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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI

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AUTISMO:
Educação e inclusão no contexto religioso

Andréa Cristina Cardeal Brito Macedo


Prof. Orientador
Joice Maria de Souza Ferreira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Psicopedagogia (FLC3368LPS) – Projeto de Ensino
05/12/2023

RESUMO
A presente pesquisa teve por objetivo esclarecer a educação e inclusão de crianças com transtorno
do espectro autista no contexto religioso. Alguns autores renomados foram pauta desse trabalho.
De forma exploratória a pesquisa estabeleceu-se numa abordagem descritiva, utilizando pesquisas
bibliográficas: livros, artigos científicos e páginas da WEB google acadêmico. Os achados
indicaram que o aumento de crianças com Transtorno do espectro autista vem crescendo
consideravelmente, isso devido ao avanço no desenvolvimento do diagnóstico. Nas estatísticas a
CDC - Centers for Disease Control and Prevention divulgou em 2018 que para cada 59 crianças
nascidas nos EUA 1 era diagnosticada com TEA, já a ONU – Organização das Nações Unidas
informa que cerca de 1% a 2% da população mundial possui autismo, e no Brasil cerca de 2
milhões de pessoas. Verificou que a igreja tem um papel importante na educação e inclusão de
crianças ou pessoas com TEA, mesmo que a inclusão ainda seja um assunto complexo, a igreja tem
acordado e se disponibilizado, para exercer o papel de promotora da inclusão.

Palavras-chave: Igreja; autismo; inclusão; espiritualidade; religiosidade.

1 INTRODUÇÃO

O presente projeto tem área de concentração voltada para Educação Inclusiva dando ênfase
ao tema, Autismo: Educação e inclusão no contexto religioso. O tema foi escolhido, pois pouco se
fala sobre a inclusão de pessoas com TEA no contexto religioso e esse é um direito que lhe foi
dado. A inclusão garante que todos, independente de suas particularidades tenham direitos e deveres
a uma vivencia de qualidade.
Independentemente do gênero, classe social ou outras características individuais e / ou
sociais, a inclusão é um direito fundamental de todas as crianças. Enquanto direito fundamental, o
direito à inclusão não pode ser negado a nenhum grupo social nem a nenhuma faixa etária
(BAPTISTA, 1999; BÉNARD DA COSTA, 1999; CÉSAR, 2003).
O Transtorno do Espectro Autista, popularmente conhecido como autismo, é um
distúrbio do neurodesenvolvimento. Ele tem início nos primeiros anos da infância e persiste na
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adolescência e vida adulta, embora seus sintomas possam reduzir de modo considerável mediante
tratamento.
De acordo com Cunha (2007), o TEA é um distúrbio multifatorial e crônico e por tratar-se
de um espectro, a variabilidade em relação aos sintomas e graus de comprometimento não
permite a generalização das pessoas com autismo. No entanto, comprometimentos na comunicação
e interação social e alterações comportamentais são comuns em crianças com TEA (APA, 2013).
A autismo tem diagnóstico distinto para cada pessoa, ou seja, nem todas as pessoas terão o
mesmo comportamento. Algumas pessoas conseguem ter uma vida típica, como estudar, trabalhar, e
se relacionar. Já outras tem muita dificuldade de interagir com o mundo e com as pessoas a sua
volta, precisando de cuidados por toda vida.
De acordo com OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde, nos últimos anos houve um
crescimento exorbitante de pessoas com Transtorno do Espectro Autista, uma em cada 160 crianças
tem diagnóstico de TEA, o CDC - Centers for Disease Control and Prevention divulgou em 2018,
que a prevalência do TEA nos Estados Unidos em 2014 era de 1 para cada 59 crianças. Conforme a
ONU - Organização das Nações Unidas, a prevalência de autismo é de aproximadamente 1% da
população mundial (TISMOO, 2018). Essas estatísticas ocorrem devido o desenvolvimento
aprimorado do diagnóstico.
Não obstante os números de casos e dos avanços obtidos na inclusão, com a aprovação da lei
12.764/2012, a sociedade de modo geral, historicamente pautou-se na discriminação aos diferentes
(LACERDA, 2017).
Atualmente, o conceito de inclusão encontra-se em evidência e entende-se nesse sentido que
a inclusão deve ocorrer sem distinções e/ou condições, implicando na transformação dos espaços
para atender às necessidades de forma integral, pautando-se na capacidade de atender às diferenças,
sem discriminar (MANTOAN,2011).
Hoje em dia ainda é possível identificar discriminação a crianças diagnosticada com TEA,
tanto de adultos, quanto de criancinhas na escola ou ate mesmo parentes, por terem comportamentos
atípicos.
Também já foram expostos casos de tratamentos inadequados no contexto educacional. A
escola não soube compreender a forma de agir das crianças com Transtorno do Espectro Autista,
tratando as mesmas como crianças “má criadas”.
E no contexto religioso, como lidam os pastores e membros da igreja com pessoas
diagnosticadas com TEA? Ainda que o os temas relacionados a inclusão estejam em indicio é

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evidente que ainda há fatos que prejudicam a inclusão de crianças com TEA no contexto religioso e
nos demais contextos.
Por falta de informação a inclusão de crianças com TEA no contexto religioso ainda é
complexa, porém os membros tem acordado para oportunizar as crianças com espectro autista e
suas famílias a vivenciar o exercício da religiosidade/espiritualidade.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Educação Inclusiva é a área de concentração que iremos explanar neste trabalho nos
aprofundando no tema, Autismo: Educação no contexto religioso.
A filosofia da inclusão exige que a criança seja cuidada como um todo e não apenas como
um membro, levando em consideração os níveis de desenvolvimento (social, acadêmico, emocional
e pessoal), para que lhe seja ofertada uma educação adequadamente, conduzida a um potencial
desenvolvimento.
Em primeiro lugar devemos entender o que é o autismo, seus níveis e características e como
ele se encaixa na inclusão social.
Desde que foi citado pela primeira vez em 1911 por Eugene Bleuer, o termo autismo sofreu
alterações quanto a classificação e compreensão do quadro.
De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatístico de transtornos mentais (APA, 2013),
o autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem origem precoce e caracteriza-se por
déficits na comunicação social e na interação social, além de padrões repetitivos e interesses
restritos.
Cunha(2007) Esclarece que o Transtorno do Espectro Autista é crônico e multifatorial, e por
ser um espectro apresenta variações relacionados aos sintomas e os graus de comprometimento não
permitem generalização de pessoas com TEA, por isso se faz necessário avaliar cada pessoa
levando em consideração suas características.
Gomes et al., (2015) assinala sobre o sobrepeso que afeta os familiares de crianças autista
dificultando o convívio de qualidade de todos os membros.
Conforme Melo et al., (2015), a literatura aponta a espiritualidade/religiosidade como
componente indispensável a subjetividade humana, pois estão ligados a construção de sentido.
Espiritualidade e religiosidade em alguns episódios costumam ser apresentadas como
sinônimos, mesmo que alguns autores os pensam nelas como construção puramente mental.

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Vergotee Gandelman (2013) citados por Melo e colaboradores (2015) descrevem a religiosidade
como acontecimentos relativos à busca de responder questões existenciais, que dão sentido à vida.
Na mesma linha de pensamento Angerami-Camon (2008 apud Melo et al., 2015) a
religiosidade permite uma reflexão sobre si e o próximo, buscando sentido para além do mundo
material.
Apesar da relevância da espiritualidade/religiosidade para constituição da subjetividade
humana e como promotora de bem-estar (MELO et al., 2015), de acordo com Gomes (2014), não
obstante o amparo legal, pessoas com necessidades especiais, continuam sofrendo discriminação, o
que dificulta seu pleno desenvolvimento; o que pode causar prejuízos à saúde mental de toda a
família (MELO et al., 2015).
Os desafios enfrentados são muitos o caminho é longo, mesmo porque o tempo de adaptação
das pessoas com TEA é variado (BANKS, 2019).
As representações sobre a pessoa com deficiência foram construídas ao longo da história
cristã, perdurando implicitamente nas ações de segregação e no afastamento destas pessoas da
sociedade, destinando-as a instituições de atendimento específico. Tal estigma incapacita a pessoa
com deficiência, ao julgá-la inapta a atuar na sociedade por conta de sua condição (STRELHOW,
2018).
De acordo com Darke (2015), a igreja é atualmente conhecida como um local de inclusão,
evangelismo e acolhimento. Todos, incluindo as pessoas com deficiência, devem ter a possibilidade
de conhecer as escrituras e de participar de uma igreja local (BANKS, 2018).

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De acordo com Silva (2015), o significado de inclusão social é baseado no princípio da


equidade e no conceito de acessibilidade. Primeiramente a ênfase estava na integração social, em
que o objetivo era habilitar ou reabilitar as pessoas atípicas a serem capazes de fazer as coisas como
as demais pessoas típicas.
Na inclusão social as iniciativas devem partir da sociedade, promovendo meios para que
pessoas com deficiência convivam em sociedade (SILVA, 2015). A inclusão direciona para os
objetivos, que ofertam possibilidades de aprendizagem apropriadas para as necessidades de crianças
diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista.
Para Serra (2004, p. 28):
Promover a inclusão significa uma mudança de postura e de olhar acerca da
deficiência. Implica em quebra de paradigmas, em reformulação do
nosso sistema [...] na qual, o acesso, o atendimento adequado e a
permanência sejam garantidos a todos [...]”, independentemente de suas
diferenças e necessidades

Ainda que seja considerado complexo, o processo de inclusão e a convivência compartilhada


da criança com autismo pode oportunizar os contatos sociais e favorecer não só o seu
desenvolvimento, mas das outras crianças, na medida em que estas últimas convivam e aprendam
comas diferenças (BOSA 2006 apud CAMARGO; BOSA, 2009). Através da igreja pode se
estimular a inclusão de pessoas diagnosticadas com TEA.
Devido as leis criadas, grande parte da sociedade se viu encurralados a oportunizar a
inclusão de pessoas atípicas.
Silva (2015) citando Costa-Renders (2009, p.145).
A teologia tem o papel de construir uma estrutura inclusiva na sociedade,
promovendo a dignidade a todas as pessoas ao oferecer um modelo de
inclusão que alcance outras áreas, permitindo que pessoas com deficiência
também exerçam sua espiritualidade/religiosidade.

De acordo com SILVA (2015) É indispensável o preparo para desenvolver esta convivência
em que a sociedade, em geral, passe a respeitar as individualidades e diferenças de cada um. O autor
ressalta que essa inclusão que se deu início na educação seja ampliada ao contexto religioso
independente de sua denominação, pois todos, inclusive as pessoas atípicas, ou seja, que possuem
algum tipo de deficiência, seja ela física ou mental, também tem direita ao livre exercício de sua
espiritualidade/ religiosidade.
“Programa de Ação Mundial Para as Pessoas com Deficiência”, o PAM (ONU, 1992 apud
SANTOS, 2015)em seu parágrafo 136 consta que:

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“Devem-se adotar medidas para que as pessoas com deficiência tenham a


oportunidade de se beneficiar plenamente das atividades religiosas que
estejam à disposição da comunidade”, de modo que, tais práticas inclusivas
devam objetivar promover o pleno exercício da espiritualidade/religiosidade
de pessoas com deficiência, incluindo crianças com TEA.

Conforme Dutra (2005, p. 18 apud SILVA, 2015), inclusão do ponto de vista espiritual pode
ser resumida em amar a pessoas com deficiência de forma prática, praticando o amor ensinado por
Deus, sem distinção ou discriminação. Segundo Silva (2015) as organizações religiosas devem
ajudar o envolvimento da pessoa com deficiência de forma plena.
Desta forma o contexto religioso pode ser um importante promotor a inclusão.

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Nesse contexto, é de fundamental importância o conhecimento acerca das particularidades


no desenvolvimento da criança com autismo, de modo geral e individual, para a implementação de
ações que respeitem e potencializem as habilidades que cada criança possui (CAMARGO; BOSA,
2012). Para que essas mesmo com suas dificuldades e particularidades possam exercer sua
espiritualidade. Segundo Darke (2015) diversos obstáculos existem para inclusão de pessoas
atípicas na igreja, entre elas: falta de recursos, carência de estratégias, alguns mitos, e modelos na
literatura brasileira. Nesse sentido pode-se refletir sobre os desafios e possibilidades para promover
a inclusão no contexto religioso de crianças com TEA, garantindo os recursos necessários para
viabilizá-la.

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Silva (2015) esclarece que lamentavelmente, as organizações cristãs estão demorando para
acordar ou estão gerando ações inibidas.
Segundo verbal (2018) é de suma importância um ministério na igreja direcionado, para
crianças com Transtorno do espectro autista.
Atualmente em algumas comunidades cristãs, já se trabalha com o MI – Ministério Infantil,
totalmente voltado para o ensino da palavra de Deus as crianças. O intuito do ministério infantil é
ensinar a Palavra de Deus às crianças, buscando desenvolver através desse conhecimento seu
caráter. Esse é um ministério indispensável na igreja, pois é a partir dele que as crianças podem
conhecer os princípios cristãos importantes para levarem para a vida, instrui a criança no caminho
que deve andar, desde agora, proporciona cultos de especifica para elas e de fácil, compreensão,
impulsiona a fazer amigos, demonstra a importância de ir à igreja.
Apesar de haver um ministério totalmente voltado para crianças na igreja, ainda se faz
necessário a formação de equipes preparadas para atuar na inclusão de crianças com TEA, e assim,
proporcionar ajuda em seu desenvolvimento espiritual/religioso. Para isso deve se obter
informações necessária sobre cada indivíduo, pois como já vimos, o autismo tem suas
características e particularidades individualizadas.
Darke(2015), lista as seguintes orientações: buscar informações junto aos responsáveis sobre
a criança (interesses, comportamentos etc.), compartilhar as informações com os voluntários
(cuidadores/professores), reduzir estímulos, criar rotinas com quadros visuais, usar linguagem clara,
concreta e objetiva, utilizar recursos visuais para reforçar comportamentos esperados.
Ademais, é preciso acolher as famílias e se atentar e atender suas necessidades que se
apresentam face ao estresse decorrente do TEA (DARKE, 2015).
Nesse sentido, recomenda-se que os procedimentos educacionais e terapêuticos com
crianças autistas tenham por objetivo a promoção da socialização, devendo envolver duplas ou
pequenos grupos, utilizando atividade lúdica para ampliar e diversificar o repertório comunicativo e
social da criança (FERNANDES 2004 apud, MARTINS; GÓES, 2013).
É importante ter em mente que o ambiente em que é celebrado a missa/culto pode se tornar
um ambiente negativo para pessoas diagnosticadas com TEA, principalmente crianças, por isso a
necessidade de um ambiente acolhedor, com boa estrutura e profissionais capacitados para recebe
lós é de suma importância. A utilizações de visuais, atividades adaptadas, lúdico e concreto também
proporcionam adequações que promovem a inclusão no contexto religioso.

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3 METODOLOGIA

Para realizarmos o estudo fez se necessário uma revisão bibliográfica sobre a importância da
igreja ou contexto religioso na educação e inclusão de pessoas diagnosticadas com TEA –
Transtorno do Espectro Autista.
Nesse contexto, é de fundamental importância o conhecimento acerca das particularidades
no desenvolvimento da criança com autismo, de modo geral e individual, para a implementação de
ações que respeitem e potencializem as habilidades que cada criança possui (CAMARGO; BOSA,
2012), de modo a permitir que essas, a despeito de suas dificuldades, possam exercer sua
espiritualidade.
Para a ampliação dessa pesquisa foi necessário buscar diversos materiais entre eles: livros
didáticos atuais, publicações cientificas e artigos periódicos retirados do site Google acadêmico é
significante destacar que os autores encontrados por suas obras apresentavam diversas questões
relevantes para essa pesquisa como: a importância do contexto religioso na vida de crianças com
TEA; como o acolhimento a família de pessoas com TEA é fundamental e como a igreja pode ser
um meio de inclusão para crianças diagnosticada com o transtorno do espectro autista.
De acordo com Matos e Vieira (2001) caracterizam a importância da pesquisa bibliográfica
a partir do levantamento de referências já analisadas e publicadas por meios escritos e eletrônicos
como: livros, artigos científicos e páginas da WEB.
Foi realizado o estudo detalhado sobre o tema escolhido.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao efetuar o presente estudo, propiciado através da Projeto de Ensino, foi possível


compreender o quão importante e fundamental é ressaltar a importância das comunidades cristãs na
vida de pessoas diagnosticadas com TEA e seus familiares.

Sabe que atualmente é possível ainda identificarmos casos de preconceito em escolas, e em


outros contextos, feitos por crianças e até mesmo parentes por não saberem como lidar com o
comportamento diferenciado das pessoas com Transtorno do Espectro Autista, porém o objetivo das
comunidades religiosas é proporcionar um ambiente acolhedor e ensinar sobre o amor de Deus a
todas as pessoas independente de gênero, raça, faixa etária e suas particularidades, tornando se
assim um canal propenso a promover a inclusão.
A importância desse trabalho consiste em ressaltar a importância da igreja na promoção da
inclusão de pessoas com deficiências, seja ela mental ou física, tendo em vista a necessidade de uma
equipe preparada para lidar com crianças com TEA.

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5 CONCLUSÃO

Essa atual pesquisa buscou apresentar de maneira clara e profunda os pontos principais
sobre a temática “Autismo: Educação e Inclusão no Contexto Religioso.
Sendo assim, analisou se como a igreja se insere para promover a inclusão de pessoas com
diagnóstico de TEA.
Os objetivos nesse trabalho foram alcançados, pois se observou alguns dos principais pontos
que promovem o contexto religiosos como meio de inclusão, garantindo um ambiente acolhedor.
Conclui se que todos, de um modo geral, tem o direito a espiritualidade/religiosidade, e que
por meio das leis criadas a sociedade, como um todo, tem por dever a inclusão de pessoas com
TEA.
Na pesquisa também, podemos observar que nas igrejas já possuem MI – Ministério Infantil,
e sua principal função é de conduzir as crianças para terem experiencias com Deus, através da sua
palavra (Bíblia), vivenciando o amor ao próximo e contribuindo na formação de seu caráter.

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REFERÊNCIAS

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https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/cerca-de-2-milhoes-de-pessoas-vivem-com-o-
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