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Sistema reprodutor masculino

Órgãos externos- escroto – mantém testículos fora da cavidade abdominal; pénis - é composto por veias e capilares sanguíneos

Órgãos internos- testículos; glândulas anexas: vesículas seminais, glândulas de cowper e próstata; vias genitais : epidídimo, canal deferente e uretra

 Gónadas masculinos – produzem os gâmetas masculinos –


espermatozoide. Onde circulam os gâmetas
Produzem um líquido que ( neste caso os espermatozoides )
 É aqui que se dá devido ao facto na cavidade abdominal a temperatura neutraliza a acidez da vagina
ser alta. e da uretra

 Constituídos por tubos seminíferos, que se


encontram em lóbulos, separados por septos Produzem um líquido que constitui o  Mantém o esperma líquido
volume do esperma, que contém ( produz enzimas anti-
frutose – principal nutriente que coagulantes)
fornece energia aos espermatozoides
 Controla alternânica da passagem
de produtos do sistema urtinário
e reprodutor

Espermatogénese – ocorre nos tubos seminíferos, desde a periferia até ao lúmen, para onde os espermatozoides escorregam.
É dividida em 4 fases:

Multiplicação
As células germinativas estaminais ( indiferenciadas) desginadas espermatogónias sofrem mitoses sucessivas
Células diploides que se multiplicam
desde a puberdade até ao final da vida
Crescimento
A cada 2 espermatogónias formadas por mitose, uma dividir-se à novamente, enquanto a outra cresce, aumentado o seu
volume celular devido á acumulação de substâncias de reserva, formando-se o espermatócito I
Células diploides, maiores que as
espermatogónias
Maturação
Nesta fase os espermatóctios I sofrem meiose

 No final da meiose I , por cada espermatogónia formam-se dois espermatócitos II – célula haploides, com cromossomas
com 2 cromatídeos cada

 No final da meiose II , por cada dois espermatócitos II formam-se quatro espermatídios - células haploides com cromossomas com 1
cromatídeo cada, ainda indiferenciadas.

Diferenciação/espermiogénese
Nesta fase os espermatídios irão sofrer diferenciação, que os torna em células mais especializadas, os espermatozoides:

 Perda de grande parte do citoplasma, que é fagocitado pelas células de Sertoli e reaproveitado

Complexo de Golgi- forma acrossoma ( fusão de vesículas) que é uma estrutura celular que envolve o núcleo e
armazena enzimas hidroláticas, fundamentais para a penetração no núcleo. Este Encontra-se na cabeça do
 Reorganização dos organelos membranares: espermatozoide

Mitocôndrias – dispõe-se em forma espiral e a partir da frutose produzida nas vesículas seminais, produz a
energia necessária à locomoção. Estas encontram-se na peça intermédia.

Centríolos – origina o flagelo que permite a locomoção


Células de sertoli
 desencadeiam a espermatogénese, por serem sensíveis á testostera produzida pelas células de Leydig.

 Dão suporte à espermatogénese, fornecendo nutrientes, eliminando produtos de excreção

 Fagocitam o citoplasma
Sistema reprodutor feminino
Órgãos externos- clitóris, lábios ( pequenos e grades) e orifício genital. A este conjunto chama-se vulva.

Órgãos internos- ovários, vias genitais : vagina, útero e as trompas de falópio.

Gónadas femininos – produzem os Onde circulam os gâmetas onde ocorre fecundação


gâmetas femininos – oócito ( neste caso os oócitos )

onde se fixa o embrião, durante a gestação

É composto por duas camadas: Medula / zona medular – camada interna irrigada por vasos sanguíneos
Cortéx / zona cortical – camada externa onde se dá a oogénese

Aqui, é possível observar os folículos ováricos - célula germinativa ( oócito em formação) rodeada por células foliculares que alimentam e
protegem a célula germinativa.

Os folículos podem ser classificado quanto ao seu estado de desenvolvimento:

1. Folículo primordial : constituido por uma célula germinativa ( oócito I), rodeada por céluas foliculares achatadas. No nascimento há uma
quantidade muito menor destes folículos. A partir da puberdade e uma vez por mês, 4/5 folículos primordiais começam a crescer dentro de
um dos ovários.

 oócito I aumenta de volume


2. Folículo primário :  proliferação das células foliculares formando uma camada contínua

 oócito I continua a aumentar de volume


3. Folículo secundário :  proliferação das células foliculares formando a camada granulosa
 Entre o oócito I e a camada granulosa forma-se uma camada acelular – zona pelúcida
 Cama de células mais escuras que rodeiam o folículo – teca

 Oócito I já se dividiu
 Cavidades existentes na camada granulosa originam uma grande cavidade com um líquido folicular- cavidade folicular,
4. Folículo maduro ou de Graaf:
que é rodeada por uma camada granulosa que inclui células que rodeiam o oócito II
 O crescimento do folículo de Graaf acaba por causar a sua rutura e libertar o oócito II- ovulação

5. Corpo lúteo/ corpo amarelo  Após a ovulação, a parede do ovário cicatriza e as células continuam a proliferar-se adquirindo uma função secretora. O
citoplasma das células é amarelo devido a um pigmento aí presente. A este conjunto de células dá-se o nome de corpo
amarelo/corpo lúteo, que em caso de fecundação permanece ativo durante 3 meses

Oogénese – ocorre nos ovários, no córtex, e tem início ainda durante o desenvolvimento embrionário da mulher.
É dividida em 3 fases:
Multiplicação/proliferativa - Durante o desenvolvimento embrionário
As células germinativas – oogónias – multiplicam-se por mitoses sucessivas.

Fase de crescimento - Durante o desenvolvimento embrionário


As oogónias aumenta de volume devido a acumulação de substâncias de reserva,originado o oócito I que é rodeado de células foliculares,
constituindo o folículo primordial. Os oócitos I inciam a maturação : a meiose I, que se interrompe em prófase I

Período de repouso - Desde o nascimento até a puberdade


Os folículos primordiais que contêm os oócitos em prófase I, permanecem inativos

Fase de maturação - Desde a puberdade até á menopausa


Os ovários entram de novo em atividade e os folículos primordiais contendo os oócitos I começam a desenvolver-se, de forma cíclica ( mensalmente).Este
desenvolvimento do folículo primordial inclui o folículo primário, seguido do secundário e por último do folículo maduro ( De graaf).

Nesta altura, o oóctio I, que se encontrava em profase I, continua a meiose I e origina duas células haploides desiguais : uma maior, o oócito II, e uma de
menor tamanho, o 1º glóbulo polar. Esta diferença de tamanho deve-se uma citocinese desigual ( divisão de citoplasma desigual).

Após a rotura do folículo maduro, ocorre a ovulação - libertação do oóctio II, em metafase II ( meiose II) para as trompas de falópio devido à rotura do
folículo, o que causa abertura no ovário
Se não ocorrer fecundação o oócito II é eliminado, porém se ocorrer é concluida a segunda divisão da meiose e são também originadas duas células
desiguais: uma de grande tamanho : o óvulo maduro, e uma mais pequena que acaba por degenerar, o 2º glóbulo polar.
Fecundação - no ser humano é interna
Oócito II encontra-se envolvido por camada formada por proteínas e glícidos ( zona pelúcida ) e por células folículares, e por isso o espermatozoide tem de
passar por estas camadas para fertilizar o gâmeta feminino, porém antes disso há um conjunto de outras etapas que o espermatozoide tem de passar:

 Acidez da vagina

 Muco do colo do útero

 Glóbulos brancos

 50% dos que restam vão para a trompa errada

 Cílios que transportam o oócito II nas trompas de falópio

1. Espermatozoide ultrapassa as células foliculares e atinge zona pelúcida, ocorrendo a reação acrossómica - libertação por exocitose de enzimas que digerem
a zona pelúcida, permitindo a fusão da menbrana do espermatozoide com a menbrana do oócito 2 e a penetração do espermatozoide, mas já sem o flagelo.

2. Após a penetração do espermatozoide:

 O oócito II completa a segunda divião meiótica ( formando-se o óvulo e o 2º glóbulo polar )

 São libertadas substâncias pelos grânulos corticais – vesículas do citoplasma do oócito, para a região adjacente à zona pelúcida para formar uma
camada impermeável (membrana de fecundação) a outros espermatozoides.
Nota:

Esta camada evita a “ polispermia” penetração de mais do que um espermatozoide ( que deixa o desenvolvimento
do ovo inviável)

3. Núcleos do óocito e espermatozoide aumentam originando o pró núcleo feminino e o pró núcleo masculino, respetivamente.

4. Os dois pró-núcleos haploides aproxima-se um do outro e fundem as menbranas, o que permite a cariogamia – mistura dos cromossomas de origem materna
e paterna. O ovo fica 46 cromossomas, 23 de cada gâmeta e só é considerada concluida a fecundação quando se dá este fenómeno.

Regulação hormonal
Hormonas envolvidas na regulação da reprodução são segregadas nas gónadas, mas também a nível encefálico : na hipófise e no hipotálamo

 Lóbulo anterior, de natureza glandular, que produz hormonas


 A hipófise é uma glândula situada na base do encéfalo, constituída por dois lóbulos:
 Lóbulo posterior, de natureza nervosa

 O hipotálamo está relacionado diretamente com a hipófise pelo facto de a estimular com as hormonas que produz: hormonas hipotalâmicas, também a
estimular hormonas, as gónadatropinas/hipofisárias, que controlam a síntese de hormonas nos gónadas.

Ao conjunto deste dois órgãos dá-se o nome de complexo hipotálamo-hipófise.

Controlo hormonal no homem

Hipotálamo produz hormonas designadas GnHr ( hormonas hipotalâmicas ) que estimulam o lóbulo anterior da hipófise a produzir FSH e LH ( hormonas
gonadotrópicas ) que atuam em células nos testículos:  Células de Leydig captam LH do sangue para produzir testosterona
 Células de Sertoli captam FSH, que juntamente com a testosterona o que as permite
desempenhar as suas funções

Na puberdade a produção de testosterona torna-se regular e aumenta, sendo por isso responsável pelo aparecimento de caracteres sexuais secundários.

A testosterona está presente no sangue e é regulada por um mecanismo chamado retroalimentação/feedbak negativo – quando há uma elevada concentração
de testosterona no sangue, o hipotálamo reduz a produção de GnRH, o que inibe a hipófise de produzir hormonas gonadotrópicas e por sua vez há uma
diminuição da produção de testosterona.
Controlo hormonal na mulher – é mais complexa do que nos homens dado que não é contínua

Ciclo ovárico

Ocorre alternadamente em cada um dos ovários, em ciclos de 28 dias


É caracterizado pela evolução de um folículo e ocorre em duas fases :

Fase Folicular Fase luteínica

 Crescimento de alguns folícuos primordiais, dos quais  Após a ovulação, há a formação do corpo lúteo/ corpo
apenas um atinge a maturação e os outros degeneram. amarelo, que degenera no caso de não haver
fecundação
 Esta fase termina com a ovulação
 Caso ocorra fecundação, o corpo amarelo fica ativo
durante 3 meses

Ciclo uterino / menstrual

Ocorre em ciclos de 28 dias


É caracterizado pelas alterações ao nível do endométrio, induzidas pela progesterona e estrogénio, e ocorre em 3 fases :

Fase menstrual
Caso não ocorra fecundação no ciclo anterior , o corpo amarelo degenera e deixa de secretar progesterona e estrogénios. A diminuição da concentração destas
hormonas provoca a destruição de grande parte da camada do endométrio, o que juntamente com o sangue se denomina menstruação que dura 5 dias

Fase proliferativa
 Entre o 5º e o 14º dia, ocorre uma proliferação das células do endométrio, fazendo com que esta mucosa se va regenerando e vascularizando até atingir
cerca de 6 mm de espessura.

 A fase proliferativa é simultânea à fase folicular do ovário já que no final desta fase ocorre a ovulação

Fase secretora
 Entre o 14º e o 28º dia, o endométrio atinge a espessura máxima, ficando mais vascularizado e desenvolve glândulas qu e secretam um muco rico em
glicogénio

 A fase secretora é simultânea à fase luteínica do ovário

 Se não houver fecundação, ao 28º dia renicia-se um novo ciclo, com o aparecimento da nova mesntruação

Regulação hormonal

O ciclo uterino e o ciclo ovárico têm de estar sincronizados para estarem preparados para uma possível implantação do embrião.
A regulação hormonal é dividida em 3 fases:

Fase pré-ovulatória

 No início de cada ciclo, a hipotálamo secreta GnRH que induz a hipófise a secretar as hormonas LH e FSH, porém as células foliculares só possuem recetores para
a FSH, que estimula estas células a secretar os estrogénios bem como o desenvolvimento dos folículos. Como há um pequeno aumento da concentração de
hormonas, o feedbak é negativo, inibindo-se produção de GnRH e por isso FSH e LH

 Porém, isto não tem qualquer consequência, pois com a proliferação das células foliculares, há um aumento abrupto da quantidade de estrogénios, e em vez de se
dar feedback negativo, dá-se o feedbak positivo – pico de estrogénios induz aumento da producao de LH e FSH

Fase de ovulação
Nota: o aumento de estrogénios na fase folicular também provoca o aumento da espessura do endométrio
 Folículos já possuem recetores para o LH e como ocorre um feedback positivo, ao aumentar os estrogénios, aumenta também a produção de LH, o que induz a
maturação do folículo e a ovulação, pois o folículo de Graaf já tem recetores para LH

Fase pós-ovulatória
Gestação e nidação
 Após a ovulação, a hormona LH induz à formação do corpo lúteo, que duratne a fase luteínica, devido a estimulação do LH produz além de estrogénios,
progesterona. Aqui as paredes do endométrio estão com espessura máxima

 Pelo facto de ser um aumento combinado de estrogénios e progesterona, o feedback é negativo, inibindo a secreção se GnRH.

 No fim da fase luteínica, o corpo amarelo degenera-se e por isso há uma queda abrupta dos níveis de estrogénios e progesterona, fazendo com que a hipófise volte
a segregar FSH em quantidades suficientes para estimular o crescimento de novos folículos no ovário no próximo ciclo
Gestação – período de desenvolvimento do embrião no interior do corpo materno, que dura 40 semanas em média

1º e 2º semana – mulher ainda não está grávida, e dá-se a nidação – implantação do embrião no endométrio

3º semana – formação do blastómero, por mitoses sucessivas do ovo – composto por diversas células que vão dar origem ao bébé aos anexos
embrionários

 Âmnio – produz o líquido amniótico que envolve o bebé

 Placenta – resulta da fusão das células com o endométrio e tem


como função fornecer nutrientes e oxigénio ao bebé. Assume
também a função do corpo amarelo.

 Cordão umbilical – faz a conexão da placenta ao bebé

10º semana - o feto forma-se com todos os órgãos e osso

Contraceção – uso de métodos que permitem evitar a gravidez e planear adequadamente a altura de ter um filho
Contraceção hormonal - Objetivo: impedir a ovulação, modificando o funcionamento normal das gónadas.
Contraceção hormonal combinada
Pílula combinada – associação de estrogénios e progestativos sintéticos

Responsável pelo controlo do ciclo Responsável pelo efeito contracetivo

1. Monofásicas – a dose e igual em todo o ciclo - Toma - 21 dias, com um intervalo de 7 dias para que ocorra menstruação,
uma vez que ao para de tomar, a diminuição das concentrações das hormonas ováricas tem o mesmo efeito da
degeneração do corpo amarelo.

2. Bifásicas – existem duas fases, a primeira com mais estrogénio e a segunda com mais progesterona (igual ao ciclo) - Toma
– 21 comprimidos de pilula e 7 de placebo

3. Trifásicas - existem 3 fases - Toma – 24 comprimidos de pilula e 4 de placebo

Anel vaginal - Duração - 21 dias com um intervalo de 7 dias para que ocorra menstruação.
A via é tansdérmica
Adesivo transdérmico – Duração - 21 dias com um intervalo de 7 dias para que ocorra menstruação

Este tipo de contraceção combinada tem 3 ações:

 Com o aumento dos estrogénios e progestativos, proporcionado pela toma da pílula, gerar-se-á um feedback negativo, que faz o hipotálamo
produzir uma quantidade menor de hormonas hipotalâmicas, o que consequentemente fará a hipófise anterior produzir as hormonas
hipofisárias LH e FSH também em menor quantidade. Assim, os folículos (que ainda só têm recetor para o FSH) não serão estimulados como
num ciclo normal, e por isso não haverá a proliferação de células foliculares responsáveis por secretar estrogénios, mantendo os níveis do
mesmo constantes. Sem haver o pico de estrogénios, também não haverá o pico de LH, não sendo assim estimulada a ocorrência de ovulação

 Como não há estes picos, o endométrio nunca atinge a máxima espessura e assim o fluxo menstrual é menor

 Também é dificultada a passagem dos espermatozoides pois o muco presente no colo uterino fica mais espesso

Aumenta a concentração dos estrogénios e progestativos, mas mantem-na constante, fazendo com que a concentração de LH e FSH seja
mínima. Pelo facto de as concentrações serem constantes, é impedido o pico de estrogénios, consequentemente impedindo o pico de LH e
assim a ovulação.
Contraceção hormonal progestativa - não utiliza estrogénio
Pílula progestativa- como só contém progestativos, a eficácia não é tão grande como na combinada, porém reduz os efeitos
colaterais sendo utilizada em períodos de amamentação (pós-parto)

Toma- diária sem interrupção

Injeção trimestral - Duração – de 3 em 3 meses

Implante subcutâneo – Duração de 3 em 3 anos

Nota:

Como não há interrupção nestes casos, a menstruação ocorre de forma muito reduzida ou pode mesmo não ocorrer, porem isso não é um
problema grave pois o endométrio quase não se desenvolveu

Contraceção intrauterina
Objetivo: impedir a nidação

Duração – Diu- 10 anos, Siu - 3 a 5 anos

Existem dois tipos:

Siu Diu
Dispositivo inserido de contraceção hormonal que liberta Dispositivo inserido de contraceção não hormonal,
hormonas do tipo progestativo e impede a penetração dos constituído por cobre, que impede o desenvolvimento
espermatozoides pois impede a ovulação do endométrio e a passagem dos espermatozoides.

Métodos de barreira
Objetivo: impedir o encontro dos gâmetas

Tipos: preservativo masculino e preservativo feminino

São feitos de látex e podem ser usados com outros métodos contracetivos.

Vantagem: São o único método contracetivo que impede a transmissão de infeções sexualmente transmissíveis- IST

Desvantagem: O látex poder causar reações alérgicas


Métodos contracetivos naturais
Coito interrompido – consiste na remoção do pénis da vagina antes da ejaculação.

É bastante falível pois as secreções que precedem a


ejaculação podem conter espermatozoides e é
necessário muito autocontrolo por parte do homem

Métodos baseados no período fértil/métodos de abstinência periódica- baseiam-se no conhecimento da data da


ovulação e sobrevivência dos gametas de forma a praticar abstinência sexual.

Método do calendário – tendo em conta os últimos seis ciclos, calcula-se o período fértil subtraindo 11
dias ao ciclo mais longo e 18 dias ao ciclo mais curto (desses 6 meses).
 Baseados na duração
do ciclo menstrual Método dos dias standard- define um período fértil do 8º aos 19º dias, unicamente para mulheres com
ciclos de 26 a 32 (ciclos regulares)

Método da temperatura basal- consiste na medição da temperatura todos os dias ao acordar, no mesmo
local, e caso esta aumente 0,5 oC, é sinal que ocorreu ovulação e iniciou o período fértil da mulher.

 Baseados na identificação Método do muco cervical – consiste em analisar diariamente a elasticidade do muco, retirando-o da
de sinais ou sintomas vagina com dois dedos. No período fértil o muco aumenta a elasticidade chegando a atingir 15 a 20 cm,
sinal que é necessário evitar a prática de relações desprotegidas.
Método sintotérmico – combina o método do muco e o método da temperatura basal, analisando-se
ambos diariamente.

Contraceção definitiva
Objetivo: impedir permanentemente a libertação de gâmetas através de esterilização cirúrgica

Vasectomia - consiste no corte dos canais deferentes, sem afetar os testículos, de forma a impedir que os espermatozoides passem para a
uretra. Continua a haver ejaculação, porém sem os espermatozoides

Laqueação tubária - consiste em amarrar uma parte das trompas de Falópio de forma a impedir que os óvulos cheguem ao útero

Contraceção de emergência
É único método contracetivo que é usado após a relação sexual.

Constitui um recurso importante em casos de violação e relações sexuais não protegidas e previne até 95% de gestações se for
usada num intervalo de 5 dias após a relação. Existem 3 métodos de emergência:

- Recurso a DIU - impedir a nidação


Existem 3 tipos: - Contracetivo Oral de acetato de ulipristal - impedir a ovulação

- Progestativo oral - impedir a ovulação


Vantagens e desvantagens
Vantagens Desvantagens

Contraceção hormonal

 reversíveis, eficazes, seguros  Não protegem contra IST

 não interferem no ato sexual,  Necessitam de orientação médica

 tornam hemorragias mais curtas e menos dolorosas  CHC provoca efeitos colaterais

 Contraceção hormonal oral pode melhorar acne  Anel vaginal pode provocar irritação vaginal

Contraceção intrauterina

 reversíveis, eficazes, seguros


 Não protegem contra IST

 não interferem no ato sexual


 É necessário um profissional para inserção e
remoção
 longa duração por isso não é necessário
compromisso diário ou mensal

Métodos de barreira

 reversíveis, eficazes, seguros

 Protegem contra ISTs  Látex pode provocar reações alérgicas

 Podem ser utilizados com outros métodos contracetivos

 Não é necessária orientação médica

Métodos naturais

 Requer um longo período de abstinência

 Imediatamente reversíveis
 Necessita de atenção diária

 Não causam efeitos fisicos


 Não é adequado a adolescentes por terem ciclos irregulares

 É necessário ter conhecimento de ciclos anteriores para identificar o período fértil

Contraceção definitiva

 Requer um profissional treinado para realizar a cirurgia


 Seguro e eficaz

 É irreversível
 Não interfere como ato seuxal

 Não protege com ISTs

Contraceção de emergência

 Pode ser usado após a relação  Não protege contra ISts

 Constitui um recurso importante em casos de violação e relações  Não é eficar se a gravidez estiver em curso
sexuais não protegidas
Infertilidade humana
A infertilidade é definida como a incapacidade de conseguir uma gravidez após doze meses de relações suxais regulares e desprotegidas. Esta
pode ter origem tanto masculina como feminina.

Principais causas da Infertilidade masculina


Alterações na quantidade de espermatozoides
Oligospermia - quantidade reduzida de espermatozoides no esperma (número inferior a 15 milhões por ml)

Azoospermia – ausência de espermatozoides no esperma

Azoospermia secretora – não há produção de espermatozoides

Azoospermia obstrutiva – os testículos produzem espermatozoides, mas as vias genitais que os transportam até á uretra estão
obstruídas

Principais razões para oligospermia ou azoospermia:

 Disfunções hormonais- produção insuficiente das hormonas LH/FSH/ testosterona

 Causas genéticas Nota


 Anomalias no testículo Espermograma – teste que permite a análise de esperma : quantidade de
espermatozoides e morfologia
 Consumo de álcool ou drogas

 Exposição a radiação

 ISTs

 Temperatura elevada durante a espermatogénese

Criptorquidismo – quando os testículos não descem para dentro do escroto, permanecendo na cavidade abdominal

Varicocelo – veia no escroto que produz calor e impede a maturação dos espermatozoides. Varizes dilatadas concentram mais
sangue e por isso elevam a temperatura

Alterações na morfologia e mobilidade de espermatozoides


Teratozoospermia- anomalia a nível da morfologia

Morfologia anormal geralmente causa anomalias a nível da mobilidade

Astenozoospermia. - Anomalia a nível da mobilidade

As causas são exposição a tóxicos, presença de leucócitos no esperma, causas genéticas …

Anomalias morfológicas:

 Anomalia no acrossoma- compromete a capacidade de penetrar na zona pelúcida

 Anomalia no segmento intermédio – compromete a mobilidade, devido a número anormal de mitocôndrias e energia produzida

 Anomalia na cauda – compromete a mobilidade, pois cauda pequena não permite percorrer longas distâncias e cauda grande torna pesado.

Problemas de ejaculação
Ausência de ejaculação devido a doenças ou ejaculação retrógrada: esperma vai para a bexiga em vez de ir para a uretra

Principais causas da Infertilidade feminina


Distúrbios ováricos
 Alterações hormonais – secreção insuficiente de LH e FSH
Há uma falta de ovulação (anovulação) devido a:
 Síndrome do ovário policístico – ovário apresenta quistos que resultam da
produção de testosterona e impedem o desenvolvimento dos folículos.
Estes desaparecem com cirurgia ou baixando os níveis de testosterona

Distúrbios tubários
Interrupção parcial ou total das trompas de Falópio devido obstrução tubaria, o que impede o encontro dos gâmetas e assim impedindo a
fecundação.

Este bloqueio pode ser causado por ISTs ou cirurgias e tem o mesmo efeito que a laqueação tubária.

Distúrbios uterinos
Endometriose – presença de focos de epitélio que normalmente revestem o endométrio, porém fora da sua localização normal, podendo afetar
as trompas, os ovários e superfície externa do útero.

Estes focos causam cicatrização e adesão, colando órgãos e obstruindo as trompas, o que dificulta a gravidez

Miomas uterinos - tumores benignos que se desenvolvem dentro ou fora do útero que dificultam o acesso dos espermatozoides ao oócito e,
bem como a implantação do embrião

Útero septado - caso muito raro no qual o útero está dividido

Distúrbios cervicais
Em condições normais o muco cervical favorece a progressão dos espermatozoides, porém este pode estar demasiado viscoso criando uma
barreira a passagem dos espermatozoides, ou contendo anticorpos que matam os espermatozoides

Distúrbios endócrinos
Desequilíbrios de hormonas reprodutivas ou hipofisárias
Procriação medicamente assistida (PMA)
Técnicas de reprodução assistida – tratamentos ou procedimentos que incluem manipulação in vitro de oócitos, espermatozoides, zigotos e
embriões, com a finalidade de conseguir uma gravidez.

Inseminação intrauterina

Consiste na introdução de uma amostra de esperma (lavado para caso existam ISTs) no útero da mulher ou na altura da ovulação
ou induzindo-se a ovulação através de hormonas sintéticas.

É um processo breve e indolor

Quando é usada?

 Quando espermatozoides não conseguem atingir as trompas, devido a motilidade reduzida, baixa quantidade, problemas na
morfologia, problemas na ejaculação.

 Casos de obstrução ou vasectomia

 Quando o muco cervical esta mais espesso ou é inexistente

Fertilização in vitro ou IVF

Consiste na recolha de oócitos e espermatozoides, união dos dois em laboratório e introdução dos embriões no útero

Obtenção dos oócitos

Previamente, administra-se à mulher hormonas que estimulam o crescimento dos folículos e assim a formação de mais do que
um oócito pelo ovário. Seguidamente um ou mais são recolhidos por laparoscopia ou passando uma agulha através da parede
vagina.

Obtenção dos espermatozoides

Numa situação normal obtém-se os espermatozoides através de uma ejaculação. Caso as vias estejam obstruídas através de
uma aspiração.

Depois os gâmetas masculinos e femininos são misturados e a fecundação ocorre em ambiente extracorporal. Os zigotos
continuam a ser incubados até que se dê a segmentação ( divisão das células até ao estado de blastómero)

A mulher toma progesterona que promove o desenvolvimento do útero de maneira a que possa haver a nidação

O procedimento completa-se com a transferência do embrião ou embriões (no estado de 2 a 8 células) para o útero, para que
se possam desenvolver.

Quando é usada?

 Todas as situações acima

 Obstrução ou ausência bilateral de trompas de Falópio, com útero e ovários normais

 Endometriose

 Menopausa precoce, utilizando oócitos doados

 Caso mulher não tenha útero, ou incapaz de suportar uma gravidez, pode recorrer a IFV seguida de uma implantação do
embrião no útero de uma gestante de substituição
Injeção intracitoplasmática de espermatozoides/ ICSI

Esta técnica consiste na microinjeção de um único espermatozoide diretamente no citoplasma de um oócito. Seguidamente
o embrião é implantado segundo a mesma técnica do IVF.

Esta técnica permite escolher o espermatozoide a utilizar,

Quando é usada?

 Todas as situações acima

 Quando há anomalias na zona pelúcida do oócito que dificultam a entrada do espermatozoide

 Quando há ejaculação retrógrada, grande parte dos espermatozoides morre devido ao ph acido da urina, sendo
necessário introduzir um diretamente no oócito

Transferência de gametas ou GIFT

Técnica que consiste na obtenção dos gâmetas, para depois transferi-los para o interior das trompas de modo a que ocorra a
fecundação in vivo

Transferência intratubária de zigotos ou ZIFT

Técnica igual à Fertilização in vitro, com a diferença que são transferidos zigotos por laparoscopia, em vez de embriões

Além destas técnicas, existem também outras técnicas acessórias:

Crioconservação de gametas e de embriões


Conservação de espermatozoides e embriões por congelação a baixas temperaturas, com nitrogénio líquido. Ainda não possível,
porém, conservar oócitos.

Diagnóstico genético ou pré-implantatório ou PGD


Consiste na extração de único blastómero de um embrião de 6 a 8 células, sem o danificar, de modo a efetuar o rastreio de
embriões aneuploides, ou seja, com alterações no seu número de cromossomas, ao contrário dos euploides, com 46.

Como são introduzidos mais do que um embrião, há maior probabilidade de ocorrer uma gravidez múltipla
Transmissão de características hereditárias
Mendel desenvolveu estudos sobre a transmissão das características hereditárias. Este escolheu a espécie Pisum sativum,
ervilheiras, dado que estas plantas reuniam um conjunto de características que se adequavam ao trabalho que ele pretendia
desenvolver:

 Apresentam um conjunto de características bem diferenciadas e constantes e

 Cultivam-se facilmente, originando várias gerações com um elevado numero de descendentes, num curto intervalo de
tempo

 As flores possuem estames - órgãos sexuais masculinos e carpelos- órgãos sexuais femininos, o que permite a
autopolinização

 A fecundação pode ser realizada de forma controlada (polinização cruzada)

Em que consiste o seu trabalho?

1. No início Mendel cruzava ervilheiras idênticas em relação a uma determinada característica, durante varias gerações,
eliminando sucessivamente aquelas que surgiam com uma variação a essa característica.

Assim, criava linhas puras, ou seja, uma linha de gerações com plantas que, quando autopolinizadas, originam uma
descendência igual entre si e igual aos progenitores (consoante a característica que era pretendida estudar).

2. Após a obtenção das linhas, Mendel efetuou cruzamentos parentais – cruzamentos de indivíduos de linhas puras mas com
a característica que pretendia estudar contrária, como por exemplo dois indivíduos cuja cor da corola de um era branca, e
a do outro púrpura.

Para que ocorra a polinização cruzada, removem-se os estames, numa fase onde ainda não são capazes de produzir grãos
de pólen, e posteriormente fertiliza-se a planta com o pólen proveniente de outra, com por exemplo um pincel

Monoibridismo – estudo da transmissão de apenas uma característica

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