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Testamento
O Holocausto
O pedido "Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti", somente se cumpre e se
torna efetivo através do holocausto, da entrega total. .
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"E porá a mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a
favor dele, para a sua expiação" (Lv 1.4).
Isso significa em primeiro lugar: o Senhor não quer o exterior, Ele não quer a
pele, o visível, mas o oculto, o interior. Ele quer nosso coração. .
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No holocausto chama a atenção mais uma característica básica: o Senhor olhava
não somente o sacrifício, mas principalmente aquele que o trazia. Caim e Abel
são um exemplo claro:
O Senhor quer a nós mesmos. Ele não se agradou de Caim e de sua oferta,
porque no sacrifício Caim não havia cabeça em que pudesse colocar sua mão.
Não havia coração, não havia sangue expiatório derramado. No seu caso, o
sacrifício e a entrega do coração eram coisas separadas. O Senhor se agradou
de Abel e de sua oferta, porque Abel confessou: Senhor, esse sacrifício, essa
ovelha que matei, sou eu, o juízo atinge a mim; aqui me tens por inteiro! O
problema é, pois, que o Senhor não pode se agradar do sacrifício de muitos,
porque a pessoa que o oferece está distante. Se estás interiormente afastado do
Deus vivo por desobediência, em última análise, apesar do teu sacrifício, és
ímpio. A Escritura diz:
De que, pois, o Senhor se agrada? Oséias 6.6 nos dá a res- posta: "Pois
misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que
holocaustos." Seu coração anseia por nós. Ele quer que "subamos ao alto". Ele
quer unir-se conosco através do sacrifício. Mas, se ficamos distantes, o sacrifício
perde o efeito e o sentido. Podemos ter um ministério sacerdotal, isto é, podemos
sacrificar ao Senhor, sem aceitar Sua Palavra em nosso coração. No caso do rei
Saul, isso fica bem evidente. Saul queria unir o povo através do sacrifício, porque
viu que se dispersava; mas ele mesmo falhou. Lemos dele:
"Esperou Saul sete Dias, se- gundo o prazo determinado por Samuel,
não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se foi espalhando dali. Então
disse Saul: Trazei-me aqui o holocausto e ofertas pacíficas. E ofereceu
holocausto. Mal acabara ele de oferecer o holocausto, eis que chega
Samuel; Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar. Samuel perguntou:
Que fizeste? Respondeu Saul: Vendo que o povo se ia espalhando
daqui, e que tu não vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se
tinham ajuntado em Micmás, eu disse comigo: Agora descerão os
filisteus contra mim a Gilgal, e ainda não obtive a benevolência do
Senhor, e, forçado pelas circunstâncias ofereci holocaustos" (1 Sm
13.8-12).
Saul ousou oferecer holocaustos com o coração desobediente. Ele queria a
vitória sobre os ameaçadores filisteus e o controle sobre o povo que se
espalhava, mas ele mesmo não aceitou a Palavra do Senhor. Ele não esperou
pelo profeta. Por isso, Samuel teve que lhe responder:
A oferta de manjares
"Quando alguma pessoa fizer oferta de manjares ao Senhor, a sua oferta
será de flor de farinha, nela deitará azeite, e sobre ela porá incenso" (Lv
2.1)
O que é flor de farinha? Trata-se do fruto do morrer e ser moído. A farinha é feita
de duros grãos de trigo. Sim, até mesmo não é possível fazer farinha, sem mais
nem menos, de um único grão de trigo. Ele tem que ser primeiro semeado. Trata-
se de uma lei espiritual, que o próprio Senhor Jesus citou em João 12.24- 25:
Muitos filhos de Deus são solitários, porque não se submetem a esse processo.
Eles se isolam a si mesmos, defendendo sua vida ao invés de entregá-la. Em
uma pirâmide egípcia, em um túmulo faraónico, achou-se grãos de trigo, que
ainda se encontravam nas mesmas condições em que tinham sido colocados ali.
Durante milênios eles ficaram isolados na pirâmide. Somente quando foram
tirados e semeados, para que pudesse começar o processo da morte, houve
frutos. Nós não chegamos aos mil anos, mas percebe-se frequentemente entre
filhos de Deus mais idosos, que eles se isolam. Sua vida gira cada vez mais em
torno do seu "eu", porque resistem ao processo da morte. Se bem que têm o
desejo de estarem logo com o Senhor, eles não querem morrer no homem
interior.
Quais ofertas de manjares não levavam azeite derramado sobre elas, mas eram
feitas com ele? Conforme o versículo 7, as de frigideira.
(Um dos primeiros resultados, é que o Senhor é louvado e glorificado. Mas tal
vida também tem poderosos efeitos sobre a terra)
Por causa de tal oferta de manjares, que é queimada e vivida como aroma
agradável ao Senhor, a voz do testemunho é ouvida poderosamente e as
pessoas são tomadas pelo temor de Deus
Oferta pacífica
"Se a oferta de alguém for sacrifício pacífico, se a fizer de gado, seja macho ou
fêmea, oferecê-la à sem defeito diante do Senhor (Lv 3.1).
"Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só, mas se morrer,
produz muito fruto (Jo 12.24).
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"E porá a mão sobre a cabeça da sua oferta, e a imolará diante da porta da
tenda da congregação: e os filhos de Arão, os sacerdotes, espargirão o sangue
sobre o altar ao redor" (Lv 32). Em outras palavras: quando a pessoa trazia sua
oferta pacífica a Deus, ela se identificava com o animal, e identificando-se com
ele, que era sacrificado em seu lugar. trazia a Deus o que lhe faltava.
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O rei Davi foi profeta. Seus salmos e seu procedimento com os inimigos são
proféticos. Saul perseguiu-o até ao sangue. Depois que o rei Saul e também
Jonatas, o príncipe herdeiro, tinham morrido, Davi assumiu o poder. Mas
Jônatas ainda tinha um filho, aleijado de ambos os pés: Mefibosete.
Notavelmente, esse nome significa: "o que espalha vergonha". Esse homem
aleijado, que não tinha mais nada de real em si, foi chamado por Davi. O rei
Davi, que é uma figura do Rei celestial, não o chamou, entretanto, para julgá-lo,
mas sim para salvá-lo: "Disse Davi: Resta ainda, porventura, alguém da casa
de Saul, para que use eu de bondade para com ele, por amor de Jonatas?" (2
Sm 9.1). Jónatas era o elo de ligação entre a casa de Saul e a casa de Davi.
Seu nome significa: "dom de Deus". Ele é um tipo do Senhor Jesus. Nele
vemos, como a oferta pacífica é aplica- da: o homem culpado é aceito por Deus
e passa a ter comunhão com o Deus vivo. O ponto alto desse sacrifício é a
refeição. No Antigo Testamento, tratava-se de uma alegre festa de
reconciliação. O próprio Deus era o anfitrião. Ele recebia o melhor. Lemos em
Levítico 3.3-4: "Do sacrifício pacífico fará oferta queimada ao Senhor: a gordura
que cobre as entranhas, e toda gordura que está sobre as entranhas; como
também os dois rins, a gordura que está sobre eles..." Aquele que oferecia o
sacrifício, podia participar da refeição. Levítico 7.15 o diz muito claramente:
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Essa comunhão na oferta pacífica não elimina nossa miséria. O Salmo 22.26
diz: "Os sofredores, hão de comer e fartar-se; louvarão o Senhor os que o
buscam. Viva para sempre o vosso coração." Quando Mefibosete estava senta-
do à mesa de Davi, seu sofrimento não foi removido, mas coberto pela mesa
da comunhão: "Morava Mefibosete em Jerusalém, porquanto comia sempre à
mesa do rei. Ele era coxo de ambos os pés" (2 Sm 9.13), Ele morava na
Cidade Santa, no palácio, sim, ele se assentava à mesa do rei, e mesmo assim
era coxo de ambos os pés. Ele continuava fraco e miserável, mas podia
exclamar: "Quando sou fraco, então é que sou forte. Estou em comunhão com
meu rei, por amor de Jonatas." Apesar de sermos miseráveis, gloriamo-nos no
poder do nosso Deus e agradecemos ao Senhor, por força do fato de Jesus
Cristo ter-se tornado nossa oferta pacífica.
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Seu santo Nome deve ser glorificado. Em toda a história mundial, no final das
contas, a única coisa que importa é o louvor a Deus. Para isso também foram
criados os céus e a terra. O salmista o compreendeu e exclama: "Bendirei o
Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios" (SI
34.1). Somos tão egocêntricos, tão dominados por uma vaidade doentia, que
facilmente perdemos de vista esse eleva- do alvo do louvor a Deus e por isso
perdemos as forças. Esquecemos, que Deus criou o mundo visível e invisível
somente para esse fim.
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Paulo diz: "pois nele foram criadas todas as cousas, nos céus e sobre a terra,
as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados,
quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele" (CI 1 16). Também a
criação exalta a glória de Deus "Os céus proclamam a glória de Deus e o
firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e
uma noite revela conhecimento a outra noite" (SI 19.2-3)
Não podemos ver o Senhor, mas percebemos como Ele é louvado Isaias viu e
ouvi como os serafins louvavam o Senhor e exclamavam "Santo, santo santo é
o Senhor dos Exércitos, toda à terra está cheia da sua glória (Is 6.3) O mais
glorioso louvor em honra a Deus, porém, aconteceu, acontece e acontecerá em
nossa pequena Terra Comparada com o Universo, nossa Terra é como uma
partícula de pó. Poderíamos fazer uma comparação com um pátio em que há
muitos tonéis cheios de areia. Quantos milhões de grãos de areia cabem em
cada tonel! Um desses grãos é nossa Terra. Aqua Deus fez a coisa mais
gloriosa, aquilo que mais engrandeceu o Seu louvor Todo o Universo ficou
admirado e milhões de anjos assistiram. Deus entregou a oferta pacífica, o
sacrifício de ações de graças, Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, que foi morto
pelos pecados de todo o mundo Esse ato de Deus faz jubilar os anjos, a Igreja
de Jesus e os quatro seres viventes em Apocalipse 58-10 e quando tomou ο
livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciões prostraram-se diante
do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de
incenso, que são as orações dos santos, entoavam novo cântico, dizendo
Digno és de tomar a livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o
teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo
e nação, e para o sesse Deus os constituíste reino e sacerdotes, e reinarão
sobre a terra
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De Salomão está escrito. "Oferecia Salomão três vezes por ano holocaustos, e
sacrifícios pacíficos sobre o altar que edificara ao Senhor, e queimava incenso
sobre o altar perante o Senhor" (Rs. 9.250). Vemos o Louvor de Deus
resplandecer por três vezes no Plano de Salvação. Primeiro na Criação,
segundo entre os anjos, e terceiro em Israel Todos os acontecimentos entre os
povos têm relação com Israel Isso é claramente mostrado no Salmo 68.33-36:
"Reinos da terra, cantai a Deus, salmodiai ao Senhor, aquele que encima os
céus, os céus da antiguidade, eis que ele faz ouvir a sua voz, voz poderosa.
Tributai glória a Deus, a sua majestade está sobre Israel, e a sua fortaleza nos
espaços siderais Ó Deus, tu és tremendo nos teus santuários, e Deus de Israel,
ele da força e poder ao povo. Bendito seja Deus!" Israel aproxima-se do
Santuário, do holocausto e da oferta pacífica. Esse sacrifício de ações de graça
habita pela fé em nossos corações: "Cristo em vós, a esperança da glória
(C1127) Sabemos que Jesus será manifestado diante
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O grande perigo para nós filhos de Deus consiste em Jesus, a oferta pacífica
de Deus, não poder tomar todo o lugar em nós. Quando é assim, trata-se de
uma abominação para Deus Levítico 7 18 diz. Se da carne do seu sacrifício
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pacifico se comer ao terceiro dia, aquele que a ofereceu não será aceito, nem
lhe será atribuído o sacrifício, cousa abominável será, e a pessoa que dela
comer levará a sua iniquidade." E o versículo 15 ordena: "a carne do sacrifício
de ações de graça da sua oferta pacífica se comerá no dia do seu
oferecimento; nada se deixará dela até à manhã."
O Senhor convida para a comunhão junto ao sacrifício. Ele reúne Seus santos.
Se, porém, alguém transforma em abominação o sacrifício de ações de graça,
que tem efeitos tão maravilhosos junto a Deus, não o aceitando inteiramente,
não o comendo inteiramente, deixando a carne até ao terceiro dia, ele deixa
passar o prazo da ressurreição para si mesmo. Jesus morreu e ressuscitou ao
terceiro dia. Quem, entretanto, não morrer com Ele, também não viverá com
Ele (comp. 2 Tm. 2.11)!
"Disse mais o Senhor a Moisés. Quando alguém cometer ofensa, e pecar por
ignorância nas cousas sagradas do Senhor, então trará ao Senhor por oferta
um carneiro sem de feito do rebanho, conforme a tua avaliação em siclos de
prata, segundo o siclo do santuário, como oferta pela culpa. Assim restituirá o
que ele tirou das cousas sagradas, e ainda acrescentará o seu quinto e o dará
ao sacerdote as-
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sim o sacerdote, com o carneiro da oferta pela culpa, fará expiação por ele, e
lhe será perdoado" (Lv 5.14-16).
Temos que analisar juntas a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa, porque
esses dois sacrifícios têm relação com nossa aflição mais profunda, eu quase
diria, dupla: a oferta pelo pecado, com nosso pecado, e a oferta pela culpa,
com nossos pecados. Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, tomou sobre Si nossa
duplamente desesperadora aflição. Ele tornou-se nossa oferta pela culpa,
tomando sobre Si toda culpa, todos os atos culpáveis, de todos os homens de
todos os tempos. Isso é dito com uma impressionante frase na Bíblia: "Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (Jo 1.29). Mas Jesus Cristo é
ainda mais. Ele tornou- se também a oferta pelo pecado, e esse é o segredo do
Gólgota: "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós..." (2 Co
5.21). A oferta pelo pecado trata do cará- ter do homem e a oferta pela culpa
dos seus atos pecaminosos. Jesus realizou tudo por todos, trilhando o caminho
do sacrifício, passo a passo
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somos todos iguais. Romanos 3.23 diz: "...pois todos pecaram e carecem da
glória de Deus". No que se refere, entre- tanto, aos pecados, somos diferentes.
Deus julgará a cada um, "segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do
corpo" (2 Co 5.10b).
O que uma pessoa precisa fazer, para se perder eternamente? Basta que ela
permaneça como nasceu, pois o pecado já está nela. Por natureza estamos
eternamente perdidos, motivo porque temos que nascer de novo (Jo 3.3).
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Além disso, também as pessoas simples, comuns, tem que vir à luz. "Se
qualquer pessoa do povo da terra pecar por ignorância, por fazer alguma das
cousas que o Senhor ordenou se não fizessem, e se tornar culpado, ou se o
pecado, em que ela caiu, lhe for notificado, trará por sua oferta uma cabra sem
defeito, pelo pecado que cometeu (vv. 27 28). Todos nós temos que prestar
contas diante do Deus vi- vo. Existem tantos que falam mal de outros crentes,
mas quando estiverem um dia diante do trono de Deus, Ele não lhes
perguntará o que os outros fizeram, e sim. O que tu fizeste com a oferta pelo
pecado, Jesus Cristo" Ele somente vai querer saber se tu vieste à luz e te
deixaste convencer do pecado
Em Levítico 5.7 temos mais uma categoria de pessoas que tem que ser
confrontada com a oferta pelo pecado, com Jesus Cristo: "Se as suas posses
não lhe permitirem trazer uma cordeira, trará ao Senhor como oferta, pela culpa
que cometeu, duas rolas, ou dois pombinhos, um como oferta
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contraste com a oferta pelo pecado, na oferta pela culpa o Senhor chama o
pecado pelo nome a ofensa nas coisas consagradas a Deus, a avareza, a
cobiça, a ganância. Essa é uma terrível culpa, que muitos têm. O que fazes
com teu tempo, que pertence ao Senhor? Hoje em dia, temos grandiosas
oportunidades para trabalhar pelo Senhor e sabemos que temos pouco tempo.
A Palavra de Deus nos adverte: "vede prudentemente como andais, não como
néscios, e. sim, como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus (Ef. 5
15-16). O que fazes com teu corpo? Ele não pertence a ti mesmo: "Acaso não
sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual
tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos (1 Co 6.19). Como
usas teu dinheiro? Ele não te pertence! Das coisas consagradas ao Senhor, o
que foi que tomaste para ti? "Quem ama a sua vida, perde a" (Jo. 12.25a). Se
bem que aceitas Jesus como tua oferta pela culpa, não vais adiante Nada
muda em tua vida. Admites que pecaste & te apropriaste do que pertence a
Deus, mas isso não é sufi- ciente Por força da oferta pela culpa realizada por
Jesus Cristo, o Senhor exige de cada um de nós obediência prática na fé Isso
nos é dito claramente na oferta pela culpa. Aquele que havia cometido ofensa
nas coisas sagradas do Senhor, não somente tinha que trazer uma oferta pela
culpa, mas tinha que provar com atos que estava levando o assunto a sério:
"Quando alguém cometer ofensa, e pecar por ignorância nas cousas sagradas
do Senhor, então trará ao Senhor por oferta um carneiro sem defeito do
rebanho, conforme a tua avaliação em siclos de prata, segundo o siclo do
santuário, como oferta pela culpa Assim restituirá o que ele tirou das cousas
sagradas, e ainda acrescentará o seu quinto e o dará ao sacerdote, assim o
sacerdote, com o carneiro da oferta pela culpa, fará expiação, por ele; e lhe
será perdoado (Lv 5 15-16) O que adianta admitir a culpa, se não fizermos a
restituição, isto é, se não a eliminarmos Muitos estão dispostos a concordar
que erraram, mas não querem deixar o pecado de que se arrependem.
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João Batista, por exemplo, percebeu isso muito claramente. Lemos em Mateus
3.5-6: "Então saíram a ter com ele Jerusalém, toda a Judeia e toda a
circunvizinhança do Jordão, e eram por ele batizados no rio Jordão,
confessando os seus pecados." As pessoas admitiam que tinham pecado. Mas
então continuamos lendo: "Vendo-o, porém, que muitos fariseus e saduceus
vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da
ira vindoura? Produzi, pois, fruto digno do arrependimento (v. 7-8). A Bíblia
Viva diz. "provem que vocês abandonaram o pecado, praticando obras dignas".
Podemos dizê-lo também assim: Quando vocês se arrependerem, cuidem para
deixar os pecados de que se arrependerem, ou vocês serão raça de víboras.
Esse é o problema atual e por isso falta a transformação em muitos. Todo o
Novo Testamento ensina, que devemos deixar os pecados. Lemos, por
exemplo, em Romanos 13.12: "Vai alta a noite e vem chegando o dia.
Deixemos, pois, as obras das trevas, e revistamo-nos das armas da luz" Essas
palavras são proféticas e nos dizem que o dia em que Jesus vai voltar está
próximo. Agora chegou o momento em que devemos nos tornar obedientes.
Paulo diz em Efésios 4.22-25: "no sentido de que, quanto ao trato passa- do,
vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências
do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais
do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da
verdade. Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu
próximo, porque somos membros uns dos outros." Notavelmente, Paulo retorna
sempre a esse ponto. Já naquela época, ele percebeu quão grande é o perigo
dos crentes contornarem a cruz para si mesmos.
Do que devemos nos despojar? Paulo não nos deixa em dúvida: "Agora,
porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade,
maledicência, linguagem obscena do vosso falar Não mintais uns dos outros,
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uma vez que vos despistes de velho homem com os seus feitos, e vos
revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo
a imagem daquele que o criou (C) 3.8- 101. E então ele mostra o maravilhoso
guarda roupa do céu "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e
amados. de ternos afetos de misericórdia de bondade de humilda
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reunião de oração, ouço algo como: "Oh! Senhor, faz com que eu seja
obediente!". Com isso se diz, na verdade. "Caso eu não seja obediente, a culpa
é de Deus" Foi o que já fez Adão, quando Deus Ilhe perguntou: "Comeste da
árvore de que te ordenei que não comesses?" (Gn 3.11b), e ele respondeu: "A
mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi" (v. 12). -
Tiago prossegue. "Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo
do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança.
Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que
fôssemos como que primícias das suas criaturas. Sabeis estas cousas, meus
amados ir- mãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar,
tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus.
Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei
com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as
vossas almas. Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente
ouvintes, enganando-vos a vós mesmos" (Tg 117-22). O engano que acontecia
frequentemente no Antigo Testamento. era alguém vir com uma oferta pela
culpa ao sacerdote, confessando seus pecados, mas não devolvendo o que
tinha roubado. Tu fazes o mesmo. Apesar de confessares teus pecados, não
as deixas com base na obra realizada por Jesus Cristo. Dessa maneira,
continuamos hipócritas até a velhice
Muitos me perguntam, por que ficaram tão mornos e indo- lentes em sua vida
de oração e não têm mais o anseio de ganhar almas para o Senhor. De quem é
a culpa. Certamente ela não é do sacrifício de Jesus Cristo! A razão, é que eles
não querem deixar os pecados de que se arrependeram Hebreus 12 1 diz:
"Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de
testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso, e do pecado que
tenazmente nos assedia "
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Talvez continuas ainda procurando a culpa em teu próximo e não sabes que
ela é tua. Inicialmente, Acã nem percebeu que ele era a verdadeira razão da
derrota em Ar. Mas quando Josué orou, o Senhor lhe disse: "Levanta-te, por
que estás prostrado assim sobre o teu rosto? Israel pecou, e violaram a minha
aliança, aquilo que eu lhes ordenara, pois tomaram das cousas condenadas, e
furtaram, e dissimularam, e até debaixo da sua bagagem o puseram" (Js 7.10-
11) Somente quando Acã reconheceu seu pecado e a mal- dição foi eliminada,
Israel voltou a vencer
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