terem sido feitos no mesmo nível, ao invés de
simplesmente um fundo. O primeiro fundo a 24
foi testado e funcionou como suporte. Então, veio
a subida para a perfuração de um topo duplo em
28. Este tipo de formação é mais comum do que
um movimento direto para cima, partindo de um
fundo apenas.

No exemplo B, vemos um fundo duplo composto,


onde a perfuração a 33 ocorre após dois topos
terem sido construídos no mesmo nível, ao invés
de simplesmente um topo. O primeiro topo a 37
foi testado e resistiu. Então, veio a queda para a
perfuração de um fundo duplo. Este tipo de for-
mação de fundo duplo é mais comum do que um
movimento direto para baixo partindo de um topo
São variações dos padrões simples, para cuja simples.
formação são necessárias quatro colunas. Cos-
tuma surgir com mais frequência em topos e fun- Quando se deparar com uma formação desse
dos principais. Como os simples, também podem tipo, poderá escolher se vale a pena atuar sobre
surgir como parte de outras formações mais com- a sua perfuração ou sobre as que ocorrerem nas
plexas. formações mais complexas.

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FORMAÇÃO DE SINALIZAÇÃODE ALTA:

O diagrama ao lado nos mostra os três padrões


mais comuns assumidos pela formação de sina-
lização de alta. No exemplo A, temos um fundo a
33, seguido por uma subida que deixou regis-
trado um topo a 38, nova queda até 35, formando
um fundo mais alto que o anterior e depois outra
subida que ultrapassar o topo anterior a 39.
Quando o topo anterior de 38 foi penetrado, a
ação, na linguagem técnica, fez uma perfuração
para cima e deu um sinal de compra. Nos três
exemplos, a letra C indica onde deveria ser feita
a compra.

A formação de Sinalização de Alta é um dos dois pa- No exemplo B, temos um fundo a 33, seguido por
drões gráficos clássicos usados no momento de se uma subida até 37,00, um novo fundo mais alto
comprar uma ação. O aspecto significante deste pa-
que o anterior a 34 e, depois, outra subida que
drão é um fundo mais alto, seguido por um topo mais
alto. Tanto quanto uma ação continue a fazer fundos ultrapassa o topo anterior a 38,00, gerando um
mais altos e topos mais altos ela é altista. Lembram- ponto de compra.
se da definição de tendência de alta? A primeira vez
que ela fizer um topo mais alto, depois de ter feito um No exemplo C, temos outra vez um fundo a 33 e,
fundo mais alto, é o sinal de que a ação pode ser depois, um fundo mais alto a 36; também vemos
comprada. O movimento está nos dizendo que a pro- um primeiro topo a 39 e, depois, um topo mais
cura superou a oferta e que a ação pode ser com- alto a 40. O topo mais alto a 40 é o sinal de que
prada. O movimento está nos dizendo que a Procura a ação pode ser comprada. Nesse exemplo, o si-
superou a Oferta e que a ação, que aqui estava em nal de compra ocorreu a um nível mais alto do
tendência de baixa, está agora pronta para fazer seu que dos dois anteriores, embora todos os três pa-
movimento para cima. A acumulação por aqueles que
drões gráficos tenham começado com um fundo
já sabem está completa. Quatro colunas verticais são
necessárias para a formação de sinalização de alta.
a 33.

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EXEMPLOS REAIS DE TOPO/FUNDO COMPOSTO E SINALIZAÇÃO DE
ALTA/BAIXA:

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FORMAÇÃO DE SINALIZAÇÃO DE BAIXA:

O diagrama ao lado nos mostra os três padrões


mais comuns assumidos pela formação de sina-
lização de baixa. No exemplo A, temos um topo
a 47 e um outro mais baixo a 45; também temos
um fundo a 42 e outro mais baixo, a 42. Quando
a queda atingiu o nível de 41, a ação, na lingua-
gem técnica, fez uma perfuração para baixo e
deu um sinal de venda. Nos três exemplos, o
ponto onde foi acionado o sinal de venda, está
indicado pela letra V.

No exemplo B, temos um topo a 47 e um topo


mais baixo a 46; também temos um fundo a 43
A formação de Sinalização de Baixa é um dos e um outro mais baixo a 42. O fundo mais baixo
dois padrões gráficos clássicos usados no mo- a 42 é o sinal de que a ação pode ser vendida.
mento de se vender uma ação. Para que se Neste caso, a venda ocorreu a um nível mais
configure a formação de sinalização de baixa, alto do que no primeiro exemplo, embora os
são necessárias quatro colunas. dois padrões gráficos tenham começado da
mesma máxima a 47.
O aspecto significante deste padrão é um topo
mais baixo e um fundo mais baixo. Tanto No exemplo C, outra vez temos um topo a 47 e,
quanto uma ação continue a fazer topos mais depois, um topo mais baixo a 44; também temos
baixos e fundos mais baixos ela é baixista. A um primeiro fundo a 41 e um, mais baixo, a 40.
primeira vez que ela fizer um fundo mais
Quando a queda atingiu o nível de 40, sinalizou
baixo, depois de ter feito um topo mais baixo,
é o sinal de que a ação pode ser vendida. Ela
que a ação deveria ser vendida. Neste exemplo,
está nos dizendo que a Oferta superou a Pro- o sinal de venda ocorreu a um nível mais baixo
cura e que a ação, que até aqui vinha numa do que nos dois exemplos anteriores, apesar
tendência de alta, está pronta, agora, para um dos três padrões gráficos terem começado com
movimento para baixo. A distribuição, por uma máxima a 47.
aqueles que sabem, já se completou.

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TRIÂNGULOS SIMÉTRICOS ALTA E DE BAIXA:
No exemplo A, temos a formação de um Triângulo
Simétrico de Alta. Primeiro, devemos perceber o pa-
drão básico da formação de Sinalização de Alta, de
fundos mais altos e topos mais altos. Vemos um
fundo a 32 e, depois, um outro a 34. Vemos um topo
a 37 e, depois, um outro a 38. O topo mais alto a 38,
indicado pela letra C, fornece o sinal de compra. O
fator adicional, que completou o triângulo nesta for-
mação, foram os topos a 39 e 37. Quando traçamos
as linhas de tendência partindo do fundo a 32 e do
topo a 39, formamos um Triângulo Simétrico.

No exemplo B, temos a formação de um Triângulo


Simétrico de Baixa. Aqui, também, devemos notar
inicialmente a formação básica de Sinalização de
Baixa de topos e fundos mais baixos. Temos um topo
a 47 e, outro, a 45. Temos um fundo a 42 e, depois
Os Triângulos Simétricos de Alta e de Baixa são me-
um fundo mais baixo a 41. O fundo mais baixo a 41
ras variações das formações de Sinalização de Alta e dá o sinal de venda e está indicado pela letra V. O
Baixa. Entretanto, desde que os triângulos têm ocu- aspecto que faz desta formação, um triângulo, é o
pado um papel importante, na análise técnica, vamos fundo mais alto a 42. Traçando linhas de tendência
trabalhar com estas duas formações separadamente. do fundo de 40 e do topo de 47, formamos um Triân-
gulo Simétrico.

ALGUNS EXEMPLOS REAIS - Observação: o curso continua na próxima edição.

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NOSSOS COLUNISTAS

Para saber mais sobre o seu trabalho, acesse https://linktr.ee/topgrafx

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COMO ENTENDER E TIRAR O MELHOR PROVEITO DA TIMING
A Timing começou como um estudo semanal que criei para o meu uso pessoal. Meu objetivo era fazer uma
análise semanal do mercado utilizando algumas ferramentas que desenvolvi que me permitisse avaliar através
dos fundamentos técnicos o estado geral do mercado e a partir daí definir as minhas estratégias operacionais.

Começando do macro para chegar ao micro, depois do advento da internet e com a rapidez das trans-
ferências de recursos de um país para outro, comecei a notar que as principais bolsas mundiais passaram a ser
vasos comunicantes, praticamente uma bolsa só (com exceção da japonesa). Assim, o tom das bolsas mundiais
se refletia no Brasil, isto é, independente do que estivesse acontecendo na nossa economia, a bolsa brasileira
acompanhava a tendência das principais bolsas internacionais.

Então, a primeira coisa a ser observada no fim de semana passou a ser o comportamento das bolsas
estrangeiras para saber que cenário estavam gerando para o mercado brasileiro. É por isso que a revista começa
pela imagem das principais bolsas americanas, europeias e emergentes. A ideia é que o desdobramento geral
seja uma pista para auxiliar a decifrar a Esfinge (O Mercado).

Embora só tenha incorporado essa informação disponível no site da Bovespa ao meu arsenal de ferra-
mentas técnicas a partir de 2005, é muito importante saber como se movimenta o fluxo dos investimentos por
setor. Pistas muito importantes podem ser obtidas aqui através da comparação do saldo dos investimentos com
o desdobramento do índice Bovespa. Você perceberá que nos últimos 6 anos o fluxo do investimento estrangeiro
determinou as principais tendências da Bovespa. Quando a tendência do fluxo foi crescente o índice subiu e vice-
versa, ao contrário do fluxo das pessoas físicas, que percorreu o caminho oposto.

Muitas vezes, o fluxo de um setor pode estar crescendo ou permanecendo estável gerando uma impres-
são positiva, mas se não observar como anda o fluxo dos contratos futuros do índice Bovespa poderá ter uma
visão distorcida. Imagine, por exemplo, que o saldo de investimentos de um setor esteja bastante comprado, mas
no passado recente passando por uma pequena redução.

Observando o gráfico dirá que não está acontecendo nada, que a leitura continua positiva. Mas, se
soubesse que nesse período em que houve um pequeno decréscimo do saldo do investimento simultaneamente
tivesse havido um grande aumento no saldo de contratos vendidos no índice futuro (no mesmo setor) poderia
deduzir que está havendo uma forte venda que passa despercebida ao investidor menos atento. Normalmente,
este tipo de estratégia é utilizado quando o mercado está indefinido e o investidor não quer se desfazer de sua
posição à vista, mas também não quer correr o risco de uma grande perda caso o mercado caia. Assim, utiliza o
mercado futuro para se proteger (hedge) de um imprevisto, normalmente porque é muito mais fácil comprar ou
vender uma grande posição de contratos (devido a grande liquidez) do que montar ou desmontar uma posição
diversificada à vista.

Talvez o recurso mais importante da análise técnica, a Linha de Avanços e Declínios seja uma ferra-
menta desenvolvida por Joseph Granville que nos permite identificar se um grupo de ações está passando por
um processo de acumulação ou de distribuição ou, quando comparada com o desdobramento de um índice,
eliminar as distorções provocadas pela sua fórmula de capitalização que embute uma ponderação entre os seus
componentes que gera uma visão enganosa sobre o que está acontecendo nas entranhas do mercado, bem
como, confirmar ou não o desdobramento do índice. Para mais detalhes sugiro a leitura da obra “Timing – Uma
Nova Estratégia Diária de Maximização dos Lucros no Mercado de Ações”.

Como a Bovespa ainda não criou índices para todos os setores (e para os que desenvolveram adotou a
mesma formula de capitalização ponderada), com o recurso da linha de avanços e declínios construí vários

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índices setoriais que me permitem segmentar o mercado e identificar no dia a dia quais deles estão avançando
ou retraindo.
Outra estatística importante utilizada nas minhas considerações para uma avaliação técnica dos funda-
mentos do mercado é a contagem diária, aqui apresentada numa base semanal, da evolução das tendências
primárias, secundárias e terciárias, nominal e indexada, de todas as ações negociadas diariamente no mercado.
As estatísticas acima, reunidas com a evolução das médias móveis de 200 barras do índice Bovespa e
da linha de avanços e declínios do mercado, bem como, da maioria entre as principais tendências de sete índices
de composição distinta vão fazer parte uma ferramenta maior que denominei de Índice da Força do Mercado
(IFM). Se no final da apuração o saldo entre as força ascendentes e as forças descendentes estiver positivo as
estratégias operacionais devem privilegiar as compras ou se estiver negativa privilegiar as vendas. Existem mo-
mentos excepcionais em que mesmo com o IFM apontando para uma direção, papéis contracíclicos estão se
movendo e podem ser sugeridas operações contrárias às forças predominantes, mas não é comum!
Na sua montagem, dependendo da importância do dado a ser computado, tudo que for primário contribui
com 10 unidades de força, tudo que for secundário com 5 unidades de força e tudo que for terciário com 1 unidade
de força. Cada unidade de força é representada por uma seta.
Por terem muito mais ações do que os demais, os índices dos setores de Telecomunicações, Energia e
Construção em vez de serem computados com força 1 (como os demais) são computados com força 3.
Se observar o IFM no início da revista, perceberá que na medida em que uma nova força é adicionada
na tabela seu valor é somado ao saldo anterior. No final, é extraído o saldo entre as forças ascendentes e des-
cendentes e transferidos para uma planilha Excel onde se obtém o gráfico do IFM.
Independentemente de estar muito próximo ou afastado da linha zero, o saldo é somente uma referência
para se operar na compra ou na venda. Se estiver positivo em +1 o cenário para efeito operacional é o mesmo
do que se estive em +70 ou -1 e -70. Mas, quanto mais próximo de zero, mas próxima a chance de uma reversão
no curto prazo!

Marcio Noronha

DISCLAIMER:

Quaisquer textos escritos na Revista Eletrônica Timing, conteúdos e ofertas são simplesmente nossa opinião e, por-
tanto, não são garantias ou promessas de desempenho real. Nós não oferecemos assessoria jurídica, médica, psico-
lógica ou financeira profissional.

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