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Os cincos solas
Somente a Graça – Sola Gratia – o artigo pelo qual a igreja se mantém de pé ou cai
A graça de Deus em oposição a doutrina de méritos e as indulgencias foi a resposta de Lutero
ao hábil pregador Johan Tetzel quando chegou ás cidades oferecendo indulgências, sugerindo que a
compras dessas indulgências seria o método para ajudar os fiéis a livrarem o peso das costas sobre
como ajudar os entes queridos a sair do sofrimento do purgatório.
De forma resumida, as indulgências é a “remissão diante de Deus do castigo temporal devido
aos pecados, cuja a culpa já foi perdoado. Com efeito, uma indulgência reduziria, ou até mesmo
eliminaria, o tempo de uma alma presa no purgatório.
Após a fixação das 95 teses, Lutero começou sua peregrinação em busca de um evangelho que
lhe desse uma garantia de salvação. Seus livros e sermões apresenta esse ataque as indulgências.
Essa desconstrução do pensamento acerca das indulgências é mostrada em sua primeira tese:
“quando nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo disse: “ Arrependei-vos” ele tencionava que toda a
vida dos crentes fosse de arrependimento. Seu ponto principal foi sem dúvida uma boa tradução do
grego (metanoeo - arrepender-se), diferente da tradução latina (poenitentiam agitie – fazei
penitência) – essa redescoberta era contra a ordem Salutis (ordem da salvação) na era medieval. Só
nesse contexto que podemos apreciar completamente como Lutero visa o ensino bíblico sobre
torna-se cristão e viver como um cristão somente pela graça, somente pela fé, somente por Cristo.
Veja a ordem medieval sobre o caminhão da salvação:
O batismo – graça inicial
Sacramentos da igreja – envolvia o progresso nessa graça ou um retorna a ela
A penitência – era o jeito que a pessoa caída era restaurada - assim, ela novamente tinha
oportunidade de começar novamente a cooperar com a graça de Deus.
Nas Escrituras o retrato que nos é apresentado e foi também a desenvolvida pelos reformadores:
O homem sem Cristo – vive em estado de pecado diante de Deus – mente entenebrecida pelo
pecado, tendo coração malignos (Mc. 7.21-23; I Co. 2.14; Ef. 4.17-18) está debaixo do poder do
diabo (Jo. 8.44; I Tm. 2.25-26)
Vive num estado de escravidão e vicio (Ef. 2.1-3);
Sem uma ação proveniente de Deus, a humanidade se encontra em estado de morte espiritual,
completamente insensível para as coisas divinas, vivendo em escravidão do Diabo, incapaz de se
livrar desse julgo maldito.
Voltando para a descoberta de Lutero antes compreender o que realmente seria somente a
graça, pode-se destacar alguns dos comentários:
“Eu jejuava quase até a morte, varias vezes eu passa três dias sem tomar um copo d´água e sem
inserir um pouco de comida.... escolhi vinte um santos e rezava para três deles a cada dia que
celebra a missa, assim, completava o número toda semana. Rezava especialmente para a bendita
virgem, que com seu coração feminino, apaziguaria com compaixão seu Filho”.
Por incrível que pareça, Lutero devia muito ao vigário-geral de sua ordem (dos Agostinianos
Observantes) mesmo não tendo seguido-o no rompimento com Roma, apontou-lhe o coração do
Evangelho. “Meu bom Staupitz disse: É necessário manter os olhos fixos naquele homem chamado
Cristo”. Foi Staupitz quem me incentivou no estudo do evangelho comenta Lutero”.
Come essa nova visão acerca da salvação soberana e graciosamente justificadora, Lutero passa
a desenvolver de forma bíblica a pregação sobre a doutrinas da graça. Alguns pontos de sua
teologia:
A salvação é acima de tudo obra de um Deus Soberano. Entendia que todos os homens eram
depravados, e portanto, totalmente incapacitados no aspecto espiritual. A salvação é portanto, pela
graça e não por merecimentos.
O ponto que Lutero procurou derrubar do conceito católico foi: o merecimento congriente e o
merecimento condigno. O merecimento congriente: enquanto cooperamos com Deus, somos
tornados aptos a receber o dom de Deus pela graça. É dai que surge o ditado popular: “ o céu ajuda,
quem ajuda a sim mesmo”.
Já o merecimento condigno – e a forma que o individuo pode realizar tais obras que Deus, em
sua justiça, recompensaria com a vida eterna;
Esse pensamento é o que chamamos de uma mistura de Pelagianismo e Semipelagianismo.
Uma boa explicação sobre esse pensamento feito por Gruy da seguinte maneira: “a insistência de
que o individuo age em cooperação com a graça – com a implicação de que ele se torna uma pessoa
a quem é correto demonstrar graça – destrói tudo que a graça realmente significa”.
Somente a graça deve permanecer como o fundamento da fé crista. Esse é “o artigo pelo qual a
igreja se mantém de pé ou cai”, o “resumo da doutrina cristã”, o “sol que ilumina a santa igreja de
Deus”, o “ponto principal sobre o que a fé crista se sutem”. Somente pela graça e por meio da fé
vem a salvação. E para terminar, o grande teólogo de Genebra escreveu:
“Em todo lugar onde seu conhecimento é apagado, a glória de Cristo é extinta, a religião
abolida, a igreja destruída e a esperança de salvação subvertida”.