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Manual do Usuário do

Quadro de Alarmes

STD-7180

Documento: Manual do Usuário do Quadro de Alarmes STD-7180

Código : 101.402.0302.TEM

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Data: 21/12/2005

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ÍNDICE

Página 2 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


ÍNDICE

1. INFORMAÇÕES GERAIS........................................................................................................7
1.1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................7
1.2 TERMINOLOGIA...................................................................................................................7
1.3 COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA..................................................................................9
1.4 ALIMENTAÇÃO.....................................................................................................................10
1.4.1 Tolerância da tensão de alimentação...................................................................................10
1.4.2 IEC1000-4-29 - Queda e Interrupção de Tensão...................................................................10
1.4.3 Taxa de Ondulação da Tensão de Alimentação CC.................................................................10
1.5 RIGIDEZ DIELÉTRICA (ISOLAÇÃO).........................................................................................10
1.6 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO....................................................11
2. COMPONENTES DO QUADRO DE ALARMES..............................................................................17
2.1 Introdução..........................................................................................................................17
2.2 Relação dos Componentes do Quadro de Alarmes STD-7180......................................................17
2.2.1 Sub-Bastidor....................................................................................................................17
2.2.2 Painel de Apresentação de Alarmes e Sequenciamento de Eventos..........................................17
2.2.3 Cartões...........................................................................................................................17
2.2.4 Módulos de Interface, Borneira e Relés................................................................................17
2.2.5 Módulos Fonte de Alimentação............................................................................................18
2.2.6 Módulos de Proteção.........................................................................................................18
2.2.7 Módulos Especiais.............................................................................................................18
2.2.8 Componentes de Proteção de Sobrecorrente.........................................................................18
2.3 CARTÕES PADRÃO STD-BUS (IEEE-961).................................................................................19
2.3.1 Cartões de Entrada/Saída..................................................................................................21
2.3.2 Cartão de CPU..................................................................................................................21
2.3.3 Cartões Decodificadores.....................................................................................................22
2.4 Módulos Conversores para Fibra Ótica....................................................................................22
2.5 Módulo Fonte de Alimentação Principal...................................................................................24
2.6 SUB-BASTIDOR...................................................................................................................24
3. FUNCIONALIDADES DO QUADRO DE ALARMES........................................................................29
3.1. Estrutura de Comunicação.................................................................................................29
3.2 Pontos Virtuais....................................................................................................................29
3.3 Canal de Manutenção em Interface Serial...............................................................................29
3.4 Entradas Digitais.................................................................................................................29
3.5 SINCRONISMO....................................................................................................................30
3.5.1 Formato TIME T de Informação de Data/Hora......................................................................30
3.5.2 Protocolo IRIG-B de transmissão de informação de data/hora.................................................30
3.5.3 Receptor GPS...................................................................................................................31
3.5.4 Decodificador do sinal IRIG-B.............................................................................................32
3.6 INDICAÇÃO DE ESTADO DIGITAL...........................................................................................32
3.6.1 Indicação de Estado Digital Simples....................................................................................32
3.6.2 Indicação de Estado Digital Duplo.......................................................................................32
3.6.3 Geração de Eventos de Mudanças nas Entradas Digitais.........................................................34
3.6.4 Filtro anti-bouncing...........................................................................................................35
3.6.5 Filtro anti-avalanche.........................................................................................................35
4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU 386A....................................................38
4.1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................38
4.2 Listagem das Seções............................................................................................................38
4.3 Estrutura do Arquivo de Configuração.....................................................................................38
4.4 SEÇÃO [canal].....................................................................................................................39
4.4.1 Parâmetros da Interface Serial Assíncrona...........................................................................39
4.4.2 Parâmetros para Operação Half-Duplex...............................................................................39
4.4.3 Configuração do Hardware.................................................................................................40
4.4.5 Protocolos (parâmetro tipo)................................................................................................40
4.5 SEÇÃO [local]......................................................................................................................40
4.5.1 Definição dos Números de Pontos de Entradas Digitais...........................................................41
4.5.2 Definição do Tipo de Cartões e Módulos Utilizados.................................................................41
4.5.3 Parâmetros do Protocolo ML7800........................................................................................41
4.5.4 Parâmetros do Protocolo IEC60870-5-101............................................................................41
4.6 SEÇÕES [iec_eds] e [iec_edd]...............................................................................................42
4.6.1 Parâmetro <end>.............................................................................................................42
4.6.2 Parâmetro <pto>.............................................................................................................42
4.6.3 Parâmetro <tmp>............................................................................................................43
4.6.4 Parâmetro <grupo>..........................................................................................................43
4.6.5 Exemplo de Seção [iec_eds] – Entradas Digitais Simples........................................................43
4.6.6 Exemplo de Seção [iec_edd] – Entradas Digitais Duplas.........................................................44
4.7 COMPILAÇÃO DOS ARQUIVOS DE CONFIGURAÇÃO...................................................................44

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ÍNDICE

4.7.1 Programa de Edição e Compilação EDConf............................................................................44


4.7.2 Edição do Arquivo de Configuração em formato texto............................................................45
4.7.3 Compilação do Arquivo de Configuração...............................................................................45
4.7.4 Carga do Arquivo de Configuração binário na memória da CPU...............................................46
5. PROCEDIMENTOS DE CARGA DE ARQUIVOS............................................................................49
5.1 Funções do Programa Monitor da CPU 386..............................................................................49
5.2 Áreas de Memória dos Cartão de CPU STD386A.......................................................................50
5.2.1 Área de BOOT da FLASH....................................................................................................50
5.2.2 Área de programas da Memória FLASH................................................................................50
5.2.3 Área de configuração da Memória FLASH.............................................................................50
5.2.4 Área de rascunho da Memória RAM.....................................................................................50
5.3 Procedimentos de Gerenciamento da Gravação da FLASH..........................................................50
5.4 Programas Aplicativos para a CPU STD-386A...........................................................................51
5.5 Programa Utilitário para Carga de Arquivos STD-RTERM............................................................51
5.6 Procedimento de Carga dos Arquivos na CPU 386.....................................................................54
6. PAINEL DE APRESENTAÇÃO DE ALARMES E SOE......................................................................59
6.1 Introdução..........................................................................................................................59
6.2 Anunciador de Alarmes.........................................................................................................60
6.3 Registrador de Eventos.........................................................................................................60
6.4 Comunicação do Painel com a CPU do sub-bastidor STD-BUS.....................................................60
6.5 Instalação do Painel.............................................................................................................60
6.6 Desenhos do Painel..............................................................................................................61

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1. INFORMAÇÕES GERAIS

SEÇÃO 1

INFORMAÇÕES GERAIS

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1. INFORMAÇÕES GERAIS

Página 6 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


1. INFORMAÇÕES GERAIS

1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 INTRODUÇÃO
O Quadro de Alarmes STD-7180, faz parte do sistema de telesupervisão e controle
destinada à estações de energia elétrica e usinas geradoras com a finalidade de efetuar
as seguintes funções:

- Aquisição de informações de indicação digital de sinalização de estado de


dispositivos feita através da leitura de sinais digitais provenientes de contatos.
As mudanças de estado dos dispositivos geram eventos com etiquetas de
tempo obtidas através de receptor de sinais GPS;
- Apresentar os alarmes atuados e os registros de sequenciamento de eventos
(SOE) em até quatro paineis;
- Comunicar-se com equipamentos concentradores ou Unidades Terminais
Remotas utilizando diversos protocolos e diversos meios por canal simples ou
duplicado;
- Permitir a operação local da instalação através de microcomputador IHM com
software SCADA.

O Quadro de Alarmes é composto por um sub-bastidor STD-BUS mestre e até quatro


sub-bastidores escravos de entradas digitais. Cada sub-bastidor pode receber até 256
alarmes utilizando o cartão STD-8011.

O sub-bastidor STD-BUS possui um cartão de CPU STD-UP104A permitindo a aquisição


de um mínimo de 16 e um máximo de 1024 pontos de alarmes. Os cartões de entradas
digitais do Quadro de Alarmes são os mesmos utilizados nas UTR´s STD-7100/STD-
7140.

Cada sub-bastidor STD-BUS mestre do quadro de alarmes pode ser conectado a um


painel de cristal líquido toch-screen. O painel de apresentação deve ser instalado na
parte frontal dos paineis da subestação para fácil visualização por parte do operador.

1.2 TERMINOLOGIA
Cartão – Um cartão é uma placa de circuito impresso montada com os componentes. A
placa possui um conector borda para inserção em um conector;

CPU – (Central Processing Unit ou Unidade Central de Processamento) refere-se a um


cartão equipado com microprocessador destinado ao controle de um sub-bastidor STD-
BUS.

GPS – Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global é utilizado para


obter o relógio/calendário da UTR com precisão melhor que 500 microssegundos;

IED – (Intelligent Electronic Device ou Dispositivo Eletrônico Inteligente) é um


equipamento microprocessado capaz de enviar e receber informações através de uma
interface de comunicação. O Quadro de Alarmes é um IED;

IHM Local – (Interface Homem Máquina) é um microcomputador destinado a monitorar


e controlar os dispositivos da instalação. Este microcomputador é conectado à UTR por
um canal de comunicação e roda um software SCADA;

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1. INFORMAÇÕES GERAIS

Módulo - Considera-se módulo ao conjunto composto por uma placa de circuito


impresso montada em uma mecânica de suporte para trilho ou caixa. São módulos as
fontes de alimentação, as interfaces/borneiras, os relés/borneiras, os conversores para
fibra ótica e os elementos de proteção.

Placa Mãe – (motherboard) placa de circuito impresso que possui os conectores onde
são inseridos os cartões STD-BUS. A placa mãe é montada no fundo do sub-bastidor.

Placa Mezanino – placa que deve ser instalada sobre outra utilizando um conector
próprio na placa principal. O cartão de CPU STD-386A pode receber uma placa mezanino
para aumentar o número de interfaces seriais assíncronas;

Slot – Local onde é inserido um cartão. Cada slot possui trilhos superiores e inferiores
que servem como guias durante a inserção/retirada e também como suporte. Cada slot
possui um conector onde é inserido o cartão.

SCADA – Supervision, Control and Data Aquisition: Software de supervisão e controle.

STD-BUS – Padrão elétrico e mecânico (IEEE-961) para cartões eletrônicos destinados a


equipamentos de automação industrial e supervisão/controle remotos.

Sub-Bastidor STD-BUS – É o conjunto elétrico e mecânico destinado a receber os


cartões padrão IEEE-961 (STD-BUS). Este tipo de sub-bastidor possui trilhos para fixar e
guiar os cartões até os conectores da placa mãe. A placa mãe fornece a alimentação
para todos os cartões e possui um barramento destinado a conectar os cartões de
entrada/saída com o cartão de CPU. A UTR STD-7100 utiliza sub-bastidores IEEE-961 de
20 slots.

UART – Universal Assyncronous Receiver Transmmiter ou Transmissor Receptor


Universal Assíncrono: função implementada em um circuito integrado (16C654)
destinada a realizar a comunicação serial assíncrona da UTR com equipamentos
externos;

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1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.3 COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA

O Quadro de Alarmes STD-7180 é um equipamento destinado ao uso em subestações


de extra alta tensão, o qual foi submetido aos seguintes ensaios de compatibilidade
eletromagnética recomendados pela norma IEC 60870-2-1:

Norma Descrição e Aplicação

Ondas Oscilatórias Amortecidas: Classe III (2,5kV) aplicado na


IEC255-22-1 entrada de alimentação, entradas digitais, entradas analógicas e
saídas digitais;

IEC61000-4-2 Descarga Eletrostática: Classe III (6kV contato, 8kV ar);

Campo Eletromagnético Irradiado: Classe III (80MHz a 1GHz


IEC61000-4-3
com intensidade de 10 V/m);

Transientes Rápidos: Classe IV (4kV) aplicado em modo direto na


entrada de alimentação e em modo indireto (através de calha de
IEC61000-4-4
acoplamento) nas entradas digitais, entradas analógicas e saídas
digitais;

Surtos 1,2/50s: Classe IV (4kV modo comum e 2kV modo


diferencial) aplicado em modo direto para a entrada de alimentação
IEC61000-4-5
e em modo indireto (através de módulo de acoplamento) para as
entradas digitais, entradas analógicas e saídas digitais.

Surtos 10/700s: Classe IV (2kV) aplicado nas linhas de


IEC61000-4-5
comunicação da UTR (MODEM´s analógicos e interfaces RS485);

IEC61000-4-6 Imunidade a Rádio Frequência conduzida: Nível III

Campos Magnéticos: 30 A/m 60Hz por 1 minuto aplicado nos


IEC61000-4-8
paineis frontal, traseiro e laterais do bastidor da UTR;

Campos Magnéticos Pulsados: 1,2/50s 300 A/m aplicado nos


IEC61000-4-9
paineis frontal, traseiro e laterais do bastidor da UTR;

CISPR22 Emissão Conduzida: Classe B.

CISPR22 Emissão Radiada: Classe A.

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1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.4 ALIMENTAÇÃO

1.4.1 Tolerância da tensão de alimentação

Classe DC3 (-20% a +15%).


- Faixa de Operação em 48VCC: 36 a 60VCC;
- Faixa de Operação em 125VCC: 100 a 160VCC.

1.4.2 IEC1000-4-29 - Queda e Interrupção de Tensão

Nível 1:
- U=100% para t = 50ms em 125VCC;
- U=100% para t = 14ms em 48VCC.

1.4.3 Taxa de Ondulação da Tensão de Alimentação CC

(“ripple”) Classe VR3 (5%);

1.5 RIGIDEZ DIELÉTRICA (ISOLAÇÃO)

Norma: IEC255-5 - tensão à frequência industrial

Classe Parâmetros Modo de Aplicação

VW3 2,5kV 60Hz por 1 minuto entradas digitais, entradas analógicas e saídas digitais
VW3 3,5kVCC por 1 minuto fontes de alimentação com entrada em 125VCC
VW2 1,5kVCC por 1 minuto fontes de alimentação com entrada em 48VCC

Tensão de Impulso: 5kV 1,2/50us 0,5J.

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1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.6 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

As condições climáticas, de transporte e armazenamento de acordo com a norma IEC


60870-2-2 são as seguintes:

Norma: IEC60870-2-2 – Condições Climáticas


Classe: C1
locais abrigados sem condicionamento de ar, onde o
Condições do Local de
equipamento é abrigado da incidência direta do Sol, chuva,
Instalação:
outras precipitações e vento
IEC 60068-2-1 (frio)
IEC 60068-2-2 (calor seco)
Recomendações
IEC 60068-2-3 (calor úmido)
IEC 60068-2-14 (variação da temperatura)
Faixa de Temperatura: -5 a +55 C
Umidade Relativa: 5 a 95% sem condensação
Pressão Atmosférica: 70 a 108kPa
Altitude: Até 3000m

Ensaio Climático
Norma: IEC60028-2-1
Temperatura do Ensaio: -5 3 C
Duração 72 Horas

Ensaio Climático
Norma: IEC60028-2-2
Temperatura do Ensaio: +55 2 C
Duração 72 Horas

Ensaio Climático
Norma: IEC60028-2-14 método 2
Procedimento
1. Temperatura inicial de +22C
2. Rampa negativa de +22C para -5C em 30 minutos
3. Temperatura de -5C durante 3 horas
4. Rampa positiva de -5C para +55C durante 3 horas
5. Rampa negativa de +55C para +22C em 30 minutos
6. Ciclo repetido por 02 vezes

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 11


1. INFORMAÇÕES GERAIS

Classe B1 para as Influencias Mecânicas (local de instalação com baixo nível de


vibração/choque e transporte realizado com cuidado).

Ensaio de Resposta à Vibração


Norma: IEC255-22-1 Item 4.2.1, Tabela I, Classe 1
Faixa de Frequência: 10 a 150 Hz
Forma do Movimento Vibração Senoidal
10 a 60 Hz = 0,07 mm
Amplitude:
60 a 150 Hz = 0,5g (5 m/s)
Taxa de Variação: 1 oitava/min
Número de Ciclos de Teste: 1 (10 – 150 – 10 Hz)
Eixos de Ensaio 03 (X, Y e Z)

Ensaio de Condicionamento de Vida (Durabilidade)


Norma: IEC255-22-1 Item 4.2.2, Tabela II, Classe 1
Forma do Movimento Vibração Senoidal
Método do Ensaio Condicionamento de Vida por Varredura de Frequência
Faixa de frequência: 10 a 150 Hz
Amplitude: 10 a 150 Hz = 1,0 g (10 m/s)
Taxa de Variação: 1 oitava/min
Número de Ciclos de Teste: 03 (X, Y e Z)

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1. INFORMAÇÕES GERAIS

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 13


2. COMPONENTES DO QUADRO DE ALARMES

SEÇÃO 2

COMPONENTES DO

QUADRO DE ALARMES

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 15


2. COMPONENTES DO QUADRO DE ALARMES

Página 16 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


2. COMPONENTES DO QUADRO DE ALARMES

2. COMPONENTES DO QUADRO DE ALARMES

2.1 Introdução

A arquitetura do Quadro de Alarmes STD-7180 é totalmente modular, baseada em sub-


bastidores, cartões e módulos que simplificam as tarefas de manutenção.

Os cartões STD-BUS são alojados em sub-bastidores de 20 slots. Este sub-bastidor


deverá ser instalado dentro dos paineis da subestação juntamente com os módulos de
condicionamento e borneira. Estes módulos devem receber os cabos diretamente em
seus bornes.

Os módulos de interface, módulos de proteção, fonte de alimentação auxiliar e


conversores são montados em trilho para facilitar a conexão com os cabos provenientes
do exterior.

O painel de alarmes e display de SOE deverá ser instalado na parte frontal dos paineis
da subestação para fácil visualização por parte do operador.

2.2 Relação dos Componentes do Quadro de Alarmes STD-7180

2.2.1 Sub-Bastidor
 Sub-Bastidor IEEE-961 para 8 slots STD-7180

2.2.2 Painel de Apresentação de Alarmes e Sequenciamento de


Eventos

2.2.3 Cartões
 Cartão CPU Intel 386EXTC 33MHz STD-386A;
 Cartão Decodificador de Sinal de Sincronismo IRIG-B STD-IRG1;
 Cartão Receptor GPS e Gerador de Sinal IRIG-B STD-GPS1;
 Cartão 32 Entradas Digitais Isoladas STD-32ED5.

2.2.4 Módulos de Interface, Borneira e Relés


 Módulo de Condicionamento e Borneira para Entradas Digitais com ligação em tensão
com negativo comum STD-32DI-5;
 Módulo de Condicionamento e Borneira para Entradas Digitais com entradas em
tensão isoladas entre si STD-32DI-9;
 Módulo de Condicionamento e Borneira para Entradas Digitais com entradas em
contato seco STD-32DI-4A;

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 17


2. COMPONENTES DO QUADRO DE ALARMES

2.2.5 Módulos Fonte de Alimentação


 Fonte de Alimentação Principal STD-40MF-5;
 Fonte de Alimentação Isolada para Entradas Digitais STD- MF020;0;

2.2.6 Módulos de Proteção


 Módulo de Proteção da Alimentação STD-FL30;

2.2.7 Módulos Especiais


 Módulo painel para Cartão Receptor GPS e Gerador IRIG-B STD-16LCD;
 Módulo Conversor RS232 para Fibra Ótica Multimodo 850nm duplo STD-232FO;
 Módulo Conversor RS485 para Fibra Ótica Multimodo 850nm STD-485FO;

2.2.8 Componentes de Proteção de Sobrecorrente


 Disjuntores quick-lag de Proteção da Entrada de Alimentação e da tensão para
molhar contatos das entradas digitais;

Página 18 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


2. COMPONENTES DO QUADRO DE ALARMES

2.3 CARTÕES PADRÃO STD-BUS (IEEE-961)

Os cartões padrão STD-BUS (IEEE-961) incluem CPU, aquisição de sinais digitais e


analógicos, comando, comunicação, sincronismo e CBO.

O padrão STD-BUS foi aprovado como barramento industrial pelo IEEE (IEEE-961) sendo
largamente utilizado em equipamentos industriais, militares e de telessupervisão devido
a sua robustez, tamanho compacto e alta qualidade.

Este padrão é aberto, não estando sujeito a patentes ou royalties, sendo utilizado em
mais de 500.000 sistemas instalados atualmente. A STD projeta e fabrica cartões STD-
BUS desde 1983.

Figura 2.3.1 – Foto de Cartão Padrão STD-BUS de Entrada/Saída

A figura 2.1 mostra um cartão padrão STD-BUS de entrada/saída onde pode-se observar
no lado esquerdo o conector borda de 56 pinos destinado aos sinais do barramento. Este
conector fornece alimentação juntamente com as conexões necessárias para o acesso
de escrita/leitura realizado pelo cartão de CPU do sub-bastidor.

À direita estão os conectores destinados aos sinais específicos do cartão. O por exemplo,
no cartão de entradas digitais o conector recebe os sinais por um conector DB37.

Na parte superior direita existe um ejetor para auxiliar a retirada do cartão.

O sub-bastidor padrão STD-BUS utilizado na UTR STD-7100 possui 20 conectores. O


cartão de CPU sempre é inserido no slot mais à direita. Os cartões de entrada/saída
podem ser inseridos livremente nos outros slots, já que todos os sinais são disponíveis
em todos os conectores.

O cartão padrão STD-BUS possui a característica de ser rapidamente e facilmente


removido e reinstalado no sub-bastidor. Isto proporciona um baixo tempo médio de
reparo (MTTR), o que é muito importante para sistemas que necessitam de manutenção

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 19


2. COMPONENTES DO QUADRO DE ALARMES

em campo.

Todos os cartões padrão STD-BUS fabricados pela STD utilizam tecnologia CMOS,
possuindo baixo consumo de energia, e consequentemente permitindo ao equipamento
operar em uma faixa estendida de temperatura sem a necessidade de ventilação
forçada.

Outra vantagem de se utilizar um padrão de barramento aberto é a facilidade de


atualização futura do equipamento através da simples substituição dos cartões por
unidades mais modernas. As características do barramento tais como velocidade de
acesso e sinais de controle sempre são mantidas dentro do padrão, o que permite que
CPU´s mais rápidas operem normalmente com cartões de entrada/saída mais antigos.

Quando são necessárias funções adicionais, é incorporado um microcontrolador no


cartão, tal como é feito nos cartões de sincronismo. Nestes cartões existe um
microcontrolador que realiza as funções de decodificação e conversão das informações
de tempo para leitura pelo cartão de CPU do sub-bastidor. Estas informações de tempo
podem ser fornecidas por um sinal padrão (IRIG-B) ou por um módulo receptor GPS,
que no caso da UTR STD-7100 é também incorporado no próprio cartão STD-BUS.

Originalmente o STD-BUS foi concebido para qualquer tipo de processador, mas derivou
para o uso exclusivo de plataforma com processadores Intel da família x86. Isto
permitiu uma fácil e rápida evolução do software para cartões de CPU mais modernos.

Amicro Remota STD-7180 utiliza um cartão de 32 bits baseado no microprocessador


Intel 386EX 33MHz;

Figura 2.3.2 – Dimensões do cartão padrão STD-BUS

A figura 2.2 apresenta as dimensões do cartão STD-BUS. A distância entre os slots em


um sub-bastidor padrão é de 2cm, permitindo a acomodação de 20 cartões em um sub-
bastidor de 19”.

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2. COMPONENTES DO QUADRO DE ALARMES

2.3.1 Cartões de Entrada/Saída

Cartão de Entrada/Saída denomina um tipo de cartão destinado a receber ou enviar


sinais de supervisão/comando sendo controlado diretamente pelo cartão de CPU do sub-
bastidor.

Os cartões de entrada/saída sempre operam em conjunto com Módulos de Interface e


Borneira, os quais são montados em trilhos e recebem os cabos provenientes do exterior
em seus bornes. Estes módulos também proporcionam condicionamento de sinal e
proteção contra surtos, evitando que estes distúrbios entrem no sub-bastidor.

Os cartões de mesma função em versões mais novas sempre devem manter


compatibilidade com os antigos. A compatibilidade refere-se ao acesso pelo cartão de
CPU e aos conectores destinados à ligação com os módulos de interface.

Desta forma, pode-se atualizar uma UTR mesmo mantendo versões anteriores do
software que não incorporaram ainda novas funções das versões mais recentes e
também mantendo os módulos de interface já instalados.

2.3.2 Cartão de CPU

Denomina um cartão destinado a processar informações, enviar ou receber dados dos


cartões de entrada/saída e se comunicar através de interface serial, paralela ou ethernet
com outros dispositivos.

O cartão de CPU utilizado no Quadro de Alarmes possui processador Intel 386EXTC


33MHz, sendo apresentado a seguir:

Este cartão ocupa 1 slot no sub-


bastidor, sendo equipado com 2
interfaces seriais assíncronas
sendo uma padrão elétrico RS232
e uma padrão RS485.

Opcionalmente pode receber uma


placa mezanino com 4 interfaces
seriais assíncronas. Neste caso
passa a ocupar 2 slots no sub-
bastidor.

Foto 2.3.2.1 - Cartão CPU Intel 386EX 33MHz STD-386A

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 21


2. COMPONENTES DO QUADRO DE ALARMES

2.3.3 Cartões Decodificadores

Denomina um tipo de cartão que possui processador próprio para leitura de sinais
especiais tal como o sinal de sincronismo de tempo IRIG-B ou o sinal de rádio
proveniente dos satélites do sistema GPS. Os cartões decodificadores fabricados pela
STD são apresentados a seguir:

 Cartão Decodificador IRIG-B STD-IRG1;

 Cartão Receptor GPS STD-GPS1.

Foto 2.3.3.1 - Cartão de


Sincronismo de Tempo
Receptor GPS e Gerador IRIG-
B STD-GPS1

Foto 2.3.3.2 - Cartão de


Sincronismo de Tempo
Decodificador do sinal
IRIG-B STD-IRG1

2.4 Módulos Conversores para Fibra Ótica

A STD fabrica dois modelos de conversores para fibra ótica multimodo. O conversor
STD-485F1 converte de interface elétrica padrão RS485 para fibra ótica multimodo
820nm. O STD-232F1 é um conversor duplo que converte de interface elétrica padrão

Página 22 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


2. COMPONENTES DO QUADRO DE ALARMES

RS232 para fibra ótica multimodo 820nm.

Foto 2.8.1 – Módulo Conversor


RS485 para fibra ótica.

Foto 2.8.2 – Módulo Conversor


Duplo RS232 para fibra ótica.

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 23


2. COMPONENTES DO QUADRO DE ALARMES

2.5 Módulo Fonte de Alimentação Principal

O Módulo Fonte de Alimentação Principal alimenta os cartões STD-BUS nos sub-


bastidores. Esta fonte possui as seguintes características:

 Possui tres saídas de tensão: +5V, +12V e –12V;

 Cada módulo de fonte pode alimentar até tres sub-bastidores STD-BUS;

 Existem dois modelos de fonte STD-MF40: entrada 125VCC e entrada 48VCC;

 Módulo plug-in permite rápida substituição;

2.6 SUB-BASTIDOR

o Quadro de Alarmes utiliza um sub-bastidor IEEE-961 de oito slots com fonte de


alimentação intergrada. O SUB-BASTIDOR IEEE961 contém o cartão de CPU. Este cartão
é responsável pelas seguintes tarefas:
- Comunicação com o Concentrador ou Unidade Terminal Remota;
- Varredura dos cartões de entrada digital;

Página 24 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


2. COMPONENTES DO QUADRO DE ALARMES

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 25


3. FUNCIONALIDADES DO QUADRO DE ALARMES

SEÇÃO 3

FUNCIONALIDADES

DO QUADRO DE ALARMES STD-7180

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 27


3. FUNCIONALIDADES DO QUADRO DE ALARMES

Página 28 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


3. FUNCIONALIDADES DO QUADRO DE ALARMES

3. FUNCIONALIDADES DO QUADRO DE ALARMES

3.1. Estrutura de Comunicação

O Quadro de Alarmes possui uma estrutura totalmente modular, permitindo a livre


utilização dos cinco canais de comunicação.

3.2 Pontos Virtuais

As informações de estado indicam à CPU a ocorrência de falhas em cartões. Estas


indicações de estado são armazenadas em pontos de entrada digital virtuais.

3.3 Canal de Manutenção em Interface Serial

O canal de manutenção é utilizado para carga de configuração, programa (firmware) da


UTR e programas aplicativos de controle local na memória FLASH dos cartões de CPU.
Este canal pode ser utilizado também para diagnóstico. Este canal suporta terminal tipo
TTY e carga de arquivos binária utilizando-se o programa RTERM (Windows).

Todos os canais RS232 podem ser disponibilizados em fibra ótica caso seja necessário,
bastando para isso instalar um ou mais conversores STD-232FO. Os canais RS485
também podem ser transformados para fibra ótica em aplicações multiponto utilizando-
se o conversor STD-485FO.

3.4 Entradas Digitais

O Quadro de Alarmes STD-7180 utiliza conjuntos de cartões e módulos de interface com


capacidade para ler até 32 entradas digitais. Os cartões de entrada digital são alojados
em um sub-bastidor com 8 slots STD-BUS. Os sub-bastidores de entradas digitais
podem receber até quatro cartões que podem ler 128 pontos.

As entradas digitais podem trabalhar entradas em tensão CC nas faixas de 12, 24, 48 e
125VCC ou diretamente com contatos secos. Caso seja utilizada a opção de entrada em
contato seco, a tensão para molhar contatos é fornecida por uma fonte de alimentação
própria ou pelo próprio serviço auxiliar da SE após passar por um módulo condicionador
e de proteção contra surtos de tensão e sobrecorrente.

Todas as entradas digitais possuem duplo estágio de filtro passa baixa, onde o primeiro
estágio está no módulo de interface e o segundo estágio está no cartão STD-BUS.

O Quadro de Alarmes STD-7180 utiliza o cartão STD-32ED5 e tres tipos de módulos de


interface e borneira para aquisição de sinais digitais.

O cartão de entradas digitais possui os seguintes elementos:

 Um multiplexador de 32 canais;
 Um estágio de proteção contra surtos para cada canal;
 Um filtro passa-baixas para cada canal;

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 29


3. FUNCIONALIDADES DO QUADRO DE ALARMES

Os módulos de interface e borneira para as entradas digitais possuem os seguintes


elementos:

 Bornes destinados a receber os cabos dos sinais digitais da estação;


 Bornes destinados a receber o terra de proteção;
 Bornes destinados a receber a alimentação isolada para o cartão STD-32ED5;
 Elementos de proteção contra surtos;
 Resistores divisores de tensão.

Cada vez que a UTR é energizada ou reiniciada o software realiza um auto-teste


completo nos cartões de entrada digital, internamente levando todas as entradas para
os níveis 0 e 1.

Em operação normal o software da UTR faz um auto-diagnóstico a cada varredura das


entradas digitais, permitindo a detecção de diversas falhas. Ao ser detectada uma falha,
o software envia imediatamente para os centros de controle a indicação e desabilita o
cartão, ocorrência sinalizada pelo apagamento do led.

3.5 SINCRONISMO

O Quadro de Alarmes STD-7180 pode efetuar o sincronismo do relógio/calendário


através de duas maneiras:

 Através do sinal de rádio do sistema GPS;

 Através de um sinal de sincronismo IRIG-B obtido de um receptor GPS externo.

Estes mecanismos permitem que o relógio/calendário do Quadro de Alarmes STD-7180


permaneça sincronizado com o relógio/calendário padrão do sistema GPS com diferença
menor que 0,5ms. Isto permite datar os eventos com precisão melhor que 1ms.

3.5.1 Formato TIME T de Informação de Data/Hora

Os cartões de sincronismo fabricados pela STD disponibilizam a informação de data/hora


em no formato TIME T. O formato TIME T informa a data/hora em segundos a partir de
1970 em um registrador de 32 bits sem sinal.

A contagem máxima é de 4.294.967.296 segundos, equivalendo a 136 anos, permitindo


a sua utilização sem ajustes até o ano 2106. O registrador de 32 bits é lido pelo cartão
de CPU do sub-bastidor em quatro registradores de 8 bits.

3.5.2 Protocolo IRIG-B de transmissão de informação de data/hora

O protocolo IRIG (Inter-Range Instrumentation Group) é um padrão desenvolvido


especificamente para transmissão de informações de data/hora, sendo bastante
difundido entre diversos fabricantes.

A utilização deste protocolo proporciona uma precisão da ordem de 200

Página 30 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


3. FUNCIONALIDADES DO QUADRO DE ALARMES

microssegundos, atendendo perfeitamente bem aos requisitos de sincronismo exigidos


pelos sistemas de supervisão para a área elétrica.

O IRIG é um protocolo de transmissão serial de informações de data e hora baseado em


uma portadora com frequência travada no sinal 1PPS e que transmite informação
através de pulso de largura variável, sendo que cada borda de subida representa um
instante exato no tempo.

O sinal de sincronismo mais difundido é o IRIG-B, pois sua taxa de atualização é de um


segundo, facilmente obtida através do sinal 1PPS gerado pelos módulos receptores de
GPS.

O IRIG-B definido pela norma 200-95 define um quadro (frame) de dados com 100 bits,
sendo que estes bits podem ter 3 valores diferentes. O sinal IRIG-B utilizado pela UTR
STD obedece à norma IEEE 1344, que inclui a informação do ano e qualidade do sinal.

Fisicamente o sinal IRIG pode ser transmitido de duas formas diferentes: uma conhecida
por DC, onde os pulsos são enviados em pulsos de 0 a 5 volts e outra, mais complexa,
onde o sinal é modulado sobre um a portadora.

O Quadro de Alarmes STD-7180 fornece o sinal IRIG-B de tres maneiras:

 Modo DC (5V);

 Modo diferencial padrão RS422;

 Modo ótico em 850nm utilizando fibra ótica multimodo.

Para uso do modo ótico deve-se instalar um conversor de RS485 para fibra ótica STD-
485FO na saída do receptor GPS e na entrada do cartão decodificador IRIG-B.

3.5.3 Receptor GPS

O Quadro de Alarmes STD-7180 utiliza um Módulo receptor GPS incorporado no próprio


cartão padrão STD-BUS. Este módulo gera dois sinais: um sinal de saída serial
assíncrono com protocolo binário e um sinal de sincronismo 1PPS. O cartão denominado
STD-GPS1 possui um processador que recebe os sinais do módulo receptor GPS e realiza
as seguintes funções:

 Gera periodicamente uma interrupção de sincronismo para o cartão de CPU do sub-


bastidor. Esta interrupção é gerada a cada dez segundos sempre em um segundo
cheio;

 Disponibiliza a data/hora no formato Time-T para o cartão de CPU do sub-bastidor;

 Gera o sinal IRIG-B para sincronizar outros sub-bastidores e demais dispositivos tais
como relés de proteção;

 Recebe o comando de ajuste de fuso horário do cartão de CPU do sub-bastidor. Isto


permite que a hora seja lida do cartão já no fuso horário local evitando ajustes
posteriores;

 Disponibiliza as informações de data, hora, número de satélites recebidos e falhas


em um módulo painel de cristal líquido (STD-16LCD).

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 31


3. FUNCIONALIDADES DO QUADRO DE ALARMES

3.5.4 Decodificador do sinal IRIG-B

A STD fabrica um cartão decodificador de sinal IRIG-B denominado STD-IRG1. O cartão


denominado STD-IRG1 possui um processador que recebe o sinal IRIG-B e realiza as
seguintes funções:

 Gera periodicamente uma interrupção de sincronismo para o cartão de CPU do sub-


bastidor. Esta interrupção é gerada a cada dez segundos sempre em um segundo
cheio;

 Disponibiliza a data/hora no formato Time-T para o cartão de CPU do sub-bastidor.

3.6 INDICAÇÃO DE ESTADO DIGITAL

O software de controle do Quadro de Alarmes STD-7180 efetua a conversão de todas as


informações de indicação de estado digital obtidas de suas entradas digitais em um
formato baseado na estrutura das mensagens de aplicação definidas pelo protocolo
IEC60870-5-101.

O software do Quadro de Alarmes STD-7180 trata as entradas digitais como pontos


simples ou pontos duplos.

3.6.1 Indicação de Estado Digital Simples

O estado dos pontos digitais simples (SPI: Estado do Sinal Digital Simples) é
armazenado em um byte no formato mostrado a seguir:

IV NT SB BL 0 0 0 SPI

SPI = 0 => OFF (contato aberto ou falta de tensão);


SPI = 1 => ON (contato fechado ou presença de tensão).

3.6.2 Indicação de Estado Digital Duplo

O estado dos pontos digitais duplos (DPI: Estado do Sinal Digital Duplo) é armazenado
em um byte no formato mostrado a seguir:

IV NT SB BL 0 0 DPI

DPI = 0 (00) => Estado intermediário ou de transição


DPI = 1 (01) => Estado determinado dispositivo desligado (OFF)
DPI = 2 (10) => Estado determinado dispositivo ligado (ON)
DPI = 3 (11) => Estado indeterminado

Página 32 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


3. FUNCIONALIDADES DO QUADRO DE ALARMES

As funções dos atributos IV, NT, SB e BL são mostradas a seguir:

Sinal inválido: o bit IV se ativa (nível 1) quando o sinal não adquire a forma
correta, isto é, quando uma falha é produzida nos cartões de entradas digitais do
sub-bastidor escravo, ou quando a comunicação com o(s) sub-bastidor(es)
escravo falha ou quando há falha de comunicação com IED´s de onde provenham
informações de entradas digitais.
IV
Este bit indica que o valor não está correto e não deve ser utilizado. É desativado
quando a falha é recuperada, quando há recuperação do cartão de entradas
digitais ou há recuperação da comunicação com os sub-bastidores escravos ou
com os IED´s.

Sinal não atualizado: o bit NT se ativa (nível 1) quando o sinal não está
atualizado, se não houve atualização em seu valor na última amostragem ou em
NT um período determinado de tempo.

É desativado (nível 0)quando há atualização de seu valor na última amostragem.

Sinal substituído: o bit SB é ativado (nível 1) quando o sinal é substituído, ou


seja, quando o valor do sinal é forçado pelo operador localmente na UTR.
SB
Para forçar um sinal localmente, o operador deverá previamente bloquear
(desativar) o sinal e deverá desabilitar a ativação automática de sinais
bloqueados na estação controlada. Caso contrário este bit deverá ser desativado.

Sinal bloqueado: o bit BL se ativa (nível 1) quando o sinal está bloqueado


(desativado) para transmissão, ou seja, seu valor se mantém como antes de ser
bloqueado.

Este bit pode ser forçado pelo operador localmente na estação controlada, ou
BL ativado automaticamente quando a estação controlada detecta um número
excessivo de mudanças ocorridas no sinal durante um tempo estabelecido
(recurso anti-avalanche de eventos ou anti-chattering).

O sinal fica anulado e não se transmitem mudanças. A desativação deste bit


também pode ser manual, pelo operador localmente na estação controlada, ou
automática, até o fim de um timeout estabelecido.

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 33


3. FUNCIONALIDADES DO QUADRO DE ALARMES

3.6.3 Geração de Eventos de Mudanças nas Entradas Digitais

Todas as entradas digitais podem gerar registros de eventos de mudança de estado.


Estes registros possuem estampa de tempo com resolução de 1ms. Isto significa que os
registros de eventos gerados pela UTR permitem determinar o tempo entre os eventos
com precisão de 1ms.

Quando se utiliza entradas digitais com a função de medida digital, a geração de


eventos para estas entradas é desabilitada.

Os registros de eventos de mudança de estado nas entradas digitais são armazenados


em filas circulares com capacidade configurável. Estas filas são do tipo FIFO (first in,
first out, ou seja, o primeiro a entrar é o primeiro a sair) do tipo circular, que significa
que os eventos mais novos sobrepoem os mais antigos quando todas as posições são
ocupadas. Existe uma fila de eventos para cada canal de comunicação com os Centros
de Controle.

O software da UTR faz a datação do evento utilizando uma etiqueta de tempo completa.
Esta etiqueta de tempo possui o mesmo formato da etiqueta completa cp56 de 7 bytes
dos protocolos IEC60870-5-101 e IEC60870-5-104.

Byte Bit

8 7 6 5 4 3 2 1
1 milisegundos (byte menos significativo)
2 milisegundos (byte mais significativo)
3 IV RES1 Minutos (00 a 59)
4 SU RES2 Hora (00 a 23)
5 Dia da Semana (01 a 07) Dia do Mês (01 a 31)
6 RES3 Mês (01 a 12)
7 RES4 Ano (00 a 99)

O atributo IV, quando ativo, indica que a informação de data/hora é inválida. Isto é
causado quando o dispositivo de sincronismo da UTR não está funcionando ou quando a
UTR não possui dispositivo de sincronização e ainda não recebeu uma mensagem de
acerto de relógio/calendário.

Os atributos SU, RES1, RES2, RES3 e RES4 não são utilizados.

Os dois bytes reservados para os milissegundos permitem uma contagem de 0 a 59999,


correspondendo a um minuto. Os sete bits reservados para o ano permitem uma
contagem de 0 a 99. A identificação do dia da semana é vista na tabela a seguir:

1 2 3 4 5 6 7
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo

Página 34 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


3. FUNCIONALIDADES DO QUADRO DE ALARMES

3.6.4 Filtro anti-bouncing

O software de leitura das entradas digitais possui filtro de “debounce” com tempo
ajustável entre 4 e 255 ms. Este filtro tem por finalidade a rejeição de oscilação de
contatos, sinais de alta frequência e demais transientes que possam causar geração de
eventos espúrios. Utiliza-se como valor default o período de debounce de 5ms.

O algoritmo do filtro de debounce funciona da seguinte maneira:


 O software amostra todas as entradas digitais a cada 1ms;
 Se uma entrada sofreu mudança de estado desde a amostragem anterior, é
disparado um contador para esta entrada. Este contador deverá ser incrementado a
cada amostragem de 1ms do sinal se este permanecer estável. Se ocorrer uma
mudança durante a contagem o contador é reiniciado;
 A mudança somente é confirmada se o sinal permaneceu estável durante o tempo
definido para o “debounce” , ou seja, se o contador chegou ao valor definido sem
mudanças no sinal;
 Caso a mudança tenha sido confirmada, a etiqueta de tempo é armazenada com o
valor correspondente ao valor atual menos o tempo de “debounce”, que é a
data/hora em que efetivamente ocorreu a mudança.

3.6.5 Filtro anti-avalanche

O software de leitura das entradas digitais possui proteção contra mudanças excessivas
de estado em um curto período de tempo. Utiliza-se como janela de contagem de
eventos o período de 1 segundo, sendo o número de eventos máximo permitido durante
o período de tempo da janela ajustável entre 0 e 255.

Quando o software detecta a ocorrência de mais eventos que o permitido dentro da


janela de tempo o ponto é bloqueado por 60 segundos. Caso continuem ocorrendo mais
eventos que o permitido o ponto permanece bloqueado.

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 35


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

SEÇÃO 4
DEFINIÇÕES
DO
ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO
DA CPU STD-UP104A

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 37


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

Página 38 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

5. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-


UP104A DO QUADRO DE ALARMES

5.1 INTRODUÇÃO

o equipamento Quadro de Alarmes utiliza cartão de CPU STD-UP104A com módulo


PC104 CPU Tri-M no sub-bastidor mestre (é importante observar que a CPU STD-7100
utiliza o cartão de CPU STD-UP104A com módulo PC104 fabricado pela Versalogic).

O modelo de CPU STD-UP104A utilizado no quadro de alarmes possui sistema


operacional DOS 6.22. Este sistema operacional é fornecido em conjunto com o software
aplicativo REM300.EXE para a CPU mestre.

O quadro de alarmes utiliza sub-bastidores escravos de entradas digitais modelo padrão


utilizados nas UTR´s STD-7100 e STD-7140.

O software aplicativo deve ler um arquivo de configuração em formato texto, o qual


fornece as informações sobre o hardware e as funções de aquisição e comunicação do
equipamento. Este arquivo deve ter as seguintes características:

 O arquivo deverá ser do tipo texto simples, com os caracteres em ASCII;

 O nome do arquivo de configuração fonte (em formato texto) deverá possuir a


extensão cfg;

 O nome do arquivo binário (compilado) deverá possuir o mesmo nome do


arquivo de configuração fonte com a extensão bin;

 As linhas de comentário deverão iniciar com um ponto-e-vírgula;

 Pode-se incluir um comentário após os parâmetros e atributos em uma linha


colocando-se um ponto-e-vírgula;

5.2 Listagem das Seções

O arquivo é dividido em SEÇÕES. O nome de cada seção deve ser escrito em letras
minúsculas e deve estar entre colchetes. A tabela a seguir apresenta o nome das seções
e a sua função:

Seção Função

[canal] Informa os parâmetros de comunicação e o protocolo de cada canal de comunicação

[local] Informa para o software a configuração do hardware do sub-bastidor

Informa o canal, endereço e número de pontos entradas digitais, entradas


[utr] analógicas e saídas digitais de um sub-bastidor escravo ou sub-UTR com protocolo
ML7800 modificado

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 39


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

5.3 Estrutura do Arquivo de Configuração

O arquivo de configuração da UTR é dividido em SEÇÕES. O nome de cada seção deve


ser escrito em letras minúsculas e deve estar entre colchetes. Basicamente o arquivo de
configuração da CPU mestre é dividido em três partes funcionais ou seções:

 O primeiro tipo (seção [canal]) define os parâmetros de comunicação e os


protocolos utilizados por cada canal de comunicação;

 O segundo tipo (seção [local]) define as informações referentes à configuração


de cartões instalados no sub-bastidor mestre e informações gerais;

 O terceiro tipo define os parâmetros específicos de cada protocolo para os canais


de comunicação com IED´s e a quantidade de pontos de supervisão e controle
de cada um.

Divisões funcionais do arquivo de


Seções pertencentes à divisão
configuração

Parâmetros de comunicação e protocolos de


[canal]
todos os canais do sub-bastidor

Informações dos cartões de entrada/saída


[local]
instalados no sub-bastidor

Informações sobre os sub-bastidores


escravos de entradas digitais conectados ao [utr]
sub-bastidor mestre

O programa TextPad para ambiente Windows permite a edição do arquivo de


configuração.

Página 40 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

5.4 SEÇÃO [canal]

A seção [canal] define os parâmetros de comunicação, parâmetros de configuração de


hardware e o protocolo de cada canal de comunicação utilizado pelo cartão de CPU.

O conjunto de parâmetros para cada canal devem estar em uma linha do arquivo texto
iniciada com a identificação do canal (COM1 a COM4).

5.4.1 Parâmetros da Interface Serial Assíncrona

Os parâmetros apresentados a seguir referem-se à configuração da interface serial


assíncrona:

 velocidade: baud rate da interface serial (600 a 115000 bauds);

 paridade: paridade par, ímpar ou sem paridade;

 comprimento: comprimento do caracter, normalmente oito bits;

 stop: número de stop bits (1 ou 2).

5.4.2 Parâmetros para Operação Half-Duplex

O parâmetro atraso/normal somente é utilizado em sistemas de comunicação half-


duplex em que é necessário esperar a estabilização do canal antes de transmitir os
dados. O tempo definido neste parâmetro corresponde ao período entre a ativação do
sinal RTS e o envio efetivo dos dados pela interface serial.

O sinal RTS deverá ser utilizado para ativar o PTT (Push To Talk) do transceptor. Após a
ativação do sinal RTS e do PTT, deve-se esperar que o transmissor envie a portadora do
sinal de rádio ao receptor e o sinal passe pelos circuitos de demodulação. Isto é feito
para que os dados possam ser transmitidos e recebidos corretamente.

 Se o parâmetro atraso/normal = normal não é inserido o período de espera.

 Se o parâmetro atraso/normal = atraso é inserido um período de 250ms


entre a ativação do sinal RTS e a transmissão dos dados.

5.4.3 Configuração do Hardware

Os parâmetros interface, base e irq referem-se à configuração do hardware:

O parâmetro interface corresponde à interface elétrica RS232 ou RS485. Na CPU 386


sempre o canal COM1 é padrão RS232 (canal de manutenção) e o canal COM2 é padrão
RS485. O canal COM2 normalmente é utilizado para a comunicação da CPU mestre com
a CPU escrava de entradas digitais.

O parâmetro base corresponde ao endereço base da interface de comunicação serial


assíncrona (UART) no espaço de endereçamento de entrada/saída do cartão de CPU.
Este endereço é de 16 bits, corespondendo a valores na faixa 0 a 65535 decimal ou
0000 a FFFF (hexadecimal).

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 41


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

O parâmetro irq corresponde ao sinal de pedido de interrupção recebido pelo cartão de


CPU para a interface serial.

5.4.4 Parâmetros de Tolerância a Falhas na Comunicação

Os parâmetros tent, tout e idle referem-se aos procedimentos de tolerância a falhas na


comunicação.

O parâmetro tent corresponde ao número de tentativas (chamadas) que um canal


mestre faz antes de considerar o dispositivo escravo fora de comunicação. Pode-se
configurar ente parâmetro com valores de 1 a 20 retentativas.

O parâmetro tout corresponde ao tempo que um canal mestre espera entre o envio de
uma mensagem e o recebimento da resposta do dispositivo requisitado. Pode-se
configurar este parâmetro com valores de 0 a 5000ms.

O parâmetro idle corresponde ao tempo de espera entre chamadas de um canal mestre


quando não recebe uma resposta válida do dispositivo escravo. Pode-se configurar este
parâmetro com valores de 0 a 5000ms.

5.4.5 Protocolos (parâmetro tipo)

O parâmetro tipo refere-se ao protocolo utilizado no canal. Este parâmetro informa


também se o canal é do tipo mestre ou escravo. O cartão de CPU Mestre da UTR se
comunica com os Centros de Controle através de canais escravo e se comunica com
sub-bastidores, multimedidores e relés digitais através de canais mestre.

A tabela a seguir apresenta os protocolos disponíveis para a UTR STD-7140:

tipo Protocolo e modo de operação do canal (mestre/escravo)

cpu ML7800 escravo (comunicação com centro ou IHM com protocolo Microlab ML7800)
utr ML7800 mestre (comunicação com IED´s ou sub-bastidores com Microlab ML7800)
lcd Protocolo para comunicação com o painel LCD (leitura do touchpad)

Página 42 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

5.5 SEÇÃO [local]

A seção [local] define o endereço, número de pontos, tipo dos cartões utilizados no
sub-bastidor e funções auxiliares.

O parâmetro end define o endereço da CPU. Este endereço é utilizado nos protocolos
ML7800 e RP570, estando na faixa de 1 a 255.

5.5.1 Definição dos Números de Pontos de Supervisão e Controle

Os parâmetros nan e nsd definem os números de pontos de entradas analógicas e


saídas digitais. O parâmetro ned define o número de grupos de entradas digitais, onde
cada grupo possui oito entradas digitais. Em um sub-bastidor de 20 slots pode-se ter
um número máximo de 64 grupos de entradas digitais (512 pontos), 256 entradas
analógicas e 256 saídas digitais.

5.5.2 Definição do Tipo de Cartões e Módulos Utilizados

Os parâmetros tan, ted e tsd definem o tipo dos cartões de entradas analógicas,
entradas digitais e saídas digitais que podem ser instalados em um sub-bastidor de UTR
STD-7140. As tabelas a seguir mostram os códigos e os tipos de cartões que podem ser
utilizados:

Opções para o tipo de Cartões/Módulos de Aquisição Analógica

tan Tipo de Cartão ou Conjunto de Cartões e Módulos

0 Kit analógico composto pelos cartões STD-8504 e STD-8604


1 Cartão de 16 Entradas Analógicas Diferenciais STD-8511
Conjunto de 16 Entradas Analógicas Diferenciais composto pelo cartão STD-16EA2
16EA
e pelo Módulo de Condicionamento STD-16AI1

Opções para o tipo de Cartões/Módulos de Aquisição Digital

ted Tipo de Cartão ou Conjunto de Cartões e Módulos

0 Cartão de 16 Entradas Digitais Isoladas STD-8011


Conjunto de 32 Entradas Digitais composto pelo cartão STD-32ED5 e pelos
16EA
Módulos de Condicionamento STD-32DI5 ou STD-32DI9
edmix Cartão de 12 Entradas Digitais e 4 Saídas Digitais para Micro Remota STD-16MIX

Opções para o tipo de Cartões/Módulos de Saídas Digitais

tsd Tipo de Cartão ou Conjunto de Cartões e Módulos

0 Cartão de 8 Saídas Digitais a Relé 5 A STD-8002


1 Cartão de 16 Saídas Digitais a Relé 2 A STD-8004
3 Cartão de 16 Saídas Digitais a Relé 5 A STD-2002
Conjunto de 32 Entradas Digitais composto pelo cartão STD-32ED5 e pelos
16EA
Módulos de Condicionamento STD-32DI5 ou STD-32DI9
sdmix Cartão de 12 Entradas Digitais e 4 Saídas Digitais para Micro Remota STD-16MIX

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 43


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

O parâmetro cbo define o tipo do esquema de CBO (check-before-operate) e de relé de


grupo utilizado pelas saídas digitais de comando. A tabela a seguir mostra os códigos e
os tipos de esquemas que podem ser utilizados:

Opções para o tipo de esquema de CBO

cbo Tipo de Cartão ou Conjunto de Cartões e Módulos

0 Uso do cartão STD-8605 para acionamento do relé de grupo


1 Uso do último relé de comando como relé de grupo
2 Uso de um cartão especial STD-8002 com máscara de contatos
3 Uso do último relé de um conjunto de cartões STD-8002
4 Uso do cartão de CBO STD-96CBO1 ou STD-CBO2 *

* Observação: somente a opção 4 para CBO é utilizada nos equipamentos novos.

5.5.3 Definição do Tempo de Comando Monoestável

O parâmetro cmd define o tempo de comando para as saídas digitais. Este parâmetro
define o tempo default. Caso seja definido um valor de tempo diferente nas seções
[iec_sds] ou [iec_sdd] este último será efetivamente utilizado.

Por uma questão de segurança, todas as saídas digitais comandadas por software são
do tipo monoestável, onde uma saída de cada vez permanece ativa durante o tempo
determinado. Caso sejam necessárias saídas biestáveis, devem ser utilizados módulos
de relés com retenção magnética (STD-RM04P). Neste caso, cada saída biestável utiliza
duas saídas digitais monoestáveis para chavear entre os dois estados da saída biestável.

O parâmetro cmd pode receber valores na faixa de 50 a 30000ms.

5.5.4 Parâmetros do Protocolo ML7800

O parâmetro ano define o ano base para as etiquetas de tempo dos registros de
sequenciamento de eventos fornecidos através do protocolo ML7800. Isto é feito porque
estas etiquetas de tempo possuem o registro do ano com quatro bits, permitindo os
valores de 0 a 15.

O parâmetro esc define a variação do protocolo ML7800 utilizado para comunicação de


uma CPU mestre com CPU´s escravas. O parâmetro esc=0 define o protocolo ML7800
original e o parâmetro esc=1 define o protocolo ML7800 estendido. O protocolo ML7800
estendido possui a mensagem de estado geral com as informações de falha de cada
cartão do sub-bastidor.

Página 44 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

5.6 SEÇÃO [utr]

A seção [utr] informa para a CPU Mestre a existência e os números de pontos de IED´s
com protocolo ML7800.

Esta seção define a quantidade de IED´s, o canal por onde está sendo feita a
comunicação, o endereço e os números de pontos de entradas digitais, entradas
analógicas e saídas digitais de cada sub-bastidor.

A comunicação do cartão de CPU com os cartões de CPU dos sub-bastidores escravos


pode ser feita em configuração multiponto ou ponto-a-ponto utilizando-se interface
elétrica RS485.

A seção [canal] deverá definir o canal de comunicação utilizado para comunicação com
os IED´s como sendo tipo utr.

Arquivo de Configuração - Seção [utr]

Parâmetro Função Opções

canal Canal de comunicação utilizado COM2 a COM22


end Endereço do sub-bastidor escravo 1 a 255
Número de Entradas Analógicas presentes no sub-bastidor
nan 16 a 256
escravo
Número de Grupos de Entradas Digitais presentes no sub-
ned 2 a 64
bastidor escravo (cada grupo=8 entradas)
Número de saídas digitais presentes no sub-bastidor
nsd 8 a 512
escravo

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 45


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

SEÇÃO 4
DEFINIÇÕES
DO
ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO
DA CPU STD-386A

Página 46 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 47


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU 386A

4.1 INTRODUÇÃO

O sub-bastidor do Quadro de Alarmes STD-7180 utiliza cartão de CPU STD-386A. Este


modelo de CPU possui o sistema operacional de tempo real proprietário desenvolvido
pela STD. Este sistema operacional é fornecido em conjunto com o software aplicativo
R386C para a CPU mestre e R386ED para a CPU escrava de entradas digitais.

O software aplicativo deve ler um arquivo de configuração em formato binário, o qual


fornece as informações sobre o hardware e as funções de aquisição e comunicação do
equipamento.

O cartão de CPU STD-386A mestre do sub-bastidor do Quadro de Alarmes STD-7180


utiliza um arquivo de configuração fonte em formato texto. Este arquivo deve ter as
seguintes características:

 O arquivo deverá ser do tipo texto simples, com os caracteres em ASCII;

 O nome do arquivo de configuração fonte (em formato texto) deverá possuir a


extensão cnf;

 O nome do arquivo binário (compilado) deverá possuir o mesmo nome do


arquivo de configuração fonte com a extensão bin;

 As linhas de comentário deverão iniciar com um ponto-e-vírgula;

 Pode-se incluir um comentário após os parâmetros e atributos em uma linha


colocando-se um ponto-e-vírgula;

 Este arquivo de configuração em formato texto deverá ser compilado para


geração de um arquivo binário. Somente o arquivo de configuração em formato
binário deverá ser carregado na memória FLASH do cartão de CPU 386.

4.2 Listagem das Seções

O arquivo é dividido em SEÇÕES. O nome de cada seção deve ser escrito em letras
minúsculas e deve estar entre colchetes. A tabela a seguir apresenta o nome das seções
e a sua função:

Seção Função

[canal] Informa os parâmetros de comunicação e o protocolo de cada canal de comunicação

[local] Informa para o software a configuração do hardware do sub-bastidor

4.3 Estrutura do Arquivo de Configuração

O arquivo de configuração da UTR é dividido em SEÇÕES. O nome de cada seção deve


ser escrito em letras minúsculas e deve estar entre colchetes. Basicamente o arquivo de
configuração da CPU mestre é dividido em cinco partes funcionais correspondendo a
cinco tipos de seções:

Página 48 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

 O primeiro tipo (seção [canal]) define os parâmetros de comunicação e os


protocolos utilizados por cada canal de comunicação;

 O segundo tipo (seção [local]) define as informações referentes à quantidade de


pontos de entradas digitais;

Divisões funcionais do arquivo de


Seções pertencentes à divisão
configuração

Parâmetros de comunicação e protocolos de


[canal]
todos os canais do sub-bastidor

Informações dos cartões de entrada/saída


[local]
instalados no sub-bastidor

O programa EDConf para ambiente Windows permite a edição, a compilação e a carga


do arquivo de configuração. O procedimento de compilação efetua uma checagem de
consistência e gera um arquivo binário para carga na memória do cartão de CPU.

4.4 SEÇÃO [canal]

A seção [canal] define os parâmetros de comunicação, parâmetros de configuração de


hardware e o protocolo de cada canal de comunicação utilizado pelo cartão de CPU.

O conjunto de parâmetros para cada canal devem estar em uma linha do arquivo texto
iniciada com a identificação do canal (COM2 a COM6).

4.4.1 Parâmetros da Interface Serial Assíncrona

Os parâmetros apresentados a seguir referem-se à configuração da interface serial


assíncrona:

 velocidade: baud rate da interface serial (600 a 115000 bauds);

 paridade: paridade par, ímpar ou sem paridade;

 comprimento: comprimento do caracter, normalmente oito bits;

 stop: número de stop bits (1 ou 2).

4.4.2 Parâmetros para Operação Half-Duplex

O parâmetro atraso/normal somente é utilizado em sistemas de comunicação half-


duplex em que é necessário esperar a estabilização do canal antes de transmitir os
dados. O tempo definido neste parâmetro corresponde ao período entre a ativação do
sinal RTS e o envio efetivo dos dados pela interface serial.

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 49


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

O sinal RTS deverá ser utilizado para ativar o PTT (Push To Talk) do transceptor. Após a
ativação do sinal RTS e do PTT, deve-se esperar que o transmissor envie a portadora do
sinal de rádio ao receptor e o sinal passe pelos circuitos de demodulação. Isto é feito
para que os dados possam ser transmitidos e recebidos corretamente.

 Se o parâmetro atraso/normal = normal não é inserido o período de espera.

 Se o parâmetro atraso/normal = atraso é inserido um período de 250ms


entre a ativação do sinal RTS e a transmissão dos dados.

4.4.3 Configuração do Hardware

Os parâmetros interface, base e irq referem-se à configuração do hardware:

O parâmetro interface corresponde à interface elétrica RS232 ou RS485. Na CPU 386


sempre o canal COM1 é padrão RS232 (canal de manutenção) e o canal COM2 é padrão
RS485.

O parâmetro base corresponde ao endereço base da interface de comunicação serial


assíncrona (UART) no espaço de endereçamento de entrada/saída do cartão de CPU.
Este endereço é de 16 bits, corespondendo a valores na faixa 0 a 65535 decimal ou
0000 a FFFF (hexadecimal).

O parâmetro irq corresponde ao sinal de pedido de interrupção recebido pelo cartão de


CPU para a interface serial. O cartão STD-386A possui oito entradas de interrupção,
podendo disponibilizar um pedido para cada interface serial do cartão piggy-back mais
quatro entradas para o barramento STD. Normalmente as duas interfaces seriais do
próprio CI 386 e as quatro interfaces seriais do piggy back possuem sinais de
interrupção exclusivos.

4.4.5 Protocolos (parâmetro tipo)

O parâmetro tipo refere-se ao protocolo utilizado no canal. Este parâmetro informa


também se o canal é do tipo mestre ou escravo. O cartão de CPU Mestre da UTR se
comunica com os Centros de Controle através de canais escravo e se comunica com
sub-bastidores, multimedidores e relés digitais através de canais mestre.

A tabela a seguir apresenta os protocolos disponíveis para a UTR STD-7140:

tipo Protocolo e modo de operação do canal (mestre/escravo)

cpu ML7800 escravo (comunicação com centro ou IHM com protocolo Microlab ML7800)
iec IEC60870-5-101 escravo (comunicação com centro ou IHM em IEC60870-5-101)
570 RP570 escravo (comunicação com centro ou IHM com protocolo RP570)

4.5 SEÇÃO [local]

A seção [local] define o endereço, número de pontos, tipo dos cartões utilizados no
sub-bastidor e funções auxiliares.

O parâmetro end define o endereço da CPU. Este endereço é utilizado nos protocolos
ML7800 e RP570, estando na faixa de 1 a 255.

Página 50 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

4.5.1 Definição dos Números de Pontos de Entradas Digitais

O parâmetro ned define o número de grupos de entradas digitais, onde cada grupo
possui oito entradas digitais. Em um sub-bastidor de 8 slots pode-se ter um número
máximo de 16 grupos de entradas digitais (128 pontos).

4.5.2 Definição do Tipo de Cartões e Módulos Utilizados

O parâmetro ted=32ED define o cartão STD-32ED5 para aquisição das entradas


digitais.

4.5.3 Parâmetros do Protocolo ML7800

O parâmetro ano define o ano base para as etiquetas de tempo dos registros de
sequenciamento de eventos fornecidos através do protocolo ML7800. Isto é feito porque
estas etiquetas de tempo possuem o registro do ano com quatro bits, permitindo os
valores de 0 a 15.

O parâmetro esc define a variação do protocolo ML7800 utilizado para comunicação de


uma CPU mestre com CPU´s escravas. O parâmetro esc=0 define o protocolo ML7800
original e o parâmetro esc=1 define o protocolo ML7800 estendido. O protocolo ML7800
estendido possui a mensagem de estado geral com as informações de falha de cada
cartão do sub-bastidor.

4.5.4 Parâmetros do Protocolo IEC60870-5-101

O parâmetro c56 define o tipo de etiqueta de tempo utilizada para envio de eventos de
mudança digital no protocolo IEC60870-5-101. O parâmetro c56 = 0 define o envio de
etiqueta de tempo relativa do tipo CP24. O parâmetro c56 = 1 define o envio de
etiqueta de tempo completa do tipo CP56. O formato destas etiquetas de tempo está no
Manual de Operação.

O parâmetro cl2 define se os eventos de extrapolação de banda morta (atualização de


valores analógicos) devem ser enviados através de solicitação de dados classe 1 ou
classe 2. O parâmetro cl2 = 0 define o envio de atualização analógica em pedido de
dados classe 1. O parâmetro cl2 = 1 define o envio de atualização analógica em pedido
de dados classe 2. Deve-se observar que a opção cl2=0 é um caso especial, já que
normalmente os eventos de atualização analógica são enviados com pedido de dado
classe 2.

O parâmetro iec define o número de bytes (octetos) da mensagem no protocolo


IEC60870-5-101. Este parâmetro pode receber valores na faixa de 64 a 255 bytes.

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 51


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

4.6 SEÇÕES [iec_eds] e [iec_edd]

As seções [iec_eds] e [iec_edd] efetuam o mapeamento dos pontos de supervisão de


estado digital para os objetos de informação de indicação digital.

Esta seção permite a atribuição de somente um endereço de objeto, ou seja, os canais


de comunicação com os centros de operação devem enviar as informações de estado
através de objetos com o mesmo endereço.

A seção [iec_eds] deve ser utilizada apenas para os objetos de informação de estado
digital simples. Neste caso, cada objeto de informação corresponde a um ponto de
entrada digital.

A seção [iec_edd] deve ser utilizada apenas para os objetos de informação de estado
digital duplo. Neste caso, cada objeto de informação corresponde a dois pontos de
entradas digitais.

Cada linha das seções [iec_eds] e [iec_edd] possuem quatro parâmetros que são:
<end>, <pto>, <tmp>, <grp>. Os parâmetros devem estar nesta sequência sendo
separados por espaços.

4.6.1 Parâmetro <end>

Este parâmetro define o Endereço do Objeto de Informação de Estado Digital Simples no


protocolo IEC60870-5-101 ou a uma Entrada Binária (Binary Input) no protocolo
DNP3.0.

Cada objeto de informação de estado digital simples corresponde a um ponto de entrada


digital. O objeto de informação de estado digital duplo corresponde a dois pontos de
entrada digital;

O valor deste parâmetro deve estar na faixa 1 a 65535. Quando se utiliza o protocolo
IEC60870-5-101 normalmente são utilizadas as faixas de endereço apresentadas na
tabela 2.1 (estados digitais simples iniciam no endereço 15000 e estados digitais duplos
iniciam no endereço 25000).

4.6.2 Parâmetro <pto>

Este parâmetro especifica o endereço do ponto de entrada digital na área de memória


reservada para este tipo de informação;

Estes pontos são alocados na memória do cartão de CPU de acordo com a ordem de
declaração dos dispositivos no arquivo de configuração.

No caso do objeto de informação de estado digital duplo indica-se apenas endereços


pares. Neste caso, o ponto par indicado é o primeiro ponto, sendo o ponto seguinte o
segundo ponto do objeto;

O valor deste parâmetro deve estar na faixa: 0 a 2048.

Página 52 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

4.6.3 Parâmetro <tmp>

Este parâmetro define o tempo máximo para que uma entrada dupla atinja o valor final
válido.

As entradas digitais duplas possuem dois estados válidos (01 e 10), um estado de
transição (00) e um estado inválido (11). Este parâmetro especifica o tempo máximo de
espera da transição de um estado válido para o outro estado válido (01 para 10 ou 10
para 01) sem informar a passagem para o estado de transição;

Caso as entradas não atinjam o valor válido neste tempo, a UTR informa a passagem
dos pontos para o estado de transição (10 para 00 ou 01 para 00);

Este parâmetro é definido em milissegundos na faixa: 100 a 65535ms. Nas entradas


digitais simples (seção [iec_eds]) este parâmetro deve ser 0 (zero).

4.6.4 Parâmetro <grupo>

O parâmetro <grupo> define o número do grupo onde o estado atual deste objeto será
inserido.

O grupo contendo os estados digitais pode ser lido a qualquer momento a pedido do
Centro de Operação nas mensagens de interrogação geral;

O grupo 0 (zero) é utilizado para enviar todos os objetos de informação da UTR. Os


outros grupos podem ser utilizados para o envio de objetos selecionados. Desta forma,
se o parâmetro <grupo> for zero, o objeto será enviado somente na interrogação geral
junto com todos os outros objetos da UTR. Caso seja necessário que o objeto seja
enviado em um pedido de interrogação para outro grupo o parâmetro <grupo> poderá
estar definido de 1 a 16.

4.6.5 Exemplo de Seção [iec_eds] – Entradas Digitais Simples

O exemplo a seguir mostra uma seção [iec_eds] onde são definidos doze objetos de
informação de indicação digital simples com endereços de 15000 a 15011 destinados
para um COS/IHM utilizando protocolo IEC60870-5-101. Os endereços dos pontos
seguem o padrão normal iniciando com endereço zero até 11 correspondendo a um
cartão STD-16MIX. O parâmetro tmp deve ser igual a zero neste caso.

;end pto tmp grp


[iec_eds]
15000 0 0 0 ; Proteção 50/51 Fase A Alimentador 1
15001 1 0 0 ; Proteção 50/51 Fase B Alimentador 1
15002 2 0 0 ; Proteção 50/51 Fase C Alimentador 1
15003 3 0 0
15004 4 0 0
15005 5 0 0
15006 6 0 0
15007 7 0 0
15008 8 0 0
15009 9 0 0
15010 10 0 0
15011 11 0 0

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 53


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

4.6.6 Exemplo de Seção [iec_edd] – Entradas Digitais Duplas

O exemplo a seguir mostra uma seção [iec_edd] onde são definidos seis objetos de
informação de indicação digital dupla com endereços de 25000 a 25005 destinados para
um COS/IHM utilizando protocolo IEC60870-5-101.

Os endereços dos pontos seguem o padrão normal iniciando com endereço zero
correspondendo a um cartão STD-16MIX. Os pontos declarados são sempre pares, onde
o próximo ponto também pertence ao objeto.

O parâmetro tmp foi declarado com valor de 1 segundo para os objetos de endereço
25000 a 25004 e com valor de 10 segundos para o objeto de endereço 25005.
Normalmente os objetos duplos que sinalizam o estado de disjuntores utilizam tempos
menores, já que a operação do disjuntor é rápida. No caso de seccionadoras
motorizadas é necessário um tempo maior para que o mecanismo complete a operação.

;end pto tmp grp


[iec_eds]
25000 0 1 0 ; Sinalização do Disjuntor DJ1
25001 2 1 0
25002 4 1 0
25003 6 1 0
25004 8 1 0
25005 10 10 0 ; Sinalização da Seccionadora CH1

4.7 COMPILAÇÃO DOS ARQUIVOS DE CONFIGURAÇÃO

O arquivo de configuração para CPU STD-96186A ou STD-386A em formato texto


(extensão .CNF) deverá ser compilado no microcomputador utilizando-se o programa
EDConf para ambiente Windows. Isto é necessário porque o software da UTR precisa
receber todos os parâmetros de configuração em um formato binário compacto e livre
de erros.

4.7.1 Programa de Edição e Compilação EDConf

O programa EDConf permite ao usuário efetuar a edição e compilação do arquivo de


configuração. Este programa foi desenvolvido para sistema operacional Windows.

O arquivo de configuração deverá ser criado em formato texto limpo, ou seja, que não
possui caracteres de controle. Este arquivo deverá obedecer as regras apresentadas nas
seções anteriores. A figura a seguir apresenta a tela do programa EdConf:

Página 54 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

4.7.2 Edição do Arquivo de Configuração em formato texto

O arquivo de configuração em formato texto deverá ter obrigatoriamente a extensão


cnf. Este arquivo deverá ser aberto com a opção Abrir do item Arquivo. Após aberto o
arquivo é apresentado em uma área da janela abaixo do menu. Nesta janela as linhas
de comentário (iniciadas com ponto e vírgula) são mostradas na cor verde. As linhas de
configuração efetivas são mostradas na cor preto.

A opção Salvar salva o arquivo em formato texto (extensão cnf).

4.7.3 Compilação do Arquivo de Configuração

O arquivo de configuração em formato texto (extensão cnf) deverá ser compilado para a
geração do arquivo binário. Isto é feito simplesmente selecionando a opção Compilar do
menu. Caso seja detectado algum erro durante a compilação é apresentada uma janela
com a descrição do mesmo.

Após a compilação bem sucedida é gerado um arquivo binário (extensão bin) com o
mesmo nome do arquivo de configuração fonte em formato texto (extensão cnf).

A figura apresentada a seguir mostra o resultado com sucesso da compilação de um


arquivo de configuração. A janela mostra o nome do arquivo em formato binário
(extensão .BIN):

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 55


4. DEFINIÇÕES DO ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO DA CPU STD-UP104A

4.7.4 Carga do Arquivo de Configuração binário na memória da CPU

A carga do arquivo de configuração em formato binário na memória do cartão de CPU


186 ou 386 deverá ser feito utilizando-se o programa RTERM. Os procedimentos estão
descritos na próxima seção.

Página 56 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


5. PROCEDIMENTOS DE CARGAS DE ARQUIVOS

SEÇÃO 5

PROCEDIMENTOS

DE

CARGA DE ARQUIVOS

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 57


5. PROCEDIMENTOS DE CARGAS DE ARQUIVOS

Página 58 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


5. PROCEDIMENTOS DE CARGAS DE ARQUIVOS

5. PROCEDIMENTOS DE CARGA DE ARQUIVOS

A carga de arquivos nos cartões de CPU 186 e 386 deverá ser feita através de interface
serial assíncrona (interface COM1 dos cartões de CPU). O programa monitor presente na
área de boot disponibiliza uma série de funções de carga, gravação na memória FLASH e
debug. Estes utilitários estão gravados na área de boot da FLASH, protegidos de
qualquer erro de gravação que porventura possa ocorrer. Estas funções deverão ser
chamadas por um microcomputador com o programa RTERM.

5.1 Funções do Programa Monitor da CPU 386

Todas as funções utilitárias presentes no B386 estão apresentados na tabela 5.2.1.


Estas funções podem ser chamadas através de um comando digitado (primeira coluna
da tabela).

Após o comando, dependendo da função, podem ser necessários um ou dois


parâmetros. Os parâmetros devem ser digitados após o comando separados por um
espaço. Por exemplo, para a leitura de uma porta de entrada/saída é necessário o
parâmetro indicando o endereço da porta no espaço de endereçamento de
entrada/saída do processador (IN 03F8).

Comando Parâmetro(s) Função

VER - Mostra a versão do Programa Monitor B186/B386


RESET - Reiniciar a CPU
SEG SEGMENTO Seta um segmento para uso pelo comando DUMP
OFFSET Mostra o conteúdo de uma área de memória iniciada no
DUMP
número de bytes OFFSET
ENDEREÇO Mostra o conteúdo da porta de entrada/saída no endereço
IN
especificado
ENDEREÇO Escreve o valor na porta de entrada/saída no endereço
OUT
VALOR especificado
LOAD - Carrega um arquivo na área de rascunho
CALL Executa um programa carregado na área de rascunho
- Grava o conteúdo da área de rascunho na área de aplicativos
WRITE
da FLASH
Grava o conteúdo da área de rascunho na área de configuração
WRITEP
da FLASH
- Apaga a área de aplicativos da FLASH. Se não houver espaço
ERASE disponível para gravação do arquivo, o monitor aciona
automaticamente esta função.
- Apaga a área de configuração da FLASH. Se não houver espaço
ERASEP disponível gravação do arquivo, o monitor aciona
automaticamente esta função.
RUN Executa o programa aplicativo carregado na FLASH.
HELP Apresenta todos os comandos disponíveis
0 Desabilita o acesso ao barramento STD-BUS
BUS
1 Habilita o acesso ao barramento STD-BUS
BAUD RATE Ajusta a velocidade de transmissão (1200, 2400, 4800, 9600,
VEL
19200, 38400, 56000, 115000
- Mostra as informações sobre o programa aplicativo e o
DIR
programa de configuração carregados na FLASH
Grava o conteúdo da área de rascunho na área de BOOT.
WBOOT Somente para o cartão de CPU STD-386A (ver tabela de
jumpers da CPU STD-386A)

Tabela 5.1 – Utilitários dos Monitores B386

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 59


5. PROCEDIMENTOS DE CARGAS DE ARQUIVOS

5.2 Áreas de Memória dos Cartão de CPU STD386A

O cartão de CPU STD-386A possuem tres áreas de memória não volátil do tipo FLASH:
área de boot, área de programas e área de configuração. A descrição destas áreas é
vista a seguir:

5.2.1 Área de BOOT da FLASH

 Possui os utilitários de carga de arquivos, execução automática dos aplicativos e


debug carregados com o nome de B386 para o cartão de CPU STD-386A;

 O hardware da CPU não pode efetuar gravação nesta área, o que a mantém
protegida de erros de operação e condições indevidas de funcionamento. O cartão
de CPU 386 permite a atualização do programa monitor através da função WBOOT.
Para isto deverá ser feita a habilitação através de um jumper (ver tabela de jumpers
na Documentação de Hardware Vol. I).

 Os CI´s de memória FLASH já vem de fábrica carregados com o B186 ou B386. Isto
é indicado por uma etiqueta que informa também a versão.

5.2.2 Área de programas da Memória FLASH

 Destina-se a receber o programa aplicativo, neste caso o programa R186ED.BIN. A


gravação de um arquivo nesta área é feita utilizando-se o comando WRITE.

5.2.3 Área de configuração da Memória FLASH

 Destina-se a receber o arquivo de configuração compilado (em formato binário). A


gravação de um arquivo nesta área é feita utilizando-se o comando WRITEP.

5.2.4 Área de rascunho da Memória RAM

O comando LOAD do programa monitor efetua a carga do arquivo de programa ou


configuração em uma área de rascunho da memória RAM. Os comandos de gravação
WRITE e WRITEP gravam o arquivo carregado na área de rascunho na memória FLASH.

5.3 Procedimentos de Gerenciamento da Gravação da FLASH

No caso da gravação dos arquivos de programa e configuração, O B386 grava o arquivo


na próxima posição livre da área e invalida o arquivo anterior.

Se não existir mais espaço para a gravação do arquivo de programa ou configuração,


toda a área da FLASH destinada a estes arquivos é apagada automaticamente. Caso isto
ocorra, é emitida uma mensagem (apagando o bloco principal) e o arquivo é gravado
em seguida.

Quando a CPU é iniciada, o boot loader procura um programa aplicativo válido, e caso o
encontre, imediatamente transfere a execução para este aplicativo. Da mesma forma, o
programa aplicativo, ao ser iniciado, procura um arquivo de configuração válido na
FLASH.

Página 60 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


5. PROCEDIMENTOS DE CARGAS DE ARQUIVOS

5.4 Programas Aplicativos para a CPU STD-386A

O arquivo de programa aplicativo denominado R386C.BIN é utilizado na CPU do Quadro


de Alarmes STD-7180, sendo utilizado para varredura dos cartões de entradas
analógicas e digitais, envio de comandos para os cartões de saídas digitais e
comunicação com IED´s.

5.5 Programa Utilitário para Carga de Arquivos STD-RTERM

O programa STD-RTERM disponibiliza um terminal para uso com interface serial


assíncrona. Este terminal possui funções para auxiliar os procedimentos de carga
(download) e leitura (upload) de arquivos da memória dos cartões de CPU. O programa
destina-se ao uso no sistema operacional MS Windows podendo operar através das
interfaces seriais COM1 ou COM2.

Este programa é usado preferencialmente para carga de arquivos no cartão de CPU


STD-386A. Pode-se utilizar taxas de transferência de 1200 a 115k baud, com 8 bits por
caracter, um start e um stop bit. A figura a seguir mostra a tela do programa RTERM
após ser feita a digitação de ESC três vezes para interromper a execução do programa
aplicativo:

A figura a seguir apresenta o comando DIR do monitor. Este comando apresenta


informações sobre o programa aplicativo e o programa de configuração carregados na
memória FLASH da CPU:

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 61


5. PROCEDIMENTOS DE CARGAS DE ARQUIVOS

A figura a seguir mostra a opção carregar do menu arquivo aberta. Esta opção permite
selecionar um arquivo a ser carregado na CPU e disparar o procedimento de carga.

Página 62 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


5. PROCEDIMENTOS DE CARGAS DE ARQUIVOS

A figura a seguir mostra a tela do programa RTERM após as seguintes ocorrências:

 A carga bem sucedida de um arquivo de configuração (ED.BIN) na área de


rascunho (0400:0000) através do comando LOAD;

 A gravação do arquivo de configuração na área de configuração da memória


FLASH utilizando-se o comando WRITEP;

 Em seguida é feito o comando RESET para que o programa aplicativo rode com a
nova configuração;

Quando o programa inicia são emitidas as seguintes mensagens:


 Mensagem indicando a carga do programa aplicativo;
 A versão do programa aplicativo;
 A versão da configuração;
 O endereço a ser utilizado pelo protocolo de comunicação;
 O número de pontos de entradas digitais (Ned);
 Mensagem indicando o reconhecimento do cartão GPS ou decodificador IRIG-B.

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 63


5. PROCEDIMENTOS DE CARGAS DE ARQUIVOS

5.6 Procedimento de Carga dos Arquivos na CPU 386

Deve ser utilizado um microcomputador rodando o programa RTERM para efetuar a


carga de programas e configuração. A interface de comunicação do microcomputador
deverá ser ajustada para 9600bps, sem paridade, 8 bits por caracter e 2 stop bits.
Efetuar o seguinte procedimento:

1. Conectar um cabo tipo “null modem” na interface serial do notebook e na interface


COM1 (Porta 1) do cartão de CPU. A interface do canal de manutenção está
disponível o próprio cartão através do conector DB9 macho identificado como CN2;

2. Rodar o programa RTERM no computador. Se não há um aplicativo caregado na


FLASH, a CPU entra diretamente no modo monitor apresentando a mensagem:

STD-B186 V1.09 Jul/2002 *


>

Caso a CPU possua um aplicativo carregado e este esteja em execução, deve-se


teclar ESC 3 vezes ou pressionar o botão de RESET do cartão de CPU. Deverá
aparecer a mensagem:

STD-B186 V1.09 Jul/2002 *


... <ESC> aborta aplicativo ...

Pressionar <ESC> novamente. A CPU deverá entrar no modo monitor, emitindo a


mensagem:
... aplicativo abortado ...
>

A partir deste ponto pode-se digitar os comandos para carga e gravação na


FLASH;

3. Os arquivos com extensão .BIN (binário) são carregados com o comando LOAD
seguido pelo nome do arquivo e extensão. A opção carregar do menu arquivo
chama automaticamente a função LOAD.

Teclar <ENTER> e a carga do arquivo deverá ser sinalizada com pontos, cada um
indicando a transferência de 256 bytes.

Por exemplo: a carga do programa é feita com o comando: LOAD R186ED.BIN


ou chamando a opção carregar do menu arquivo selecionando o arquivo
R186ED.BIN no diretório correspondente.

Página 64 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


5. PROCEDIMENTOS DE CARGAS DE ARQUIVOS

4. Ao término da transferência, é emitida uma mensagem contendo o tamanho do


arquivo carregado e a posição de carga na memória.

O comando LOAD sempre carrega os arquivos na mesma área da memória RAM,


denominada área de rascunho.

O usuário, após a carga, deve gravar o arquivo na área correta da memória FLASH
utilizando os comandos WRITE ou WRITEP.

5. Caso tenha sido carregado um arquivo de programa (R186ED.BIN, R386C-


ED.BIN, R186C.BIN ou R386C.BIN) deve-se dar um comando WRITE em seguida
à carga. Este comando grava na memória FLASH de programa o último arquivo
carregado na área de rascunho.

Caso tenha sido carregado um arquivo de configuração (nome.BIN) deve-se dar


em seguida à carga um comando WRITEP. Este comando grava na memória
FLASH de configuração o último arquivo carregado na área de rascunho.

6. Após a carga dos arquivos basta dar um comando RESET para que o programa
carregado seja executado utilizando os parâmetros do arquivo de configuração.

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 65


5. PROCEDIMENTOS DE CARGAS DE ARQUIVOS

Página 66 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


6. PAINEL DE APRESENTAÇÃO DE ALARMES E SOE

SEÇÃO 6
PAINEL DE
APRESENTAÇÃO DEALARMES
E
SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 67


6. PAINEL DE APRESENTAÇÃO DE ALARMES E SOE

Página 68 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


6. PAINEL DE APRESENTAÇÃO DE ALARMES E SOE

6. PAINEL DE APRESENTAÇÃO DE ALARMES E SOE

6.1 Introdução

O painel de apresentação de alarmes e SOE tem por finalidade apresentar a ocorrência


de atuação de proteções e alarmes em um conjunto de 32 LED´s de alta visibilidade.
Este painel também possui um display de cristal líquido o qual apresenta os últimos 500
eventos de alteração dos pontos de entradas digitais com a sua etiqueta de tempo.

Cada sub-bastidor STD-BUS pode controlar até quatro paineis, disponibilizando o estado
e o sequenciamento de eventos para até 128 pontos de entradas digitais. O painel
possui um processador próprio, efetuando a comunicação com o cartão de CPU do sub-
bastidor através de canal serial assíncrono em interface RS485.

O reconhecimento dos alarmes e a seleção dos eventos são feitos através de um


conjunto de botões de membrana.

A figura a seguir mostra o painel de apresentação de alarmes e sequenciamento de


eventos. Na parte superior central está o display de cristal líquido destinado a
apresentar os registros de sequenciamento de eventos.

Na parte central estão os trinta e dois LED´s de sinalização de atuação de alarmes.

Na parte inferior esquerda estão os botões de teste, rearme e reconhecimento. Na parte


inferior direita estão os botões de controle do display de registro de sequenciamento de
eventos.

Figura 6.1 – Painel Frontal do Quadro de Alarmes

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 69


6. PAINEL DE APRESENTAÇÃO DE ALARMES E SOE

6.2 Anunciador de Alarmes

O painel do anunciador de alarmes é composto por 32 led´s vermelhos retangulares de


alta visibilidade organizados em oito linhas e quatro colunas. Cada led corresponde a
uma entrada digital.

O painel de led´s deve receber uma máscara feita em material transparente com os
nomes dos alarmes impressos. Desta forma, quando um led acende, o nome do alarme
se torna visível.

Quando ocorre a ativação de uma entrada digital, além do acendimento do led também
é acionado um sinal sonoro. O reconhecimento do alarme através do botão
correspondente faz com que o sinal sonoro silencie.

6.3 Registrador de Eventos

O sequenciador registrador de eventos é capaz de armazenar até 500 registros de


mudanças nas entradas digitais em sua memória. Estes registros contém o número do
ponto com uma identificação de até 12 caracteres e a respectiva etiqueta de tempo com
resolução de 1ms.

Os registros de ocorrência dos alarmes são apresentados em um display de cristal


líquido instalado acima do painel de led´s do anunciador de alarmes. O controle da
apresentação dos registros é feito através de um conjunto de teclas de membrana
instalado na parte inferior direita do painel frontal. Através das teclas pode-se avançar
ou recuar na memória para apresentação dos registros mais antigos ou mais novos.

6.4 Comunicação do Painel com a CPU do sub-bastidor STD-BUS

O Quadro de Alarmes possui uma interface de comunicação serial assíncrona padrão


elétrico RS485 destinada à troca de informações com o cartão de CPU STD-386A do sub-
bastidor STD-BUS. O protocolo utilizado é do tipo HDLC operando em multiponto. Esta
configuração permite a conexão de até quatro paineis em uma CPU 386. Cada painel
pode ser instalado a uma distância de até 50 metros do sub-bastidor.

O painel frontal possui dois LED´s de sinalização de tráfego pela interface serial (Tx e
Rx). Estes LED´s estão instalados na parte superior direita do painel.

6.5 Instalação do Painel

O painel deverá ser instalado na parte frontal dos bastidores da subestação em uma
posição de fácil visibilidade por parte do operador.

A fixação do painel deverá ser feita apenas com quatro parafusos, já que a sua estrutura
não necessita que o bastidor seja recortado. Desta forma, a instalação do painel requer
apenas cinco furos, quatro para os parafusos de fixação e um para o cabo de conexão
ao sub-bastidor.

Página 70 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180


6. PAINEL DE APRESENTAÇÃO DE ALARMES E SOE

6.6 Desenhos do Painel

20,1

TX

                 
RX
Interface
Serial

S R A - Sinalizador Registrador e Alarmes

1 2 3 4

5 6 7 8

9 10 11 12

23,4
13 14 15 16

17 18 19 20

21 22 23 24

25 26 27 28

28 29 30 32

X
X X

Figura 6.2 – Vista Frontal do Painel do Quadro de Alarmes

3,5

Figura 6.3 – Vista Lateral do Painel do Quadro de Alarmes

Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180 Página 71


6. PAINEL DE APRESENTAÇÃO DE ALARMES E SOE

18,1

21,4
Figura 6.4 – Vista Traseira do Painel do Quadro de Alarmes

21,4
2,5

Figura 6.5 – Vista Superior do Painel do Quadro de Alarmes

Página 72 Manual do Usuário do Sequenciador e Registrador de Alarmes STD-7180

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