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ATIVIDADE DE ESCRITA

NOME: N.O: TURMA: DATA: _________

Síntese

A partir do texto de Hans Wolter, que constitui uma entrada de enciclopédia, construa
uma síntese bem estruturada do mesmo, com um mínimo de cento e dez e um
máximo de cento e vinte palavras.

Lutero (Martinho) — Reformador alemão (Eisleben, 10/11/1483 — ibid.,


18/02/1546). Nascido numa família de camponeses da Turíngia, frequentou as
escolas de Mansfeld, Magdeburgo e Eisenach e a Universidade de Erfurt, onde
obteve o grau de «Mestre em Artes» (1505). Pouco depois de iniciado o curso de
Direito, entrou (17/07/1505) para o Convento dos Eremitas de Santo Agostinho
em Erfurt. Professou em 1506, foi ordenado sacerdote em 1507 e nomeado
leitor. Desde outubro de 1508 ensinou Filosofia Moral em Wittenberg e no ano
seguinte tornou-se bacharel em Escritura. De novembro de 1510 a março de
1511 esteve em Roma a tratar de assuntos da Ordem; no verão de 1511 tomou
posse da cadeira de Escritura em Wittenberg, doutorando-se nesta cidade em
1512 (seria o seu trabalho profissional durante o resto da vida).
De 1515 a 1518 foi vigário-distrital dos Eremitas de Santo Agostinho na Saxónia.
As linhas fundamentais da sua teologia reformadora foram-se elaborando até
1518, não sem influência da angústia de culpa, o que o levara a ansiar por um
Deus misericordioso. Não é fácil fixar uma data exata para o célebre
«acontecimento da torre», no qual Martinho Lutero terá vivido o «salto» ou
passagem a reformador: o reconhecimento da justiça de Deus (Rom, 1, 17) como
uma justiça que acolhe gratuitamente o pecador. Entretanto, Martinho Lutero
tinha reformado a Universidade de Wittenberg, dando-lhe uma orientação
bíblico-augustiniana e rejeitando a escolástica.
A pregação das indulgências do dominicano João Tetzel, no vizinho
Brandenburgo, deu ocasião a sermões de Martinho Lutero e, depois, ao convite
(31/10/1517) para uma disputa académica sobre a teologia e prática das
indulgências, o que punha também em questão o poder papal. As célebres 95
Teses de 1517 marcam o ponto de partida para o movimento da Reforma.
Redigidas em latim, mas rapidamente traduzidas, tiveram uma enorme
publicidade. O cardeal-arcebispo Alberto de Mogúncia, a quem o próprio
Martinho Lutero tinha enviado as teses, e os dominicanos de Frankfort, onde
Tetzel tinha defendido a própria doutrina, mandaram para Roma o dossier sobre
Martinho Lutero. Aí procurou-se, a princípio, apaziguar o conflito por intermédio
dos superiores da Ordem. Martinho Lutero foi chamado a Roma; mas, por
intervenção do príncipe Frederico, o Sábio, de Saxónia, seu soberano, a decisão
foi mudada para um interrogatório perante o cardeal legado Tomás de Vio

ENTRE NÓS E AS PALAVRAS • Português • 10.o ano • Material fotocopiável • © Santillana 1


Cajetano, em Augsburgo (12 a 14/10/1518).
Martinho Lutero, primeiramente, apelou para o Papa; depois, para o concílio. O
processo esteve algum tempo suspenso, devido à eleição do imperador Carlos V
(junho, 1519). A disputa de Leipzig (junho-julho, 1519) com João Eck revelou que
a conceção de Martinho Lutero acerca da Igreja estava profundamente alterada:
rejeitava o primado romano, negava a infabilidade das definições dogmáticas
dos concílios. Enquanto se retomava o processo romano, publicou Martinho
Lutero os seus escritos reformadores clássicos. A bula de excomunhão, Exsurge
Domine (15/06/1620), fê-la Martinho Lutero queimar juntamente com os livros
canónicos da Igreja, diante da porta de Elster em Wittenberg. Consumava-se
assim a cisão com a Igreja. A excomunhão foi promulgada pela bula Decet
Romanum Pontificem (13/01/1521) e legalmente promulgada pelo Édito de
Worms do imperador Carlos V (8/05/1521).

HANS WOLTER, «Lutero», in Enciclopédia Verbo Luso-Brasileira de Cultura. Edição


Século XXI, Vol. 18, Lisboa-São Paulo, Editorial Verbo, 2002, pp. 563-566 (com
supressões).

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