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Jesus nos Cinco Sacrifícios do Antigo

Testamento
O Holocausto

"Chamou o Senhor a Moisés e, da tenda da congregação, lhe disse: Fala


aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando algum de vós trouxer oferta ao
Senhor, trareis a vossa oferta de gado, de rebanho ou de gado miúdo.
Se a sua oferta for holocausto de gado, trará macho sem defeito: à porta
da tenda da congregação o trará, para que o homem seja aceito perante
o Senhor" (Lv 1.1-3).

"Sacrifícios e ofertas não quiseste; abriste os meus ouvi- dos;


holocaustos e ofertas pelo pecado, não os requeres" (SI. 40.7).
.

O sentido mais profundo da palavra "sacrifício" é dádiva, ou seja, um presente


oferecido por amor a Deus. O holocausto era um sacrifício voluntário, Lemos:
"Se a sua oferta for holocausto..." O Senhor não quer nada forçado de nós. Ele
quer que Lhe ofereçamos nossos sacrifícios livre- mente. Na Antiga Aliança
havia diferentes sacrifícios, mas o básico era o holocausto. A oferta era de um
macho sem defeito, o que significa que, ao Senhor, podia-se trazer somente o
melhor. O holocausto em contraste com as outras ofertas tinham que ser
dedicado inteiro ao Senhor. Levítico 1.9 diz: "...e queimará tudo isso sobre o
altar: é holocausto, oferta queimada, de aroma agradável ao Senhor" Na entrega
voluntária está incluída, portanto, a entrega completa. Quando a entrega ao
Senhor não é mais completa, ela já é forçada, não sendo mais voluntária. Essa
espontaneidade é a característica básica do principal sacrifício que Deus quer
de nós. .

Chama a atenção, que o holocausto não se refere em primeiro lugar à questão


do pecado e da expiação. Pelo contrário, ele responde à pergunta maior e
definitiva de Deus através do Senhor Jesus a nós: "Tu me amas?" Quando Deus
ordenou a Abraão que sacrificasse seu filho Isaque, a questão não era o perdão
dos seus pecados, mas tratava-se de uma pergunta do coração de Deus a ele:
"Amas-me acima de tudo?" Por isso o Senhor lhe disse: "...oferece o ali em
holocausto" (Gn 22.2). .

Em hebraico, holocausto significa: "subir ao alto". Ele representa a união com o


Deus vivo através do sacrifício expiatório do Senhor Jesus. O "sim" inteiro do
homem a Deus torna operante para nós o "sim" de Deus, que já existia há muito
tempo. Deus é sempre quem opera, quem abençoa, quem transforma, fazendo
tudo de forma completa e perfeita. Ele espera somente pela nossa entrega total.
É o que quer dizer Tiago, quando escreve:
"Chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós outros." (Tg 4.8a).

O pedido "Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti", somente se cumpre e se
torna efetivo através do holocausto, da entrega total. .
.

Outra característica básica do holocausto era aquela que oferecia o sacrifício


tinha que se unir com o animal sacrificado a Deus. Isso acontecia quando ele
colocava sua mão sobre a cabeça do holocausto:

"E porá a mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a
favor dele, para a sua expiação" (Lv 1.4).

Portanto, o holocausto somente tinha efeito, quando aquele que o oferecia


declarava-se solidário com o sacrifício completo. Justamente aí começam os
problemas com muitos que querem entregar-se ao Senhor Se bem que as
pessoas aceitem que se fale com elas sobre a entrega total a Deus, elas não
querem desistir de si mesmas; elas excluem a si mesmas. Deus nos fez saber
muito clara- mente, que assim não é possível. Por exemplo, Ele não diz: "Quando
se trouxer oferta ao Senhor...", mas. "Quando algum de vós trouxer oferta ao
Senhor..." (Lv 1.2). O Senhor dirige-se primeiro à pessoa, ao homem. Ele não
quer em primeiro lugar teus atos, teus sacrifícios ou teus esforços, mas a ti
mesmo. .

Na preparação do holocausto, mostra-se claramente o que Deus quer:

"Então ele esfolará o holocausto, e o cortará em seus pedaços" (v. 6).

Isso significa em primeiro lugar: o Senhor não quer o exterior, Ele não quer a
pele, o visível, mas o oculto, o interior. Ele quer nosso coração. .
.
No holocausto chama a atenção mais uma característica básica: o Senhor olhava
não somente o sacrifício, mas principalmente aquele que o trazia. Caim e Abel
são um exemplo claro:

"Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e


de sua oferta não se agradou" (Gn 4.4b-5a).

O Senhor quer a nós mesmos. Ele não se agradou de Caim e de sua oferta,
porque no sacrifício Caim não havia cabeça em que pudesse colocar sua mão.
Não havia coração, não havia sangue expiatório derramado. No seu caso, o
sacrifício e a entrega do coração eram coisas separadas. O Senhor se agradou
de Abel e de sua oferta, porque Abel confessou: Senhor, esse sacrifício, essa
ovelha que matei, sou eu, o juízo atinge a mim; aqui me tens por inteiro! O
problema é, pois, que o Senhor não pode se agradar do sacrifício de muitos,
porque a pessoa que o oferece está distante. Se estás interiormente afastado do
Deus vivo por desobediência, em última análise, apesar do teu sacrifício, és
ímpio. A Escritura diz:

"O sacrifício dos perversos é abominável ao Senhor" (Pv 15.8a).


Nossos cultos, nossas obras, são uma abominação para o Senhor, se não forem
feitos de todo o coração, pois assim são sacrifícios em pecado. Também o
sacrifício do Gólgota não tem efeito em tua vida, se trazes ofertas em pecado,
isto é, se não estás disposto a deixar os pecados. Não tentes impressionar o
Senhor com tuas muitas atividades! Ele diz a cada um de nós:

"De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios?... Estou farto


de holocaustos de carneiros..." (Is 1.11). "Lavai-vos, purificai-vos, tirai a
maldade de vossos atos de diante dos meus olhos: cessai de fazer o
mal" (v. 16). .

De Davi aprendemos o que é um sacrifício agradável a Deus. Ele diz no Salmo


40.6a, depois de ter sido tirado de um poço de perdição: "Sacrifícios e ofertas
não quiseste; abriste os meus ouvidos". Ele reconheceu que, por mais que se
sacrifique ao Senhor, isso de nada adianta quando se é surdo para o que Ele
fala, quando não se aceita aquilo que Ele nos mostra. Portanto, é possível
oferecer ao Senhor o sacrifício da sua vida, do seu tempo, das suas forças e do
seu dinheiro, continuando surdo para a voz do Senhor no coração. Samuel disse
a Saul: "Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios
quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que
o sacrificar, e o atender melhor do que a gordura de carneiros" (1 Sm. 15.22). Tu
crês em Jesus Cristo, frequentas fielmente os cultos, talvez sejas ativo no reino
de Deus - mas Ele já pode abrir teus ouvidos? O Gólgota perde o sentido para
ti, se não fores obediente. .

De que, pois, o Senhor se agrada? Oséias 6.6 nos dá a res- posta: "Pois
misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que
holocaustos." Seu coração anseia por nós. Ele quer que "subamos ao alto". Ele
quer unir-se conosco através do sacrifício. Mas, se ficamos distantes, o sacrifício
perde o efeito e o sentido. Podemos ter um ministério sacerdotal, isto é, podemos
sacrificar ao Senhor, sem aceitar Sua Palavra em nosso coração. No caso do rei
Saul, isso fica bem evidente. Saul queria unir o povo através do sacrifício, porque
viu que se dispersava; mas ele mesmo falhou. Lemos dele:

"Esperou Saul sete Dias, se- gundo o prazo determinado por Samuel,
não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se foi espalhando dali. Então
disse Saul: Trazei-me aqui o holocausto e ofertas pacíficas. E ofereceu
holocausto. Mal acabara ele de oferecer o holocausto, eis que chega
Samuel; Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar. Samuel perguntou:
Que fizeste? Respondeu Saul: Vendo que o povo se ia espalhando
daqui, e que tu não vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se
tinham ajuntado em Micmás, eu disse comigo: Agora descerão os
filisteus contra mim a Gilgal, e ainda não obtive a benevolência do
Senhor, e, forçado pelas circunstâncias ofereci holocaustos" (1 Sm
13.8-12).
Saul ousou oferecer holocaustos com o coração desobediente. Ele queria a
vitória sobre os ameaçadores filisteus e o controle sobre o povo que se
espalhava, mas ele mesmo não aceitou a Palavra do Senhor. Ele não esperou
pelo profeta. Por isso, Samuel teve que lhe responder:

"Procedeste nesciamente em não guar- dar o mandamento que o


Senhor teu Deus te ordenou, pois teria agora o Senhor confirmado o
teu reino sobre Israel para sempre. Já agora não subsistirá o teu reino"
(f. 13- 14a).

O sacrifício de Saul foi um holocausto, um sacrifício completo sem azeite, mas


por causa da sua desobediência, ele não teve efeito. Atualmente, muitos crentes
não sacrificam da mesma maneira como Saul? Por isso o poder de Deus não
tem efeito em suas vidas. Apesar da entrega e do zelo, não há vitória sobre os
"filisteus" porque, no fundo do coração, eles não querem ser obedientes. Essa
era a imperfeição do holocausto na Antiga Aliança, porque aquele que
apresentava o sacrifício, apesar de colocar sua mão sobre a cabeça do animal,
podia deixar, em última análise, de entregar a si mesmo. Quem morre com seu
sacrifício, tem poder O sacrifício de Abel teve poder, pois ele mesmo morreu
como prova de que seu sacrifício era genuíno. Hebreus 114 diz dele. "Pela fé
Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim, pelo qual obteve
testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas Por
meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala." .

Em Hebreus 10 encontramos expressões de negação com relação aos


sacrifícios no Antigo Testamento: "...é impossível que sangue de touros e de
bodes remova pecados" (v. 4). "Sacrifício e oferta não quiseste..." (v. 5).
"Sacrifícios e ofertas não quiseste, nem holocaustos e oblações pelo pecado,
nem com isto te deleitaste..." (v. 8). "...que nunca jamais podem remover
pecados" (v. 11) - até que Jesus viesse. Nele está tudo cumprido, pois Ele é Rei,
Sacerdote, Pro- feta e ao mesmo tempo o Cordeiro para o sacrifício. Lemos no
mesmo capítulo: "Então eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a
meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade" (v. 7). Ou no versículo 9a: "Eis
aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade." Qual era e é ainda hoje o efeito
desse sacrifício completo? Encontramos a resposta no versículo 10: "Nessa
vontade é que temos sido santifica- dos, mediante a oferta do corpo de Jesus
Cristo, uma vez por todas." Em que vontade? Na vontade do Senhor Jesus, que
disse: "Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade." Tornamo-nos
holocausto, quando aceitamos essa vontade; quando a obediência do Senhor
Jesus torna-se nossa obediência. "Embora sendo Filho, aprendeu a obediência
pelas cousas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou- se o Autor da
salvação eterna para todos os que lhe obedecem" (Hb 5.8-9). A falta de
entendimento em relação ao sacrifício é atualmente muito maior e mais grave do
que na Antiga Aliança, pois não podemos seguir a Jesus, se deixamos de fora
nossa própria pessoa. Romanos 6.5 diz de forma clara: "Porque se fomos unidos
com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na
semelhança da sua ressurreição." E em 2 Coríntios 5.15 lemos: "E ele morreu
por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para
aquele que por eles morreu e ressuscitou." Não podes ao mesmo tempo estar
separado de Jesus e crer nele. "Não sabeis vós que os que prestam serviços
sagrados, do próprio templo se alimentam; e quem serve ao altar, do altar tira o
seu sustento?" (1 Co 9.13). E Jesus diz: "Em verdade, em verdade vos digo: Se
não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não
tendes vida em vós mesmos." Essas palavras nos dizem que não devemos
somente receber o sustento, mas tornar-nos um com o Senhor Jesus.
.

A oferta de manjares
"Quando alguma pessoa fizer oferta de manjares ao Senhor, a sua oferta
será de flor de farinha, nela deitará azeite, e sobre ela porá incenso" (Lv
2.1)

"Se a tua oferta for de manjares de frigideira, far-se-á de flor de farinha


com azeite" (Lv 2.7). .

"Quando trouxeres oferta de manjares, cozida no forno, será de bolos


asmos de flor de farinha, amassados, com azeite, e obreias asmas
untadas com azeite" (Lv 2 4) .

A oferta de manjares é o segundo sacrifício e representa uma vida santificada a


Deus A entrega total leva à santificação total. Dela não faz parte o sangue da
expiação e ela é composta principalmente de azeite. Esse sacrifício não se
refere, portanto, à reconciliação, mas à santificação através do Espírito Santo.
Em Levítico 2, o azeite é citado várias vezes e usado de diversas formas" nela
deitará azeite (v. 1); "amassados com azeite, untadas com azeite" (v 4b),
"Deitarás azeite sobre ela..." (v. 15). Na Bíblia, o azeite é sempre uma
representação do Espírito Santo Pergunta-se frequentemente. Por que tão
poucos crentes são cheios do Espírito Santo? Procura-se desesperadamente
por uma compensação, busca-se o batismo do Espírito Santo e nada se recebe.
A razão porque há tão pouco azeite, tão pouco do Espírito Santo, é a falta de
entendimento do holocausto de Jesus Cristo. O poder purificador do sangue de
Jesus ainda não fez efeito na vida de muitos filhos de Deus. Pois onde o rio do
sangue de Jesus Cristo fez efeito, há plenitude do Espírito Santo.

Encontramos frequentemente crentes que vivem uma vida de fé cheia de


dificuldades, têm um testemunho complicado, vivem caindo e estão sujeitos a
caprichos. Tudo isso é fruto de uma entrega parcial. Não há holocausto e,
portanto, também não há oferta de manjares. Pois, onde o sangue de Jesus não
fez efeito, também falta o Espírito Santo. Efésios 5.18 nos diz: "...enchei-vos do
Espírito"! Pelas diversas aplicações do azeite na oferta de manjares, vemos
diversos níveis de santificação. Primeiro lemos. "...nela deitará azeite..." Em
Levítico 2.1 lemos onde deve ser derramado o azeite sobre flor de farinha:
"Quando alguma pessoa fizer oferta de manjares ao Senhor, a sua oferta
será de flor de farinha..."

O que é flor de farinha? Trata-se do fruto do morrer e ser moído. A farinha é feita
de duros grãos de trigo. Sim, até mesmo não é possível fazer farinha, sem mais
nem menos, de um único grão de trigo. Ele tem que ser primeiro semeado. Trata-
se de uma lei espiritual, que o próprio Senhor Jesus citou em João 12.24- 25:

"Em verdade, em verdade vos digo. Se o grão de trigo, caindo na terra,


não morrer, fica ele só, mas se morrer, produz muito fruto. Quem ama a
sua vida, perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo,
preservá-la-á para a vida eterna."

Muitos filhos de Deus são solitários, porque não se submetem a esse processo.
Eles se isolam a si mesmos, defendendo sua vida ao invés de entregá-la. Em
uma pirâmide egípcia, em um túmulo faraónico, achou-se grãos de trigo, que
ainda se encontravam nas mesmas condições em que tinham sido colocados ali.
Durante milênios eles ficaram isolados na pirâmide. Somente quando foram
tirados e semeados, para que pudesse começar o processo da morte, houve
frutos. Nós não chegamos aos mil anos, mas percebe-se frequentemente entre
filhos de Deus mais idosos, que eles se isolam. Sua vida gira cada vez mais em
torno do seu "eu", porque resistem ao processo da morte. Se bem que têm o
desejo de estarem logo com o Senhor, eles não querem morrer no homem
interior.

Como é, entretanto, esse processo de morte?

Primeiro passo: desaparecimento


Quando o Senhor Jesus começa com "Em verdade, em verdade vos digo:...",
Ele pretende acentuar uma verdade da salvação. É o que acontece em João
12.24: "...Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer...", ou seja, quando ele
desaparece, quando é coberto de terra, quando não é mais visto então dá muito
fruto. Somente poucas pessoas entregam seu próprio ser à morte. Quem não o
faz, fica isolado, porque não quer desaparecer.

Segundo passo: transformação


Verificou-se que, tão logo um grão de trigo cai na terra e é coberto, começa uma
transformação química. E isso é maravilhoso: quando aceitamos a morte de
Jesus, somos transformados. O ser antigo e duro morre, tornamo-nos agradáveis
para os que nos creram.

Terceiro passo: ampliação


Sabe-se que os grãos de trigo incham muito dentro da terra. Da mesma maneira,
a visão de um filho de Deus é ampliada quando realmente aceita e segue o
caminho da morte. A Escritura diz: "...transbordarás para a direita e para a
esquerda..." (Is 54.3). Olhamos para além de nós, quando perdemos a nós
mesmos.

Quarto passo: rompimento


O grão de trigo, que morreu e continua debaixo da terra, começa a romper. Filhos
de Deus que falam muito das suas maravilhosas experiências que fizeram com
o Senhor também parecem romper, mas para o alto. Com o grão de trigo é
diferente.

Quinto passo: enraizamento


O grão de trigo lança raízes para baixo. Em Colossenses 2.6-7 somos exortados
a lançar raízes "Ora, como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim andai
nele, nele radica dos e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes
instruídos, crescendo em ações de graça." E em Efésios 3.17 lemos: "e assim
habite Cristo nos vossos corações, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados
em amor." Quando estamos arraigados em Jesus pelo amor, experimentamos
também o seguinte. .

Sexto passo: ressurreição


Na primavera, vemos que tudo renasce. Um caule cresce, e então vem os grãos,
os frutos. Os grãos de trigo já são flor de farinha quando são colhidos? Não!
Somente depois começa o processo de moagem. Já se pode ter experimentado
muitas coisas com o Senhor e ter dado muito fruto, mas a santificação, o
processo em que se é moído, começa somente no sexto passo. Esse processo
de moagem e santificação continua até que as últimas partes duras do fruto
sejam eliminadas. Comparemos a farinha em sua maciez e os grãos em sua
dureza! Entretanto, ambos são do mesmo material. Do mesmo modo, existem
dois tipos diferentes de crentes. Aqueles que ainda não foram além do Gólgota,
que ainda não foram transformados em flor de farinha, e aqueles que já se
deixaram moer. .

Somente depois de termos sido moídos, recebemos a plenitude do Espírito


Santo. Onde há flor de farinha, o azeite pode ser derramado, em meio à seca e
à fome. Um acontecimento na vida de Elias nos dá claras ilustrações a respeito.
Ele disse à viúva gentia com quem estava hospedado:

"Traze- me também um bocado de pão na tua mão" (1 Rs. 17.11). A isso


ela The respondeu: "Tão certo como vive o Senhor teu Deus nada tenho
cozido; há somente um punhado de farinha numa p nela, e um pouco de
azeite numa botija" (v. 12a). Mas Elias retrucou: "Não temas, vai, e faze
o que disseste; mas primeiro faze dele para mim um bolo pequeno, e
traze-mo aqui fora; depois farás para ti mesma e para teu filho. Por- que
assim diz o Senhor Deus de Israel: A farinha da tua panela não se
acabará, e o azeite da tua botija não faltará, até ao dia em que o Senhor
fará chover sobre a terra" (vv. 13-14). .
Então, a viúva deu o punhado de farinha e o pouco de azeite ao Senhor, e Ele
os multiplicou "Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou,
segundo a palavra do Senhor, por intermédio de Elias" (v. 16). Justamente esse
punhado de farinha, isto é, em sentido figurado, o sentimento de Jesus, é o que
o Senhor quer. A Ele não importa a quantidade, mas a maciez, o estar moído. O
velho homem em nós tenta continuamente escapar astuciosamente desse
processo de moagem. Mas o Senhor foi previdente, pois lemos em Levítico 2 14:

"Se trouxeres ao Senhor oferta de manjares das primícias, farás a oferta


de manjares das tuas primícias de espigas verdes, tostadas ao fogo, isto
é, o grão esmagado de espigas verdes”

Portanto, não podemos escapar desse esmagamento e dessa moagem. Trata-


se de uma lei espiritual Anseias pela plenitude do Espirito Santo, então deixa
transformar-te em farinha, então aceita as pedras do moinho que Deus colocou
em teu caminho.

Quais ofertas de manjares não levavam azeite derramado sobre elas, mas eram
feitas com ele? Conforme o versículo 7, as de frigideira.

"Se a tua oferta for de manjares de frigideira, far-se-á de flor de farinha


com aceite.

As de frigideira parecem-me uma representação das provações. Defendemo-


nos e resistimos à moagem. Essa oferta de manjares era somente feita com
azeite, mas não amassada. A oferta de manjares amassada representa de modo
profundo os sofrimentos do Senhor Jesus.

Quando trouxeres oferta de manjares, cozida no forno, será de bolos


asmos de flor de farinha, amassados, com azeite, e obreias asmas
untadas com azeite. Se a tua oferta for de manjares cozida na
assadeira, sertã de flor de farinha sem fermento, amassada com azeite
(vv. 4-5).

Esse é o processo final da santificação. A flor de farinha é uma representação


do ser do Senhor Jesus. Se bem que não havia dureza nele, Ele foi levado à
fornalha acesa dos sofrimentos. E dessa fornalha acesa dos sofrimentos, sai o
bom aroma do céu, desse modo, milhões e milhões de pessoas foram salvas.
Quando o Senhor te conduz à comunhão dos Seus sofrimentos e tu os aceitas,
és um com Ele. Então não somente é derramado sobre ti o azeite do Espírito,
mas ficas cheio dele. Tornaste-te um com o Senhor

O último componente da oferta de manjares era incenso. Está dito repetidamente


e sobre ela porá incenso." Esse incenso estava inseparavelmente ligado à oferta
de manjares, o que significa que a santificação e o diálogo com o Senhor, o
Santo, estão inseparavelmente ligados. Flor de farinha, azeite e incenso eram
então queimados juntos:
“tomarás dela um punhado da flor de farinha, e do seu azeite com todo
o seu incenso, e os queimará como porção memo rial sobre o altar: é
oferta queimada, de aroma agradável ao Senhor" (v. 2b)”.

A vida moída, que ficou cheia do Espírito Santo, e o incenso, o espírito da


oração, transformam-se então em uma chama, a chama da oração.
Encontramos em Apocalipse 5: 8-9 a descrição dos resultados impressionantes
de uma vida queimada de tal maneira pelo Senhor

"e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro


anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa
e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos, e
entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro.

(Um dos primeiros resultados, é que o Senhor é louvado e glorificado. Mas tal
vida também tem poderosos efeitos sobre a terra)

"e da mão do anjo subiu à presença de Deus o fumo do in censo, com as


orações dos santos. E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar
e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto" (Ap 8.4-
5).

Por causa de tal oferta de manjares, que é queimada e vivida como aroma
agradável ao Senhor, a voz do testemunho é ouvida poderosamente e as
pessoas são tomadas pelo temor de Deus

Oferta pacífica

"Se a oferta de alguém for sacrifício pacífico, se a fizer de gado, seja macho ou
fêmea, oferecê-la à sem defeito diante do Senhor (Lv 3.1).

"Mas a carne do sacrifício de ações de graça da sua oferta pacifica se comerá


no dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até à manhã (Lv 7.15)

"Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só, mas se morrer,
produz muito fruto (Jo 12.24).

Em comparação com os outros sacrifícios do Antigo Testamento, a oferta


pacífica, o sacrifício de ações de graça tem uma característica especial. Ela é o
sacrifício do meio, o sacrifício central, e é citado entre o holocausto e a oferta de
manjares por um lado, e a oferta pelo pecado e pela culpa de outro lado. Tudo
procede do meio. A mensagem central da Bíblia é Jesus Cristo, o Crucificado.
No meio da Torá, da Lei do Antigo Testamento, está escrito: "Depois lhe coo
peitoral, pondo no peitoral o Urim e o Tumim (Luzes e Perfeições)" (Lv 8.8). Esse
é Jesus Cristo, a Luz do mundo e a Perfeição, a Justiça, de Deus.
Jesus Cristo é também nossa oferta pacífica, nossa oferta de gratidão: "Graças
a Deus pelo seu dom inefável" (2 Co 9.15). O grande engano religioso em nossos
dias, é que se quer tudo de Deus, mas se contorna o centro, a cruz. Falar de
uma vida santa, sem aceitar a cruz, não tem sentido. Minha pergunta é: Jesus
Cristo é o centro da tua vida?

A oferta pacífica em Levítico 3 é também o sacrifício do encontro. O homem


culpado encontra a Deus na oferta pacífica. Entre Deus e o homem existe um
abismo intransponível. Por mais que o homem se esforce para agradar a Deus,
ele não consegue alcançar o nível dele. Todos carecem da glória de Deus (Rm
3.23). A palavra hebraica para "oferta pacífica" significa "completar" ou "suprir a
insuficiência". No Antigo Testamento, portanto, o homem dava a Deus o que lhe
faltava E o que lhe faltava? Faltava-lhe, como também a ti, o encontro decisivo
com o Deus vivo. Todas as trevas e derrotas em tua vida acontecem porque não
O vês e reconheces como tua oferta pacífica e, por isso, também não tens um
encontro com Jesus Cristo. Não podes trazer nada a Deus, pois do teu lado há
sempre uma insuficiência. Mas, o que devemos dar a Deus? Ele nos deu Je-
sus, e nós voltamos a dar-Lhe Jesus. Isso soa estranho, mas não existe outra
possibilidade. Isso nos é mostrado na oferta pacífica:

24

"E porá a mão sobre a cabeça da sua oferta, e a imolará diante da porta da
tenda da congregação: e os filhos de Arão, os sacerdotes, espargirão o sangue
sobre o altar ao redor" (Lv 32). Em outras palavras: quando a pessoa trazia sua
oferta pacífica a Deus, ela se identificava com o animal, e identificando-se com
ele, que era sacrificado em seu lugar. trazia a Deus o que lhe faltava.

25

Somente dessa maneira Deus nos aceita. Apesar de sabermos disso e de


confessarmos com o poeta: "O sangue e a justiça de Cristo, são meus adornos
e vestes de honra, com os quais subsistirei diante de Deus, quando no céu
entrar", na prática, porém, a coisa é muitas vezes bem diferente. Entretanto,
somente podes ver a Deus se te tornaste um com o Senhor Jesus. Quem
reconhece isso, exclama: "Tenho nele, tudo que me falta." A Bíblia inteira está
cheia dessa mensagem do encontro entre Deus e o homem na oferta pacífica.

O rei Davi foi profeta. Seus salmos e seu procedimento com os inimigos são
proféticos. Saul perseguiu-o até ao sangue. Depois que o rei Saul e também
Jonatas, o príncipe herdeiro, tinham morrido, Davi assumiu o poder. Mas
Jônatas ainda tinha um filho, aleijado de ambos os pés: Mefibosete.
Notavelmente, esse nome significa: "o que espalha vergonha". Esse homem
aleijado, que não tinha mais nada de real em si, foi chamado por Davi. O rei
Davi, que é uma figura do Rei celestial, não o chamou, entretanto, para julgá-lo,
mas sim para salvá-lo: "Disse Davi: Resta ainda, porventura, alguém da casa
de Saul, para que use eu de bondade para com ele, por amor de Jonatas?" (2
Sm 9.1). Jónatas era o elo de ligação entre a casa de Saul e a casa de Davi.
Seu nome significa: "dom de Deus". Ele é um tipo do Senhor Jesus. Nele
vemos, como a oferta pacífica é aplica- da: o homem culpado é aceito por Deus
e passa a ter comunhão com o Deus vivo. O ponto alto desse sacrifício é a
refeição. No Antigo Testamento, tratava-se de uma alegre festa de
reconciliação. O próprio Deus era o anfitrião. Ele recebia o melhor. Lemos em
Levítico 3.3-4: "Do sacrifício pacífico fará oferta queimada ao Senhor: a gordura
que cobre as entranhas, e toda gordura que está sobre as entranhas; como
também os dois rins, a gordura que está sobre eles..." Aquele que oferecia o
sacrifício, podia participar da refeição. Levítico 7.15 o diz muito claramente:

26

"Mas a carne do sacrifício de ações de graça da sua oferta pacífica se comerá


no dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até à manhã." Tratava-se da
aceitação completa da comunhão com o Deus vivo. Pessoas amedrontadas
ficavam felizes e contentes. Entendemos agora o que Davi quer dizer no Salmo
23.5, quando afirma: "Preparas-me uma mesa na presença dos meus
adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda." Nossos
mais profundos anseios são satisfeitos, pois temos comunhão com o Pai e o
Filho. Em espírito vejo esse aleijado Mefibosete sentado à mesa do rei. O nível
dos dois é completamente diferente. Davi teria o direito de castigá-lo e matá-lo,
pois ele era o culpado, o miserável. Mas eles têm comunhão um com o outro.
Por quê?"...por amor de Jonatas...", lemos repetida- mente em 2 Samuel 9.

Essa comunhão na oferta pacífica não elimina nossa miséria. O Salmo 22.26
diz: "Os sofredores, hão de comer e fartar-se; louvarão o Senhor os que o
buscam. Viva para sempre o vosso coração." Quando Mefibosete estava senta-
do à mesa de Davi, seu sofrimento não foi removido, mas coberto pela mesa
da comunhão: "Morava Mefibosete em Jerusalém, porquanto comia sempre à
mesa do rei. Ele era coxo de ambos os pés" (2 Sm 9.13), Ele morava na
Cidade Santa, no palácio, sim, ele se assentava à mesa do rei, e mesmo assim
era coxo de ambos os pés. Ele continuava fraco e miserável, mas podia
exclamar: "Quando sou fraco, então é que sou forte. Estou em comunhão com
meu rei, por amor de Jonatas." Apesar de sermos miseráveis, gloriamo-nos no
poder do nosso Deus e agradecemos ao Senhor, por força do fato de Jesus
Cristo ter-se tornado nossa oferta pacífica.

A oferta pacífica é também um sacrifício de louvor. Esse


sacrifício é o objetivo mais elevado que Deus tem conosco,
isto é, que Ele seja louvado e exaltado.

27

Seu santo Nome deve ser glorificado. Em toda a história mundial, no final das
contas, a única coisa que importa é o louvor a Deus. Para isso também foram
criados os céus e a terra. O salmista o compreendeu e exclama: "Bendirei o
Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios" (SI
34.1). Somos tão egocêntricos, tão dominados por uma vaidade doentia, que
facilmente perdemos de vista esse eleva- do alvo do louvor a Deus e por isso
perdemos as forças. Esquecemos, que Deus criou o mundo visível e invisível
somente para esse fim.

28

Paulo diz: "pois nele foram criadas todas as cousas, nos céus e sobre a terra,
as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados,
quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele" (CI 1 16). Também a
criação exalta a glória de Deus "Os céus proclamam a glória de Deus e o
firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e
uma noite revela conhecimento a outra noite" (SI 19.2-3)

Não podemos ver o Senhor, mas percebemos como Ele é louvado Isaias viu e
ouvi como os serafins louvavam o Senhor e exclamavam "Santo, santo santo é
o Senhor dos Exércitos, toda à terra está cheia da sua glória (Is 6.3) O mais
glorioso louvor em honra a Deus, porém, aconteceu, acontece e acontecerá em
nossa pequena Terra Comparada com o Universo, nossa Terra é como uma
partícula de pó. Poderíamos fazer uma comparação com um pátio em que há
muitos tonéis cheios de areia. Quantos milhões de grãos de areia cabem em
cada tonel! Um desses grãos é nossa Terra. Aqua Deus fez a coisa mais
gloriosa, aquilo que mais engrandeceu o Seu louvor Todo o Universo ficou
admirado e milhões de anjos assistiram. Deus entregou a oferta pacífica, o
sacrifício de ações de graças, Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, que foi morto
pelos pecados de todo o mundo Esse ato de Deus faz jubilar os anjos, a Igreja
de Jesus e os quatro seres viventes em Apocalipse 58-10 e quando tomou ο
livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciões prostraram-se diante
do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de
incenso, que são as orações dos santos, entoavam novo cântico, dizendo
Digno és de tomar a livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o
teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo
e nação, e para o sesse Deus os constituíste reino e sacerdotes, e reinarão
sobre a terra

29

Em Gênesis 11 temos o "não" do homem a Deus, seu esforço de baixo para


cima: a construção da torre de Babel. E em Gênesis 12 encontramos o "sim" de
Deus ao homem: a vocação de Abraão a vocação de Israel. Hoje em dia torna-
se cada vez mais alto o "não" do homem, mas também o "sim" de Deus se
torna cada vez mais alto. Esses dois capítulos (Génesis 11 e 12) correm
paralelamente também em nossos dias: Israel e Jerusalém são novamente
construídos, mas paralelamente fica cada vez mais arrogante a Babel mundial,
o "não" do homem, que se expressa na teologia moderna, em uma igreja
mundana e na rejeição de Israel. Deus, porém, prossegue com perseverança O
Oriente Médio está na boca de todos, Israel chama a atenção e Jerusalém é o
centro das discussões. Ouve-se cada vez mais sobre a construção do templo
em Israel Aproximamo-nos da oferta pacífica, pois Jesus voltará e a Grande
Cera está muito próxima

De Salomão está escrito. "Oferecia Salomão três vezes por ano holocaustos, e
sacrifícios pacíficos sobre o altar que edificara ao Senhor, e queimava incenso
sobre o altar perante o Senhor" (Rs. 9.250). Vemos o Louvor de Deus
resplandecer por três vezes no Plano de Salvação. Primeiro na Criação,
segundo entre os anjos, e terceiro em Israel Todos os acontecimentos entre os
povos têm relação com Israel Isso é claramente mostrado no Salmo 68.33-36:
"Reinos da terra, cantai a Deus, salmodiai ao Senhor, aquele que encima os
céus, os céus da antiguidade, eis que ele faz ouvir a sua voz, voz poderosa.
Tributai glória a Deus, a sua majestade está sobre Israel, e a sua fortaleza nos
espaços siderais Ó Deus, tu és tremendo nos teus santuários, e Deus de Israel,
ele da força e poder ao povo. Bendito seja Deus!" Israel aproxima-se do
Santuário, do holocausto e da oferta pacífica. Esse sacrifício de ações de graça
habita pela fé em nossos corações: "Cristo em vós, a esperança da glória
(C1127) Sabemos que Jesus será manifestado diante

30

de todo o mundo para a glória de Deus Já o percebemos na Antiga Aliança. E


esclarecedor que o Segundo Livro de Samuel termina com um ato de fé
"Edificou ali Davi ao Senhor um altar e apresentou holocaustos e ofertas
pacificas Assim o Senhor se tornou favorável para com a terra, e a praga
cessou de sobre Israel (2 Sm 24.25) Através dos holocaustos e das ofertas
pacíficas, Davi apropriou-se na fé da vitória sobre todo o povo, e a
consequência foi a cessação do juízo. Também nós apropriamo-nos na fé da
oferta pacífica, Jesus Cristo, e assim ficamos a salvo do juízo Mas o juízo vai
afastar-se também do atual Israel, quando reconhecer seu Messias

O grande perigo para nós filhos de Deus consiste em Jesus, a oferta pacífica
de Deus, não poder tomar todo o lugar em nós. Quando é assim, trata-se de
uma abominação para Deus Levítico 7 18 diz. Se da carne do seu sacrifício

31

[ imagem ] pág 32

pacifico se comer ao terceiro dia, aquele que a ofereceu não será aceito, nem
lhe será atribuído o sacrifício, cousa abominável será, e a pessoa que dela
comer levará a sua iniquidade." E o versículo 15 ordena: "a carne do sacrifício
de ações de graça da sua oferta pacífica se comerá no dia do seu
oferecimento; nada se deixará dela até à manhã."

O Senhor convida para a comunhão junto ao sacrifício. Ele reúne Seus santos.
Se, porém, alguém transforma em abominação o sacrifício de ações de graça,
que tem efeitos tão maravilhosos junto a Deus, não o aceitando inteiramente,
não o comendo inteiramente, deixando a carne até ao terceiro dia, ele deixa
passar o prazo da ressurreição para si mesmo. Jesus morreu e ressuscitou ao
terceiro dia. Quem, entretanto, não morrer com Ele, também não viverá com
Ele (comp. 2 Tm. 2.11)!

A oferta pelo pecado e a oferta pela culpa


"Disse mais o Senhor a Moisés. Fala aos filhos de Israel, dizendo: Quando
alguém pecar por ignorância contra qualquer dos mandamentos do Senhor, por
fazer contra algum deles o que não se deve fazer, se o sacerdote ungido pecar
para escândalo do povo, oferecerá pelo seu pecado um novilho sem defeito ao
Senhor, como oferta pelo peca- do" (Lv 4.1-3).

"Disse mais o Senhor a Moisés. Quando alguém cometer ofensa, e pecar por
ignorância nas cousas sagradas do Senhor, então trará ao Senhor por oferta
um carneiro sem de feito do rebanho, conforme a tua avaliação em siclos de
prata, segundo o siclo do santuário, como oferta pela culpa. Assim restituirá o
que ele tirou das cousas sagradas, e ainda acrescentará o seu quinto e o dará
ao sacerdote as-

33

sim o sacerdote, com o carneiro da oferta pela culpa, fará expiação por ele, e
lhe será perdoado" (Lv 5.14-16).

Temos que analisar juntas a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa, porque
esses dois sacrifícios têm relação com nossa aflição mais profunda, eu quase
diria, dupla: a oferta pelo pecado, com nosso pecado, e a oferta pela culpa,
com nossos pecados. Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, tomou sobre Si nossa
duplamente desesperadora aflição. Ele tornou-se nossa oferta pela culpa,
tomando sobre Si toda culpa, todos os atos culpáveis, de todos os homens de
todos os tempos. Isso é dito com uma impressionante frase na Bíblia: "Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (Jo 1.29). Mas Jesus Cristo é
ainda mais. Ele tornou- se também a oferta pelo pecado, e esse é o segredo do
Gólgota: "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós..." (2 Co
5.21). A oferta pelo pecado trata do cará- ter do homem e a oferta pela culpa
dos seus atos pecaminosos. Jesus realizou tudo por todos, trilhando o caminho
do sacrifício, passo a passo

Como já dissemos, o holocausto é o primeiro sacrifício citado em Levítico.


Jesus Cristo veio como o Holocausto per- feito: "Eis aqui estou (no rolo do livro
está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade" (Hb 10.7).
Então Ele representou na terra, através da Sua vida santa, a oferta de
manjares, e nas ofertas pelo pecado e pela culpa Ele resplandece como o
Cordeiro, pois nos reunificou com Deus. Como oferta pelo pecado, Ele mesmo
foi feito peca- do na cruz, e finalmente Ele também tornou-se a oferta pela
culpa, quando tomou sobre Si todos os pecados. Desse modo, Ele realizou
uma redenção completa até às profundezas da nossa completa corrupção.
A diferença entre a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa aparece
claramente em Levítico 4 e 5. Quanto ao pecado,

34

somos todos iguais. Romanos 3.23 diz: "...pois todos pecaram e carecem da
glória de Deus". No que se refere, entre- tanto, aos pecados, somos diferentes.
Deus julgará a cada um, "segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do
corpo" (2 Co 5.10b).

O que uma pessoa precisa fazer, para se perder eternamente? Basta que ela
permaneça como nasceu, pois o pecado já está nela. Por natureza estamos
eternamente perdidos, motivo porque temos que nascer de novo (Jo 3.3).

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A oferta pelo pecado alcança todas as categorias de pessoas. O Senhor não


esquece ninguém. Pequenos e grandes são confrontados com a oferta pelo
pecado. Em primeiro lugar são citados os anônimos, que não querem revelar
seus nomes. Eles permanecem ocultos: "Disse mais o Senhor a Moisés: Fala
aos filhos de Israel, dizendo: Quando alguém pecar por ignorância contra
qualquer dos mandamentos do Senhor, por fazer contra algum deles o que não
se deve fazer" (Lv 4.1-2). As palavras. "Quando alguém pecar.", mantêm o
anonimato. Mas temos que chegar à luz com nossa corrupta natureza
pecaminosa, para sermos confrontados com a oferta pelo pecado, Jesus
Cristo. O Salmo 139.7 diz. "Para onde me ausentarei do teu Espírito para onde
fugi- rei da tua face?" Não podemos fugir dele, o Senhor nos vê em qualquer
lugar. Ele até conhece nossos pensamentos de longe (v. 2) Quem são esses
anônimos? Levítico 4.3 nos dá a resposta se o sacerdote ungido pecar para
escândalo do povo, oferecerá pelo seu pecado um novilho sem defeito ao
Senhor, como oferta pelo pecado." Também em nossos dias, os anônimos não
são os que se prostituem, os ladrões e os assassinos. Esses não podem
esconder nada, pois seus pecados são visíveis. Mas o grave e a causa da
morte dentro da Igreja de Jesus são os "reis e sacerdotes", que pecam
anonimamente. Eles precisam vir à luz! Um avivamento não começa no mundo.
Ele também não é iniciado por muitas atividades exteriores. Um despertamento
começa primeiro entre os crentes. Mas queres ficar anónimo, porque és
piedoso só exteriormente.

Depois do "sacerdote", toda a igreja é atingida, "Mas se toda a congregação de


Israel pecar por ignorância, e isso for oculto aos olhos da coletividade, e se
fizerem, contra algum dos mandamentos do Senhor, aquilo que se não deve
fazer, e forem culpados, e o pecado que cometeram for no- tório então a
coletividade trará um novilho como oferta pelo pecado, e o apresentaram diante
da tenda da congregação (Lv 4.13-14).
36

A "coletividade" dos crentes, a igreja, somente chega à salvadora e redentora


oferta pelo pecado, se primeiro o indivíduo, o sacerdote, que é ungido com o
Espírito Santo, chegar-se à luz Somente então Deus pode dar um
despertamento que se espalhe, de modo que nos tornemos dignos de crédito
para as pessoas que ainda vivem no mundo. Como outra categoria, ainda são
citados os "príncipes" "Quando um príncipe pecar, e por ignorância fizer
alguma de todas as cousas que o Senhor seu Deus ordenou não fizessem, e
se tornar culpado, ou se o pecado, em que ele caiu, lhe for notificado, trará por
sua oferta um bode sem defeito" (Lv 4.22-23). Notavelmente, um príncipe deve
oferecer um bode. Um bode tem chifres, que são um sinal de poder. Podemos
ser fortes e poderosos, mas quando pecamos, também nós precisamos vir à
oferta pelo pecado, Jesus Cristo, para sermos unidos a Ele.

Além disso, também as pessoas simples, comuns, tem que vir à luz. "Se
qualquer pessoa do povo da terra pecar por ignorância, por fazer alguma das
cousas que o Senhor ordenou se não fizessem, e se tornar culpado, ou se o
pecado, em que ela caiu, lhe for notificado, trará por sua oferta uma cabra sem
defeito, pelo pecado que cometeu (vv. 27 28). Todos nós temos que prestar
contas diante do Deus vi- vo. Existem tantos que falam mal de outros crentes,
mas quando estiverem um dia diante do trono de Deus, Ele não lhes
perguntará o que os outros fizeram, e sim. O que tu fizeste com a oferta pelo
pecado, Jesus Cristo" Ele somente vai querer saber se tu vieste à luz e te
deixaste convencer do pecado

Em Levítico 5.7 temos mais uma categoria de pessoas que tem que ser
confrontada com a oferta pelo pecado, com Jesus Cristo: "Se as suas posses
não lhe permitirem trazer uma cordeira, trará ao Senhor como oferta, pela culpa
que cometeu, duas rolas, ou dois pombinhos, um como oferta

37

pelo pecado, e o outro como holocausto. Isso se refere ao homem


materialmente pobre. Quão bom e fiel é o Senhor, que lembra de todos! Ele
não esquece de ninguém. Esses seis tipos de pessoas mostram, que todos
pecaram. Mas o Espírito Santo oferece a todos Sua oferta pelo pecado, Jesus
Cristo que foi feito pecado por nós.

Como já dissemos, no que se refere ao caráter do homem, todos somos iguais.


Quanto à medida da culpa, entretanto, somos diferentes. Isso fica claro na
oferta pela culpa. Ela não é para todos os homens, pois somente está dito:
Quando alguém cometer ofensa", isto é, quando alguém inesperadamente der
lugar ao pecado que nele habita, tornando-se culpado "Quando alguém
cometer ofensa, e pecar por ignorância nas cousas sagradas do Senhor, então
trará ao Senhor como oferta pela culpa" (Lv. 5:14) Em
38

contraste com a oferta pelo pecado, na oferta pela culpa o Senhor chama o
pecado pelo nome a ofensa nas coisas consagradas a Deus, a avareza, a
cobiça, a ganância. Essa é uma terrível culpa, que muitos têm. O que fazes
com teu tempo, que pertence ao Senhor? Hoje em dia, temos grandiosas
oportunidades para trabalhar pelo Senhor e sabemos que temos pouco tempo.
A Palavra de Deus nos adverte: "vede prudentemente como andais, não como
néscios, e. sim, como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus (Ef. 5
15-16). O que fazes com teu corpo? Ele não pertence a ti mesmo: "Acaso não
sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual
tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos (1 Co 6.19). Como
usas teu dinheiro? Ele não te pertence! Das coisas consagradas ao Senhor, o
que foi que tomaste para ti? "Quem ama a sua vida, perde a" (Jo. 12.25a). Se
bem que aceitas Jesus como tua oferta pela culpa, não vais adiante Nada
muda em tua vida. Admites que pecaste & te apropriaste do que pertence a
Deus, mas isso não é sufi- ciente Por força da oferta pela culpa realizada por
Jesus Cristo, o Senhor exige de cada um de nós obediência prática na fé Isso
nos é dito claramente na oferta pela culpa. Aquele que havia cometido ofensa
nas coisas sagradas do Senhor, não somente tinha que trazer uma oferta pela
culpa, mas tinha que provar com atos que estava levando o assunto a sério:
"Quando alguém cometer ofensa, e pecar por ignorância nas cousas sagradas
do Senhor, então trará ao Senhor por oferta um carneiro sem defeito do
rebanho, conforme a tua avaliação em siclos de prata, segundo o siclo do
santuário, como oferta pela culpa Assim restituirá o que ele tirou das cousas
sagradas, e ainda acrescentará o seu quinto e o dará ao sacerdote, assim o
sacerdote, com o carneiro da oferta pela culpa, fará expiação, por ele; e lhe
será perdoado (Lv 5 15-16) O que adianta admitir a culpa, se não fizermos a
restituição, isto é, se não a eliminarmos Muitos estão dispostos a concordar
que erraram, mas não querem deixar o pecado de que se arrependem.

39

João Batista, por exemplo, percebeu isso muito claramente. Lemos em Mateus
3.5-6: "Então saíram a ter com ele Jerusalém, toda a Judeia e toda a
circunvizinhança do Jordão, e eram por ele batizados no rio Jordão,
confessando os seus pecados." As pessoas admitiam que tinham pecado. Mas
então continuamos lendo: "Vendo-o, porém, que muitos fariseus e saduceus
vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da
ira vindoura? Produzi, pois, fruto digno do arrependimento (v. 7-8). A Bíblia
Viva diz. "provem que vocês abandonaram o pecado, praticando obras dignas".
Podemos dizê-lo também assim: Quando vocês se arrependerem, cuidem para
deixar os pecados de que se arrependerem, ou vocês serão raça de víboras.
Esse é o problema atual e por isso falta a transformação em muitos. Todo o
Novo Testamento ensina, que devemos deixar os pecados. Lemos, por
exemplo, em Romanos 13.12: "Vai alta a noite e vem chegando o dia.
Deixemos, pois, as obras das trevas, e revistamo-nos das armas da luz" Essas
palavras são proféticas e nos dizem que o dia em que Jesus vai voltar está
próximo. Agora chegou o momento em que devemos nos tornar obedientes.
Paulo diz em Efésios 4.22-25: "no sentido de que, quanto ao trato passa- do,
vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências
do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais
do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da
verdade. Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu
próximo, porque somos membros uns dos outros." Notavelmente, Paulo retorna
sempre a esse ponto. Já naquela época, ele percebeu quão grande é o perigo
dos crentes contornarem a cruz para si mesmos.

Do que devemos nos despojar? Paulo não nos deixa em dúvida: "Agora,
porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade,
maledicência, linguagem obscena do vosso falar Não mintais uns dos outros,

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uma vez que vos despistes de velho homem com os seus feitos, e vos
revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo
a imagem daquele que o criou (C) 3.8- 101. E então ele mostra o maravilhoso
guarda roupa do céu "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e
amados. de ternos afetos de misericórdia de bondade de humilda

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de, de mansidão, de longanimidade. Suportando-vos uns aos outros,


perdoando-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra
outrem. Assim com o Senhor vos perdoou, perdoai vós; acima de tudo, porém,
esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo árbitro em
vossos corações, à qual, também fostes chamados, em um só corpo: e sede
agradecidos. (vv.12-15).

42

Esse é o caminho do pecador ao sacrifício. No fundo, os cinco sacrifícios do


Antigo Testamento são uma maravilhosa unidade.

Pedro e Paulo tinham personalidades completamente diferentes, mas Pedro


seguia exatamente a mesma linha de Paulo, apesar de não o ter combinado
com ele. Ele disse: "Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de
hipocrisias e invejas, e de toda sorte de maledicências, deseja ardentemente,
como crianças recém nascidas a genuíno leite espiritual, para que por ele vos
seja dado crescimento (1 P 21 21. O apóstolo Tiago também tinha outra
personalidade Ele era ainda mais marcado pela lei do Antigo Testamento,
Também ele escreveu cada um é tentado pela sua própria cobiça" (Tg 1 14) e
"Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto (v 17). Ele diz "Não vos
enganeis, meus amados irmãos (v 763 Em outras palavras Não aceitem um
falso cristianismo Em quase foda

43

reunião de oração, ouço algo como: "Oh! Senhor, faz com que eu seja
obediente!". Com isso se diz, na verdade. "Caso eu não seja obediente, a culpa
é de Deus" Foi o que já fez Adão, quando Deus Ilhe perguntou: "Comeste da
árvore de que te ordenei que não comesses?" (Gn 3.11b), e ele respondeu: "A
mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi" (v. 12). -
Tiago prossegue. "Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo
do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança.
Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que
fôssemos como que primícias das suas criaturas. Sabeis estas cousas, meus
amados ir- mãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar,
tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus.
Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei
com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as
vossas almas. Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente
ouvintes, enganando-vos a vós mesmos" (Tg 117-22). O engano que acontecia
frequentemente no Antigo Testamento. era alguém vir com uma oferta pela
culpa ao sacerdote, confessando seus pecados, mas não devolvendo o que
tinha roubado. Tu fazes o mesmo. Apesar de confessares teus pecados, não
as deixas com base na obra realizada por Jesus Cristo. Dessa maneira,
continuamos hipócritas até a velhice

Muitos me perguntam, por que ficaram tão mornos e indo- lentes em sua vida
de oração e não têm mais o anseio de ganhar almas para o Senhor. De quem é
a culpa. Certamente ela não é do sacrifício de Jesus Cristo! A razão, é que eles
não querem deixar os pecados de que se arrependeram Hebreus 12 1 diz:
"Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de
testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso, e do pecado que
tenazmente nos assedia "

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Quais são as condições para experimentar pessoalmente o poder reconciliador


e redentor da oferta pelo pecado e da oferta pela culpa? Podemos fazer
somente uma coisa re- conhecer e confessar; do resto o Senhor cuida. Em
Levítico 4 isso nos é dito claramente "e o pecado que cometeram for notório..."
(v 14);" se o pecado, em que ele caiu, lhe for notificado" (v. 23); "se o pecado,
em que ela caiu, lhe for notificado, trará por sua oferta uma cabra." (v. 28).
Somente podemos nos deixar convencer O problema, entretanto, é que muitos
evitam esse estágio Eles não permitem que o Espírito de Deus os convença
dos seus pecados. Todo o nosso cristianismo não adianta para nada, se não
permitirmos que o Espírito de Deus nos mostre os pecados que ainda não
deixamos e se não admitirmos as terríveis consequências deles para toda a
Igreja de Jesus

Quando se fala de um príncipe, de toda a coletividade, de uma pessoa do povo


ou de uma pessoa pobre, está escrito "Quando alguém pecar por ignorância..."
Mas do sacerdote está escrito se o sacerdote ungido pecar para escândalo do
povo, oferecerá pelo seu pecado." (Lv 43). A Bíblia Viva diz. "Se um sacerdote
em pleno exercício das funções sacerdotais pecar sem querer, tornando com
isso culpado o povo Quando o sacerdote peca, portanto, há consequências
para todo o povo. Aqui temos a necessidade de definição em nossa vida como
crentes, como "reis e sacerdotes" do Novo Testamento. Ou tornamos culpada
toda a igreja, ou levamos pessoas à reconciliação Pois, do sacerdote lemos
"Assim restituirá o que ele tirou das cousas sagradas, e ainda acrescentará o
seu quinto e o dará ao sacerdote assim o sacerdote, com o carneiro da oferta
pela culpa, fará expiação por ele, e lhe será perdoado" (Lv 5 16). Somos
sempre uma maldição ou uma bênção para os que estão à nossa volta, ou
atraímos pessoas a Jesus ou as afastamos dEle.

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Talvez continuas ainda procurando a culpa em teu próximo e não sabes que
ela é tua. Inicialmente, Acã nem percebeu que ele era a verdadeira razão da
derrota em Ar. Mas quando Josué orou, o Senhor lhe disse: "Levanta-te, por
que estás prostrado assim sobre o teu rosto? Israel pecou, e violaram a minha
aliança, aquilo que eu lhes ordenara, pois tomaram das cousas condenadas, e
furtaram, e dissimularam, e até debaixo da sua bagagem o puseram" (Js 7.10-
11) Somente quando Acã reconheceu seu pecado e a mal- dição foi eliminada,
Israel voltou a vencer

Se não há vitória, transformação e poder para orar onde te encontras, isso é


assim porque o Senhor espera que sucumbas, pois tornaste culpada tua família
e os que estão à tua volta. Para agora de somente aceitar o sacrifício de Jesus,
excluindo a ti mesmo! Pelo contrário, eu te exorto: "Vem agora à luz com teu
pecado, confessa-o e deixa-o!" Então o sacrifício do Senhor Jesus terá
maravilhosos efeitos também através de ti

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