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• O ICMS é cobrado apenas nos estados brasileiros e a alíquota de 17% para compras de produtos
internacionais até US$ 50 foi definida em junho do ano passado quando o programa Remessa
Conforme do governo federal entrou em vigor. Importante ter em mente que a alíquota é aplicada em
todas as encomendas internacionais, independentemente de seu valor (pode ser 1 dólar, 40 dólares
e assim por diante).
• O programa Remessa Conforme zerou os impostos federais sobre compras internacionais de
comércio eletrônico de até US$ 50 para empresas registradas na Receita Federal. No entanto, o
ICMS ficou a cargo dos estados, que optaram no ano passado, por unificar uma alíquota a fim de
facilitar o trabalho dos Correios.
Vale lembrar que essa medida integra uma discussão maior que é travada por meio do Projeto de Lei 2.339
de 2022 (para acabar com o de minimis), que ainda está sendo discutido no Congresso Brasileiro.
• O “De Minimis”foi uma medida adotada como forma de facilitar o comércio internacional e reduzir a
burocracia associada às importações de pequeno valor, facilitando o acesso da população, inclusive
a mais vulnerável, a bens variados.
• O regime do "De Minimis", ao não restringir por meio da taxação excessiva o acesso da população
a valores abaixo de 50 dólares, desempenha um papel crucial na facilitação do comércio
internacional e, sobretudo, no empoderamento do consumidor brasileiro.
• A alíquota estudada pelos fiscos estaduais aumentará em 50% a carga tributária desses produtos,
restringindo o acesso da população a bens, incluindo aqueles que não são encontrados no Brasil.
• O aumento desproporcional dos tributos, com fins de restrição de mercado, só acarreta o aumento
da média dos preços, da ilegalidade e da diminuição da concorrência.
• O aumento da alíquota do ICMS, que atualmente está em 17% e representa um custo tributário
efetivo de quase 21%, poderá chegar a quase 34%, se subir para os 25% propostos.
Enquanto brasileiros que realizam viagens internacionais têm acesso a produtos variados e isentos de
qualquer imposto, sejam adquiridos no exterior ou nas lojas duty-free, a população que não tem essa
condição recorre aos sites internacionais para terem acesso ao mercado global.
• De acordo com as regras vigentes, brasileiros que viajam para fora do país podem adquirir produtos
no exterior gostando cerca de R$ 5.000 a cada 30 dias e regressar ao país sem pagar qualquer
imposto sob isso.
• Nas lojas duty-free é permitido adquirir produtos que somados podem chegar a R$ 2.500 também
isentos de tributação.
• Anualmente, isso refletiria uma movimentação de cerca de 180 bilhões sem qualquer incidência
tributária.
Perfil do consumidor
De acordo com estudo realizado pela Plano CDE, empresa de consultoria e pesquisa com foco em impacto
social para as classes C, D, E, o consumo online desta parcela da sociedade em e-commerces internacionais
é significativo.
Compras em e-commerce internacional
• ∼ 90% Classes C/D/E
• Valor médio de compra: 17 USD (85 reais)
• Frequência de compra: 1 vez a cada 20-30 dias
• 74% dos consumidores fizeram compras nos sites estrangeiros
Assim como:
• 61% dos consumidores disseram que sites estrangeiros ampliam o acesso dos mais pobre a bens
• 87% dos consumidores acreditam ser mais correto reduzir os impostos dos produtos nacionais do
que aumentar dos estrangeiros
Mercado cross-border
Com quase oito meses de vigência, o programa Remessa Conforme já se mostrou vital para o acesso a
produtos globais e a fiscalização aduaneira de itens importados.