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Matrimônio e família
Catarina von Bora, esposa de Lutero; retrato da autoria de Lucas Cranach, o Velho, 1526
Antissemitismo
Martinho Lutero foi antissemita:[16][17][18]
"A Alemanha deve ficar livre de judeus, aos quais após serem expulsos, devem ser
despojados de todo dinheiro e joias, prata e ouro, e que fossem incendiadas
suas sinagogas e escolas, suas casas derrubadas e destruídas (…), postos sob um
telheiro ou estábulo como os ciganos (…), na miséria e no cativeiro assim que estes
vermes venenosos se lamentassem de nós e se queixassem incessantemente a Deus". —
"Sobre os Judeus e Suas Mentiras" de Martinho Lutero.[19][20][21][22]
Texto antissemita de Martinho Lutero: Sobre os Judeus e Suas Mentiras (1543)
Martinho Lutero
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Martinho Lutero
Nascimento 10 de novembro de 1483
Eisleben, Sacro Império Romano-
Germânico
Morte 18 de fevereiro de 1546 (62 anos)
Eisleben, Sacro Império Romano-
Germânico
Ocupação teólogo
Principais 95 Teses
trabalhos Catecismo Maior
Catecismo Menor
Liberdade de um Cristão
Assinatura
Juventude
Primeiros anos de vida
Reforma Protestante
Ver artigos principais: Reforma Protestante, Protestantismo e Luteranismo
Porta exibindo as 95 teses na Igreja do Castelo de Vitemberga. Segundo a tradição, em 1517
Martinho Lutero pregou suas teses nesta porta, dando início à Reforma Protestante
Depois de fazer pouco caso de Lutero, dizendo que ele seria um "alemão
bêbado que escrevera as teses", e afirmando que "quando estiver sóbrio
mudará de opinião"[9] o Papa Leão X ordenou, em 1518, ao professor de
teologia dominicano Silvestro Mazzolini que investigasse o assunto. Este
denunciou que Lutero se opunha de maneira implícita à autoridade do Sumo
Pontífice, quando discordava de uma de suas bulas. Declarou que Lutero era
um herege e escreveu uma refutação acadêmica às suas teses. Nela, mantinha
a autoridade papal sobre a Igreja e condenava as teorias de Lutero como um
desvio e uma apostasia. Lutero replicou de igual forma (academicamente),
dando assim início à controvérsia.
Enquanto isso, Lutero tomava parte da convenção dos agostinianos
em Heidelberg, onde apresentou uma tese sobre a escravidão do homem ao
pecado e a graça divina. No decorrer da controvérsia sobre as indulgências, o
debate se elevou até o ponto de duvidar do poder absoluto e autoridade do
Papa, pois as doutrinas de "Tesouraria da Igreja" e "Tesouraria dos
Merecimentos", que serviam para reforçar a doutrina e venda das indulgências,
haviam se baseado na bula papal "Unigenitus", de 1343, do Papa Clemente VI.
Por causa de sua oposição a esta doutrina, Lutero foi qualificado como
heresiarca e o Papa, decidido a suprimir por completo os seus pontos de vista,
ordenou que ele fosse chamado a Roma, viagem que deixou de ser realizada
por motivos políticos.
Desejando manter relações amistosas com o protetor de Lutero, Frederico, o
Sábio, o Papa engendrou uma tentativa final de alcançar uma solução pacífica
para o conflito. Uma conferência com o representante papal Karl von
Miltitz em Altenburg, em janeiro de 1519, levou Lutero a decidir guardar
silêncio, tal qual seus opositores. Também escreveu uma humilde carta ao
Papa e compôs um tratado demonstrando suas opiniões sobre a Igreja
Católica. A carta nunca chegou a ser enviada, pois não continha nenhuma
retratação; e no tratado que compôs mais tarde, negou qualquer efeito das
indulgências no Purgatório.[carece de fontes]
Quando João Maier desafiou um colega de Lutero, Andreas Carlstadt, para um
debate em Leipzig, Lutero juntou-se à discussão (27 de junho a 18 de julho de
1519), no curso do qual negou o direito divino do solidéu papal e da autoridade
de possuir as chaves do Céu que, segundo ele, haviam sido outorgadas
apenas ao próprio Apóstolo Pedro, não passando para seus sucessores.[10]
Negou que a salvação pertencesse à Igreja Católica ocidental sob a
[11]
A Dieta de Worms
Ver artigo principal: Dieta de Worms
Martinho Lutero na Dieta de Worms, onde se recusou a retratar suas obras quando solicitado por
Carlos V. Pintura de Anton von Werner, 1877, Galeria Estatal de Estugarda