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Sumário
Introdução ........................................................................................................ 3
Pré-História .................................................................................................. 4
Período dos pródromos da psicanálise ........................................................ 5
Psicanálise como Ciência ................................................................................ 9
Teoria do Trauma......................................................................................... 9
Teoria Topográfica ..................................................................................... 11
Teoria Estrutural......................................................................................... 12
Conceituações sobre o Narcisismo ............................................................ 13
Dissociação do Ego ................................................................................... 14
A escola de Psicanálise Freudiana ................................................................ 15
Wilhelm Reich......................................................................................... 19
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 30
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NOSSA HISTÓRIA
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Psicanálise
Introdução
Todo texto psicanalítico, quer seja ele de natureza teórica ou técnica, para
adquirir um significado vivencial e uma ressonância empática com o autor e o assunto,
necessita ser lido dentro de um contexto histórico-evolutivo, social, cultural e científico
no qual está inserido.
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Pré-História
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passou para a história com a denominação de mesmerismo, podendo ser considerado
o precursor (um século antes) do hipnotismo.
Em 1856, nascia Sigmund Freud que, aos 17 anos, iniciou a sua formação
médica em Viena, onde se destacou como um aluno e estagiário brilhante. Sendo que
muito cedo ele demonstrou a centelha do gênio no campo da investigação que o levou
à descoberta da estrutura gonadal das enguias e, mais tarde, no campo da fisiologia,
com os seus estudos sobre o sistema nervoso de certos peixes. Aliás, indo além de
uma mera coincidência, podemos inferir que o seu interesse pela estrutura “gonadal”
e pelo “sistema nervoso” já prenunciava que a descoberta da psicanálise palmilharia
estes caminhos da sexualidade e do psiquismo provindo do sistema nervoso, como
ele julgava nos primeiros tempos.
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Um pouco mais tarde, em 1891, publicou um livro sobre Aphasia e, em 1895,
divulgou os seus estudos sobre “paralisias cerebrais infantis”, sendo que ambos o
conceituaram como pesquisador e neurólogo. A medicina desta época era quase que
inteiramente assentada em bases biológicas, muito pouco interessada na psicologia
que então era entregue aos filósofos, sendo que a nascente psiquiatria não passava
de um ramo da neurologia.
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série de ocorrências traumáticas ocorridas num passado remoto, obtendo com isto
um grande alívio sintomático, e Breuer denominou este novo método terápico de
catarse, ou ab-reação (também é conhecido com o nome de talking cure, porque
assim Ana O. se referia a ele). Quando essa paciente produziu histericamente uma
gravidez imaginária, Breuer ficou muito assustado (ainda não era conhecido o
fenômeno da transferência) e providenciou uma viagem como meio de fugir dessa tão
incômoda situação que, inclusive, estava a ameaçar o seu casamento.
Muito cedo, Freud deu-se conta de que era um mau hipnotizador e por isso
resolveu experimentar a possibilidade de que a “livre associação de ideias”,
conseguida pelo hipnotismo, também pudesse ser obtida com as pacientes despertas.
Para tanto, passou a utilizar um método coercitivo, convidando as pacientes a
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deitarem-se no divã ao mesmo tempo em que, com insistentes estímulos e
pressionando a fronte delas com os seus dedos, obrigava-as a associarem
“livremente”. Tudo Isso, como uma tentativa de recordarem o trauma que realmente
teria acontecido, mas que estaria esquecido, devido à repressão.
Graças à paciente Elisabeth Von R. que repreendeu Freud para que deixasse
de importuná-la porque, ela assegurava-lhe, sem pressão associaria mais livremente
e melhor. Neste ínterim, é que ele ficou convencido de que as barreiras contra o
recordar e associar provinham de forças mais profundas, inconscientes, e que
funcionavam como verdadeiras resistências involuntárias. Isto se constituiu como
uma marcante ruptura epistemológica, porquanto Freud começou a cogitar que essas
resistências correspondiam a repressões daquilo que estava proibido de ser
lembrado, não só dos traumas sexuais realmente acontecidos, mas também daqueles
que foram fruto de fantasias reprimidas.
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Psicanálise como Ciência
Teoria do Trauma
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fato de que a energia sexual era impedida de expandir-se através de sua saída natural
e fluía, então, para outros órgãos, ficando restringida ou contida em certos pontos e
manifestando-se através de sintomas vá- rios.
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Teoria Topográfica
A teoria anterior perdurou até 1897, quando então Freud deu-se conta de que
a teoria do trauma era insuficiente para explicar tudo, e que os relatos das suas
pacientes histéricas não traduziam a verdade factual; mas sim que eles estavam
contaminados com as fantasias inconscientes que provinham de seus desejos
proibidos e ocultos. Daí, ele propôs a divisão da mente em três “lugares” (a palavra
“lugar”, em grego, é “topos”, daí teoria topográfica). A estes diferentes lugares ele
denominou: Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente, sendo que o paradigma
técnico passou a ser: “tornar consciente o que estiver no inconsciente”.
A propósito, essa fase teórica de Freud pode ser resumida com a sua afirmativa
de que “todo sonho, e sintoma, tem um umbigo que conduz ao desconhecido do
inconsciente”, sendo que, pode-se acrescentar, é a descoberta do significado
simbólico dos sonhos e sintomas que inaugura a psicanálise como ciência
propriamente dita.
A partir do seu fracasso com a análise de “Dora” – escrito em 1901, mas que
somente foi publicado em 1905, por razões de sigilo profissional –, Freud obrigou-se
a fazer profundas reflexões, sendo que ele chegou a afirmar que, desde então, a
técnica psicanalítica foi profundamente transformada. Pode-se dizer que as principais
transformações que se processaram nessa época foram:
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d) o analista substituiu a atitude de comportar-se como um investigador ativo e
diretivo por uma atitude mais compreensiva da dinâmica do sofrimento do analisando;
Teoria Estrutural
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a estrutura tripartite, composta pelas instâncias do id (com as respectivas pulsões),
do ego (com o seu conjunto de funções e de representações) e do superego (com as
ameaças, castigos, etc.). O paradigma técnico da psicanálise foi formulado por Freud
como: “onde houver id (e superego), o ego deve estar”.
Embora não tenha sido formulado como uma teoria, os estudos de Freud sobre
o narcisismo abriram as portas para uma mais profunda compreensão do psiquismo
primitivo e constituíram-se como sementes que continuam germinando e propiciando
inúmeros vértices de abordagem por parte de autores de todas correntes
psicanalíticas. De acordo com o pensamento mais vigente entre os autores, pode-se
dizer que, na atualidade, um importante paradigma da psicanálise atual pode ser
formulado como “onde houver Narciso, Édipo deve estar”. (Grunberger, 1979).
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Dissociação do Ego
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A escola de Psicanálise Freudiana
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Escola Freudiana
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A associação livre consistia em expressar livremente as ideias que lhe
surgissem espontaneamente na mente e verbalizá-las ao analista, sem julgá-las em
ser importantes ou não. Essa regra foi aplicada, em princípio, com ele mesmo (Freud)
em sua autoanálise desde 1894 quando da análise dos seus sonhos. Mas só por volta
de 1896 ele instituiu categoricamente esse método associativo, quando sua paciente
Emmy Von N. lhe pediu para que a deixasse falar livremente sem ser pressionada
para associar “livremente”.
A transferência;
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inaugura a psicanálise como uma nova ciência, com referências teóricas e técnicas
próprias, específicas e consistentes.
Onde houver o Id, o Ego deve estar. (Teoria Estrutural) Dessa forma, neste
contexto são desenvolvidas complementarmente as conceituações sobre o
Narcisismo e sobre a dissociação do Ego.
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Karl Abraham
Wilhelm Reich
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Anna Freud
Anna Freud teve como destaque ainda, seu pioneirismo na psicanálise com
crianças, não obstante o fato da orientação de natureza pedagógica. Houve de sua
parte fortes críticas dirigidas a Melanie Klein, que preconizava a psicanálise com
crianças, dentro do molde estabelecido pelo mais puro rigor psicanalítico.
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Melanie Klein
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que tanto o complexo de Édipo quanto o Superego estão estabelecidos em uma fase
muito mais remota da vida do indivíduo do que se presumia até então.
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primeiras experiências são, particularmente, dirigidas para o seio materno. Se a
criança está satisfeita, suprida pela amamentação, registra-se um equilíbrio ótimo,
entre os impulsos libidinais e agressivos, ocorrendo aí o sentimento de “seio bom”.
Para contra restar tais angústias terríveis, o incipiente ego do bebe lança mão
de mecanismos de defesa primitivos, como são a negação onipotente, dissociação,
identificação projetiva, identificação introjetiva; idealização e denegrimento.
Além dos objetos totais, ela estabeleceu os objetos parciais (figuras parentais
representadas unicamente por um mamilo, seio, pênis, etc.).
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Concebeu a noção de posição – conceitualmente diferente de fase evolutiva
– e descreveu as agora clássicas posições esquizo-paranoide e a depressiva.
Este período fica caracterizado pela mudança de foco dos psicanalistas, que
passam a valorizar aspectos relacionados com o desenvolvimento emocional
primitivo: as relações objetais parciais e as fantasias do inconsciente, com suas
respectivas ansiedades e defesas primitivas.
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O ser humano a partir da Psicanálise
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Nessa perspectiva, teorias como a da psicopatologia, da psicologia
do desenvolvimento, neurologia, genética e evolução contribuem para a
compreensão do desencadeamento das patologias desenvolvidas a partir das
interações com o meio, contudo, este estudo busca desenvolver um
entendimento a luz da teoria psicanalítica, tendo em vista, que para esta área do
conhecimento, as vivências adquiridas na infância são as que pré-determinam à
formação psíquica do sujeito.
Bock (2002), explica que Freud se incomodava com o fato dos pacientes
esquecerem tantos fatos de sua vida interior e exterior,
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algumas ideias ou imagens que lhes ocorriam. A esta força psíquica
que se opunha a tornar consciente, a revelar um pensamento, Freud
denominou resistência. E chamou de repressão o processo psíquico
que visa encobrir, fazer desaparecer da consciência, uma ideia ou
representação insuportável e dolorosa que está na origem do
sintoma. Estes conteúdos psíquicos “localizam-se” no
inconsciente(BOCK, 2002, p. 73).
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perdido e cujo o fim é a morte. Somos constituídos por uma falta que nos
funda, mas nos condena à insatisfação estrutural e à infelicidade
(KUPFER, 2007, p.14).
Conceber mais alegria nas relações e menos repressão nas ações que dão
prazer é uma forma de contribuir no desenvolvimento de um adulto saudável.
Diante da compatibilidade entre a natureza da inquietação que domina a cena atual
e a natureza da invenção psicanalítica, esta última continua sendo um recurso
privilegiado em nossos tempos, principalmente, quando se pensa na criança em
processo de escolarização.
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Com base nas premissas psicanalíticas, observa-se que é fundamental
compreender os processos de aquisição e construção de conhecimento-da
formação psíquica do sujeito. Por isso, emprega-se a teoria de Freud nas
intervenções psicopedagógicas, no intuito de confrontar pensamentos, elaborar
e (re) elaborar explicações, propor novas respostas para perguntas já anteriormente
elaboradas, buscar novas perguntas para antigas repostas (BEAUCLAIR, 2011).
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REFERÊNCIAS
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BEAUCLAIR, J. Para entender psicopedagogia: perspectivas atuais, desafios
futuros. Rio de Janeiro: Wak Editora.
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