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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas


Curso de Psicologia

ISABELLY BRAGA DE BARROS – G18JHH3

JÚLIA BATISTA ALBUQUERQUE PINHEIRO – N701BG2

EFEITOS DE INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL INTENSIVA REALIZADA POR


MEIO DA CAPACITAÇÃO DE CUIDADORES DE CRIANÇA COM AUTISMO

Campus Chácara II
São Paulo – 2024
ISABELLY BRAGA DE BARROS – G18JHH3

JÚLIA BATISTA ALBUQUERQUE PINHEIRO – N701BG2

EFEITOS DE INTERVENÇÃO COMPORTAMENTAL INTENSIVA REALIZADA POR


MEIO DA CAPACITAÇÃO DE CUIDADORES DE CRIANÇA COM AUTISMO

Fichamento apresentado no curso de graduação na


Universidade Paulista para obtenção de nota no curso de
psicologia. Orientador: Edna A. Macedo

Campus Chácara II

São Paulo – 2024


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GOMES, Camila Graciella Santos; SOUZA, Deisy das Graças de; SILVEIRA, Analice
Dutra; RATES, Aline Chaves; PAIVA, Gabrielle Chequer de Castro; CASTRO, Natália
Paiva de. Efeitos de Intervenção Comportamental Intensiva Realizada por Meio da
Capacitação de Cuidadores de Crianças com Autismo. Psicologia: Teoria e
Pesquisa, [S. l.], v. 35, fev. 2019. DOI: 10.1590/0102.3772e3523.
Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/23259.
Acesso em: 1 abr. 2024.

A pesquisa tem como objetivo principal avaliar os impactos da Intervenção


Comportamental Intensiva (ICI), realizada por cuidadores (pais, estagiários ou babás)
capacitados no desenvolvimento de crianças com autismo no contexto brasileiro. Os
pesquisadores utilizaram três instrumentos de avaliação: o Inventário Portage
Operacionalizado (IPO), o Perfil Psicoeducacional Revisado (PEP-R) e a Childhood
Autism Rating Scale (CARS).
A amostra do estudo consistiu em 32 crianças diagnosticadas com transtorno
do espectro autista atendidas no Centro de Estudos e Intervenção para o
Desenvolvimento Humano (CEI) entre 2011 e 2015. As crianças foram divididas em
dois grupos para análise. O Grupo 1 era composto por 20 meninos e 2 meninas, com
idades variando entre 1 ano e 3 meses e 11 anos e 4 meses, que completaram um
ano de ICI. Já o Grupo 2 era composto por 9 meninos e 2 meninas, com idades entre
2 anos e 5 meses e 12 anos e 5 meses, que não participaram da ICI devido a
desistências ou falta de adesão ao tratamento.
No Grupo 1 houve um aumento significativo na proporção de crianças que
desenvolveram habilidades de fala, além de uma redução considerável nos sintomas
de autismo, conforme medido pela escala CARS. Por outro lado, no Grupo 2, que não
recebeu ICI, observou-se um aumento nos sintomas de autismo. Embora o PEP-R
não tenha demonstrado ganhos no desenvolvimento, o IPO mostrou um avanço médio
de 7 meses na pontuação.
Além disso, verificou-se que as crianças que receberam a intervenção com
estagiários apresentaram os maiores ganhos no desenvolvimento, seguidas pelas
cuidadas pelos pais, enquanto aquelas cuidadas por babás mostraram ganhos mais
baixos, indicando a necessidade de se capacitar melhor esses cuidadores. Embora o
PEP-R não tenha demonstrado ganhos no desenvolvimento, o IPO mostrou um
avanço médio de 7 meses na pontuação.
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Ademais os dados não indicaram uma correlação entre o número de horas e o


desempenho dos participantes e nem entre o desempenho e o número de programas
de ensino.

Horas de intervenção não significa necessariamente que a criança está tendo


a intervenção adequada; variáveis relacionadas à estrutura da intervenção, à
orientação aos cuidadores, aos procedimentos de ensino, correção,
manutenção e generalização podem comprometer os resultados (GOMES et
al., 2019, p. 11).

A idade da criança no início da intervenção surgiu como um aspecto crucial,


evidenciando que resultados mais favoráveis foram alcançados em crianças mais
jovens, especialmente aquelas com menos de 4 anos.
Os resultados indicam que a Intervenção Comportamental Intensiva (ICI),
conduzida por cuidadores e supervisionada por profissionais especializados, resultou
em avanços consideráveis em todas as áreas de desenvolvimento das crianças com
autismo durante o primeiro ano de intervenção. Por outro lado, as crianças do grupo
que não recebeu essa intervenção mostraram progressos menos notáveis.
É crucial considerar as áreas específicas do desenvolvimento afetadas pelo
autismo ao planejar e avaliar a intervenção. Além disso, a qualidade e a estrutura da
intervenção, juntamente com a orientação aos cuidadores e a implementação de
procedimentos de ensino, correção, manutenção e generalização, desempenham um
papel fundamental nos resultados obtidos.
Os resultados deste estudo são promissores, sugerindo uma melhoria
significativa no desenvolvimento das crianças brasileiras que participaram da
intervenção. Desta forma contribuindo para o entendimento de fatores que influenciam
no sucesso das intervenções comportamentais intensivas na melhoraria dos
resultados no tratamento do autismo.

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