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AUTOS Nº .....
....., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede
na Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., representada
neste ato por seu (sua) sócio(a) gerente Sr. (a). ....., brasileiro (a), (estado civil),
profissional da área de ....., portador (a) do CIRG nº ..... e do CPF n.º ....., por
intermédio de seu advogado (a) e bastante procurador (a) (procuração em
anexo - doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro .....,
Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui
respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar
CONTESTAÇÃO
PRELIMINARMENTE
1. DA NULIDADE DO PROCESSO
"... se alguma situação como a figurada e temida vier a ocorrer, apesar de sua
improbabilidade, sempre poderá dispor a parte, para remediá-la, do depósito
cautelar segundo o art. 799. O que não é razoável é admitir-se a realização
precoce do depósito na própria ação consignatória, contra a letra e o espírito
do Art. 893."
2. DA INÉPCIA DA INICIAL
PREJUDICIAL DE MÉRITO
DA DECADÊNCIA
"... a liquidação do débito inicial, acrescido de juros legais e taxas judiciais ..."
Ora, o Sr. Contador contou juros de ....% ao mês sem capitalizá-los nos termos
clausulados na cédula e no DL nº 167/67, em vista do que seu cálculo
apresenta deficiência. E mais, a par disso, dito cálculo foi atualizado até o
dia ..../..../.... e o depósito foi realizado pelo Autor aos ..../..../...., de sorte que,
ainda que correto fosse o cálculo, o depósito seria insuficiente, eis que feito ....
dias após, impotente para, naquela data (..../..../.... - .... dias depois do cálculo),
ensejar a liquidação exigida pela Constituição Federal.
Ainda que assim não fosse, prova-se pelo anexo extrato da conta gráfica que o
saldo do empréstimo, em .... de .... de ...., menos a correção monetária
(devida), era de R$ .... (....), de sorte que, abstraídas todas as questões
levantadas até o item anterior, o depósito é insuficiente para promover a
liquidação exigida pela Constituição, assim é de rigor seja pronunciada a
decadência, até porque é inviável a complementação do dito depósito em face
dos termos do Art. 47, da Constituição, nas duas DT, e até porque o prazo
decadencial já teve seu dies ad quem (..../..../....) vencido.
DO MÉRITO
Portanto, o próprio Autor levou para os Autos prova de que o Réu lhe
reconheceu o direito que tinha. Pasme, Excelência, o próprio Autor levou para
os Autos a prova de que, no presente caso, não faz ele jus ao anistiamento da
correção monetária para a operação nº ...., cuja cédula foi emitida aos .... de ....
de .... e não se encontra, pois, no lapso temporal do inciso II (..../..../....
a ..../..../....) do caput do Art. 47, das DT, da Constituição Federal. Essa
questão, porém, ficará plenamente demonstrada à medida em que avançarmos
nesta peça.
Dito recibo foi apresentado ao Banco .... no dia em que foi liberada a
importância mutuada, tão logo assinada a cédula (..../..../....), conforme, aliás,
se vê do primeiro extrato de fls. ....
Pois bem. Os extratos de fls. .... demonstram, isto sim, que o Autor, na época,
tinha dinheiro sobrando, pois, em .... de .... de ...., apresentou a prova de que
tinha pago o milho financiado, conforme se vê do recibo assinado pelo
vendedor, Sr. ...., e essa prova foi suficiente ao Réu, no tocante à aplicação do
crédito.
Portanto, tendo sido a cédula de nº .... contratada aos ..../..../...., entende o Réu
que ela não se enquadra no lapso do inciso II do caput do Art. 47, das DT, da
Constituição, e, por isso, a recusa no recebimento, sem a correção monetária,
foi justa, o que se pede seja reconhecido, com a improcedência do pedido.
Demais disso, a declaração encartada no § 1º das fls. .... da petição inicial, de
que o Autor não comprou o milho, a par de configurar crime, obsta qualquer
anistiamento, a teor da norma do inc. II do § 3º do Art. 47, das DT, da
Constituição.
Mas ainda que se admita, apenas para argumentar, tenha o atual empréstimo
sido concedido para liquidação do anterior (e não foi) é de se ver que o valor
liberado foi de R$ .... (...), enquanto o valor aplicado na liquidação da cédula
nº .... foi de R$ .... (....), havendo, pois, uma diferença de R$ .... (....).
"A isenção da correção monetária ... só será concedida ... se a aplicação dos
recursos não contrariar a finalidade do financiamento ..."
22. Ainda que o honrado Juízo, contrariando todas as evidências, data venia,
entenda cabível o anistiamento da correção monetária para o empréstimo
nº ...., haverá, porém, de reconhecer que a diferença de R$ .... (....) (parte aliás
aplicada na conta-ouro pelo Autor) deverá ser paga com correção monetária
porque, nesse caso, aplicados na liquidação da cédula dita "renegociada" foi de
apenas R$ .... (....).
* x ....% R$ ....
** x ....% R$ ....
....% R$ ....
O depósito, então, para ser suficiente, deveria ter seguido o critério (veja-se
que os números apresentados acima têm por base ..../..../.... e já estamos
em ..../....) esposado nos itens .... e .... retro, o que demonstra, de uma vez por
todas, que o malsinado depósito é insuficiente e incapaz para ensejar a
liquidação da dívida decorrente da cédula ...., em razão do que, e em face da
impossibilidade de aplicar-se o Art. 899, do CPC, a decadência se operou, ou,
quando não, ensejou a improcedência do pedido da declaração de extinção da
obrigação, o que se requer seja decretado, com a imposição, ao Autor, dos
encargos da sucumbência.
DOS PEDIDOS
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]