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Dossiê

3. A renovação espiritual e religiosa

AS GUERRAS RELIGIOSAS NA EUROPA DOS SÉCULOS XVI-XVII

Na sequência da irrupção dos movimentos reformistas, durante os séculos XVI e XVII, a Europa
Central e do Norte viveu um período de intolerância, repressão e de guerras religiosas:
católicos e protestantes enfrentaram-se violentamente. No entanto, muitos dos antagonismos
religiosos encobriam disputas pelo poder político, movimentos sociais ou nacionalistas.

Documento I Cronologia das Guerras Religiosas (séculos XVI-XVII)


Ano(s) Conflito
1524-1525 Guerra dos Camponeses, Estados alemães
1527-1563 Reforma Anglicana
1529 e 1531 Guerras de Kappel, Suíça, entre católicos e reformistas
1546-1547 Guerra de Esmalcalda, no Sacro Império, entre luteranos e católicos
1560 Reforma Escocesa, rutura da Escócia com a Igreja Católica
1562-1598 Guerras religiosas em França
Guerra dos Oitenta Anos ou Revolta Holandesa, contra o domínio espanhol
1568-1648
nos Países Baixos
Guerra dos Trinta Anos, que envolveu o Sacro-Império Romano, a Áustria
1618-1648
dos Habsburgo, Boémia, Suécia, Dinamarca e França
1639-1653 Guerra dos Três Reinos, entre a Inglaterra, a Irlanda e a Escócia
Guerras Confederadas Irlandesas ou Guerra dos Onze Anos, entre católicos
1641-1653
irlandeses e ocupantes protestantes
Guerra Civil Inglesa, durante a qual ocorreu a Revolução Inglesa (Glorious
1642-1649
Revolution)
1649-1653 Guerra de Cromwell na Irlanda
Guerra dos Nove Anos ou Guerra da Liga de Augsburgo, travada entre
1688-1697
estados europeus e colónias americanas

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1. A propaganda

A. Contra o luteranismo

Documento II Lutero, um monstro de sete cabeças

Hans Brosamer? (c. 1506)

Xilogravura retirada da obra de Johann Cochlaeus (1479-1552) escrita contra Martinho Lutero, intitulada O Lutero de
Sete Cabeças. Lutero surge como o monstro de sete cabeças do Apocalipse (Apocalipse 12: 1-6) para ilustrar a
natureza contraditória dos hereges. As sete cabeças representam as diferentes personalidades de Lutero: Doutor,
com um chapéu de médico; Martin, como um monge; Luther, o turco de turbante; Eclesiastes, que diz, «prega o que
a turba deseja ouvir»; Stuermer («atacante»), o fanático com os cabelos em pé, rodeado de vespas; Visitador, aquele
que modifica as leis antigas, acusando assim Lutero de ser um novo papa; e Barrabás, o ladrão, um homem selvagem
com uma moca.

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B. Contra o catolicismo

Documento III A Paixão de Cristo e o Anticristo

Gravuras de Lucas Cranach, o Velho, 1521

Durante a Reforma, artistas luteranos de Wittenberg e Nuremberga produziram anonimamente dezenas de folhetos
e panfletos satirizando o papa, o clero e muitas crenças católicas. Lucas Cranach, o Velho, ilustrou e Philip
Melanchton escreveu o texto, do livro Passional Christi und Antichristi (Paixão de Cristo e o Anticristo), publicado em
1521. Recorrendo a um esquema de antítese visual, comparava a vida e o comportamento e a paixão de Cristo, com
a do Anticristo, corporizado pelo papa.

A imagem apresentada é o décimo segundo conjunto de treze. À esquerda, Cristo expulsa os cambistas do templo,
em Jerusalém. Os banqueiros e vendedores recuam quando Cristo derruba uma mesa e ergue o chicote com a mão.
Na imagem oposta, o Anticristo senta-se no templo de Deus e apresenta-se como Deus. Em troca de dinheiro, o
papa vende dispensas, indulgências e bispados e outros cargos da igreja, dissolve casamentos, abençoa e condena.

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C. Contra o calvinismo

Documento IV O estranho encontro

Artista francês, L'étrange rencontre, c.1600-1650

Sátira anti-huguenote baseada num trocadilho – baiser (beijar, beijo) – em relação ao nome Teodoro de Beza (de
Bèze).

Calvino é o jumento sobre o qual o moleiro, de chicote na mão, se dirige para Le moulin de malencontre («O moinho da
desgraça»). O nome de Calvino está escrito no ouvido do burro e junto ao rabo do animal pode ler-se «bais ici
derrière», trocadilho com o reformador Theodore Beza («Bèze», em francês). O jogo de palavras, baseado no nome de
Bèze, e as alusões a Calvino têm o objetivo de ridicularizar os dois reformadores.

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2. A repressão

A. Dos luteranos pelos católicos

Documento V Édito de Worms (Carlos V), 1521


Por isso, proibimos a qualquer pessoa de agora em diante ousar, por palavras ou por atos,
receber, defender, sustentar ou favorecer o citado Martinho Lutero. Pelo contrário, queremos
que ele seja preso e punido como um herege notório, como merece; que seja levado
pessoalmente perante nós, ou que seja guardado com segurança até que aqueles que o
5 capturaram nos informem, após o que iremos ordenar a maneira apropriada de processo
contra o referido Lutero. Aqueles que ajudarem na sua captura serão recompensados
generosamente pelo seu bom trabalho.
Édito de Worms, 25 de maio de 1521

B. Dos católicos pelos anglicanos

Documento VI Primeiro Ato de Uniformidade (Eduardo VI), 1549


E é ordenado e decretado pela autoridade supracitada que, se qualquer pessoa ou pessoas,
depois da próxima festa de Pentecostes, em quaisquer interlúdios, peças, canções, rimas, ou
por outras palavras abertas, declararem ou falarem qualquer coisa de derrogação, depravação
ou desprezo pelo mesmo livro [Livro da Oração Comum], ou de qualquer coisa nele contida,
5 ou qualquer parte dele; […] que, então, cada pessoa, sendo legalmente condenada na forma
acima mencionada, perderá para o Rei, nosso soberano senhor, seus herdeiros e sucessores,
pela primeira ofensa dez libras. E se qualquer pessoa ou pessoas, uma vez condenadas por tal
crime, novamente ofenderem qualquer uma das instalações, deverão […], pela segunda
ofensa, perder para o Rei, nosso senhor soberano, seus herdeiros e sucessores, vinte libras.

Primeiro Ato de Uniformidade, 1549

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3. O morticínio

A. Em Inglaterra

Documento VII A morte dos monges Cartuxos ordenada por Henrique VIII

Quando Henrique VIII entrou em rutura com Roma, solicitou o apoio dos prestigiados monges Cartuxos.
Como tal lhe foi negado, o rei assumiu que os monges teriam atentado contra a sua autoridade e ordenou
o silenciamento da sua resistência. Um total de 18 homens foi morto.

Em 1886, foram reconhecidos como mártires pela Igreja Católica.

O Martírio dos Priores das Cartas inglesas de Londres, Nottingham e Axholme O Martírio dos Padres John Rochester e James Walworth

Por se terem recusado a fazer o Juramento da Supremacia, John Rochester, confessor de Catarina de Aragão, e James
isto é, o juramento ao líder supremo da Igreja de Inglaterra, Walworth opuseram-se veementemente à doutrina da
sete monges foram aprisionados em junho de 1535. Levados supremacia real. Foram mortos a 11 de maio de 1537,
para Newgate, foram acorrentados de pé e amarrados para condenados por falsas acusações de traição. Enforcados
que ficassem a definhar à fome. Ao saber disso, uma mulher nas ameias da cidade de York, a sua morte foi pública, na
católica, Margaret Clement, filha adotiva de Thomas More, tentativa de a tornar exemplar. Os seus corpos ficaram
subornou um carcereiro para que lhe desse acesso aos pendurados em correntes até se despedaçarem, como era
monges. Disfarçada de leiteira, ainda lhes atenuou a fome, usual com todos os condenados à morte na época.
mas não o suficiente. Todos os monges cartuxos encarcerados
morreriam pouco tempo depois.

No lado esquerdo da pintura, representa-se o primeiro grupo


de monges condenados à morte: o prior cartuxo de Londres,
John Houghton, e dois dos seus irmãos, Robert Lawrence e
Augustine Webster, que foram enforcados e esquartejados, a
4 de maio de 1535.

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Documento VIII As «perseguições marianas»

Depois do curto reinado de Eduardo VI, em 1553 sobe ao trono inglês Maria Tudor, filha de Catarina de
Aragão e educada de forma devota no catolicismo. Durante o seu governo, que durou cinco anos,
empreendeu perseguições desapiedadas contra os protestantes, conhecidas por «perseguições marianas».

Calcula-se que, durante esse período, terão sido condenados à fogueira entre 280 a 300 protestantes,
entre os quais o bispo anglicano Thomas Cranmer (1489-1556), e outros 30 terão morrido na prisão.

A morte de John Hooper (gravura anónima, c. 1570) Morte de Rowland Taylor (gravura anónima)

Jonh Hooper (c. 1495-1555), bispo anglicano de Gloucester e Rowland Taylor (1510-1555) era reitor de uma pequena
Worcester, pertencia à ala radical do protestantismo. Foi paróquia de Hadleigh em Suffolk. Foi preso seis dias após a
preso sob acusação de dívida e enviado para a prisão de subida ao trono da rainha Maria I. Por ter repudiado o
Fleet. Foi condenado por heresia e queimado em Gloucester celibato clerical e denunciado o princípio católico da
em 1555. transubstanciação foi condenado à morte por heresia.

A gravura regista as últimas palavras do bispo: «Senhor Conta-se que, no seu martírio, quando se preparava para
Jesus, recebe a minha alma». morrer na fogueira, um guarda se compadeceu e lhe terá
tirado a vida atingindo-o com uma alabarda na cabeça, que
o matou instantaneamente.

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B. Em França

Documento IX As Guerras Religiosas em França

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Documento X Cronologia das Guerras Religiosas em França

Reinado Guerras Anos Início Fim

Édito de Amboise, que


a
1. 1562-1563 Massacre de Vassy concedeu algumas
liberdades aos protestantes

Os católicos aceitam a paz


Vitória dos católicos em de Longjumeau, que
2.a 1567-1568
Saint Denis confirma o édito de
Amboise
(1560-1574)

Paz de Saint Germain, que


Carlos IX

concede a amnistia aos


protestantes e define locais
Derrota dos
de segurança (dois por
3.a 1568-1570 protestantes em Jarnac
província) para que os
e Moncontour
protestantes pudessem
exercer a sua religião
livremente

Paz de La Rochelle, em que


Depois do massacre de se restitui aos protestantes
4.a 1572-1573
São Bartolomeu algumas cidades para o
exercício do culto

Derrota dos Paz de Monsieur, ou de


5.ª 1574-1576 protestantes em Beaulieu, que favorece os
Dornans protestantes

Vitória dos católicos em


6.a 1576-1577 Paz de Bergerac
(1574-1589)
Henrique III

La Charité e Issoire

«Guerra dos
Amorosos», travada Derrota dos fidalgos após a
entre os fidalgos que ocupação de Cahors pelos
7.a 1580 conviviam com católicos.
Henrique de Navarra, Paz de Fleix, que confirma a
chefe dos protestantes, Paz de Bergerac
e os católicos

«Guerra dos Três Paz do Tratado de Vérvins.


(1589-1610)
Henrique IV

Henriques». Henrique
de Navarra, obtém a Publicação do édito de
8.a 1585-1598 Nantes (13-04-1598), que
vitória, depois de se ter
convertido ao consagra a tolerância
catolicismo (1593) religiosa.

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Documento XI Massacre de Vassy, 1562

Massacre de Vassy, 1562, Hogenberg (pintura de finais do século XVI)

O massacre de Vassy, Champagne, ocorreu a 1 de março de 1562 e deu início à primeira guerra religiosa em França. As
tropas do católico Francisco, duque de Guise (1519-1563), descobrem um celeiro transformado em igreja dos
huguenotes. As tropas tentam entrar, mas ao serem repelidas, entra-se numa escalada de violência. Muitos fiéis fogem
pelo telhado, outros são alvejados por atiradores. Aqueles que escapam para as ruas são recebidos por arcabuzeiros. O
massacre culminou na morte de 50 protestantes.

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Documento XII Massacre de São Bartolomeu, 1572

François Dubois, O Massacre de São Bartolomeu (c. 1572-1584), Museu Cantonal de Belas-Artes, Lausanne

A Noite de São Bartolomeu foi um dos mais sangrentos episódios das guerras religiosas em França. Na sequência da
celebração do casamento de Margarida de Valois, católica, irmã do rei Carlos IX, com Henrique de Navarra, huguenote,
milhares de protestantes foram atraídos a Paris para as festividades. Na noite de 23 para 24 de agosto de 1572, entre 3
e 10 mil huguenotes foram assassinados. O rei, influenciado pela mãe, Catarina de Medici, terá estado na origem do
massacre que se estendeu a outras doze cidades, durando até outubro.

Quando informado, o papa Gregório XIII comemorou com uma missa de celebração e uma cerimónia de ação de graças
a São Luís, santo francês. Assinalou ainda o morticínio com a cunhagem de uma moeda comemorativa.

A pintura de Dubois representa o massacre, recorrendo à manipulação da topografia, de modo a mostrar, num único
plano, os diferentes locais onde ocorreram as chacinas. À esquerda, figura a igreja do convento dos Grandes-
-Agostinhos, onde soou a campainha de alarme que desencadeou a matança. Ao centro, ao fundo, o Palácio do Louvre,
à frente do qual surge Catarina de Medicis, a «viúva negra», principal instigadora dos massacres. No plano central vê-se
a casa onde o almirante Coligny, líder do partido protestante, foi morto e, depois, defenestrado. O cadáver encontra-se
no chão, rodeado dos líderes do partido católico, os duques de Guise e Aumale e o cavaleiro de Angoulême. À direita,
ao fundo, a Porta Saint-Honoré e, na colina de La Villette, a forca de Montfaucon, onde o corpo do almirante ficou
dependurado pelos pés.

Esta pintura, que reúne mais de 150 figuras, apresenta-se como uma das mais representativas denúncias da crueldade
praticada durante as guerras religiosas.

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C. Nos Países Baixos

Documento XIII Morte cruel para Zutphen

Gravura anónima (1618-1624)

Em 1566, no contexto do domínio espanhol dos Países Baixos, eclodiram várias revoltas políticas e religiosas. No ano
seguinte, o duque de Alba (1507-1582) foi nomeado governador e algumas cidades resistiram a obedecer-lhe. Em
Zutphen, as tropas espanholas mostraram-se implacáveis. Em novembro de 1572, mais de quinhentas pessoas
morreram afogadas, empurradas para o congelado rio Issel e outras foram expostas despidas nas ruas, para
enregelarem ao ar livre. Várias outras cidades sofreram o mesmo destino.

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4. A aceitação de outras religiões

Documento XIV Édito de Nantes, por Henrique IV, rei de França (1598)
Depois de inúmeras tentativas de pacificação e através da publicação de vários éditos,
Henrique IV consegue instaurar uma paz religiosa, através da publicação do édito de
Nantes. O documento marca o início de um período de relativa acalmia para os protestantes,
que duraria até meados do século XVII. Seria interrompida com a revogação do édito em
5 1685 por Luís XIV, como retaliação pelo facto de os protestantes terem rejeitado o
absolutismo régio.
A publicação do édito de Nantes é determinante, na medida em que constitui a primeira
institucionalização política da tolerância religiosa.

10 Henrique, pela graça de Deus, Rei de França e de Navarra, saúda todos os presentes e
vindouros. Entre as graças infinitas com que Deus houve por bem nos agraciar, esta é das
mais importantes e notáveis, a de nos ter dado a virtude e a força de não ceder às assustadoras
perturbações, confusões e desordens que se produziram no reino, que estava dividido entre
partes e fações […] e de nos permitir encontrar o porto de abrigo e de calma deste Estado.
15
II.
Proibimos todos os nossos súbditos, sejam eles de onde e de que estado forem, […] de se
atacarem, submeterem, injuriarem ou provocarem uns aos outros, como reprovação pelo que
aconteceu no passado, ou por qualquer motivo e pretexto que seja, discutirem, contestarem,
20 argumentarem, ou se ultrajarem ou se ofenderem por atos ou palavras; devem-se conter e
viver pacificamente juntos, como irmãos, amigos e concidadãos, sob pena de serem punidos
como infratores da paz e perturbadores da serenidade pública.

III.
25 Ordenamos que a religião católica apostólica romana seja restabelecida e reconstituída em
todos as localidades e lugares deste nosso reino, onde o seu exercício tenha sido
interrompido, de modo a que seja pacificamente e livremente exercida. […]

VI.
30 E para não dar margem a qualquer ocasião de agitações e diferendos entre os nossos súbditos,
permitimos e permitiremos aos da citada Religião Pretensamente Reformada que vivam e
residam em todas as cidades e localidades deste nosso reino e região da nossa autoridade, sem
serem interpelados, vexados, molestados ou constrangidos a fazer qualquer coisa contra a sua
consciência, relativamente à sua religião; nem em função dela serem perseguidos nas suas
35 residências e locais onde queiram habitar, desde que se comportem conforme o que é disposto
no nosso édito.
Édito de Nantes, 1598

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Édito do imperador Rodolfo II para o reino da Boémia ou «Carta de
Documento XV
Majestade», consagrando a liberdade religiosa (1609)
Face à existência de diversos partidos religiosos na região da Boémia e por solicitação
destes, o imperador Rodolfo II promulgou um édito que consagrava a liberdade de prática
religiosa sem coação, dando cumprimento a uma promessa de seu pai, Maximiliano II.

5 Como nos dignamos averiguar a partir de informações confiáveis sobre o assunto e de cartas
escritas por sua própria mão por Nosso amado pai, e que também fica claro por certos
documentos confiáveis […], foi imediatamente concordado por Sua Majestade […] os demais
pedidos relativos […] à livre prática da religião em ambos os tipos [de comunhão], permitida
sem restrição ou impedimento. […] garantias suficientes sejam dadas aos Estados por Nós.
[…] Enquanto se aguarda o acordo completo na Dieta geral, [aqueles] têm o direito de
praticar a sua religião […].
Carta de Majestade, 1609

1. Compare as diferentes mensagens das gravuras dos documentos II, III e IV.

2. Avalie que que modo este tipo de gravuras pode contribuir para propagar a intolerância religiosa.

3. Justifique a importância da propaganda através de imagens para os iletrados.

4. Explicite os objetivos de Carlos V ao publicar o Édito de Worms (documento V).

5. Explique de que modo a «Uniformidade» decretada no documento VI pode traduzir a intolerância


religiosa.

6. Explicite as manifestações de intolerância religiosa que constam nos documentos VII a XIII XIV.

7. Enuncie as medidas de aceitação de outras religiões que constam dos documentos XIV e XV.

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